A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ALGUMAS FOTOS, E COMENTÁRIOS...

Estréia de Nivelles-Baulers, 1972, etapa importante para Emerson Fittipaldi, que vinha bem, mas a quem faltavam vitórias; Hulme, que o vencera em Kyalami, o fizera também em Oulton Park em uma corrida extracampeonato. Era prociso dizer ao Velho Urso quem dava as cartas e Cevert só estava ali pois Stewart estava doente e não pode correr na Bélgica.

Em algum lugar no começo dos anos setenta, os dois principais nomes da Suécia na F1 conversam: Joakin Bonnier e Bengt Ronald Peterson. Bonnier para dizer para Ronnie aproveitar, pois a Suécia jamais voltaria a ter pilotos assim.

Verão de 1978: equipe perfeita, carro maravilhoso, seis vitórias na temporada e uma dupla de pilotos para ninguém botar defeito...a Lotus jamais seria a mesma, Andretti jamais teria chance igual e jamais veríamos Peterson outra vez...

Numa bela tarde do verão francês de 1972, dois personagens batem um papo. Um ano mais tarde eles teriam papel fundamental na decisão do título da temporada. Já então não seriam dois amigos mas o chefe de equipe e seu piloto.

Graham Hill e sua aturdida família não parecem acreditar no que estão vendo em Monza, 1967. Após ficar com uma volta de desvantagem em relação aos demais, Jim Clark, o notável piloto, recupera-se magistralmente, assume a liderança e fica sem combustível na última volta. Uma vez no automobilismo, você terá grandes alegrias ou grandes frustrações; frequentemente, as frustrações repetem-se mais amiúde.

Sem o risco de ser escorraçado como "espião industrial", Carlos Reutemann xereta o Brabham BT 49 de seu adversário Nelson Piquet. Nos anos oitenta, o ambiente ainda não era tão doentiamente competitivo e belicoso e emoções faziam parte do regulamento.

Caranguejo

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

É...

Interlagos,  Orlando, Duran, Conde - Luiz Henrique Pankowski - Fernando Fagundes e lá atrás meu filho Francisco e eu.


É muito difícil para alguém que é apaixonado pelo automobilismo esquecer a primeira vez em que entra em uma pista. 
Jamais vou esquecer a primeira vez, foi em Interlagos e tinha 8 anos. O ambiente dos boxes, aquele cheiro inesquecível, mistura de óleo, gasolina, pneus e tantos outros, que até hoje está impregnado em meus pensamentos e até hoje me acompanha cada vez que entro em um Box.
Na época os boxes no Café eram precários, a pista de nosso Templo cercada de mato e com o asfalto cheio de rachaduras e buracos. Mas estava ao lado de pilotos que conhecia e alguns ícones de nosso automobilismo, Chico, Ciro, Celso...
Lembro de um acidente na curva Três, na época chamado de Bacião, saí dos boxes e desci só, atravessar a Junção com o mato alto deu medo, e depois ver o acidentado, me parece que era um mecânico que tinha ido dar umas voltas não lembro se com uma Ferrari ou Maserati, sendo levado numa maca até a ambulância.  

O 550, vejam não sou eu no carro, deve ser ou o meu  irmão ou seu companheiro Luciano Mioso tentando pegar mão do carro tendo ao seu lado José Gimenez Lopez o antigo proprietário    

Mais tarde, ou em outro dia, a volta na pista, ah! Sentado ao lado de meu irmão naquele Porsche 550 Spyder, carro que tinha história, pilotado que foi por Chico Landi, Christian Heins...lembro o vento batendo em meu rosto no Retão, sem saber direito para onde olhar observava tudo!
Depois voltei várias vezes à Interlagos, sempre que alguém pudesse me levar, lembro dos 500 KM de 1963 e o acidente do Celso, estava do outro lado dos boxes, e ainda sinto a sensação e o frenesi de toda vez que acontece um acidente numa pista. O gosto amargo na boca, a sensação indescritível, que infelizmente sentimos a cada tragédia que presenciamos, digo nós pois tenho certeza que cada um de vocês já sentiu o mesmo.
Masssss a paixão fala mais alto, e lá estava eu, lá pelos meus 14 anos, para ver o Camilo/Celidonio vencerem as MM de 66. Nas muitas corridas que assisti vi Carlos Pace tocar de forma magistral aquele VW azul da Dacon, os Abarth-Simca de Ciro, Jaime, este amigo de infância de meu irmão, Toco, grande figura, Luis Pereira Bueno, Zambello, Gancia...

O começo.
  
1971, aos 18 anos era chegada a hora de estrear, a pista o meu querido Interlagos, e lembro de muitas coisas, várias já contei aqui. O primeiro dia de treino, a primeira entrada na pista, aqui um parênteses; o Jr Lara conta que a largura de Interlagos o impressionou, eu, talvez por estar pilotando uma grande barca não tenha me impressionado tanto. As primeiras voltas, o ronco do V8, os pneus cantando, e aquele cheiro novamente, tentava me achar nas freadas, tomadas e tangencia e saída das curvas, conhecer pessoalmente aquela pista que tantos e tantos grandes ases vira nela pilotarem. A volta com meu chefe, Carlos Mauro Fagundes, ao lado, seu conselho para que eu parasse de telegrafar. Telegrafar, tirar e acelerar no meio da curva, fazendo a traseira se desgarrar. A primeira rodada, na entrada da Junção, quando fiquei atolado ao lado da pista que estava em reforma.
Um mês ou dois depois a alegria de pilotar o meu  primeiro D3, carro com que fiz 5 corridas até o final do ano.

1978/79
 No box do Ferraz. 
 MM empurrando o carro, Adolfo no comando, Ricardo empurra, eu de camisa vermelha e Zé Fercolin. 
 Zé Rossi e Zé Fercolin, eu lá atrás de vermelho converso com João Lindau. 
Claudinho - Carignato - ajuda Adolfo a sair e Ricardo espera para entrar.

É isso aí...gosto demais, sempre acompanhei de perto, assisti e participei de grandes corridas, hoje quando escrevo é como se na mureta de um Box qualquer, em um autódromo qualquer, estivesse conversando com cada um de vocês.
Sei que certas vezes o que escrevo é um pouco confuso, oras, não sou um escritor, apenas um apaixonado, e quando conversamos, naquela mureta à beira de alguma pista, sei que me entendem, afinal a paixão é a mesma!


Rui Amaral Jr             

Chico

Interessante, certos dias em seu blog meu amigo Chico provoca seus milhares de fãs mostrando "certos" carros de um gosto, diria eu, exóticos! Em compensação em seu perfil do Face mostra algumas maravilhas, como essas duas fotos que mostro agora.

 Bela largada, provavelmente entre os anos de 1964/67, alguém poderia esclarecer?

Após postar achei a corrida dessa bela largada, 1.000 KM de Nurburgring 1964. Vamos ver os carros; #53 Porsche 356B Carrera, #136 Lister-Jaguar, #61 TVR Grantura, #19 Abarth-Simca Bialbiero, #15 Lotus Elite, #18 Glas 1204 TS, lá na frente um profusão de belos carros, como Ford GT40, Ferrari GTO, René Bonnet, Alfa Romeo Sprint Zagato, Jaguar E-Type...

      
 1964, 12 Horas de Sebring, o belo Shelby Cobra #1 de Ken Miles/Jonh Morton, a Ferrari 250 GTO/64 #31  de Carlo Maria Abate/Jean Guichet e a #29 a GTO-LMB de Bob Grossman/Dick Thompson.

link para o blog do CAMARO, um abraço Chico.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Formula 2



Jochen Rindt, 1970 Nurburgring, Lotus Cosworth FVA
Alberto "Ciccio" Ascari e a Ferrari 500, bi campeão da F.Um 52/53 e bicho papão da F2.
  Graham Hill, Brabham BT16-BRM e Jim Clark Lotus 35-BRM disputam em Snertteton, 1965  

Criada em 1947 como uma opção à caríssima categoria GP e depois em 1950 à Formula Um, a F2 foi celeiro de grandes campeões e belas disputas até seu final em 1984 quando foi substituída pela F.3000.
Durante a sua duração e principalmente nas décadas 50, 60 e 70 eram muitos os campeonatos pelo mundo, em 1967 a FIA introduziu o Campeonato Europeu de Pilotos da F2. Além dos campeonatos muitos torneios, como vimos o Internacional realizado em 1971 com Brasil e Argentina e 72 apenas no Brasil. Eram muitas as corridas extra campeonato, quando grandes nomes da F I e outras categorias eram convidados, nos anos de 1952/53 a Formula Um correu com carros da F2 (não vou comentar aqui os motivos) e Ciccio Ascari foi campeão com  a bela Ferrari 500, alem disso ele venceu inúmeras corridas de F2 com esse carro. Também Jim Clark corria sempre na F2 e foi num desses carros que nosso campeão nos deixou.


 Emerson Fittipaldi, Lotus
 1968, François Cevert, Tecno 68-Cosworth FVA, GP de Pau, França 
 Bruno Giacomelli, March 782-BMW
 Cevert
 1984, o final da Formula 2, #2 Roberto Moreno, Ralt RH16 Honda-Mugen, e Phillipe Streiff, AGS JH19C BMW-Mader largam na ponta em Brands Hatch.
1967, Jackie Ickx, Matra MS5 Cosworth-FVA
 Carlos Reutman, Brabham BT16
 1973, Emerson Fittipaldi, Lotus Texaco Star
 1968, Jarama, #10 Jean-Pierre Beltoise, Matra MS7 Cosworth-FVA e Jochen Rindt, Brabham BT 23C Cosworth-FVA
 Wilson Fittipaldi Jr e Tim Schenken 
1979, Zandvoort, #4 Teo Fabi e Stefhen  South, ambos de March 792 BMW-Mader
 1957, Nurburgring, na Formula Um para completar o grid alguns F2 entre eles o Porsche 550 Spyder de Carel Godin de Beaufort.
 1972, Interlagos, Chco Lameirão, March 722 BDA-Hart
1965 Outon Park, Denis Hulme, Brabham BT16 SCA  
1965, Black Jack larga na ponta com a Brabham BT16 SCA
1976, Alex Dias Ribeiro, March 762 BMW-Rosche
1968, Jochen Rindt testa um pequeno aerofólio em sua Brabham! 

Um pouco do regulamento, chassi monoposto, apesar de alguns Porsche 550 Spyder correrem na categoria.
De 1947 à 53 os motores eram livres, obedecendo o limite de 2.000cc ou 500cc sobrealimentados.
1954 à 56 o mesmo regulamento, mas apenas algumas corridas européias foram realizadas.
1957 à 60 motores de 1.500cc.
1961 à 63 as corridas foram disputadas com os carros da Formula Junior.
1964 à 66  motores de 1.000cc.
1967 à 71  os blocos dos motores  de 1.600cc tinham que vir de marca em que pelo menos 500 unidades haviam sido fabricadas no ano anterior, com no máximo seis cilindros e preparação de cabeçotes livre.
1972 o bloco do motor de 2.000cc tinha que vir de uma marca com no mínimo 1.000 unidades produzidas, a preparação continuava livre.
1973 à 75 o bloco do motor 2.000cc tinha que vir de uma marca em que pelo menos 100 unidades haviam sido fabricadas.
1976 à 84 eram permitidos os motores de corridas especialmente feitos para categoria.   

Campeonato Europeu

1967-Jacky Ickx-Tyrrell Racing-Matra–Cosworth
1968-Jean-Pierre Beltoise-Matra Sports-Matra–Cosworth
1969-Johnny Servoz-Gavin-Matra International-Matra–Cosworth
1970-Clay Regazzoni-Tecno Racing Team-Tecno–Cosworth
1971-Ronnie Peterson-March Engineering-March–Cosworth
1972-Mike Hailwood-Team Surtees-Surtees–Cosworth
1973-Jean-Pierre Jarier-March Engineering-March–BMW
1974-Patrick Depailler-March Engineering-March–BMW
1975-Jacques Laffite-Ecurie Elf-Martini–BMW
1976-Jean-Pierre Jabouille-Equipe Elf-Elf 2J–Renault
1977-René Arnoux-Ecurie Renault Elf-Martini–Renault
1978-Bruno Giacomelli-Polifac BMW Junior Team-March–BMW
1979-Marc Surer-Polifac BMW Junior Team-March–BMW
1980-Brian Henton-Toleman Group-Toleman–Hart
1981-Geoff Lees-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda
1982-Corrado Fabi-March Racing Ltd.-March–BMW
1983-Jonathan Palmer-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda
1984-Mike Thackwell-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda 


Jimmy

Rui Amaral Jr

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

II Torneio Internacional de F2 - Interlagos 1972


 Emerson com a Lotus 69 à frente de Mike Hailwood e Carlos Pace, ambos de Surtees TS 15
Carlos Pace




 #3 Carlos Pace na pole, #16 Henri Pescarolo, #15 Tim Schenken, #2 Mike Hailwood 


Final do ano de 1972, finalmente tínhamos um campeão do mundo na Formula Um, e o segundo torneio da Formula 2 chegava à Interlagos, seriam seis corridas, três em Interlagos, uma no Tarumã e duas  na Argentina, uma em Córdoba e a outra em Buenos Aires, apenas as corridas de Interlagos foram realizadas.
Grande parte dos pilotos que disputavam a F2 e alguns grandes nomes da F I estavam presentes, a começar por Emerson o campeão do mundo. Carlos Pace, Clay Regazzoni, Mike Hailwood, Ronnie Peterson, Wilson Fittipaldi Jr, Tim Schenken, Andrea de Adamich, David Purley, Henri Pescarolo, Jean-Pierre Jaussaud e alguns pilotos brasileiros entre eles Luiz Pereira Bueno, Pedro Victor de Lamare, Silvio Montenegro.
Na 1ª corrida em 29 de Outubro, a pole foi de Wilsinho Fittipaldi com o tempo de 2.42, 40/100. Na primeira bateria a vitória foi de Emerson, na segunda de Tim Schenken quando fez a melhor volta com 2.40 cravados, tendo Emerson ficado com a vitória na soma dos tempos por 1s 58/100.
Na 2º corrida, em 5 de Novembro a pole foi de Pace e ele com o novo e super Surtees TS15 Ford-Hart dominou as duas baterias tendo na primeira Emerson em segundo mais de 12s atrás, na segunda bateria Mike “The Bike” Hailwood com o mesmo TS15 chegou 5s atrás.

Wilson Fittipaldi
 Pescarolo e Hailwood
 Ferradura, Andrea de Adamich, Hailwood o argentino Carlos Reusch de Surtees TS 10, Clay...  
 Wilsinho, Schenken, Peterson e Hailwood
 Clay, March 722 e Ronnie 
 Wilsinho, Schenken, Hailwood e Ronnie Peterson de Brabham BT38 
 Emerson e Schenken
Pace
Silvio Montenegro, agachado Giba Magalhães, o cabeludo acredito ser Jozil Garcia, à direita de prancheta na mão Edson Yoshikuma e ao seu lado Robertinho da Autozoom.


A 3ª corrida em 12 de Novembro, teve a pole de Carlos Pace com o tempo de 2.39, 12/100. Na primeira bateria problemas com Pace que terminou apenas em 16º lugar, a vitória foi de Henri Pescarolo com um Brabham BT38-BDA seguido de Hailwood e Emerson. Na segunda bateria o que vi, foi um verdadeiro show de um campeão, Carlos Pace vindo lá de trás pulverizava à cada volta o recorde da categoria para Interlagos, para no fim, se aproveitando também da quebra de Emerson e Pescarolo, vencer com mais de 3s 50/100 sobre seu companheiro de equipe Mike Hailwood, a melhor volta de Pace 2.37 90/100, quase dois segundos melhor que a pole.
No Torneio a vitória foi de Emerson, e foram grandes corridas, estava lá e vi, posso me perder nos detalhes, mas deixo uma pergunta à todos: Quando veremos novamente pilotos brasileiros, independente se primeiros pilotos de suas equipes ou não, lutarem bravamente nas pistas do mundo?
Esses eu vi!  


RESULTADOS

29 de Outubro


5 de Novembro


12 de Novembro





Novembro de 1972