A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 9 de março de 2013

Maria Grazia "Lella" Lombardi

F. 5.000
Apesar de só haver disputado 12 corridas na Formula Um Lella teve uma sólida carreira, construída desde o kart, em 1970 vence o campeonato italiano da Formula 850 depôs passando pela Formula Monza, Formula 3 e Formula 5.000.
Em 1974 em sua primeira participação na Formula Um não se classificou para o GP da Inglaterra em Brands, já em 1975 correndo com o March 741 depois 751 da equipe Willians participa de doze corridas do mundial, tendo chegado em 6º lugar no GP da Espanha em Montjuich.
Foi a primeira mulher a se classificar para uma corrida do mundial de Formula Um, o GP da Africa do Sul em 1975, desde a participação de Maria Teresa de Fillipis no CP da Bélgica em Spa no ano de 1958, onde chegou em 10º lugar pilotando  uma Maserati 250F.


 Montjuich 1975 March 751, 6º ugar.
Kyalami 1975, March 741
1.000 KM de Monza, Alpine Renault A411 classe até 2.000cc, vitória com Marie Claude Beaumont.
500 KM de Interlagos 1972, Fiat Abarth

1975 também foi um belo ano para Lella nos Sport Protótipos quando correu pela Alpine Renault com o A411 na classe até 2 litros. Em dupla com  a francesa Marie Claude Beaumont fizeram grandes corridas, como o 6º lugar na geral nos 1.000 KM de Mugello e o 4º lugar na geral e vitória na categoria nos 1.000 KM de Monza.
Continuou correndo em várias categorias até 1984, faleceu no ano de 1992 aos 51 anos.
Levou sobretudo a profissão que abraçou muito à sério, à ela nossas homenagens.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Menos minha gente, menos!

 Amadeu Rodrigues e eu na linha de chegada, era um treino.

É interessante como funciona nossa mente, esquecemos muitas coisas e outras lembramos com detalhes ínfimos. Desde que me propus a escrever este blog, incentivado pelo Carlos de Paula, uma coisa sempre tive em mente, nunca contar inverdades, e qualquer correção que porventura viesse, desde que fundamentada, sempre seria acrescentada ao texto. É isso que faço.
Tenho lido e ouvido muitas bobagens à cerca da velocidade final de nossos VW D3 em Interlagos, Tarumã e Jacarepaguá. Conversando ontem ou antes de ontem com o Jr -Lara Campos - falávamos sobre, e ele me contou que tomou certa vez a velocidade de seu carro com um radar no final do Retão em Interlagos, e coincide com o que eu calculava pelo meu contagiros, 209 km/h. Vejam bem, não é obviamente a velocidade apontada por nenhum velocímetro, quase todos imprecisos, já que nossos carros não tinham, e sim a dele pelo radar e a minha pelo calculo.
Isso na década de 80 do século passado, quando os mais rápidos carros nacionais, Puma GTB e Opala 4.100 mal passavam dos 175 km/h de velocidade real, acredito que um desses carros, na configuração de rua na mesma pista chegassem ao final do Retão à bem menos que isso.
Quando em 1982 fizemos uma corrida gostosa demais pelo Anel Externo de Interlagos lembro de comentar com o Chapa e o Carlão, depois de fazer o calculo que estava chegando à freada da curva Três aproximadamente à 5 ou 6 km/h a mais do que quando fazíamos o circuito completo.


Arturão, Amadeo e Jr, pelos nossos cálculos e o radar mais para frente iam chegar à uns 209 km/h, por alguns outros "cálculos mais otimistas" à uns 350 km/h!


Naquela corrida, que já descrevi aqui, cheguei em terceiro lugar, atrás do Ricardo Mogames e do Laércio dos Santos, ambos com carros muito bem preparados sendo que o carro do Laércio era o que Amadeo Campos havia sido campeão brasileiro da categoria. Cheguei em terceiro sem que ninguém à minha frente tivesse quebrado, apenas com uma rodada do Elcio Pelegrini bem à minha frente na curva Dois quando disputávamos essa posição. Cheguei na força de meu motor 1.600cc magistralmente preparado pelo Chapa que na época tirava cerca de 150 HP deles e do belo acerto de chassi do Carlão. Um dia ainda acho o resultado oficial dessa corrida, mas se minha memória não me trai a melhor volta foi minha, na casa dos 1m04s o que dá uma média de 180 km/h nos 3.207m do Anel Externo.


Tomada da curva Um, atrás o Sueco.

Que me recordo a volta era mais ou menos assim; passava na linha de chegada à mais ou menos 195 km/, na entrada da Um estava á algo como os 200/205 km/h e podem ter certeza que eu fazia cravado! Chegávamos à Dois, com a desaceleração provocada pelo contorno da Um à uns 180/185 km/h, que por ser mais aberta que a Um fazia cravado,  na freada da Três como disse antes à mais ou menos 214/216 km/h. Pendurava nos alicates engatava terceira marcha e contornava a curva à 160/165 km/h para duzentos metros adiante, onde fica a Junção engatar a quarta marcha e subir novamente para Reta dos Boxes.
Vejam que as diferenças de velocidade eram grandes do que quando fazíamos o circuito completo, pois neste caso ao sair do Miolo a Junção em meu caso era feita em segunda marcha que chegava se tanto aos 150/155 km/h e ao passar no mesmo lugar vindo pelo Externo já estava em quarta marcha à mais ou menos 185 km/h. Na subida que leva à linha de chegada os motores de apenas 1.600cc, apesar do cambio bem acertado sofriam um pouco.
É isso aí, falar em velocidade de 240 km/h 250 km/h é papo furado, ainda mais vindo de alguns pilotos que no circuito completo tomavam 20/30 segundos e no Externo quase 10!
Uma nota interessante, nos 500 Km de Interlagos de 1972 a melhor volta da corrida no Circuito Externo foi de Herbert Muller com a Ferrari 512S à 53.02 segundos à média de 217.752 km/h, na época dez anos antes os pneus slick ainda não eram tão desenvolvidos pois era o começo deles e o autódromo passou por melhorias depois. Então tomando por base meu depoimento e caso estivesse com meu VW D3 naquela corrida a cada quatro (4) voltas seria ultrapassado pela Ferrari e teria terminado a corrida com no máximo 110 voltas, 46a menos que vencedor e certamente com os ouvidos zumbindo até hoje de tantas ultrapassagens, ou muito assustado até para escrever para vocês!   


Rui Amaral Jr 






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PS: Desculpem a repetição das fotos, são as poucas que guardei.
       No ano de 72 eu preparava meu VW D3, e um amigo havia colocado dupla carburação e rodas aro 13” em seu Fusca. Vinha sempre em minha oficina contar que seu carro na estrada chegava à 200 km/h e certas vezes passava disso! Ora, eu nem respondia, pois com as rodas menores na frente o velocímetro rodava muito mais rápido. Certa vez em uma viagem, acho que na Castello Branco, passei por ele em minha moto BMW R60, que de top speed deveria chegar a no máximo à 165/170, simplesmente de passagem! Logo ele veio me dizer que eu deveria estar a muito mais de 200 km/h (rsrsrs) quando o máximo que eu poderia estar era no limite da velocidade dela, coisa que era meu costume andar!
Como podemos ver exageros existem aos montes!    



BELAS MAQUINAS...






quinta-feira, 7 de março de 2013

POLAR Divisão IV

O Polar na bela arte de Mauricio Moraes

Quando mostrei o HEVE minha intenção era mostrar também o Polar, mas tive vontade de fazer um post separado. Hoje pela manhã em meu Facebook vem uma pergunta do Hélio - Canini Jr -“e o Polar?”, respondi que ia escrever breve e saí. De onde estava enviei um e-mail ao Ricardo Achcar pedindo algumas fotos e informações e logo ao chegar vejo a resposta do sempre solicito amigo.
Ricardo, piloto dos bons, bons mesmo, construtor e muito mais, construiu esses belos carros para o Campeonato Brasileiro de Viaturas Esporte a Divisão IV - aqui uso a grafia que ele usou em sua resposta - neles grandes pilotos nossos mostraram nas pistas um carro muito bem feito, rápido e belo demais. Fora o carro do Jaime os outros usavam motores VW Boxer 2.000cc.
 
 Expedito Marazzi testando o Polar.  
 Chico Lameirão no Polar da Motoradio e Mauricio Chulan no Heve da Hollywood
 Jaime Levy
Jan Balder


Largada em Curitiba, o  Polar da Lonex de Nilton Pereira
Eles na visão de meu amigo Tito, para carros de fenda.

Mais tarde conversando com um amigo pergunto sobre o carro de Jaime Levy que utilizava o motor do Ford Corcel com turbo compressor, ele me disse para procurar a ADILVOX, e seu proprietário Adilson, que era o responsável pela preparação do carro do Jaime. 
Da bela conversa com Adilson, as fotos e muitas informações, me contou que o bloco era o original do Corcel, mas o cabeçote era o do Renault R8 com fluxo cruzado, de um lado o coletor de admissão do outro o de escape, válvulas maiores que as do Corcel, 1.340cc para se enquadrar na categoria A, até 2 litros. Seu turbo trabalhava à uma pressão de 2.5 kg e que eles tiveram muitos problemas em toda adaptação. Citou a corrida de Cascavel, quando teve problemas na largada, e mesmo saindo lá atrás logo tinha ultrapassado vários concorrentes e terminou a corrida em 3º na categoria.      









"Quanto ao Polar, considerando todos os anos já passados, podemos acreditar que é um clássico.
Da categoria Protótipos, já que era muito semelhante á Lola T210 ( que o Emerson trouxe para o Brasil para um Torneio, junto com a Lola T70 e que acabou originando o protótipo Avallone). 
O Polar utilizava um motor, bloco Ford Corcel, 1.340cc, com cabeçote R8 de fluxo cruzado, Turbo Lacom , caixa de cambio Hewland ( não lembro se MK8 ou FT200) 
Abs,
Adilson Castardelli"

Agradeço ao amigo Ricardo sempre um cavalheiro e ao novo amigo Adilson pelo belo papo e todas informações e fotos.
Uma grande duvida me assola neste momento; A quem oferecer este post?
Quase todos citados são amigos, Expedito e Jaime subiram antes da bandeirada final. Ricardo, Chico, Jan, Adilson e Hélio  com a Graça de Deus estão todos ótimos e certamente vão ler o post, menos o Chico que não domina essa máquina como dominava aquelas em que foi campeão nas várias categorias de nosso automobilismo.
Sei que faltaram alguns detalhes técnicos do chassi, mas sei também que nos desenhos e fotos do Ricardo vocês vão desvendar grande parte dele..
Então esse post vai para todos nós, foi muito bom escreve-lo!  

Rui Amaral Jr