A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 30 de maio de 2011

UM BOM FIM DE SEMANA

Na foto tirada pela Emily Belmonte ou pelo Francisco à esquerda Orlando Belmonte Jr, Nando Oliveira da VSchips, Carlos Fernandes da bela equipe HJL e eu.

Fim de semana muito bom, na sexta à noite fui assistir a uma prova do Campeonato Brasileiro de Autorama na Parolu de meu amigo Paulinho lá encontrei um querido amigo que não via há muito o Claudinho Carignato. Sábado pela manhã ainda fui à Parolu onde meu filho foi me buscar para ir a Interlagos, confesso que estava um pouco chateado e até pensei em não ir, ainda bem que fui. Tínhamos marcado um encontro no Box do Ferraz onde ele preparava o Spyder para largar na Força Livre, lá estavam o Nando e o Orlando com a sua filha Emily. Já estava mais à vontade e o Francisco e eu fomos dar um passeio pelos boxes e lá no primeiro encontramos dois caras a quem admiro muito, meus amigos Jan Balder e o Chico Lameirão. O Chico está ótimo e apesar dos cabelos brancos continua na mesma forma de sempre e aí ele me apresentou uma pessoa por quem tenho muita admiração, a Graziela Fernandez. Não a conhecia pessoalmente e a Grande Dama de nosso automobilismo é a simpatia em pessoa, depois descobri que nós três havíamos competido nas Mil Milhas de 1984, ela em dupla com seu marido num Opala. Já estava muito bom quando fui percorrer os boxes e encontro o Luiz Salomão -Saloma- todo entusiasmado com sua participação nas MM de carros antigos onde vai correr com seu VW-Okrasa. Encontramos a sempre simpática Jackie Della Barba, fui abraçar seu marido o super competente Della Barba e ao chegar no ultimo Box para ver os Formula Vee encontro o Zullino e o Joca. Ninguém encontra o Zullino à toa pois aí o papo flui e um milhão de histórias vem à tona, no Box da categoria todo sucesso que eles estão fazendo com doze carros se preparando para a largada. Assistimos a largada da Força Livre do S e fomos ao heliponto onde estavam o Nando, Orlando, Ferraz vendo o piloto dele. Na Força Livre uma boa corrida tendo um Spyder com motor AP Turbo despachado uma Ferrari, não só ele como outros dois, parece que o piloto da Ferrari se desesperou um pouco e aí foi um festival de rodadas até o final.
Já voltando ao Box do Ferraz o Nando me alerta que o Carlos Fernandes estava a nosso lado, aí foi uma festa, não nos víamos a muitos anos e conversamos muito. Indo ao Box de sua equipe o reencontro foi com o Guaraná, há muito não nos víamos e o dia que já estava agradável foi ganhando emoção. No Box da equipe HJL do Carlos vi todo esquema profissional dele e toda sua competência, fazendo do automobilismo uma coisa séria muito séria. 
No domingo já de volta a meu exílio - involuntário - vi o grande GP de Mônaco e a vitória do Tião, é assim mesmo quando tudo dá certo como está dando para ele. Certamente Button vinha melhor e era favorito até a metade da corrida mas um erro de estratégia na troca de pneus colocou-o em terceiro, mas que ele fez um corridaço ele fez.
Nas 500 Milhas vi um belíssima corrida do Tony, bem que ele podia ter vencido e na volta final quando vi o alicatão do Hildebrand entrando na curva 4 com outro carro a sua frente pensei de cara “bateu” e então ele entregou a corrida a Dan Weldon que quem sabe merecia mais do que ele a vitória com o grande Tony Kanaã em quarto.
Encontrar meus amigos de tanto tempo encheu meu coração de felicidades e a eles meu forte abraço, agora tenho certeza que nos veremos mais vezes.

       Vettel, Button e Alonso. Na vitória do Tião o show foi das MacLaren.
Ele deu o show, apenas falou bobagens após a corrida.

Hildebrand também deu um show.


FOTOS: AP e REUTERS

quinta-feira, 26 de maio de 2011

500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS 2011 - IV - OS BRASILEIROS

Emerson duas vitórias 1989 e 93 e pole em 1990.


Final dos anos 70 Emerson deixa a Formula Um e o projeto de levar um carro feito por sua equipe a ser competitivo na categoria. No Brasil estava desacreditado e era motivo de chacotas de alguns humoristas e descrédito do publico, apenas alguns anos antes havia sido bicampeão do mundo de Formula Um numa carreira meteórica e repleta de vitórias nas muitas categorias em que competiu. Eu certamente não era uma dessas pessoas, acreditava e torcia por uma volta de nosso campeão. Aos 38 anos ele vai para os EUA, primeiro correr na INSA com um carro pouco competitivo, para logo a seguir ser contratado por uma equipe para correr na categoria que hoje chamamos de Indy.
E foi na Patrick Tean que mostrou ser ainda rápido e campeão, não vou descrever a carreira dele nos EUA, mas  abriu as portas para um legião de pilotos brasileiros que lá fizeram e fazem suas carreiras, e venceu a primeira das seis vitórias que nossos pilotos tiveram nas 500 Milhas de Indiapolis. 
Isso mesmo de 1989 até o ano passado, em 22 anos de brasileiros correndo na Indy 500 temos seis vitórias, por enquanto.
Neste ano correrão Helio, Tony Kanaan, Bia Figueiredo e Vitor Meira. Já Bruno Junqueira teve seu lugar no grid vendido pela equipe A.J Foyt para a Andretti Autosport numa atitude polêmica e que causou indignação entre muitos pilotos. 


Gil de Ferran, vencedor em 2003 com Helio Castroneves em 2º e Tony Kanaan em 3º.
Helio Castroneves, vencedor em 2001/02/10.
Pole em 2003/07/09/10


A primeira vitória de Emerson foi na Patrick Tean e a outra assim como as vitórias de Helio e Gil foram na Penske.

Bill Vukovicht vencedor em 1953/54.
 Bill e o Pat Clancy Special que não correu.



quarta-feira, 25 de maio de 2011

500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS 2011 - III - 1963/64/65/66 a era Clark

Seu nome e rosto está apenas uma vez no troféu mas ele brilhou quatro anos em Indianápolis.

Após conhecer a prova depois de um convite de Dan Gurney, Chapman deve ter constatado que os yanques estavam muito defasados em relação à Europa, na construção de seus carros. Ele deve ter ficado bem impressionado foi com a quantidade de dinheiro que era pago na premiação de apenas uma corrida. Ao contrário dos italianos com Ciccio em 1952, a chegada da Lotus foi melhor preparada e Clark já apareceu como favorito na prova de 63. Provavelmente, Jimmy teria vencido a corrida, pois o líder Parnelli Jones tinha um vazamento de óleo em seu carro, motivo de desclassificação.
Mas para a surpresa de Colin, a direção de prova disse que o que estava vazando era água!! E permitiram que Parnelli continuasse. Ele venceu, sob regime de bandeira amarela, depois que um outro piloto rodou ao passar em sua "água". Clark e Chapman tiveram de engolir a derrota.
Mas retornaram em 64, quando uma má escolha de pneus fez Jimmy desistir. Em 1965, domínio absoluto da Lotus 38. Clark liderou 190 das 200 voltas. No ano seguinte, uma rodada e um erro nos mapas de cronometragem facilitaram a vida de Graham Hill.

Carlos Henrique Mércio - Caranguejo

Chapman e Clark 1963.
1965
1963 após o segundo lugar na Indy 500 Clark e a equipe Lotus foram par Milwakee no oval de uma milha e conquistaram um vitória absoluta.
Vitória de Parnelli Jones, 2º Clark e 3º A.J. Foyt.
1964 Clark fez a pole e uma quebra da suspensão traseira o tirou da corrida.
Vitória de A.J. Foyt, 2º Rodger Ward, 3º Lloyd Ruby.
1965
Pit 1965 vitória de Clark tendo ponteado 190 das 200 voltas da corrida, 2º Parnelli Jones e 3º Mario Andretti.


1966 Grahan Hill.
Dizem que certa vez treinando em Indy, Hill sofreu um pequeno acidente e a zelosa equipe médica correu para socorrê-lo. Aproximando-se do carro, um ainda novato médico, o dr. Steve Olvey, não conseguiu evitar um tombo. Bateu com o rosto, sangrou o nariz, mas foi cumprir o seu dever. Ao dirigir-se a Graham perguntou: "Mister Hill, o senhor está bem?" O galhofeiro inglês olhou bem para aquele jovem sangrando e retrucou: "Comigo tudo OK, mas e você?" 


1966 Grahan Hill e a Lola Ford os vencedores, com Clark em segundo e Jim MacElreath em terceiro.
Jimmy corrige uma derrapada em 66, foi sua a pole virando perto de 8 km/h mais rápido que o segundo.


O STP Turbina de Parnelli Jones com o patrão Andy Granatelli e o Lotus com Chapman e Jimmy.
1967 STP Turbine de Parnelli Jones.


1952 Alberto "Ciccio" Ascari e a Ferrari 375 nos treinos da Indy 500.

1961,, Jack Brabham e o pequeno Cooper Ford 9º colocado.




Para meus amigos Danilo, Fabiani e Francis Alicatão. Rui Amaral Jr

terça-feira, 24 de maio de 2011

500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS 2011 - II


Entre Mario e Rick, A.J. larga na primeira fila aos 56 anos. 

As 500 Milhas fizeram parte do calendário da Formula Um de 1950 até 1960 e desde o começo foram muitos os europeus que buscaram a gloria e toda divulgação  que uma vitória nela trariam.
O primeiro carro e piloto europeu a vencer foi Gilles Goux pilotando um Peugeot em 1913 e até 1919 todas vitórias foram de carros e pilotos europeus sendo que a francesa Peugeot venceu três vezes e 1913/16/19.

Dario Resta vencedor de 1916 e o Peugeot.

Em 1950 o vencedor Johnnie Parsons pilotando um  Kurtis Kraft-Offenhauuser quase chega à media de 200 km/h vencendo com a media de 199,526 km/h, no ano seguinte pilotando o mesmo carro Lee Wallard superou os 200 vencendo à media de 203,169 km/h. Em 1935 surgiria o motor que venceria muitas vezes até 1975 o Offenhauser. No ano de 1948 a Offenhauser lançou o motor de quatro cilindros e duplo comando no cabeçote  com compressor que venceria mais dezenove edição da corrida.
A.J. Foyt que venceu pela primeira vez em 1961 pilotando um Watson-Offenhauser voltou a largar na primeira fila em 1991 aos 56 anos ao lado do pole Rick Mears o vencedor e Mario Andretti, um trio de peso! 

Jimmy e a Lotus 38 em 1964, no ano seguinte seria diferente.

A ultima vitória de um carro com motor dianteiro foi em 1964 quando Foyt venceu com um Watson-Offenhauser à media de 237,16 km/h o ano seguinte seria de Clark que dominou o começo dessa corrida largando na pole com um Lotus 38 Ford #6 e quebrou na quarenta e sete.