A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Formula Indy Texas 2012 grid

Alex Tagliani 



GRID

1º Alex Tagliani (CAN/BHA-Honda), 48s5695
2º Dario Franchitti (ESC/Chip Ganassi-Honda), a 0s0102
3º Graham Rahal (EUA/Chip Ganassi-Honda), a 0s0308
4º Scott Dixon (NZL/Chip Ganassi-Honda), a 0s0812
5º Will Power (AUS/Penske-Chevrolet), a 0s1297
6º James Hinchcliffe (CAN/Andretti-Chevrolet), a 0s1743
7º Tony Kanaan (BRA/KV-Chevrolet), a 0s2239
8º Mike Conway (ING/A. J. Foyt-Honda), a 0s2792
9º Marco Andretti (EUA/Andretti-Chevrolet), a 0s2869
10º Takuma Sato (JAP/Rahal Letterman-Honda), a 0s3390
11º Simon Pagenaud (FRA/Schmidt Hamilton-Honda), a 0s3650
12º Oriol Servià (ESP/Dreyer & Reinbold-Lotus), a 0s3937
13º Rubens Barrichello (BRA/KV-Chevrolet), a 0s3955
14º Ryan Hunter-Reay (EUA/Andretti-Chevrolet), a 0s4004
15º Ernesto Viso (VEN/KV-Chevrolet), a 0s5112
16º Helio Castroneves (BRA/Penske-Chevrolet), a 0s5209
17º Charlie Kimball (EUA/Chip Ganassi-Honda), a 0s6522
18º Justin Wilson (ING/Dale Coyne-Honda), a 0s8139
19º Ed Carpenter (EUA/Carpenter-Chevrolet), a 0s9289
20º James Jakes (ING/Dale Coyne-Honda), a 1s0222
21º Katherine Legge (ING/Dragon-Chevrolet), a 1s1875
22º Simona de Silvestro (SUI/HVM-Lotus), a 2s7669
23º J. R. Hildebrand (EUA/Panther-Chevrolet), a 3s1393
24º Ryan Briscoe (AUS/Penske-Chevrolet), sem tempo
25º Josef Newgarden (EUA/Fisher Hartman-Honda), sem tempo


GP do Canadá 2012 - primeiro dia

Hamilton foi o mais rápido sempre que entro na pista, Button com problemas no carro, Alonso andou muito forte e até rodou, Bruno deu uma bela panca na saída da chicane, a FON tirou o video do YouTube...vamos ver amanhã!
 Hamilton

Alonso na rodada

OS TEMPOS

1º - Lewis Hamilton (GBR) McLaren-Mercedes - 1m15s259 
2º - Fernando Alonso (ESP) Ferrari - 1m15s313
3º - Felipe Massa (BRA) Ferrari - 1m15s410
4º - Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Renault - 1m15s531
5º - Paul di Resta (GBR) Force India-Mercedes - 1m15s544
6º - Kamui Kobayashi (JAP) Sauber-Ferrari - 1m15s651
7º - Michael Schumacher (ALE) Mercedes - 1m15s697
8º - Nico Hulkenberg (ALE) Force India-Mercedes - 1m15s799
9º - Jenson Button (GBR) McLaren-Mercedes - 1m15s812
10º - Nico Rosberg (ALE) Mercedes - 1m15s878
11º - Sergio Perez (MEX) Sauber-Ferrari - 1m15s898
12º - Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - 1m15s907
13º - Pastor Maldonado (VEN) Williams-Renault - 1m15s987
14º - Romain Grosjean (FRA) Lotus-Renault - 1m16s360
15º - Kimi Raikkonen (FIN) Lotus-Renault - 1m16s562
16º - Heikki Kovalainen (FIN) Caterham-Renault - 1m16s981
17º - Bruno Senna (BRA) Williams-Renault - 1m17s022
18º - Vitaly Petrov (RUS) Caterham-Renault - 1m17s075
19º - Jean-Eric Vergne (FRA) Toro Rosso-Ferrari - 1m17s124
20º - Daniel Ricciardo (AUS) Toro Rosso-Ferrari - 1m17s716
21º - Pedro de la Rosa (ESP) HRT-Cosworth - 1m18s908
22º - Timo Glock (ALE) Marussia-Cosworth - 1m19s084
23º - Narain Karthikeyan (IND) HRT-Cosworth - 1m19s378
24º - Charles Pic (FRA) Marussia-Cosworth - 1m19s902




Danilo Julio Afornali por Ari Moro

Para meus amigos Fabiani e Contreras



"Se considerarmos que esse cidadão lida com mecânica de motocicletas há nada menos que 53 anos, período durante o qual foi mecânico, preparador e piloto, podemos afirmar tranquilamente que ele - Danilo Julio Afornali, curitibano do Bigorrilho, sete vezes Campeão Paranaense de Motociclismo entre 1959 e 1971 - é um "Doutor em Motos". Quem visita sua "clínica de motores", agora no bairro de Santa Felicidade, pode notar, nas paredes, as marcas da sua trajetória motociclística em forma de troféus, diplomas, certificados e fotografias de corridas esquecidas no tempo e, no seu peito e braços, as marcas deixadas por um cabo de aço, fruto de acidente. Lá está ele, cigarro pendendo dos lábios, trabalhando ainda com as motos.
Filho de Paschoal e Lucietta Gans Afornali, Danilo começou a lidar com motocicletas em 1950, com 15 anos de idade, quando seu pai adquiriu uma CZ deste mesmo ano. "Minha primeira corrida de moto - conta Danilo - foi na pista de terra do Itaim, na cidade de JoinvillejSC, com uma CZ pertencente ao curitibano Boguslavo Sunn e preparada por nós dois no porão da casa onde ele moravá. Fiz terceiro lugar depois que a bóia do reservatório de gasolina do carburador furou. Era difícil ganhar dos catarinenses naquela pista, mas, fiquei animado com o resultado obtido e comecei a acreditar em mim mesmo."
Quem não se lembra da pista oval de corrida de cavalos do Jockey Club no bairro do Prado Velho, que depois foi transformada em pista de corrida de motos, em Curitiba? Numa corrida ali, com uma BSA 500 Twin pertencente a Manoel de Alencar Guimarães (Noel), Danilo fez segundo lugar, chegando em primeiro Ferdinando Batschoven, com uma Triumph 500. Na pista de Interlagos, em São PaulojSP, em 1971, Danilo participou das 500 Milhas com uma Ducatti 350, fazendo quinto lugar.
Ainda em Interlagos, na saudosa época das corridas de lambretas (reunindo marcas tais como Lambretta, Vespa, Iso) Danilo participou de uma prova com duas horas de duração, pelo antigo traçado de 8 quilometros de distância. Sua lambreta, carenada, havia pertencido aos famosos irmãos Gualtiero e Paolo Tognochi, tidos como os maiores cobras brasileiros da época no preparo dessas máquinas de 150cc. Danilo saiu na frente de mais de 30 competidores e assim permaneceu até quase o final da corrida, quando, no final da grande reta oposta de Interlagos, furou um pneu e levou um tombo, desistindo.
É bom lembrar que essa lambreta, com rodas, chassi, tanque de combustível, tudo feito em São Paulo/SP, foi recordista de velocidade na pista de Interlagos/SP. Com ela, Gualtiero Tognochi venceu a inesquecível corrida de lambretas entre Curitiba e Ponta Grossa.


O preparo de máquinas para outros pilotos, entre eles Ubiratan Rios, que foi duas vezes Campeão Brasileiro de Motociclismo e uma vice-campeão, sempre foi uma especialidade de Danilo. Em 1982, preparou uma Yamaha TZ 350 (máquina do então campeonato mundial de motociclismo categoria 350) para Bira correr e foi com ele à Argentina participar de prova do mundial. Fizeram nono lugar entre 33 pilotos e Bira terminou a prova com a embreagem danificada.

"A corrida que lembro com mais saudade e emoção - fala Danilo - foi aquela em que, pela primeira vez, um paranaense conseguiu vencer os catarinenses na pista do Itaim, em Joinville. Eles eram imbatíveis lá. Foi em 1962, quando preparei e pilotei uma HRD Vincent 1000cc."
Danilo sempre participou de grandes provas. Em 1976, juntamente com Ubiratan Rios, o conhecido Az do Motociclismo brasileiro Bira, colocou na pista de terra de Joinville uma Yamaha RS 125cc com kit de competição, participando de uma prova de 6 horas de duração. "Fizeram uma sacanagem para nós - conta ele - pois, até 10 minutos antes do término da prova estávamos em primeiro lugar. Daí para a frente os fiscais de pista "se perderam" na contagem das voltas e acabaram por nos classificar em terceiro lugar, dando o segundo ao catarinense Lucílio Baumer, que não aceitou, dizendo que só aceitaria se eu e Bira fossemos considerados os vencedores. " Essa foi a sua derradeira corrida.


Praticamente todas as máquinas antigas existentes no Brasil passaram pelas mãos de Danilo: Ducatti, HRD, Triumph, BSA, Indian, CZ e outras. Como todo verdadeiro motociclista tem uma história triste para contar, Danilo também tem a sua. Em 1967, no Dia das Mães, pegou sua HRD Vincent 1000cc bicilíndrica e foi dar uma volta na Rodovia do Café. Pouco antes do Parque Barigui, em frente a um posto de combustível, notou um caminhão FNM da cidade de Toledo/PR de um lado da pista e outro no pátio do posto. Diminuiu um pouco a velocidade e foi se aproximando, pensando que um caminhão deveria estar manobrando para entrar no pátio do posto e que o outro estava saindo do estabelecimento. No entanto, vendo que os caminhões não se movimentavam, achou que os motoristas dos veículos estavam esperando que ele passasse. Acelerou novamente a HRD e quando praticamente não havia tempo para mais nada, apavoradamente viu que havia um cabo de aço esticado por sobre a pista, unindo os caminhões. "Meu único reflexo foi cortar o acelerador. O cabo atingiu-me no peito e braços e por milagre não subiu, pois, caso contrário eu teria sido degolado. Fui arremessado a distância e a motocicleta seguiu em frente desgovemada, tombando de lado na altura da ponte do rio Barigui. Hospitalizado, Danilo recuperou-se mas, as marcas do acidente ele as carrega até hoje.
Sua primeira oficina mecânica foi montada em 1958, no Bigorrilho, num terreno próximo onde hoje está a Igreja dos Passarinhos. Embora tenha boas lembranças do seu tempo de piloto, Danilo diz que o seu trabalho como mecânico profissional de motocicletas não proporcionou muita compensação. "Um piloto de motos tem que gostar mesmo do metier e ter coragem. Pilotar motocicleta não é para qualquer um".
Casado com a senhora Marisa Rangel Afomalli, Danilo tem três filhos: Marco Aurélio, Marcia Regina e Marcelo Eduardo. Ele é, na verdade, além de famoso preparador de motores de competição, um dos mais importantes pilotos de motocicleta, ao lado de Ubiratan Rios e Nivanor Benardi, que o Paraná já teve. Seu nome está marcado com destaque numa página do livro que conta a história do motociclismo de competição brasileiro. " Ari Moro

Dos exemplares do jornal "CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" que o jornalista Ari Moro me presenteou , retiro várias pérolas escritas por ele . Ari que escreve sôbre automobilismo , motociclismo , aviação etc etc sempre com a mesma emoção e personalidade . Leio e releio sempre seus artigos , tentando tirar proveito de suas verdadeiras aulas de jornalismo .

"CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" nº 07 Agosto de 2003

Obrigado Ari e um abraço
.

_________________________________________________

Post original de 12 de Setembro de 2009




quinta-feira, 7 de junho de 2012

MIL MILHAS BRASILEIRAS 1956 - A QUASE VITÓRIA DE UM FUSQUINHA


 Na edição nº 4 de seu jornal, Ari Moro ao contar da participação de Germano Schlögl nas Mil Milhas Brasileiras de 1956, cita o VW em que correram Eugênio Martins e Christian Heins como um fusquinha original. Pesquizando depois, Ari com a ajuda de Paulo Trevisan, que consultou ninguem menos que Jorge Lettri o preparador do carro que lhes deu o seguinte depoimento.



" Referente ao VW nas I Mil Milhas Brasileiras -Interlagos/SP - 25/11/56 

Pilotado por ChristianHeins e Eugênio Martins e devidamente preparado em minha firma de então - Argos Equipamentos - tenho o seguinte a comentar :
1) A performance apresentada pelo fusquinha número 18 nessa dura prova , constituiu-sa no maior feito esportivo mundial de um veiculo VW até aquela data e , muito em especial em toda a América Latina !

Largada das Mil Milhas Brasileiras - 1956 - Christian e Eugênio entre as "feras"

No miolo de Interlagos, a tocada de dois grandes pilotos!

A chegada, braço levantado quase uma vitória!

2) Devido aos detalhes de momento, as condições externas foram mantidas quase que inalteradas ao original, o que publicitáriamente deram uma gigantesca penetração ao fato em si! Observe-se que nem o automático rebaixamento das suspensões foi introduzido no caso, isso mesmo em detrimento à perda de performance em curvas, detalhe tão necessário nesse tipo de disputa em autródromos como o de Interlagos!
3) A potência do motor 1500cc - Porsche 1.5 - bloco original VW de duas partes, de acordo com o regulamento conhecido - veículo e bloco do motor da mesma marca - fornecia uma potência de 74CV-Din, número esse idêntico a qualquer motor de série dos atuais 1000cc de produção nacional. Nunca, entretanto, esquecendo que disputávamos a prova contra as decantadas carreteiras do Rio Grande do Sul, equipadas com motores de 5000/6000cc!
4) Ao carro em pauta não foram introduzidas modificações básicas importantíssimas em competições, tais como: rodas - aro, pneu e medidas, sendo os aros utilizados em 15x4.5" e pneus 5.60x15" de construção diagonal ¬Spalla di Sicurezza. Enfim, pior que isso não seria possível!
5) Deve ser dada uma nota muito especial ao sistema de refrigeração do óleo lubricicanate do motor, que por sinal sempre constituira-se
na maior dificuldade dos motores refrigerados a ar em competições. Foi adotado no caso o sistema de carter seco, incorporando um radiador dianteiro. Para tal, foi elaborado um capô especial em fiberglass com bocal apropriado, de autoria do engenheiro João Amaral Gurgel, sendo essa a primeira peça produzida por ele na área automotriz!
6) Durante boa parte da prova o VW-18 ocupou a primeira posição, infelizmente perdeu-se a ponta pela simples quebra de um cabo de acelerador; porém ainda. chegou-se em segundo lugar na final!"
CHICOLANDI
Mais adiante, em sua resposta, Lettry comenta: "Fato curioso: alguns dias antes da prova, um bom amigo e eu achavamo-nos no apartamento da família Fittipaldi, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, para um daqueles "papos intermináveis" com o velho Barão, ainda com cabelos negros, quando repentinamente aparece por lá para o mesmo fim, o mais destacável piloto nacional até aqueles idos dias. Chico Landi! Naqueles tempos as palavras do famosíssimo "Chico Miséria" em matéria de mecânica esportiva faziam realmente tremer as paredes. Referindo-se a nós e ao pequeno veículo em baila, com aquela voz surda e bem característica sua, ele declara assintosamente: "no meio da corrida já vou começar a cortar a barba, pois já estará comprida prá burro!"
Pois bem: no meio da prova, quando já ocupávamos a liderança, o famoso personagem aparece em nosso box para dar uma daquelas típicas "abelhadas,,'na casa dos outros. Diante dessa extrema curiosidade, perguntamos então a ele: "como é seu Chico, já começou a cortar a barba?" Meio aos murmúrios e palavrões, •Iá se foi ele que era o grande piloto brasileiro de todos os tempos anteriores, como uma fera ferida em seu pleno orgulho! Simplesmente mais um fato cômico de nosso conturbado automobilismo. Só isso!".

_______________________________________________________


NT: Em 10 de Agosto de 2009 publiquei este post com matérias do jornal "CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" de meu amigo Ari. Dele recebi os jornais a autorização e o privilégio de divulgar todo seu material. 
Ao Ari meu forte abraço, assim como à Graziela Rocha e seu pai Nelson, que a ele me apresentaram.