A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

GP Cidade de São Paulo Mil Milhas Chevrolet Absoluta - 2025

 

O AJR vencedor das Mil Milhas com os pilotos, Henrique Assunção, Pietro Rimbano e Christian Robert.

 Por iniciativa de Eloy Gogliano e Wilson Fittipaldi, o pai, no ano de 1956, trouxeram ao Brasil a prova que era a querida da Itália, a Mille Miglia, diferente de lá, onde era corrida pelas ruas e estradas italianas a nossa era disputada no autódromo de Interlagos – hoje José Carlos Pace – e sua denominação Mil Milhas Brasileiras, se realizaria no dia do aniversário da cidade de São Paulo. No troféu ao vencedor está escrito “Gloria imortal aos vencedores das Mil Milhas” e tomo a liberdade de assim dizer “Glória imortal à Eloy e Wilson, idealizadores das Mil Milhas Brasileira”.

Era realizada pelo Centauro Motor Club, presidido por Eloy, depois de um certo tempo a então briga ACB – Automovel Club do Brasil – x CBA – Confederação Brasileira de Automobilismo – fez com que ela até trocasse para Mil e Seiscentos Quilômetros de Interlagos, voltando depois à sua denominação original.

Anos depois com a mudança de mãos no Centauro Moto Club, ela  foi interrompida e retomada inúmeras vezes, não cabe à mim comentar esta bagunça, e agora por iniciativa da Absoluta de Ney Faustini ela volta com o grande esplendor que merece, com a denominação de “Grande Prêmio Cidade de São Paulo Mil Milhas Chevrolet Absoluta”.

No sábado anterior à prova almoçando com o fotografo Zé Carlinhos e sua patroa Denise, queridos amigos, ele insistia para que eu fosse com ele, mas outro compromisso me impediu. Fotografo de mão cheia o link para seu instagran - @zecarlynfotografias - , lá vocês vão encontrar milhares de fotos dos mais variados campeonatos brasileiros e várias categorias internacionais que vieram aos nossos autódromos nos últimos trinta anos. As fotos deste post foram enviadas por ele e mais duas que peguei de meu amigo Kleusis Aguiar que capitaneou a equipe NF do amigo Nenê Finotti.










Abaixo as fotos da equipe NF de meus amigos Nenê e Kleusis

Com os Pilotos Kaio Sergio Gotti  Fabiano Goularte Gaspari

Na Gold Classic

P1 Com o Voyage 76

Com os Pilotos Rodrigo Fernandes Flavio Gomes Bernardo e Chris

P3 com Aldee # 91 

Com os Pilotos Rodrigo Fernandes Flavio Gomes Bernardo e Chris


Abaixo o carro da Absoluta Racing
Foto Umberto da Silva @.umberto.fotografia .  

ABS01 Chevrolet V8 - pilotado por Ney Faustini, Ney Roberto Faustini e Igor Taques, equipe sob a batutoa de Carlos Tigueis.





























terça-feira, 14 de janeiro de 2025

1.600cc x 1.800cc a grande diferença.

 

Vendo a bela obra de meu amigo Ararê, veio a vontade de escrever ...

Pedidos - ararenovaes21@gmail.com  

 Até 1982 os motores boxer VW que corriam na Divisão 3 tinham como limite de cilindrada 1.600 centímetros cúbicos, assim como os Passat, Chevette e outros.

Acontece que a partir desse ano ficou muito difícil para o motor boxer, criado cerca de cinquenta anos antes, com a concepção de comando central no bloco acionando as válvulas através de varetas tirar a mesma potencia dos motores VW de quatro cilindros em linha e comando de válvulas no cabeçote, muito mais moderno, conseguindo uma potencia especifica muito maior, na época acredito que cerca de 30/35hps a mais.

Em 1983 alguns grandes nomes que corriam com os VW haviam deixado a categoria, como meus amigos Arturão – Arturo Fernandes – e Jr – Luiz Carlos Lara Campos Junior -,pilotos a serem batidos nos então Fuscas. Os VW-Passat começaram a dominar dois ou três anos antes, mas eram poucos já que sua preparação era caríssima, não que as dos Fuscas de ponta fossem muito menores, mas muitos deles já vinham com alguns anos de pista e correr era uma continuação de um esquema já muito testado.  

Os Pequenos Foguetes que haviam maravilhado os torcedores já não eram páreo para os Passat, que não eram tantos no grid, e para tentar equilibrar a batalha os motores VW Boxer foram autorizados pela CBA a aumentarem sua cilindrada para 1.800cc contra os 1.600 dos Passat. A VW do Brasil não apoiava muito a iniciativa, pois a ideia deles era mostrar o Passat, onde batalhavam com novos carros da classe pelo público consumidor.

Um aparte depois de falar com o Tide Dalecio; em 1983 apesar do novo regulamento ele usou motores 1.600cc em seu Fusca, e em duas corridas na chuva, em Interlago e Jacarepaguá, levou a melhor sobre os Passat vencendo. Eram imbatíveis os Fuscas na chuva, além de Tide ser um grande piloto.

Minha experiencia com os boxers 1.800cc veio em 1984 quando a Salecar de meus queridos amigos Marcos, Arno e Beto Levorin me convidaram a correr as Mil Milhas Brasileiras com Fabinho Levorin filho do Marcos, sob o patrocínio da fabricante de pneus Levorin, de seus primos. O carro o #8 com que havia corrido o campeonato paulista da D3 de 1982, e agora apesar de ainda ser meu estava sob os cuidados deles.

As mudanças no carro foram poucas, o tanque que passou a ser um com oitenta e poucos litros, os amortecedores, que na TEP-D3 paulista eram obrigatórios os nacionais, eu usava ao Barchi, e agora poderia usar os Koni e os motores 1.800cc. O cambio usava as mesmas relações de 82, Caixa3 com diferencial 8:31.

Em meu primeiro treino, creio que o Fabinho já havia andado um pouco com o carro, me disseram que usasse o motor à 6.500 rpm bem abaixo dos 7.200/7500 que andava em 1982. Ia esquecendo, mas chave que voltava a espia de meu conta-giros Jones, ainda estava no bolso do Chapa – Flávio Cuono – então obedeci fielmente as instruções!

Brincadeiras à parte saindo logo notei que o 1.800, não sei dizer que comando de válvulas usava, “pegava” logo em baixa rotação, creio que 3000/3500 rpms, e o torque era muito maior. A diferença era enorme e mesmo saindo dos boxes com cuidado cheguei à curva 3 quase na rotação sugerida a andarmos.

A diferença em velocidade máxima não era muita, mas em Interlagos com aquelas subidas que judiavam os 1.6 eram agora superadas em muito. Começando pela Reta Oposta, quando o motor ganhava rápido de giros e subia bem mais forte depois de engatada a quarta marcha na saída da curva do Lago. Na curva do Sargento, que começava em descida e terminava em acentuada subida para curva do Laranja, usava a segunda marcha para contorná-la e terceira no meio da reta que une as duas curvas, o ganho de velocidade era notório. Aquela subida malvada na saída da curva da Junção, rumo à linha de chegada acredito que era feita com o 1.8 cerca de 10/15 kms a mais.

Em 1982, numa volta voadora, eu havia girado em Interlagos – hoje Autodromo José Carlo Pace – batalhando com meu amigo campeão Elcio Pelegrini o tempo de 3’23” alto e em cinco ou seis voltas com o 1.8 já vinha virando 3’20/21” sem forçar. Mais tarde, primeiro o Fabinho e depois eu, viramos na casa dos 3’17”, vejam que foram cinco segundos de diferença, isto treinado para uma corrida longa, não uma de dez voltas quando o ritmo era bem mais violento.

 

Valeu Tide!

A você Carlos Henrique “Caranguejo” Mércio, seus pitacos fazem falta, e vê se aí no alto você e o Turito só falem bem deste mero escrevinhador!

 

Abraços

 

Rui Amaral Jr


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Carlo Henrique Mércio o Caranguejo. 07-01-2025

 

Com sua amada Maria da Glória.

  Triste, muito triste! Cerca de hora e meia atrás vejo que entrou um WhatsApp do Carlos Henrique “Caranguejo” Mércio, antes de ler logo pensei “tem fofocas vindo por aí...”, mas não, era minha amiga Maria da Glória, sua amada, comunicando seu passamento. Mas como! Sim subiu para o Plano Espiritual, ele era Espírita convicto, meu amigo, meu parceiro de tantas escritas, meu irmão Gaúcho. As palavras somem, a mente divaga, liga o Biju Rangel tão pasmo quanto eu.

Lá do alto certamente nos olha, olha Glória, filhos e netos, olha por nós seus amigos, e certamente já encontrou Tazio, Fangio, Clark, Arturão ... e contou-lhes sobre todas belas páginas que escreveu sobre eles.

Deus o tenha ao seu lado amigo do coração e a console Glória, assim como “as crianças”, que era como ele se referia a elas.  

Até um dia irmão.

Rui Amaral Jr


sexta-feira, 3 de janeiro de 2025