A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 2 de abril de 2011

REVISTA ILUSTRADA ABRIL‏


Vale dar uma espiada, alem das belas fotos do Paulo e seu filho ele cita e mostra Vinicius de Morais, Carlinhos Lira e Mario Quintana. Fora uma loira linda por quem me apaixonei, acho que é Marilyn. 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Chico Lameirão

Campeão da Formula Ford 1971.

Chico consolidou sua carreira correndo em protótipos e carros de Turismo nos anos sessenta, passando até mesmo por equipes como a Willys. No começo dos anos setenta, tornou-se o primeiro campeão de uma nova categoria de monopostos do Brasil, a Fórmula Ford. Ajudado pelo Mestre Crispim, ele levantou seu primeiro título depois de muita disputa contra Pedro De Lamare e uma já atuante brigada gaúcha. Lameirão esteve na F/F até 74 e sempre deu mostra de pioneirismo, sendo um dos poucos pilotos na época a utilizar um chassi diferente do Bino; o Polar.


Campeão na Super Vê, 1975.
De 1974 em diante, Chico dedicou-se à nova Fórmula Super Vê, categoria fortemente apoiada pela VW, com grids cheios, boa premiação e grande retorno de mídia. Envolvido com o fabricante carioca Polar, disputou pau a pau com Ingo Hoffmann este primeiro título, mas ambos foram surpreendidos por Marcos Troncon. Em 75 porém, é o grande vencedor. Em 76 no entanto, chega a vez de um certo Nelson Piquet, mas Lameirão defende bem seu título Para 77, fica sem seu antigo patrocinador a Motoradio, mas não deixa de experimentar o novo. Embarca no projeto do novo chassi Kaimann para a categoria, mas voltará aos Polar e na prova extra-campeonato do final do ano no Rio, estreia o patrocínio dos cigarros Marlboro. Daí para a frente, sua presença nas pistas irá diminuindo até envolver-se mais com preparação. Mora na cidade de São Paulo e não deixa de estar envolvido com a velocidade.
Caranguejo






Brigando com Ingo Hoffman e Nelson Piquet na Super Vê.

Com seu grande parceiro Miguel Crispim Ladeira na Equipe Bino-Motoradio.




SPEED - II


Agnaldo Araújo de Góes Filho.
Agnaldo foi piloto , dirigente , dono de equipe , um baita cara , foi sua a Equipe CEBEM , única representante da alemã BMW no Brasil , onde trabalhava também nosso amigo Kiki - Karl H . Kraus - antes disso possuía uma loja de autos na Av. Sto. Amaro . A seguir um relato de meu irmão Paulo Amaral sobre seu amigo.
















Agnaldo e a Testarossa nos 500 KM de Interlagos 1961, foto enviada por seu filho Ricardo.


" Sua loja no inicio da Av. Sto. Amaro chamava-se SPEED AUTOMÓVEIS , tinha duas entradas grandes , e era bem profunda , basicamente os carros com que ele trabalhava , eram automóveis de corrida , como FERRARI , MASERATI , MECÂNICA CONTINENTAL e autos de luxo , como ROLLS ROYCE , LINCON CONTINENTAL e outros , ao todo caberiam em sua loja mais de vinte autos , e por lá sempre achávamos preciosidades . Certa vez ele me ofereceu uma FERRARI BERLINETA 12 cilindros uma maravilha , fiquei com este carro por algum tempo , pelo que me lembro era do Chico Landi . Era uma maravilha seu motor não roncava , "URRAVA" , um dia na Av. Paulista dei uma esticada em 1º que foi até os 90 KM/H , andar nela era muito bom ,apesar de difícil condução . Vendo atualmente os valores destes carros , vejo a fortuna que ele teria hoje guardada , só que na época eram caros mais não valiam tanto . Lembro também da alegria com que ele nos recebia , amigos e clientes , sempre encontrávamos com Celso Lara Barberis , Chico Landi , Camilo Cristofaro , Ciro Cayres , Gilberto Demargos e outros .Certa vez ele me ofereceu a FERRARI TESTAROSSA 3000 em que o "Veludo" se acidentou na curva 2 , depois de algumas voltas com ela resolvi não comprá-la , era muito rápida . Este era meu amigo Agnaldo , sinto saudades das reuniões que fazíamos todas as tardes em sua loja , de onde nós saiamos para ir até o Totem , uma lanchonete muito bem acabada , montada em lona como uma tenda árabe de luxo , seu terreno era de esquina bem amplo e sua comida muito boa e foi o precursor de drive in no Brasil seu nome vinha do enorme totem indígena na sua entrada , que também era na Av. Sto. Amaro , próximo de sua loja e ponto de encontro de automobilistas e kartistas , onde estavam sempre o Cláudio Daniel Rodrigues , Maneco Combacou , e meus amigos Victor Simonsen , Acácio Canário Mancio o "Geléia" , Gilberto Demargos , "Kiki" , Ricardo Amaral , Niltinho "Gun" Guinter , Luciano Mioso , Fernando Simonsen . Tudo isso vale como lembrança dos bonitos anos 60 "


quinta-feira, 31 de março de 2011

MOSS , AMON E PETERSON - II



Bem que o titulo desta postagem poderia ser "CAMPEÕES SEM TITULO" pois os três foram sem duvida alguma grandes campeões , só que não foram campeões da F1 sendo que um deles o Amon sequer uma corrida venceu.


Stirling Moss foi o garoto terrível dos ingleses já na década de 1950 , pilotou em todas categorias e venceu em todas , na F1 16 vitórias e 20 voltas mais rápidas ,nas MILLE MIGLIA EM 1955 um vitória antológica com uma Mercedes 300LR tendo como co-piloto o jornalista Denis Jenkinson ,ao que consta foi a primeira vez em que um navegador usou uma tábua em que indicava o percurso . Guiou F1 para a Mercedes ,dividindo a equipe com ninguém menos que Juan Manuel Fangio vencendo já em 1955 uma prova em Aintree. Correu para a Cooper em 1958 , onde venceu na Argentina em 1958 à frente de Fangio, corrida que decretou a chegada definitiva dos carros com motos traseiro a F1 . Para a Vanwall onde obteve inúmeras vitórias, como aquela de Mônaco em 1958. Fora isso tudo , ganhou inúmeras corridas com carros esporte , dos Jaguar XK 120 à incrível Maserati Birdcage . Um acidente em 1962 na pista de Goodwood acabou com sua carreira , fico só imaginando uma equipe Lotus com ele e Jim Clark .

Moss e a Mercedes Benz 196 em Aintree, 1955.
Vencendo na Argentina com o Cooper, 1958.
Moss e a Maserati Mod.61 Birdcage.


O que escrever então de Chris Amon, venceu em todas categorias em que passou, na fabulosa Copa da Tasmânia, andava constantemente à frente de pilotos como Clark, Hill e vencia . Em Esporte Protótipos venceu pela Ferrari , Ford .Em 1966 venceu para Ford em dupla com o grande Bruce MacLaren as 24 Horas de Le Mans, imagino o desespero da Ford ao colocar dois tremendos pilotos em um mesmo carro, era mesmo para ganhar , ou ?  Só na F1 nunca venceu , apesar da imensa torcida minha e de um outro amigo também , fã declarado de sua maneira de pilotar. Acho que o ápice de sua falta de sorte na F1 foi aquele GP de Monza em 1971, ele estava na Matra-Simca e havia feito a pole 40 centésimos de segundo a frente de Jacky Ickx de Ferrari, na corrida após 50 voltas com uma liderança não tranqüila mas consistente, ao limpar a viseira do capacete ela se solta e sai voando, e ele sem mais condições de enxergar abandona a prova, vencida por Peter Gethin seguido de Ronnie Perterson num final em que do primeiro ao quarto apenas 21 centésimos de segundo os separavam.
PS: Amon venceu duas corridas extra campeonato na Formula Um. Silverstone 1970 pilotando um March e 1971 na Argentina com uma Matra. 

Amon e a Ferrari.
Amon de Matra-Simca em Clermont Ferrant.
Vencendo as 24 Horas de Le Mans 1966 em dupla com Bruce MacLaren no Ford Gt40 MKII.

E o Ronnie, ídolo de uma geração, rapidíssimo em todas categorias em que pilotou, F3, F2, protótipos, em tudo foi como escrevi antes rapidíssimo . Lembro de um comentário dele ao parar na Via Anchieta, na Serra do Mar e vendo algumas Kombis fazendo algumas curvas de lado " Só um pais em que as Kombis andam assim pode dar um campeão do mundo como o Emerson " modéstia dele. Em 1973 dividiu a equipe Lotus com ninguém menos que o próprio Emerson, vindo de um titulo mundial merecidissimo, e ele Ronnie de uma March em que apesar de não ter uma estrutura nem um carro como o Lotus 72 havia feito grandes corridas. A indecisão de Colin Chapman em designar um primeiro piloto naquele ano , talvez tenha tirado de nós brasileiros a oportunidade de ver Emerson bicampeão ou o Ronnie campeão, pois desde a primeira corrida ele andou de igual para igual com Emerson , ganhando se não me engano quatro corridas contra três do Emerson , a indecisão de Chapman entregou o titulo a outro grande piloto, Jackie Stewart . Um acidente após a largada em Monza, na mesma Monza que levou Rindt, Ascari e outros tantos campeões levou também Ronnie este Sueco atrevido , rapidíssimo , que marcou uma geração de admiradores.

1973 na Lotus Texaco Star de Formula 2.


Ronnie e a March 701.
Interlagos 1973, Ronnie e Emerson de Lotus 72D e Jackie Stewart.