A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 7 de junho de 2012

MIL MILHAS BRASILEIRAS 1956 - A QUASE VITÓRIA DE UM FUSQUINHA


 Na edição nº 4 de seu jornal, Ari Moro ao contar da participação de Germano Schlögl nas Mil Milhas Brasileiras de 1956, cita o VW em que correram Eugênio Martins e Christian Heins como um fusquinha original. Pesquizando depois, Ari com a ajuda de Paulo Trevisan, que consultou ninguem menos que Jorge Lettri o preparador do carro que lhes deu o seguinte depoimento.



" Referente ao VW nas I Mil Milhas Brasileiras -Interlagos/SP - 25/11/56 

Pilotado por ChristianHeins e Eugênio Martins e devidamente preparado em minha firma de então - Argos Equipamentos - tenho o seguinte a comentar :
1) A performance apresentada pelo fusquinha número 18 nessa dura prova , constituiu-sa no maior feito esportivo mundial de um veiculo VW até aquela data e , muito em especial em toda a América Latina !

Largada das Mil Milhas Brasileiras - 1956 - Christian e Eugênio entre as "feras"

No miolo de Interlagos, a tocada de dois grandes pilotos!

A chegada, braço levantado quase uma vitória!

2) Devido aos detalhes de momento, as condições externas foram mantidas quase que inalteradas ao original, o que publicitáriamente deram uma gigantesca penetração ao fato em si! Observe-se que nem o automático rebaixamento das suspensões foi introduzido no caso, isso mesmo em detrimento à perda de performance em curvas, detalhe tão necessário nesse tipo de disputa em autródromos como o de Interlagos!
3) A potência do motor 1500cc - Porsche 1.5 - bloco original VW de duas partes, de acordo com o regulamento conhecido - veículo e bloco do motor da mesma marca - fornecia uma potência de 74CV-Din, número esse idêntico a qualquer motor de série dos atuais 1000cc de produção nacional. Nunca, entretanto, esquecendo que disputávamos a prova contra as decantadas carreteiras do Rio Grande do Sul, equipadas com motores de 5000/6000cc!
4) Ao carro em pauta não foram introduzidas modificações básicas importantíssimas em competições, tais como: rodas - aro, pneu e medidas, sendo os aros utilizados em 15x4.5" e pneus 5.60x15" de construção diagonal ¬Spalla di Sicurezza. Enfim, pior que isso não seria possível!
5) Deve ser dada uma nota muito especial ao sistema de refrigeração do óleo lubricicanate do motor, que por sinal sempre constituira-se
na maior dificuldade dos motores refrigerados a ar em competições. Foi adotado no caso o sistema de carter seco, incorporando um radiador dianteiro. Para tal, foi elaborado um capô especial em fiberglass com bocal apropriado, de autoria do engenheiro João Amaral Gurgel, sendo essa a primeira peça produzida por ele na área automotriz!
6) Durante boa parte da prova o VW-18 ocupou a primeira posição, infelizmente perdeu-se a ponta pela simples quebra de um cabo de acelerador; porém ainda. chegou-se em segundo lugar na final!"
CHICOLANDI
Mais adiante, em sua resposta, Lettry comenta: "Fato curioso: alguns dias antes da prova, um bom amigo e eu achavamo-nos no apartamento da família Fittipaldi, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, para um daqueles "papos intermináveis" com o velho Barão, ainda com cabelos negros, quando repentinamente aparece por lá para o mesmo fim, o mais destacável piloto nacional até aqueles idos dias. Chico Landi! Naqueles tempos as palavras do famosíssimo "Chico Miséria" em matéria de mecânica esportiva faziam realmente tremer as paredes. Referindo-se a nós e ao pequeno veículo em baila, com aquela voz surda e bem característica sua, ele declara assintosamente: "no meio da corrida já vou começar a cortar a barba, pois já estará comprida prá burro!"
Pois bem: no meio da prova, quando já ocupávamos a liderança, o famoso personagem aparece em nosso box para dar uma daquelas típicas "abelhadas,,'na casa dos outros. Diante dessa extrema curiosidade, perguntamos então a ele: "como é seu Chico, já começou a cortar a barba?" Meio aos murmúrios e palavrões, •Iá se foi ele que era o grande piloto brasileiro de todos os tempos anteriores, como uma fera ferida em seu pleno orgulho! Simplesmente mais um fato cômico de nosso conturbado automobilismo. Só isso!".

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NT: Em 10 de Agosto de 2009 publiquei este post com matérias do jornal "CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" de meu amigo Ari. Dele recebi os jornais a autorização e o privilégio de divulgar todo seu material. 
Ao Ari meu forte abraço, assim como à Graziela Rocha e seu pai Nelson, que a ele me apresentaram.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Haroldo Vaz Lobo por Ari Moro II


1) Nos dias 26 e 27 de novembro de 1960, foi realizada, no autódromo de Interlagos, em São Paulo/SP, a V Mil Milhas Brasileiras, a mais importante corrida de carros do Brasil, reunindo desta vez, 44 carros dos mais famosos pilotos do país. Entre eles estavam as duplas Germano Schlógl e Eugênio Souza, de São José dos Pinhais/PR, com carreteira Ford V8 número 52; Julio Andreatta (irmão de Catarino Andreatta) e Haroldo Vaz Lobo Porto Alegre/RS e Curitiba, com carreteira Ford V8 número 60; Euclides Bastos (Perereca) e José Arnaldo Grocoski, de Curitiba, com carreteira Ford V8, número 86. Isto, além das duplas Catarino Andreatta e Breno Fornari, de Porto Alegre/RS, com Ford V8 número 2; Karl Iwers e Henrique Iwers, de Porto Alegre/RS, com DKW Vemag, número 76; José Ramos e Justino De Maio, de São Paulo/SP, com carreteira Ford V8 número 50; Luis Pompeu de Camargo e Adalberto Aires. De São Paulo/SP, com Volkswagen número 6; e ainda nomes como Raul Lepper e Francisco Said, de Joinvile/SC, com carreteira Ford V8 número 14; Egênio Martins e Bird Clemente, de São Paulo/SP, com DKW Vemag número 18; Francisco Landi e Christian Heins, de São Paulo/SP, com Alfa Romeu JK número 28; e Camilo Christófaro e Celso Lara Barberis, de São PaulojSP, com caneteira Chevrolet V8 número 82.
A foto mostra as carreteiras em frente ao estádio de futebol do Pacaembu/SP - algumas já no solo, outras sendo descarrega das dos caminhões cegonha transportadores - de números 60 (Haroldo Vaz Lobo), 52 (Germano Schlógl), 2 (Catarino Andreatta), 50 (José Ramos) - notem que se tratava de uma carroçaria fordeco, provavelmente 1935; e ainda o Volks número 6 (Luis Pompeu de Camargo); e, o DKW Vemag número 76 - motor 3 cilindros, dois tempos - de Karl Iwers. Ao volante da carreteira 52, que está na rampa do caminhão, quem aparece deve ser Germano Schlógl, que pouco tempo depois faleceria num acidente automobilístico, com essa mesma carreteira, na rua Marechal Floriano Peixoto, em Curitiba. Os carros estavam passando pela vistoria, obrigatória antes da corrida.
Nesta corrida Haroldo Vaz Lobo competiu com a carreteira Ford V8 1940, motor com equipamento Edelbrock. Durante a madrugada, quebrou a caixa de câmbio, mas, mesmo assim, ele e Julio Andreatta fizeram o décimo-segundo lugar.

2)Nesta foto, ainda com a carreteira Ford 1940 e o número 60, Haroldo Vaz Lobo aparece do lado direito do carro, Breno Fornari no centro e, Raul Wigner na esquerda, na véspera do dia da largada da V Mil Milhas Brasileiras, em Interlagos/SP

3) Em Curitiba, na década de 1950, as carreteiras corriam em circuitos como os da rua Marechal Floriano Peixoto, com 5 quilometros de extensão; do bairro do Tarumã, onde hoje está o Colégio Militar e, do Passeio Público, centro da cidade. Aqui, um flagrante da passagem de Haroldo Vaz Lobo com sua carreteira número 5, com a imagem do cachorro galgo pintada na porta equipe Galgo Branco, de Porto Alegre/RS - em frente ao Colégio Estadual do Paraná, já fazendo a curva em direção ao prédio da Reitoria Universidade Federal do Paraná. Isto foi no ano de 1954. Na prova, quebrou uma roda da carreteira. Feito o conserto, Haroldo voltou à pista e conseguiu classificar-se em quarto lugar.
4) Nesta foto, um momento de alegria e glória na vida de Haroldo Vaz Lobo e seu co-piloto José Vera, pai de nosso amigo antigomobilista Vitor Vera. Eles haviam corrido, com o carro que aí aparece - um Chevrolet 1939, com motor Wyne e direito a pneus faixa branca e propaganda do jornal Gazeta do Povo, casa Nickel e Pneus Brasil- na prova de inauguração do Palácio do Café, por ocasião da inauguração da Exposição Internacional do Café, no circuito do bairro do tarumã, em Curitiba e, obtiveram o primeiro lugar. Isto, em 1954.
Do lado direito está Vaz Lobo, ao lado de José Vera, ambos segurando os troféus aos quais fizeram jus. A foto foi operada nas oficinas da Casa Nickel - importadora de veículos da marca Chevrolet - na rua Pedro Ivo. Ao fundo, mecânicos funcionários deste estabelecimento, numa festa de confraternização após a competição.


A vida do curitibano Haroldo Vaz . Lobo, como piloto de carretelras, é mais uma página Importante, gloriosa e cheia de saudade, parte integrante do vasto, emocionante e Implacável livro do tempo, que registra para todo o sempre a história grandiosa do automobilismo de competição paranaense e que nos faz, muitas vezes, chorar ao relembrar os acontecimentos de uma época distante, quando pilotos e mecânicos de carros de corrida superavam as maiores dificuldades para colocar os seus bólidos na pista, por puro prazer e satisfação de proporcionar um belo espetáculo aos amantes da velocidade e, não por Interesses financeiros ou materiais.
Aqui lembramo-nos do que nos disse recentemente outro destacado piloto de carreteira de São Jose dos Plnhais/PR ¬Miroslau Socachewski - a respeito dos seus patrocinadores, no final dos anos 50, Início de 60: "Patrocinador de piloto de carreteira, na minha época"era brincadeira. Um dono de churrascaria, por exemplo, dizia: coloque o nome do meu estabelecimento no teu carro e, depois da corrida venha aqui comer um churrasco de graça: Era assim a coisa e ainda não mudou muito, em boa parte.
Mas,• enfim, Vaz Lobo fez nome e história na direção de uma carreteira e hoje, ele mesmo faz questão de dizer: "Eu não me intimidava com carros mais fortes que o meu. Eu não era daqueles pilotos que deixavam de entrar na pista, quando sabiam que teriam de enfrentar concorrentes melhor preparadqs. Eu participava de todos as corridas, com ou sem chance de vencer.
Dedicamos., hoje um espaço deste jornal a esse memorável piloto e desportista, para que seus fans, principalmente aqueles saudosos que gostavam de ve-lo dirigir um carro de corrida,. das derrapadas, da poeira, do cheiro da gasolina e do ronco dos veoitões, matem a saudade.
Ari Moro



sábado, 11 de fevereiro de 2012

500 KM de Porto Alegre 1962 - Resultado

Volto aos 500 KM de Porto Alegre, com um certo orgulho da repercussão que o vídeo causou. Depois do belo trabalho que meu amigo Fernando Fagundes fez, editando e mostrando em seu blog, mostrei aqui, e logo depois dois outros amigos, o Sanco e o Rafa mostraram em seus blogs. 
O vídeo original que recebi da família Marques da Rocha, D. Jô, Nelson e Graziela, tem cerca de 45 minutos de pura emoção. Separei algumas fotos que já havia postado, e agora mostro com o resultado final da corrida. 

Orlando Menegaz.

RESULTADO

1º  Orlando Menegaz #1 Carretera Chevrolet Corvette 
2º José João Galina/Genuíno Scarton #44 Carretera Ford
3º João Galvane/Gastão Werlang #16 Carretera Chevrolet
4º Aldo Costa/Haroldo Dreux #36 VW-Porsche
5º Paulo Feijó/Renato Petrillo #26 VW-Porsche 
6º Claudio Durte/Fernando Villar #29  DKW

Ainda competiram

José Azmuz #32 Carretera Ford
Vitório Andreatta com Renault Dauphine 2º lugar na categoria até 850cc

Catharino











 Orlando Menegaz
O motor de sua carretera, chamada Caninana. 



Cotidiano,carros,corridas e música



Rafael Dias Santos disse...




Amigo, fiquei emocionado vendo. Amanhã vou bolar algo no blog em agradecimento. Hoje eu moro no bairro onde tudo começava e terminava, o Bairro Tristeza. demais


Parabéns Rui! Fiquei emocionado ao
ver o vídeo de uma corrida que assisti ao vivo, quando moleque, no bairro Ipanema. Mais emocionado, ainda, fiquei ao
ver o Catarino Andreatta passar em frente da casa onde eu morava, na Av.Cel.Marcos aos 6:52 do vídeo. Muitos carros reconheci,outros não, e dois eu fiquei em dúvida: Carretera #22 seria do Raul Fernandes que adotou o número do Diogo Elwanger e a carretera #78 de
Angelo Cunha do Paraná?
Um grande abraço e mais uma vez parabéns.

Martim Kim








  

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

HOMENAGEM - III






Quando o Marazzi escreveu para revista MOTOR 3 a reportagem "Pinicos atômicos", eu não pude acompanhar os testes, só cheguei mais tarde para tirar aquela foto com meu bigode lusitano, meus mecânicos não queriam que ninguém andasse no carro, e por isso o levaram sem motor e com as rodas de transporte. Acho que o " Velho " ficou chateado comigo, quando cheguei ele já tinha ido embora. Depois das fotos o Duran, que era um festeiro de primeira, combinou uma homenagem ao Marazzi em sua casa noturna o TALBOT, na Av. Henrique Schaumann para dali alguns dias.
Na noite marcada resolvi ir com a CARRETERA, para homenagear meu amigo que havia corrido com ela as MIL MILHAS de 1966 e dela me contava mil histórias. Quando estava de saída chegou o Homero e fomos juntos. Desci a Av. Bandeirantes, Marginal Pinheiros,Av. Cidade Jardim, Faria Lima, Rebouças, e entrei na Henrique Schaumann, por onde passávamos todo mundo olhava, aquele ronco do V 8 , aqueles dois loucos guiando aquela máquina, pouca gente deve ter se dado conta que não era um calhambeque e sim, a História. Ao chegarmos ao TALBOT aglomeração encima dela, lá todo mundo sabia o que ela já havia feito. Entrei e o Marazzi estava no meio de uma roda de amigos conversando, cumprimentei-o e disse " trouxe um presente para você, vamos lá fora ". Hoje 25 anos depois ainda me lembro de seus olhos, atrás dos óculos brilharam, me olhou e disse " vou dar uma volta com ela ". A volta durou mais de uma hora, quando voltou sentou-se a meu lado e disse só " obrigado ", não falamos do assunto CARRETERA, mais eu via que ele estava emocionado, imaginei o que se passava em sua mente, e imaginei também como havia sido sua voltinha.
Dois anos depois estava andando uma manhã pelo Ibirapuera, e encontro o Homero que dispara, " leu a QUATRO RODAS o Marazzi te fez uma baita homenagem" fui comprar a revista e ao ler a matéria pude entender sua emoção e o só " obrigado ". É " Velho " cheguei naquela noite com ela para te homenagear e você acaba escrevendo um texto maravilhoso destes.

Obrigado Velho!

Dedico este texto aos amigos Victório Azzalin e Gabriel Marazzi, agradeço ao Careca - Julião Domingos da Silva - pelo exemplar da revista , e ao Fabio  Paperslotcar.

Rui







Victório Azzalin







quarta-feira, 30 de março de 2011

MIL MILHAS BRASILEIRAS 1956 - A QUASE VITÓRIA DE UM FUSQUINHA - II


Na edição nº 4 de seu jornal Ari Moro ao contar da participação de Germano Schlögl nas Mil Milhas Brasileiras de 1956 , cita o VW em que correram Eugênio Martins e Christian Heins como um fusquinha original . Pesquisando depois , Ari com a ajuda de Paulo Trevisan que consultou ninguém menos que Jorge Lettri o preparador do carro que lhes deu o seguinte depoimento .


" Referente ao VW nas I Mil Milhas Brasileiras -Interlagos/SP - 25/11/56 . Pilotado por ChristianHeins e Eugênio Martins e devidamente preparado em minha firma de então - Argos Equipamentos - tenho o seguinte a comentar :
1) A performance apresentada pelo fusquinha número 18 nessa dura prova , constituiu-sa no maior feito esportivo mundial de um veiculo VW até aquela data e , muito em especial em toda a América Latina !


Largada das Mil Milhas Brasileiras - 1956 - Christian e Eugênio entre as "feras" .
No miolo de Interlagos , a tocada de dois grandes pilotos !


A chegada , braço levantado quase uma vitória !

2) Devido aos detalhes de momento, as condições externas foram mantidas quase que inalteradas ao original, o que publicitáriamente deram uma gigantesca penetração ao fato em si! Observe-se que nem o automático rebaixamento das suspensões foi introduzido no caso, isso mesmo em detrimento à perda de performance em curvas, detalhe tão necessário nesse tipo de disputa em autródromos como o de Interlagos!
3) A potência do motor 1500cc - Porsche 1.5 - bloco original VW de duas partes, de acordo com o regulamento conhecido - veículo e bloco do motor da mesma marca - fornecia uma potência de 74CV-Din, número esse idêntico a qualquer motor de série dos atuais 1000cc de produção nacional. Nunca, entretanto, esquecendo que disputávamos a prova contra as decantadas carreteiras do Rio Grande do Sul, equipadas com motores de 5000/6000cc!
4) Ao carro em pauta não foram introduzidas modificações básicas importantíssimas em competições, tais como: rodas - aro, pneu e medidas, sendo os aros utilizados em 15x4.5" e pneus 5.60x15" de construção diagonal ¬Spalla di Sicurezza. Enfim, pior que isso não seria possível!
5) Deve ser dada uma nota muito especial ao sistema de refrigeração do óleo lubricicanate do motor, que por sinal sempre constituira-se
na maior dificuldade dos motores refrigerados a ar em competições. Foi adotado no caso o sistema de carter seco, incorporando um radiador dianteiro. Para tal, foi elaborado um capô especial em fiberglass com bocal apropriado, de autoria do engenheiro João Amaral Gurgel, sendo essa a primeira peça produzida por ele na área automotriz!
6) Durante boa parte da prova o VW-18 ocupou a primeira posição, infelizmente perdeu-se a ponta pela simples quebra de um cabo de acelerador; porém ainda. chegou-se em segundo lugar na final!"
CHICOLANDI
Mais adiante, em sua resposta, Lettry comenta: "Fato curioso: alguns dias antes da prova, um bom amigo e eu achavamo-nos no apartamento da família Fittipaldi, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, para um daqueles "papos intermináveis" com o velho Barão, ainda com cabelos negros, quando repentinamente aparece por lá para o mesmo fim, o mais destacável piloto nacional até aqueles idos dias. Chico Landi! Naqueles tempos as palavras do famosíssimo "Chico Miséria" em matéria de mecânica esportiva faziam realmente tremer as paredes. Referindo-se a nós e ao pequeno veículo em baila, com aquela voz surda e bem característica sua, ele declara assintosamente: "no meio da corrida já vou começar a cortar a barba, pois já estará comprida prá burro!"
Pois bem: no meio da prova, quando já ocupávamos a liderança, o famoso personagem aparece em nosso box para dar uma daquelas típicas "abelhadas,,'na casa dos outros. Diante dessa extrema curiosidade, perguntamos então a ele: "como é seu Chico, já começou a cortar a barba?" Meio aos murmúrios e palavrões, •Iá se foi ele que era o grande piloto brasileiro de todos os tempos anteriores, como uma fera ferida em seu pleno orgulho! Simplesmente mais um fato cômico de nosso conturbado automobilismo. Só isso!".

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Jorge Ribeiro

Ari Moro, gostaria de escrever algo sobre ele, mas escrever o que? Apenas que é um jornalista de automobilismo apaixonado pelo que faz, assistiu ao vivo as primeiras Mil Milhas Brasileiras no ano de 1956 e continua até hoje acompanhando e escrevendo. Ah! E me privilegiou permitindo que eu mostrasse seus ótimos textos escritos em seu jornal " CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" bem como tantos outros escritos para o jornal ParanáOnline e que a Graziela vem nos mostrando.
Um forte abraço Ari.


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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CARRETERAS

Mais um pouco da bela história das carreteras, nestes recortes o grande jornalista Ari Moro e Olyr Zavaschi contam um pedaço da brava história delas em nossas pistas. Agradeço o material a meus amigos Nelson Marques da Rocha e sua filha Graziela. 

Orlando Menegaz e sua Caninana.
  



Catharino e José Asmuz, 500 KM de Porto Alegre 1962.

Julio Andreatta nos 500 KM de Porto Alegre 1962. 
Mil Milhas 1965 depois de uma bela disputa pela ponta a dupla Catharino/Vitório Andreatta quebra.