A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

1968

Ontem estava procurando em meus arquivos por imagens que digitalizei há muito. Procurava arquivos da revista inglesa Autosport com as primeiras vitórias de dois grandes pilotos no ano de 1968 na Inglaterra, Luiz Pereira Bueno e Emerson Fittipaldi.
Achei duas vitórias do Luizinho e acho que a primeira de Emerson na Formula Ford, não tinha fotos, que depois procuro e mostro. Eles eram então desconhecidos, mal sabiam os ingleses que pouco tempo depois o mundo todo saberia o nome de Emerson, e Luiz por motivos outros voltou ao Brasil e continuou aqui sua carreira, e que carreira!
Uma coisa sempre me impressionou no automobilismo inglês, a quantidade de corridas e categorias. Enquanto no Brasil, Interlagos jogado às traças pensava-se em  reforma, o Rio tinha seu autódromo mas as condições eram precárias e só,  Tarumã não existia e nosso automobilismo tinha poucas corridas por ano.
Já na Inglaterra era uma loucura para nós, muitos autódromos e categorias, lá se disputava desde a Classe 500 em carros de formula com motores de motocicletas Norton ou JAP de 500cc, Formula 4, Formula 3, Formula 2, Formula Ford, GT, Grupo 5, Esporte Protótipos, Turismo etc. e bota etc. nisso.
Muitos autódromos, Silverstone, Brands Hatch, Croft, Snnertheton, Cadwell, Crystal Palace, Rufforth e vários outros.
Vou mostrar algumas fotos dessas categorias, principalmente GT, e Turismo com alguns carros do Grupo 5. Ford Falcom, Mustang, Ferrari, Escort, Chevron, Porsche, BMW e outros. 
Apenas uma ou duas corridas são na Europa todo resto na Inglaterra.
1968 o ano em que o mundo conheceu a força de nossos pilotos..


Kurt Ahrens, BMW 2002, Nurburgring.

  Dieter Quester, BMW 2002 Grupo 5.
       Acima Richard Attwood Cortina Lotus e Frank Gardner Escort FVA TC 1.6l, Zolder, Bélgica. 
Embaixo Chris Craft com Ford Escort GT 1.300cc em Nurburgring, curva Karussel.

Porsche 911L de Helmut Kelleners, em Jarama, Espanha.



Inglaterra

Chevron BMW #96 de Johnnie Bridges e #91 de Richard Shardlow em Cadwell Park.

Chevron Repco V8 GT, John Woofe , autódromo de Croft.

Ferrari Dino 2l #124 Tony Dean seguido por John Bridges com Chevron 1.6l. Croft.

Ferrari Dino 2l #103 de Ben Moore seguido do Chevron Climax 2l GT de Peter Crossley, autódromo de Ruff.

Mercury Ford 1.150cc de George Silverwood, Croft.

Ford Falcon 4.7L Grupo 5, #41 Brian Muir, ao lado o vencedor David Hobbs, Silverstone.

Ford Mustang 4.7L Grupo 5 de John Ewer e Syd Fox nos 500 KM no autódromo de Snertterton.

Um Cooper Norton do piloto Peter Kendall, Classe 500.





segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Algumas fotos de Grandes Pilotos

Procurando fotos em meus arquivos encontrei o Calendário da METAL LEVE de 2004, e entre as magníficas imagens preparei três. Grandes Pilotos que estão e estarão sempre presentes cada vez que falarmos de automobilismo.


Luizinho Pereira Bueno com o Mark I da Equipe Willys no Autódromo do Rio de Janeiro prova Almirante Tamandaré 1967


Marinho Cezar de Camargo Filho com a Carretera DKW vencedor do IV Circuito da Barra - Salvador BA - 1963.


Wilson Fittipaldi Jr e Vitório Andreatta vencedores dos 500 Milhas de Porto Alegre no Circuito Cavalhadas-Vila Nova em 1963 com o Willys Interlagos. 


Fotos: Francisco Feoli, Luiz Pereira Bueno e Auto Union DKW Club do Brasil. 


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

#14

A bela criação do Tito Tilp para o #14
O #14 , no box a Brasília  #77 de meu amigo Adolfo Cilento e a Brasília #7 do Bruninho.


1979 eu já tinha esquecido de fazer uma carreira no automobilismo, para mim estava tudo muito confuso e complicado, não corria desde 1972 quando participei da Copa Brasil de meu amigo Antonio Carlos Avallone.
Um dia recebo uma ligação do Chiquinho Lameirão querendo que eu o ajudasse na Super Vê. Naquele ano ele tinha o patrocínio da MOTORADIO por corrida e não um contrato anual e estava precisando de um reforço de caixa para duas ou três corridas.
Chico Lameirão

Acabei acertando com ele o patrocínio não me lembro bem se por duas ou três corridas, uma lembro que foi em Interlagos, outra no Rio de Janeiro, acabei não assistindo nenhuma delas, mas foi uma baita honra ajudar o Chico um grande campeão um grande piloto e um grande amigo.
Um dia em meu escritório ele me pergunta se eu não tinha vontade de voltar a correr. E imaginem se hoje com 58 anos alguém me convidasse aceitaria, naquela época a vontade era alucinante.
Pois bem ele me conta que o Luizinho -Luiz Pereira Bueno - estava vendendo um VW D3 da extinta Equipe Hoolywood e fomos até lá ver o carro. Luizinho como sempre um verdadeiro Lord  me mostrou o carro que estava se não me engano pintado de branco sem nenhum adesivo ou marca, contou o que o carro tinha e acabei comprando.
Até hoje procuro o recibo dele, um dia com certeza acharei pois é uma relíquia de um dos maiores pilotos que conheci.
Por enquanto só tinha o carro sem nenhum motor e aí o Chico que tinha algumas peças a mais me vendeu um par de Weber 48, o contagiros Jones, algumas outras coisas e a carreta Kaiman amarela que tinha vindo para o Brasil com um dos Porsches, não sei qual.
Logo em seguida me apresentou o Gigante e comprei dois motores dele.


Não sei quantas corridas fiz com esse carro, provavelmente mais de sete, não tenho nenhuma foto guardada, um dia acho, mas foi com ele que conheci o Chapa. E como sua pintura estivesse feia pela retirada dos adesivos e pintura dos patrocinadores pedi ao João Lindau que o pintasse. Queria vermelho, mas o João disse que tinha um laranja de um Corcel e que daria um jeito da cor ficar bonita e pintou o carro.
Antes do Ricardo ajeitar seu  visual meu #14 aguarda ser descarregado da carreta Kaiman comprada do Chico, o #27 do Ricardo só observa.  

Depois das primeiras corridas o Ricardo Bock com toda sua competência artística deu um jeito dele ficar mais bonito e por fim como eu corria com a ajuda do Adolfo Cilento fez os decalques da BRITÂNIA JEANS.
Acho que ao final de 1980 eu cheio de problemas que me impediam de correr acabei vendendo o carro ao Claudinho - Claudio Carignato -que pretendia correr com ele.
Outro dia por conta do Tohmé recebi um e-mail do Claudinho me contando que não havia corrido com o carro e o transformara em um Bug, pois faltara verba para colocá-lo na pista. Ainda acerto com você Claudinho!!! Pegar aquele carro e transformar em Bug!!!
É antes de tudo muito bom escrever contando histórias de tanta gente querida que até hoje me privilegia com a amizade e carinho, Chico, Luiz que não vejo há muito tempo, Ricardo, Claudinho, e acima de tudo aqueles que já subiram, mas que estão sempre em nossos corações João, Adolfo e Avallone.
Espero que uma noite dessas eles venham puxar seu pé Claudinho.  

Veja o estado em que o Claudinho deixou o #14 antes de transforma-lo em um Bug!!! 


    



terça-feira, 6 de julho de 2010

LEMBRANÇAS

"Morei minha infância na Gávea, bairro do Rio de Janeiro. A Silvia Casari morava no apto ao lado do meu, eu era muito amigo do Tony e da Ciça ( filhos do Norman e da Silvia ), vivíamos na rua brincando.
Constantemente o Norman ia sempre visitar os filhos, sempre com um carro ou moto diferente e em uma destas visitas me deu este autógrafo.
Tenho boas lembranças desta época, tinha apenas 7 anos e já era apaixonado por carros motos e como qualquer garoto adorava colecionar adesivos. Jamais ousei usar estes, que são únicos, por isso guardei com muito carinho.
Não cheguei a conhecer a oficina Casari na Pedro Américo, Uma pena, pois nesta época poderia ter visto a Lola T70...o Protótipo Casari A1 e tantas outras coisas que marcaram as história do automobilismo nacional.
No andar de cima, morava o grande Bob Sharp que sempre me dava alguns adesivos e me levava de carona em seus carros.
Meu pai não queria me ver envolvido com carros de corrida e motocicletas e como era extremamente rígido, passei ao largo desta época com algumas lembranças e muitos adesivos.  Edgar Rocha"
 




Conheci o Edgar em um dos churrascos na oficina do Gabriel Marazzi, em comum temos os mesmos gostos, motos, carros de corrida. No ano passado ele me enviou algumas fotos de nosso amigo o grande Edgard Soares, que postei aqui.

Quando nos encontramos no lançamento da revista MOTORQUATRO do Gabriel alguns meses atrás ele me contou dos adesivos e disse que me enviaria para o blog.

Obrigado Edgar por dividir suas lembranças. Um abraço. Rui

NT: Só agora vi no adesivo da Hollywood o autografo do grande Luiz Pereira Bueno.

sábado, 8 de maio de 2010

REMINISCÊNCIAS

Pedro e Luizinho assisti a esse duelo.

“Desce de meu carro” já estava amarrado e com capacete e ocupava a segunda fila no grid de uma das corridas do Troféu Sulamericano. Na primeira bateria tinha feito uma corrida de recuperação depois de cair para ultimo na largada, e tinha chegado entre os primeiros.
Desde minha chegada aquele dia a Interlagos só problemas, o carro insistia em não funcionar, empurramos até a exaustão, o contagiros que desde minha primeira corrida com ele não funcionava não havia sido consertado, em meu primeiro treino com o carro meses antes ouvi do Pedro “pra que contagiros pilota no ouvido” . Para piorar tudo desde os treinos ele vinha saindo uma barbaridade de frente nas curvas de médias e baixas velocidades, saía tanto que no “Sargento” era obrigado a frear forte e fazer sua traseira deslizar para apontar para o ponto de tangencia da curva e daí por diante. Mesmo assim tinha feito uma boa primeira bateria e fazendo um monte de ultrapassagens chegado perto do pessoal da frente.
 
No intervalo entre as baterias pedi que algum mecânico resolvesse o problema que fazia ser uma tortura fazer aquele motor funcionar e que ajudassem a resolver a forte saída de frente. Sei que o Pedro estava preocupado com sua corrida e até acho que ele era o principal motivo da equipe estar lá, mas não custava nada alguém me ajudar, afinal havia alugado o carro, desde o Torneio União e Disciplina quando cheguei em sexto, e alguma coisa poderia ter sido feita, Aí soltei o verbo, para todos aqueles soberbos senhores que não tinham nem nunca tiveram tempo para um simples Novato, falei na cara como é meu costume e para todo mundo ouvir. Agora no grid via ele descendo a rampa e se dirigindo a mim, achava que finalmente ia me dar algum conselho, ledo engano. Parou ao lado do carro e disse “Desce de meu carro” e um monte de outras coisas que fiz questão de não ouvir. Fiz apenas um gesto, coisa que não estou acostumado a fazer, e ignorei-o. Derrepente o publico nas arquibancadas começou a gritar uns nomes que não vou repetir aqui, virei para ele e disse apenas “é para você” ele virou e subiu por onde tinha vindo.

Ainda bem que não desci daquele carro, tudo ia ficar muito feio.

Na segunda bateria quando estava novamente batalhando por uma boa posição dei uma rodada espetacular no “Sol” e logo em seguida perdi a correia do dínamo o que fez com que o motor super aquecesse e abandonei.

Sei que errei ao chegar no Box e ir para cima dele, no que fui contido por meus amigos e namorada, mas não tinha sido eu o único a errar.

Depois disso só vim encontrar o Pedro em Campos do Jordão, após a falência da SPI do Jaime Levi e sem contar com bons resultados na sua ida à Europa correr de Esporte Protótipos, voltou e se estabeleceu por lá e sua casa era perto da minha. Cuidava e alugava cavalos e meus irmãos lá deixavam os deles. As vezes ia lá buscar algum e apesar de admirar tremendamente a Gigi, mulher batalhadora, nunca tive nenhuma conversa mais intima com eles.

Lembro de uma arca em sua casa com os troféus maravilhosos que havia ganho em sua carreira de centenas de corridas.

Depois disso senti muito a perda do Cacó num desastre terrível em que sua família e ele pereceram. Mais ainda quando Gigi e Pedro perderam seu filho de uma forma igualmente trágica. Sei que é a pior dor do mundo, a inversão da ordem natural da vida um filho ir antes dos pais.

Na época que fiquei sabendo eles já não estavam mais em Campos e não pude levar a eles meu pesar.

Deixo aos dois aqui meu abraço e a certeza que apesar de tudo foi uma época intensamente vivida.

foto: Rogério da Luz    http://www.imagensdaluz.com/   


sexta-feira, 7 de maio de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

COMPRANDO O #14

1978

Recebo um telefonema do Chico Lameirão, na época éramos apenas conhecidos, contando que estava com patrocínio apenas eventual da Motoradio para a Super Vê e perguntando se eu não poderia cobrir a verba dele por algumas corridas. Pensei bem e achei de certa forma interessante ter a marca de um produto que tinha muito a ver com o setor automobilístico divulgado por ele. Foram apenas duas ou três corridas, uma no Rio quando acho que correu também com a marca Marlboro e outras em São Paulo. Não assisti a nenhuma das corridas, no Rio até tentei mas na sexta feira quando descia do avião tropecei numa aeromoça e quando me dei conta já era segunda feira e a corrida tinha sido no Domingo. Coisas da vida!
Conversando ele me pergunta se eu não tinha vontade de acelerar novamente e conta que o Luiz Pereira Bueno estava vendendo um VW D3 da extinta equipe Holywood. Fomos até o Luiz no galpão da equipe, e lá estava o D3 sem motor, não lembro bem da cor mas acho que era branco com alguma pintura da Holywood desbotada, saí de lá com o carro comprado.
Aqui um parêntesis para falar de duas pessoas maravilhosas, campeões no automobilismo e na vida, modestos por tudo que conseguiram nas pistas e um exemplo para todos nós. Sei que o Chico e o Luiz não vão ler esse texto, o Chico não sabe nem tocar nessa maquina mas deixo aos dois minha grande admiração e um forte abraço.
O carro veio com três jogos de rodas algumas peças um belo Sto Antonio, mas estava parado já a algum tempo. Levei para uma oficina preparada para ele e comecei a mexer com a ajuda do Thomás Sawaia um estudante de engenharia e meu mecânico. Hoje um baita empresário.

Do Chico comprei ainda dois Webber 48, meu contagiros JONES, uma carreta Karman amarela, e algumas outras peças. O cambio era uma Caixa2 e veio junto com o carro bem como algumas engrenagens de 3ª e 4ª marchas e outra coroa e pinhão.
Faltava o motor e comprei do Gigante dois motores de ponta - ponta de estoque- e pensei que já estava preparado para começar a acertar o carro.


Antes disso levei com a carreta o carro ao João Lindau, meu saudoso amigo, para fazer uma nova pintura. Eu queria vermelho mas o João disse que tinha uma tinta laranja do Corcel e que ele daria um toque dele na tinta e ficaria bonito. Ah João! Alicatão, amigão, até que não ficou tão feio!


Começando o acerto do carro  foi um fracasso total, os dois motores de ponta foram para o espaço logo de cara, do freio a disco traseiro direito vazava óleo e isso provocou uma rodada daquelas em plena curva “Dois”, lembra Jr da fina que vc tirou e depois da gozação? É isso Portuga um dia ainda acerto tudo com você!!!!
Nessa corrida da foto ainda não contava com a preparação do Chapa apresentado a mim por meu amigo Manduca (Armando Andreonni) tempos depois.
Corri com a ajuda de três amigos do coração, Adolfo Cilento, Ricardo Bock e do mecânico Celso que chamávamos carinhosamente de Caveira. Os adesivos BRITÂNIA eram de uma marca de jeans fabricados pelo Adolfo e foram recortados cuidadosamente e com a habilidade nata do Ricardo, um virtuose em tudo que faz, ainda ele fez aquela pintura preta nos paralamas e alguns outros retoques estilísticos.
O resto é história e algum dia conto mais...

Ao João e Adolfo que lá no alto devem estar arrumando grandes confusões.

Caranguejo, Fabiano & Cia, achei os recibos do Gigante de 04 de Agosto de 1978 e acredito que esta foto no Box é de 1979.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Jesus Ybarzo Martinez - Prótipo Interlagos 1966

Recordar é viver...

Juan Manoel Fangio veio conhecer a fábrica da Willys Overland do Brasil em Interlagos. Lembrando que a fibra de vidro era uma novidade... na época os carros eram de chapas de alumínio - Fangio gostou e aprovou o teste, como podemos conferir nesta foto, onde colocou-se um capô de Willys sobre dois suportes de tábuas nas extremidades e pulando sobre o capô, Francisco Lameirão mostra a resistência deste novo material - a fibra de vidro.

Emil Schmidt,

Jesus Ybarzo Martinez, Juan Manoel Fangio, Luiz Antônio Greco,

Francisco Lameirão, José Carlos Pace e Expedito Marazzi.


Luiz Antônio Greco, Jesus Ybarzo Martinez, Juan Manoel Fangio, Emil Schmidt

Luiz Greco quando foi a fábrica da Willys-França e acompanhou por meses o processo da linha de montagem para implantarem na Willys Overland do Brasil S.A.

Os 'feras' da Willys Overland do Brasil - Departamento Carro Esporte

Luiz Pereira Bueno, Wilson Fittipaldi Jr, Luiz Antônio Greco (Chefe da equipe),

Carol Figueiredo, Francisco Lameirão, José Carlos Pace, Bird Clemente


Agradeço ao amigo sr. Jesus Ybarzo Martinez as fotos cedidas.


sábado, 16 de janeiro de 2010

Luiz Pereira Bueno



Hoje é aniversario de nosso grande Luizinho. Para mim que pude vê-lo pilotando tantos carros vencendo tantas corridas é uma honra poder parabenizá-lo. Luiz você que levou a arte de pilotar um carro de corridas ao extremo, encheu nossos olhos com aquela tocada firme, forte e rápida que sempre teve, sua simpatia e humildade, sempre pronto a atender todos e mostrar sua alegria ao fazer o que gosta e sabe, meus parabéns, muitíssimos anos de vida e um dia alegre e feliz, junto aos que te amam.


Um abração

Rui

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Seis Horas de Curitiba por Ari Moro

Assim Ari Moro contou as Seis Horas de Curitiba ,



A carretera 27 de Altair Barranco/José Grocoski .

Carretera Gordini Equipe Willys .

Carretera Gordini e um Ford .


A freada do fim da reta , briga entre Simca e DKW .


Carretera 12 de Bruno Castilho .

"Se eu tivesse que escolher, preferiria quebrar o carro, mas, sentir o gosto de estar liderando uma prova, do que leva-lo até o final da competição, sem quebrar, mas, terminar a corrida sem ter ponteado um instante sequer." Esta, uma declaração de Altair Barranco, talvez o mais popular, o mais comentado de todos os pilotos de carreteira do Paraná, apesar de ter iniciado sua carreira numa época em que as competições automobilísticas começavam a experimentar uma nova fase, com a entrada em cena dos carros de fabricação nacional e o declínio do uso dos "carros adaptados", as famosas carreteiras.

AS SEIS HORAS DE CURITIBA
Em 1963, o jornal Gazeta do Povo promoveu a primeira das três emocionantes provas automobilísticas de rua, denominadas Seis Horas de Curitiba, reunindo pilotos locais e de outros Estados, sobretudo de São Paulo, de onde vieram nomes famosos como Bird Clemente e
Wilson Fittipaldi, pilotando os Gordini e as Berlinetas Interlagos da equipe Willys. Daqui, além de Barranco, correram pilotos de peso como Bruno Castilho, Adir Moss, Osvaldo Curi (uma das carreteiras mais bonitas já feitas), Johir Parolim:
Cidalgo Chinasso, Orlando Hauer, Conrado Bonn Filho (Dinho), entre outros, além do famoso Angelo Cunha, da cidade paranaense de Laranjeiras do Sul (dono da primeira carreteira a usar aros tipo tala-larga na traseira).
A largada, no final da tarde, foi na avenida Presidente Kennedy, sentido bairro-centro, seguindo depois pela rua Mal. Floriano Peixoto, virando na avenida Presidente Getúlio Vargas, descendo a rua Brigadeiro Franco - na praça do Clube Atlético Paranaense, contornando esta praça e dali em frente por outras ruas até chegar na avenida Presidente Kennedy novamente. ;
Conta Barranco que, pouco antes da largada, teve um desentendimento com Adir Moss. O caso sofreu a interferência do dirigente de entidade automobilística Anfrísio Siqueira, o qual chamou os dois pilotos e disse-Ihes que só largariam se um apertasse a mão do outro e fizessem as pazes. E assim• aconteceu.
Já na terceira volta Barranco liderava a corrida. Na esquina da Kennedy com a Mal. Floriano existiam umas tartarugas no meio da rua. Na primeira volta, Barranco passou por fora; na segunda, passou por dentro; e, na terceira, bateu com as rodas nas tartarugas, tendo que trocar uma delas depois. "Mesmo assim - relata - quando cheguei no final da reta da Mal. Floriano, na terceira volta, olhei para trás e não vi ninguém, nem o Gordini equipado com o motor R-8 francês dos paulistas. "
Mais tarde, Barranco entregou o volante ao piloto José Grocoski, seu companheiro de equipe. Grocoski, por sua vez, também na Mal. Floriano, pegou o meio fio e entortou uma roda da carreteira. O conserto do estrago custou à dupla um atraso de cinco voltas em relação "ao primeiro colocado. Na sequência, Altair pegou o volante de novo e, ainda na esquina da Mal. Floriano com a Presidente Getúlio Vargas, perdeu uma roda traseira, cujo aro foi cortado por dentro, ficando só o seu miolo. "Várias pessoas correram até meu carro e ergueram-no - conta ele - enquanto eu trocava a roda. Mas, eu só dispunha de roda tamanho menor, que era usada na frente, correndo o risco de quebrar o diferencial. Assim, tive que dirigir a carreteira até o meu box, na Kennedy, a fim de trocar a roda novamente, por uma maior. "
Apesar de todos esses percalços, Barranco conseguiu tocar seu carro até o final da competição e coloca-Io em quarto lugar. A sua carreteira na oportunidade era um Ford cupê 1940 - nO 27, com motor Mercury e equipamento importado, três carburadores, dando-lhe 300 cavalos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

MIL MILHAS BRASILEIRAS - 1967


Largada Le Mans , Mark I , Fitti Porsche , Carretera 18 ,Mark I , Alfa GTA , KG Porsche e Alfa Giulia .

Foi uma corrida atípica, vieram os portugueses, a nata dos pilotos brasileiros estava inscrita, sendo que alguns deles poucos anos depois estariam brilhando na F.Um , era a ultima corrida antes da reforma do autódromo, que como disse Victório Azzalim, vencedor com Justino de Maio da edição anterior, tinha muitos buracos, os box sairiam do "Café" e iriam para o lugar atual .

O Mark I vencedor da dupla Luiz Pereira Bueno /Luiz Fernando Terra Smith , andando de lado .
O Mark I de Bird/Marivaldo Fernandes 2º colocado .
O Fitti-Porsche de Emerson e Wilsinho Fittipaldi .
O Porsche 911/S dos portugueses Nogueira Pinto/Andrade Villar 3º colocado .

Seria o fim da época das carreteras? 
Camilo/Celidonio estavam largando na entre os primeiros, na sua frente a modernidade, um Mark I e o Fitti-Porsche. Muitas Alfas, duas Lotus Europa, um Ford Cortina, alguns Simcas, inclusive um com meu amigo Fredy O`Hara e outras carreteras inclusive a pilotada pelo trio Nelson Marcilio/Zé Peixinho/Donato Malzoni .
As carreteras andaram bem de inicio, mas a modernidade vinha rápido, não conseguiram manter o ritmo dos carros mais modernos, o Fitti-Porsche nos treinos havia nas mãos de Emerson fulminado em 6s o recorde anterior da pista que era de Ciro Cayres, cravando o tempo de 3.31 8/10. Os Mark I fizeram a corrida inteira com um único jogo de pneus .
Donato Malzoni me contou que sua carretera era rápida, só que seus amortecedores não duravam nem uma volta, quebrando sempre já na entrada da curva "Três", ele foi cronometrado no Retão a 236 km/h. Na corrida uma ponta de eixo quebrou no "Retão", e lá mesmo foi trocada por sua equipe . Apesar disso eles chegaram num bom 7º lugar .
No final ganhou a modernidade, a garra de Greco, a tocada de quatro grandes pilotos Luizinho/Terra Smith, Bird/Marivaldo, sendo que o Porsche 911/S nem com os vinte minutos que o carro 22 de Bird/Marivaldo ficou nos box conseguiram alcança-lo, terminando na mesma volta, só que sete voltas atrás do vencedor .