A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

CULTURA DO AUTOMÓVEL - Outubro 2021

 


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Equipe Marazzi Amaral.

Talvez seja este VW que vai à frente que o Expedito e eu transformamos no D3.
Num destes experimentamos as belas rodas Scorro com os Pirelli Corsa...
Está complicado ver, mas nesta foto estou no D3 que fizemos correndo a Copa Brasil de 1972...

Devia ser 1974, Expedito tinha um posto de gasolina da Shell, na rua Heitor Penteado, 1720 no Sumarezinho. Um dos boxes do posto, estava com o elevador quebrado, era um daqueles elevadores enormes movido a ar comprimido, ali, Expedito acabou fazendo uma pequena oficina, onde guardava o “Fumacinha”, seu formula Brasil e uma tralhas que antes ficavam na garagem da sua casa.
Foi nesse posto que conheci o Rui Amaral. Nessa época, ele havia se associado com o Expedito para montar a equipe Marazzi-Amaral de divisão 3. Logo, um Fusca 1963 foi comprado, era um carro de cor verde claro e a transformação começou. Logico, Gabriel e eu não perdíamos uma oportunidade de ir ao posto ver o andamento da construção do bólido. Um mecânico, de apelido “Alemão” foi contratado. Com o tempo, o carro foi sendo modificado, um radiador de óleo foi instalado dentro do porta malas a meia altura, junto com uma entrada de ar de alumínio, ficou bonito. O primeiro problema foi a instalação do tanque de gasolina de 60 litros, ele não entrava, só caberia num Fusca 1964, que tinha uma maior capacidade. Expedito lamentou, pois em corridas longas, o carro teria que parar mais vezes, então, sugeri que se cortasse a carroceria, seria a solução, mas, como não tinham, a curto prazo, a intenção de correr longas provas, o tanque pequeno ficou, depois resolveriam o problema com mais calma.
O motor foi montado e, na primeira vez que foi ligado, lógico que eu estava lá. Era uma noite de chuva fina e frio, típica de São Paulo daquela época. Logo um problema apareceu. Eu, na época, não entendi o que estava acontecendo, mas pelo que lembro, saía umas chamas pequenas em algum lugar por baixo do motor ou algo assim. Expedito foi chamado, viu o problema, mas também não entendeu o que estava acontecendo, então, resolveu chamar o seu sogro, um mecânico de mão cheia. Rui disse que ia sair e consultar um amigo de apelido “Violão”, e eu, logico fui com ele e o Alemão até a casa do tal consultor. Me lembro que a casa do cara ficava ali perto, numa ladeira bem radical. O Violão tinha um Fusca de cor “café com leite”, mas um DoubleWindows todo mexido, lindo carro. A oficina dele era típica de quem tem paixão por carros, cheia de peças e muitas ferramentas. Os três se reuniram para achar o problema, eu, ficava por perto só ouvindo. Violão achou melhor ir ao posto para ver o qual era o problema.Já no posto, nova reunião e depois de um tempo, chegaram à conclusão que era alguma coisa com óleo subindo para o cabeçote ou algo assim, realmente nunca fiquei sabendo o que realmente aconteceu. Logo depois, meu irmão chegou, ficou por cinco minutos e me levou embora sob meus intensos protestos.
Dias depois, numa tarde fui com o Expedito e Gabriel para o posto pois as rodas e os pneus haviam chegado. Quando viu as caixas das rodas, Marazzi parecia criança em noite de Natal que acabou de ganhar seu primeiro autorama. Abriu as caixas rapidamente, chamou um funcionário do posto e pediu que ele montasse os pneus nas rodas, ordem logo frustrada pelo Rui.
-Calma Marazzi, isso não pode ser assim. Vou mandar montar e balancear.
Expedito imitando uma criança, fingia choramingar e repetia sem parar...
-Mas eu quero, eu quero...
Porem, prevaleceu o bom senso do Rui.
                Dois dias depois, as rodas estavam montadas e balanceadas, mais uma vez, fui para o posto. Expedito chegou logo depois, e novamente virou uma criança. Chamou o mesmo funcionário e pediu para que ele colocasse as rodas no fusca, e novamente foi contrariado pelo Rui.
-Expedito, não vai caber, a carroceria não está pronta, vai raspar nos para-lamas...não dá... deixa as rodas quietas...
-Mas precisamos saber se realmente estão balanceadas...
Foi a desculpa do Marazzi, que realmente era uma criança nessas horas. Talvez, só para satisfazer o Expedito, Rui autorizou a monta-las no Fumacinha. Pronto, festa no box do posto...
-Ebaaaa....Vamos, vamos, vamos montar... anda, anda, anda...Pega a chave de rodas... Vamos, vamos... vamos montar...
E assim, o jogo foi montado no Fumacinha. Ficou lindo o “formulinha” com aqueles pneus enormes. Logico, sobre a desculpas de ver se estavam balanceados, lá foi o Expedito para a rua com o Fumacinha... Era hilário ver aquele carrinho andando na Heitor Penteado ao lado daqueles CMTC enormes. Todo mundo olhava num misto de surpresa e alegria. Rui também tentou andar com o carro, mas devido a sua estatura, ele mal entrava no formula. Acho que nem saiu do lugar, ou deu uma volta dentro do posto e desistiu.
                O carro foi para funilaria e pintura. Foi pintado de amarelo e azul com o mesmo layout dos carros do curso de pilotagem, igual ao da foto. Na época, ainda não se alargavam os para-lamas, foi colocado uma aba que rodeava o carro servido para cobrir os largos pneus e na frente como spoiler.  Ficou bonito. No interior, quatro bancos, um parecido com bancos de kart para o piloto e os outros três, eram aquelas cadeiras de plástico, muito comum nas lanchonetes da época. Acho que era uma estupida exigência do regulamento, me lembro que o #29 do Guaraná também tinha. Alguns relógios extras no painel pouco modificado, Santo Antônio e extintor, atrás, no chiqueirinho, o reservatório de óleo.
                Não fui no primeiro teste, mas o Gabriel foi e me contou uma história inusitada. O Alemão foi dirigindo o carro, Gabriel ao seu lado no banco de lanchonete. Rui naturalmente, estava em outro carro com o Expedito. Quando trafegavam pela marginal de Pinheiros, Gabriel vê um pneu passando pelo carro:
-Ih, olha uma roda...
Alemão olha e responde...
-É...
O carro anda mais alguns metros e “buummm”... A traseira arreia...
-É, acho que era a nossa roda...
Completa o Alemão.
A roda foi para longe, e os dois ficaram esperando o Rui ir buscar, dar toda a volta para recoloca-la e prosseguirem.
Não me lembro como foi o teste, claro que devo ter feito mil perguntas, mas realmente não me recordo de nada.
                Num sábado, estava em casa quando ouvi o ronco do D3 chegando, meu pai, eu e meu irmão Beto fomos para a rua. Era o dia da estreia do bólido. O carro estava parado em frente à casa do Expedito, Rui dirigia e Alemão ao seu lado. Expedito saiu de casa carregando umas três latas de aditivos, Winner, STP e Molykote. Explicou onde era para colocar os óleos, Alemão indagou que precisaria de mais óleo para o motor. Marazzi mandou que ele pegasse no posto. Assim, Rui deixou rolar o carro, fez o contorno na entrada da rua Florália e subiu a Ibiraçu acelerando. Ficamos olhando os movimentos do carro parados no meio da rua, quando ele entrou na Cerro Cora e sumiu, meu pai comentou:
-Está bonito o carro.
Marazzi respondeu:
, está bonito, vamos ver se anda.
Foi a última vez que vi o carro.
Não sei como foi a sua estreia, e sei que logo depois a equipe acabou por algum motivo que só o Rui pode esclarecer, mas não faz a mínima diferença. Foi bem legal acompanhar a construção desse lindo carrinho. Pena que não há fotos dele. Quem sabe, agora apareça alguma.
Um forte e veloz abraço a todos.

Mario Marcio "Cuca" Souto Maior

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Algumas considerações; a ano foi 1972, as rodas o Expedito e eu compramos na Scorro do Marco Grilli, eram de 10 pol de largura, os pneus fomos buscar na Pirelli e eram os Pirelli Corça de competição que logo ficaram obsoletos com a chegada dos slick, com este carro  corri a Copa Brasil de 1972 depois parei e voltei às pistas anos depois...
Ainda ontem no cockteil do lançamento dos 500 KM de São Paulo o Gabriel e eu falávamos de seu pai e do Cuca quando alguém ao nosso lado disse ser fã do Expedito o mesmo que alguém escreveu ontem em um post meu...Gabriel lembrou que seu pai morreu aos 53 e para as lágrimas não descerem comentei em como o Cuca e ele que são sete anos mais novos que eu me perturbavam nesta época!
Expedito era 15 anos mais velho que eu, e descaradamente o chamava de Velho, e a descrição do Cuca mostra perfeitamente seu espirito! 
Hoje abro o texto do Cuca e ele conta justamente daquela época tão boa, obrigado Cuca pelo carinho deste tão gostoso texto!
Dedico estas pequenas considerações aos queridos amigos de uma vida Cuca e Gabriel e à memoria do Expedito, sempre lembrado em nossos papos, de quem fui fã e tive o privilégio de ser amigo!

Rui Amaral Jr 

   



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Na estrada de Santos


“Se você pretende saber quem eu sou, eu posso lhe dizer. Entre no meu carro, e na estrada de Santos, você vai me conhecer”. Em 1958, certamente o rei Roberto Carlos ainda não havia composto a música “As Curvas das Estrada de Santos”, mas sua inspiração pode ter vindo da II Subida de Montanha, prova de velocidade realizada na Estrada Velha de Santos, o antigo Caminho do Mar. Está certo que Roberto Carlos se referia à estrada nova, a serra da Via Anchieta – hoje bem velha –, mas naquela época os dois caminhos eram normalmente utilizados pelos paulistanos para ir e vir da Baixada Santista.



De forma parecida com o que ainda se pratica em São Paulo, no Pico do Jaraguá, a prova do Caminho do Mar reunia aficionados por carros e competições no pé da serra, para cumprir a subida de 7,2 km no menor tempo possível. O regulamento da prova dividia os automóveis em duas classes, os normais e os especiais. Os primeiros eram originais de fábrica, com preparo livre porém mantidas as características principais, com classificação em quatro categorias, até 250 cm3, até 1.300 cm3, até 2.000 cm3 e Força Livre. Os especiais eram carros de corrida, com qualquer motor, chassi, suspensão e freios, separados em duas categorias, até 2.500 cm3 e Força Livre.





No dia da corrida, exatamente 10 de agosto de 1958, o clima era de euforia. O público se posicionou ao longo do trajeto, como em provas de rali, para ver de perto carros e pilotos.



Na largada o tempo estava bom, mas da metade do percurso até o topo da serra, mais precisamente da chamada Curva da Morte até o fim, a neblina tomou conta. Prevista para a 8h00, a largada foi dada às 10h15, porque os organizadores queriam esperar o tempo melhorar, sem sucesso. Mesmo assim, a prova transcorreu bem, apesar da visibilidade prejudicada.




Inaugurando a Força Livre da classe Especial, Rafael Gargiulo, pilotando um monoposto com motor Ford 8BA, estabeleceu o recorde da pista, com o tempo de 7min13. Na categoria de até 2.500 cm3 , o vencedor foi Plínio de Cerqueira Leite, com um Volkswagen especial, protótipo parecido com o Porsche 550 Spyder, em 7min51.



Foi a classe normal, no entanto, que reuniu a maior quantidade de participantes, todos com modelos mais conhecidos do público, como DKW, Fusca, MG ou Porsche. O vencedor da categoria até 250 cm3 foi Álvaro Andrade, com Romi Isetta; até 1.300 cm3 venceu Flavio Del Mese, com DKW; até 2.000 cm3 o Porsche de Guy Whitney foi mais rápido e na Força Livre venceu a prova Waldemyr Costa, com Nash Healey. Na categoria até 1.300 cm3 havia ainda MG, Simca 1200 francês, e Fiat 1100. Até 2.000 cm3 participaram Citroën 11 Légère e Porsche.

 Emilio Zambelo e a carretera Fiat Stanguelinni

Quanto aos pilotos, além dos vencedores da classe especial participaram alguns nomes hoje conhecidos, como o designer Anísio Campos, com um Simca Conversível 1952, Hans Ravache e Godofredo Viana Filho. Destacaram-se o piloto Flavio Del Mese, que saiu do Rio Grande do Sul com seu DKW 1951 para participar da prova, Wilson Fittipaldi, que narrou a prova pela Rádio Panamericana, e Primo Carbonari, que realizou um filme jornalístico da prova para divulgá-la nas salas de cinema de todo o Brasil.


Muitos não puderam participar da II Subida de Montanha por uma razão hoje óbvia, mas na época não muito lembrada pelos pilotos: a falta do capacete. A comissão organizadora foi firme na questão e seguiu à risca as regras da FIA – Federação Internacional de Automobilismo, com a supervisão da Comissão Desportiva Regional do ACB, o Automóvel Clube Brasileiro de Angelo Juliano e Osvaldo Fanucchi, e pela Polícia Rodoviária. A entrega dos prêmios, troféua e medalhas, foi feita na sede do ACB, na rua Brigadeiro Luiz Antônio, em São Paulo.

Flávio Del Mese

Para a realização desta reportagem utilizei material gentilmente cedido pelo engenheiro Jorge Lettry, chefe da equipe Vemag de Competição nos anos 60, que esteve na prova como repórter do Jornal HP, um dos organizadores da II Subida de Montanha. As fotografias são de seu acervo pessoal, assim como as informações retiradas de seu texto feito para o antigo jornal. No dia em que estive com Lettry em sua casa, no município de Atibaia, SP, para que ele me contasse esta história, passamos nada menos que oito horas conversando sobre automóveis, corridas e pilotos. Jorge Lettry faleceu com 78 anos de idade.



A próxima vez que você passar pela estrada de Santos, hoje Rodovia dos imigrantes, a mais moderna do país, lembre-se que há mais de 50 anos a história era outra, e que, antes de Roberto Carlos imortalizar a Via Anchieta, heróicos pilotos fizeram história no antigo Caminho do Mar.




























 O jovem Anísio Campos

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NT: Ontem recebi essas fotos de meu amigo Luiz Guimarães, que havia recebido de seu amigo Frederico Hoffmann, hoje descobri que a postagem original é do Gabriel Marazzi e mostro essa preciosidade a vocês. Agradeço aos amigos Guima, Gabriel e Frederico. Um forte abraço.

Rui Amaral Jr 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Encontro de motocicletas clássicas no Sambódromo - HOJE - TERÇA - 24/07‏



Amigos, não esqueçam que hoje, terça-feira, 24/07, a partir das 18h00, temos um encontro marcado com as motocicletas clássicas no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo.
Hoje estará acontecendo a Noite Italiana, que reunirá automóveis, motocicletas e motonetas clássicas italianas. Se você tiver uma moto italiana, uma Lambretta ou uma Vespa, venha com ela.

Um abraço e até a noite.

Gabriel Marazzi


quinta-feira, 17 de junho de 2010

TURISMO 5.000



Domingo, 1 de fevereiro de 2009


Turismo 5000



Vocês já viram por aí um Ford Maverick GT à venda? Difícil, mas existe. Até aí, nenhuma novidade, o que impressiona são os preços pedidos por esse automóvel. Chega a ser irônica a história desse carro no Brasil, que se iniciou em 1973 como um carro grande, de luxo (na América omesmo carro era considerado um compacto popular), rapidamente se tornou o grande vilão das ruas, devido ao alto consumo do seu motor V8 de quase 200 cv, até ninguém mais o querer. Pode parecer inacreditável, mas no começo dos anos 80 tinha gente doando Maverick por aí.
Meu pai tinha um GT 1974, impecavelmente novo, comprado da frota de imprensa da Ford. Ele não usava, pois tinha outros mais econômicos e mais práticos que esse, de forma que o carro ficava sempre na garagem. Eu preferia meu Fusquinha. Mas o carro já era um clássico familiar, uns seis anos conosco, quando ele chegou com a idéia de criar uma categoria de competição para carros com motores de 5.000 cm3 ou mais. Cheguei a argumentar que o carro era muito novo para ser depenado e colocado na pista, mas ele sequer escutou. Em pouco tempo o carro não tinha mais forração, parachoques e bancos, além de ganhar uma gaiola, um par de escapamentos diretos e suspensões rebaixadas. O resto ficou, inclusive um perigoso jogo de rodas de magnésio da Ital, que, sabíamos, quebrariam na curva Três, e o teto de vinil. Fez a primeira prova, pegou gosto pela coisa e começou a depenar outros Mavericks para aumentar o grid. Logo estavam largando mais de 70 carros na Turismo 5000, em provas apenas pelo anel externo do antigo traçado do Autódromo de Interlagos. Entre eles estava eu: meu pai fez tantos Mavericks que me deu o nosso querido membro da família.
Parecia que eu era o piloto mais importante da equipe, pois queria apenas sentar e correr, já que os custos eram todos bancados por ele. Mas tive que trabalhar bastante, pois o carro estava sempre precisando de cuidados, como da vez que eu coloquei um radiador "novo", comprado em um desmanche, para treinar no sábado, e ele estava entupido de terra. Não dormi, procurando e trocando o radiador para a corrida no dia seguinte.
O carro era muito bom, eu estava sempre no pelotão da frente no grid de largada. A suspensão, feita por nós mesmo, era ótima, apenas rebaixada e com amortecedores recondicionados do Rogério. Os pneus, quando sobrava dinheiro, eram Pirelli CN 36 5 estrelas. Quando sobrava mais dinheiro, eles eram torneados. (mas aí duravam apenas uma corrida). Por dentro o carro era feinho, tinha apenas um banco original, daqueles reclináveis, com dois cintos abdominais cruzados no peito. Segurança? Era assim mesmo. Painel original, com o conta-giros na coluna. Aos poucos fomos obrigados a ir equipando os carros da 5000, com equipamentos de segurança como chave geral e outros bichos.
Eu treinava todas as quarta-feiras em Interlagos, e, em fim de semana de corrida, na sexta e no sábado. Depois do treino de quarta eu corria para a Cidade Universitária, com o carro todo pintado, para pegar o final da aula na Escola Politécnica, e, de lá, sempre tinha um "rachinha" com alguns colegas que também tinham Maverick V8.
A última corrida que fiz teve um grid recorde. Larguei em quinto, e logo nas primeiras voltas fui passando quase todos à minha frente, menos o Ney Faustini, que era o mito, ninguém se aproximava dele. Até que eu achei que poderia encostar no seu Maverick branco. Nesse ponto, pensando na glória de vencer a prova, abusei da sorte e, quase chegando no primeiro colocado, rodei na curva Três, parando atravessado na frente de quase 70 outros competidores. O motor apagou, não pegava de maneira alguma, e eu ia perdendo posições. O pior, no entanto, era ficar no caminho de um bando de pilotos doidos, no meio da curva. Até que um deles me acertou em cheio na porta esquerda. Aqueles garotos que ficavam em cima do muro vieram me socorrer, mas, antes que eu pudesse me soltar daqueles cintos assassinos, um deles berrou: - Este aqui já morreu, vamos ver o outro!
Não esperei o rabecão, saí do carro e comecei a caminhada de volta aos boxes. Quando cheguei lá, a corrida já havia terminado. Depois fui ver o carro: perda total, inclusive com o eixo traseiro arrancado pela pancada.
Foi minha última corrida de Turismo 5000: meu paitrocinador suspendeu a verba. tenho saudade desse época e, quando vejo o quanto está valendo atualmente um Maverick V8, penso naqueles tantos carros depenados para as brincadeiras em Interlagos.



Postado por Gabriel Marazzi



 
Vendo a bela caricatura que o Ararê fez para o Maverick de Alberto Junior, lembrei da postagem em que o Gabriel conta de sua participação na TURISMO 5.000. Já que meu amigo Gabriel não encontra mais tempo para nos contar um pouco mais de suas aventuras vai aí seu post do começo do ano passado.
Um abraço ao Gabriel e ao Ararê.
 
 
 
 

quinta-feira, 20 de maio de 2010

MOTORQUATRO


A revista Motor Quatro já é uma realidade. Para comemorar sua chegada, gostaríamos de convidá-lo para o coquetel de lançamento que será realizado na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, na próxima segunda-feira, a partir das 19h30. Será também uma ocasião para debatermos este importante lançamento do mundo editorial.

Nos encontramos lá.

 Sergio Quintanilha (editor)
 Gabriel Marazzi (editor-chefe)
 Patrícia Lia Ferreira (editora de arte)
 Elisa Abdulack (executiva de contas)
 Everton Kinoshita (Agefor Mídia)
 Denise Dias (diretora financeira)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

AO MESTRE COM CARINHO

http://gabrielmarazzi.blogspot.com/2009/10/ao-mestre-com-carinho.html

Hoje postei no blog do Gabriel um belo texto do Expedito , escrevendo sobre esportes motorizados com sua conhecida paixão .

sábado, 5 de setembro de 2009

Um pouco dos amigos

Hoje cedo recebo uma ligação , " é o Ivan " atendo e é o Ivan mesmo , lá de Campos do Jordão , não o vejo a uns 10 anos , mas de pronto reconheço sua voz , conversamos um tempão , ai veio o Tidinho ao tel , outro amigo de uns 40 anos ou mais . Ao sentar em frente ao computador  resolvo não contar nenhuma história , só mostrar algumas fotos de meus amigos e fazer pequenos comentários , é lógico que faltaram muitos , mas aos poucos chegamos lá .

Nesta foto que recebi do Duran, o Marco De Sordi na segunda perna da "Ferradura" atrás acho que o Álvaro Guimarães , o quarto carro nº68 é o Duran , depois o Amadeu Rodrigues , o Nº 28 deve ser o Bé e por ultimo eu . Não sei por que o Duran só me enviam fotos onde eles estão na minha frente . Um dia ainda solto o verbo neste blog .


Aqui o José Ferraz , batalhador do automobilismo , no seu Formula Super 1.600 , categoria em que ele foi Campeão Paulista .

Teleco , Luiz Antonio Siqueira Veiga , VW D 3 , ele me enviou esta foto sem legenda , deve ser do ano de 1971 , Novatos .
Alex Silva , estudou comigo no Colégio Paes Leme , amigo de sempre . Num VW D3 no ano de 1977/78 . Não sei quem são os pilotos que o perseguem .

Chico Lameirão , ano de 1977 Super Vê , eu co-patrocinei junto com a Motoradio seu carro por duas ou três corridas . Outro dia falando com um amigão nosso ele disse " pena que o Português não foi para F. I " pena mesmo , o Chico teria feito bonito .

Expedito Marazzi , VW D 3 não sei o ano seu filho Gabriel me enviou esta foto sem data . Amigão em duas e quatro rodas , papos intermináveis , sabia tudo de carros , seu filho segue seu caminho .

Corrida noturna , o Duran e o Ricardo Bock , no carro do Ricardo ainda tem o nome do Manduca , três grandes caras .

Duas feras , Édo Lemos e Freddy O´Hara . Freddy conheci longe das pistas , o Édo quando estreei .

José Martins , corremos juntos de Novatos , ele e seu Puma venceram um monte de corridas naquele 1971 .
Jacob Kourozan recebendo a bandeirada de vitória de Expedito Marazzi , 1971 , no dia em que estreei .
Jr Lara Campos , VW D3 o SALECAR que aparece em seu vidro é de nossos amigos , Arno , Marcos e Fabinho Levorin . Fabinho que correu com ele as Mil Milhas de 1983 e comigo as de 1984 . Coitado , comigo não chegou a pilotar , o carro quebrou depois de 12 voltas .

Belo podiun, o João Lindau olha o Ferraz e o Bruninho .

Victório Azzalin , a fera que venceu as Mil Milhas de 1966 com Justino de Maio , começando a correr com um DKW . Por incrível que pareça só o conheci este ano , apresentado pelo Fabio Poppi , quando nos vemos ou conversamos parece que nos conhecemos desde crianças . Baita cara !!


A todos um abração .