A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Boi preto ...

 

Pace e a Ferrari 312 PB em Zetwelg.

 “Boi preto conhece boi preto” era assim que o grande Luiz Pereira Bueno falava quando dois botas se encontravam nas pistas, dele ouvi várias vezes a frase, e tempos atrás conversando com o Chico lembramos algo que ele nos contou.

Tite Flexa com o 908/2 com Peterson com a 312 PB babando em seu cangote!


1972 – O Porsche 908/2 da Hollywood foi à Alemanha fazer a revisão, se não me engano de cinquenta horas, na Porsche. Aproveitando a estada na Europa a equipe inscreveu o carro para os 1.000 KM de Zetwelg na Áustria, corrida válida para o mundial de Esporte Protótipos, que seria pilotado pelo Luiz e Tite Catapani. Na época José Carlos Pace, ou Zé como o Luiz e o Chico o chamavam, era piloto da Ferrari no mundial da categoria, e na corrida faria parceria com Helmut Marko, um piloto como ele, jovem e em ascensão, que na Formula Um vinha fazendo um belo trabalho na equipe BRM, onde corria com feras como J.P Beltoise, e constantemente andava na frente deles, e havia inclusive vencido as 24 Horas de Mans em 1971 com Gijs van Lennep tocando um Porsche 917K.

Marko no carro que dividiu com Pace.

Nos treinos à certa hora com Luiz vendo que Pace ficava muito tempo em seu box, perguntou-lhe “Zé, você não vai treinar?” e Pace responde “deixa o Marko andar, depois vou lá dou duas ou três voltas coloco tempo nele e ele volta a andar tentando chegar em meu tempo!”. É, “boi preto ...”.   

Escrevo hoje depois de assistir ao segundo treino da F.Um em Bahrein, quando Bortoleto andou mais rápido que Hulkenberg e logo os locutores e comentaristas começaram à colocar para fora mil idiotices, me fazendo lembrar de quando Barrichello e Massa chegaram à F.Um, e os mesmos tipos, com outros nomes mas os mesmos tipos, inventavam milhões para um publico fiel, isto não leva à nada, deixem o rapaz em paz, deixem-no fazer o que sabe, e vamos ver onde chega!

Até você Mariana, que é a única que respeito dessa turminha!

Falar é prata, calar é ouro e boi preto conhece boi preto!

Rui Amaral Jr    

Racing Sports Cars

fotos e pesquisa

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Cultura do Automóvel - Abril de 2025

 


terça-feira, 11 de março de 2025

Castro Prado e De Lamare na temporada européia de 1974/75 -por Ricardo Cunha

 
29-09-1974 a primeira corrida da dupla em Brands Hacth.

Corridas de Antonio Castro Prado na Europa em 1974/1975 –




1974 –

29/09 – 1000 Km de Brands Hatch – Mundial de Marcas – NT – March 74 S – Com Pedro Victor De Lamare

1975 –

23/03 – 1000 Km de Mugello – Mundial de Marcas – NT – Lola T294 – Com Pedro Victor De Lamare.

06/04 – 800 Km de Dijon – Mundial de Marcas – D – Lola T292 – Com Pedro Victor De Lamare. Não chegou a pilotar o carro, que foi desclassificado por ter recebido ajuda externa na largada.

20/04 – 1000 Km de Monza – Mundial de Marcas – NT - March 75 S – Com Colin Andrews.

04/05 – 1000 Km de Spa-Francorchamps – Mundial de Marcas – NT – March 75 S – Com Roy Johnson.

18/05 – Thruxton – Campeonato Inglês de Esporte 2 Litros – 4º - March 75 S.

26/05 – Silverstone – Campeonato Inglês de Esporte 2 Litros – 3º - March 75 S

01/06 – 1000 Km de Nurburgring – Mundial de Marcas – NT – March 75 S – Com Mario de Araújo Cabral.

22/06 – Brands Hatch – Campeonato Europeu de Esporte 2 Litros – 5º - March 75 S.

29/06 – 1000 Km de Zeltweg – Mundial de Marcas – NT – March 75 S – Com Hans Binder e Alan Stubbs.

31/08 – Silverstone – Europeu de Fórmula 2 – 15º - March 732

14/09 – Zolder – Europeu de Fórmula 2 – 9º - March 732

28/09 – Nogaro – Europeu de Fórmula 2 – NQ - March 732

12/10 – Vallelunga – Europeu de Fórmula 2 – NQ – March 732.

NT = Não terminou

D = Desclassificado

NQ = Não se qualificou para largar.

 

Pedro Victor De Lamare – Corridas na Europa em 1974/1975 –



1974 –

07/04 – Paul Ricard – Europeu de Esporte 2 Litros – NT – March 74 S

15/04 – Nogaro – Esporte 2 Litros – 4º - March 74 S

01/05 – Magny Cours – Esporte 2 Litros – 4º - March 74 S

12/05 – Silverstone – Intersérie – NL – March 74 S

17/06 – Nurburgring – Intersérie – 11º na Classificação Geral, 8º na Categoria - March 74 S

23/06 – Clermont-Ferrand – Europeu de Esporte 2 Litros – 10º - March 74 S

11/08 – Brands Hatch – Inglês de Grupo 5 – 8º - March 74 S

25/08 – Hockenheim – Europeu de Esporte 2 Litros – NT – March 74 S

01/09 – Avus – Esporte 2 Litros – NT – March 74 S

22/09 – Thruxton – Inglês de Grupo 5 – 1º - March 74 S

29/09 – 1000 Km de Brands Hatch – Mundial de Marcas – NT – March 74 S – Com Antônio Castro Prado.

06/10 – Oulton Park – Inglês de Grupo 5 – 1º - March 74 S

27/10 – Thruxton – Inglês de Grupo 5 – 2º - March 74 S

1975 –

22/03 – 1000 Km de Mugello – Mundial de Marcas – NT – Lola T294 – Com Antônio Castro Prado.

06/04 – 800 Km de Dijon – Mundial de Marcas – D – Lola T292 – Com Antônio Castro Prado.

NT = Não terminou

NL = Não largou

D = Desclassificado

Na corrida de Dijon o carro foi desclassificado por ter tido ajuda externa na largada. Antônio Castro Prado não chegou a pilotar.


Ricardo Cunha



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Ten Cel Carlos Miranda - 29/07/1933 - 17/02/2025

 


É com grande pesar que comunico o falecimento do Ten Cel Carlos Mirada, nosso eterno herói Vigilante Rodoviário. Ao meu amigo/irmão Cassio Toledo, seu filho, e irmãos, meus mais sinceros sentimentos de pesar.

Rui Amaral Jr  

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Cultura do Automóvel - Fevereiro 2025

 


PELO MUNDO: Tio Gabriel sempre muito solicito nunca esquece o sobrinho querido, nesta edição da Cultura do Automóvel, que por sinal está ótima, ele relembra quando eu era muito pequeno e ele me ensinava a pedalar meu carrinho.

A matéria sobre os leilões e os preços astronômicos que os carros alcançam hoje em dia está ótima, vale lembrar que a Mercedes-Benz W 196 R Stromlinienwagen que Fangio e Moss pilotaram em 1954 foi vendida pela bagatela de R$ 310.000.000,00 ou  €51.100.000, assunto que ele deve abordar em alguma próxima edição. Fora a bela descrição sobre o Impala 1959 e suas variantes.

Valeu tio, obrigado.

 

Rui Amaral Jr


quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

GP Cidade de São Paulo Mil Milhas Chevrolet Absoluta - 2025

 

O AJR vencedor das Mil Milhas com os pilotos, Henrique Assunção, Pietro Rimbano e Christian Robert.

 Por iniciativa de Eloy Gogliano e Wilson Fittipaldi, o pai, no ano de 1956, trouxeram ao Brasil a prova que era a querida da Itália, a Mille Miglia, diferente de lá, onde era corrida pelas ruas e estradas italianas a nossa era disputada no autódromo de Interlagos – hoje José Carlos Pace – e sua denominação Mil Milhas Brasileiras, se realizaria no dia do aniversário da cidade de São Paulo. No troféu ao vencedor está escrito “Gloria imortal aos vencedores das Mil Milhas” e tomo a liberdade de assim dizer “Glória imortal à Eloy e Wilson, idealizadores das Mil Milhas Brasileira”.

Era realizada pelo Centauro Motor Club, presidido por Eloy, depois de um certo tempo a então briga ACB – Automovel Club do Brasil – x CBA – Confederação Brasileira de Automobilismo – fez com que ela até trocasse para Mil e Seiscentos Quilômetros de Interlagos, voltando depois à sua denominação original.

Anos depois com a mudança de mãos no Centauro Moto Club, ela  foi interrompida e retomada inúmeras vezes, não cabe à mim comentar esta bagunça, e agora por iniciativa da Absoluta de Ney Faustini ela volta com o grande esplendor que merece, com a denominação de “Grande Prêmio Cidade de São Paulo Mil Milhas Chevrolet Absoluta”.

No sábado anterior à prova almoçando com o fotografo Zé Carlinhos e sua patroa Denise, queridos amigos, ele insistia para que eu fosse com ele, mas outro compromisso me impediu. Fotografo de mão cheia o link para seu instagran - @zecarlynfotografias - , lá vocês vão encontrar milhares de fotos dos mais variados campeonatos brasileiros e várias categorias internacionais que vieram aos nossos autódromos nos últimos trinta anos. As fotos deste post foram enviadas por ele e mais duas que peguei de meu amigo Kleusis Aguiar que capitaneou a equipe NF do amigo Nenê Finotti.










Abaixo as fotos da equipe NF de meus amigos Nenê e Kleusis

Com os Pilotos Kaio Sergio Gotti  Fabiano Goularte Gaspari

Na Gold Classic

P1 Com o Voyage 76

Com os Pilotos Rodrigo Fernandes Flavio Gomes Bernardo e Chris

P3 com Aldee # 91 

Com os Pilotos Rodrigo Fernandes Flavio Gomes Bernardo e Chris


Abaixo o carro da Absoluta Racing
Foto Umberto da Silva @.umberto.fotografia .  

ABS01 Chevrolet V8 - pilotado por Ney Faustini, Ney Roberto Faustini e Igor Taques, equipe sob a batutoa de Carlos Tigueis.





























terça-feira, 14 de janeiro de 2025

1.600cc x 1.800cc a grande diferença.

 

Vendo a bela obra de meu amigo Ararê, veio a vontade de escrever ...

Pedidos - ararenovaes21@gmail.com  

 Até 1982 os motores boxer VW que corriam na Divisão 3 tinham como limite de cilindrada 1.600 centímetros cúbicos, assim como os Passat, Chevette e outros.

Acontece que a partir desse ano ficou muito difícil para o motor boxer, criado cerca de cinquenta anos antes, com a concepção de comando central no bloco acionando as válvulas através de varetas tirar a mesma potencia dos motores VW de quatro cilindros em linha e comando de válvulas no cabeçote, muito mais moderno, conseguindo uma potencia especifica muito maior, na época acredito que cerca de 30/35hps a mais.

Em 1983 alguns grandes nomes que corriam com os VW haviam deixado a categoria, como meus amigos Arturão – Arturo Fernandes – e Jr – Luiz Carlos Lara Campos Junior -,pilotos a serem batidos nos então Fuscas. Os VW-Passat começaram a dominar dois ou três anos antes, mas eram poucos já que sua preparação era caríssima, não que as dos Fuscas de ponta fossem muito menores, mas muitos deles já vinham com alguns anos de pista e correr era uma continuação de um esquema já muito testado.  

Os Pequenos Foguetes que haviam maravilhado os torcedores já não eram páreo para os Passat, que não eram tantos no grid, e para tentar equilibrar a batalha os motores VW Boxer foram autorizados pela CBA a aumentarem sua cilindrada para 1.800cc contra os 1.600 dos Passat. A VW do Brasil não apoiava muito a iniciativa, pois a ideia deles era mostrar o Passat, onde batalhavam com novos carros da classe pelo público consumidor.

Um aparte depois de falar com o Tide Dalecio; em 1983 apesar do novo regulamento ele usou motores 1.600cc em seu Fusca, e em duas corridas na chuva, em Interlago e Jacarepaguá, levou a melhor sobre os Passat vencendo. Eram imbatíveis os Fuscas na chuva, além de Tide ser um grande piloto.

Minha experiencia com os boxers 1.800cc veio em 1984 quando a Salecar de meus queridos amigos Marcos, Arno e Beto Levorin me convidaram a correr as Mil Milhas Brasileiras com Fabinho Levorin filho do Marcos, sob o patrocínio da fabricante de pneus Levorin, de seus primos. O carro o #8 com que havia corrido o campeonato paulista da D3 de 1982, e agora apesar de ainda ser meu estava sob os cuidados deles.

As mudanças no carro foram poucas, o tanque que passou a ser um com oitenta e poucos litros, os amortecedores, que na TEP-D3 paulista eram obrigatórios os nacionais, eu usava ao Barchi, e agora poderia usar os Koni e os motores 1.800cc. O cambio usava as mesmas relações de 82, Caixa3 com diferencial 8:31.

Em meu primeiro treino, creio que o Fabinho já havia andado um pouco com o carro, me disseram que usasse o motor à 6.500 rpm bem abaixo dos 7.200/7500 que andava em 1982. Ia esquecendo, mas chave que voltava a espia de meu conta-giros Jones, ainda estava no bolso do Chapa – Flávio Cuono – então obedeci fielmente as instruções!

Brincadeiras à parte saindo logo notei que o 1.800, não sei dizer que comando de válvulas usava, “pegava” logo em baixa rotação, creio que 3000/3500 rpms, e o torque era muito maior. A diferença era enorme e mesmo saindo dos boxes com cuidado cheguei à curva 3 quase na rotação sugerida a andarmos.

A diferença em velocidade máxima não era muita, mas em Interlagos com aquelas subidas que judiavam os 1.6 eram agora superadas em muito. Começando pela Reta Oposta, quando o motor ganhava rápido de giros e subia bem mais forte depois de engatada a quarta marcha na saída da curva do Lago. Na curva do Sargento, que começava em descida e terminava em acentuada subida para curva do Laranja, usava a segunda marcha para contorná-la e terceira no meio da reta que une as duas curvas, o ganho de velocidade era notório. Aquela subida malvada na saída da curva da Junção, rumo à linha de chegada acredito que era feita com o 1.8 cerca de 10/15 kms a mais.

Em 1982, numa volta voadora, eu havia girado em Interlagos – hoje Autodromo José Carlo Pace – batalhando com meu amigo campeão Elcio Pelegrini o tempo de 3’23” alto e em cinco ou seis voltas com o 1.8 já vinha virando 3’20/21” sem forçar. Mais tarde, primeiro o Fabinho e depois eu, viramos na casa dos 3’17”, vejam que foram cinco segundos de diferença, isto treinado para uma corrida longa, não uma de dez voltas quando o ritmo era bem mais violento.

 

Valeu Tide!

A você Carlos Henrique “Caranguejo” Mércio, seus pitacos fazem falta, e vê se aí no alto você e o Turito só falem bem deste mero escrevinhador!

 

Abraços

 

Rui Amaral Jr


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Carlo Henrique Mércio o Caranguejo. 07-01-2025

 

Com sua amada Maria da Glória.

  Triste, muito triste! Cerca de hora e meia atrás vejo que entrou um WhatsApp do Carlos Henrique “Caranguejo” Mércio, antes de ler logo pensei “tem fofocas vindo por aí...”, mas não, era minha amiga Maria da Glória, sua amada, comunicando seu passamento. Mas como! Sim subiu para o Plano Espiritual, ele era Espírita convicto, meu amigo, meu parceiro de tantas escritas, meu irmão Gaúcho. As palavras somem, a mente divaga, liga o Biju Rangel tão pasmo quanto eu.

Lá do alto certamente nos olha, olha Glória, filhos e netos, olha por nós seus amigos, e certamente já encontrou Tazio, Fangio, Clark, Arturão ... e contou-lhes sobre todas belas páginas que escreveu sobre eles.

Deus o tenha ao seu lado amigo do coração e a console Glória, assim como “as crianças”, que era como ele se referia a elas.  

Até um dia irmão.

Rui Amaral Jr


sexta-feira, 3 de janeiro de 2025