A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Fora. Fora! Fora?

 

Escolhi a foto de quatros amigos para mostrar a confraternização depois de uma disputa. Os saudosos Zé Pedro ( Chateaubriant Bandeira de Mello ) e Guaraná ( Alfredo Guaraná Menezes )  e os sempre presentes Chico ( Lameirão ) e Julio Caio ( Azevedo Marques ). 



Após a bandeirada quando os carros entram nos boxes são conduzidos a um pátio fechado, lá os comissários vão verificar alguma irregularidade ou alguma reclamação, seja na conduta durante a corrida ou ainda uma reclamação de outro concorrente sobre as especificações técnicas.

Seja qual for a categoria equipe e piloto tem a obrigação de preparar o carro seguindo e obedecendo atentamente seu regulamento, acontece que “alguns” ou se aproveitam de falhas deste ou “prestam menos atenção” a ele!  

No pátio fechado após a corrida fora as fofocas e a comemoração dos vencedores, respeitando o tempo regulamentar, algum piloto/equipe que sentir-se prejudicado pode fazer a reclamação formal, sobre uma atitude anti esportiva ou ainda técnica, ou seja o carro estava “fora”, este fora que sempre falamos é fora do regulamento, quando espertalhões correm nitidamente com  algum item, seja suspenção, cambio, motor em desacordo com o regulamento.

A equipe/piloto ao fazer o protesto deposita uma quantia estabelecida, feita a vistoria, as vezes com abertura do motor ou cambio, constatada a irregularidade o carro/piloto é desclassificado e a “grana” é devolvida ao reclamante caso contrário ele a perde.

Vejam bem, em muitas categorias pilotos/equipes correm com orçamento apertado, com a grana contada, e as vezes mesmo percebendo alguma irregularidade em outro concorrente deixam de fazer a queixa. Ou muito, mas muito pior que isto é após a corrida pilotos/equipes que bradam aos quatro ventos que tal carro estava fora, sem a devida constatação, numa atitude feia, desprovida de ética ou ao respeito que devemos aos outros competidores.

Lembro bem; tinha uma certa desconfiança que um adversário corria com outoblocante quando este era proibido pelo regulamento, acontece que cheguei logo atrás dele, mas durante a corrida nunca cheguei perto o suficiente para perceber qualquer irregularidade, fiz a melhor volta da corrida mostrando que meu carro era tão rápido quanto o dele, e não reclamei, muito menos numa atitude que seria de desrespeito a um competidor tão sério quanto eu comentar com alguém a minha desconfiança.

Temos aqui no Histórias um post sobre a reclamação que Claudio Muller fez contra o carro do Chico Lameirão sobre o uso de calços de molas ( calços nas molas de válvulas nos cabeçotes dos motores da Formula Ford ), quando foi constatado que que eram regulamentares. Duvido, duvido mesmo que meus amigos Chico e Miguel Crispim Ladeira tenha corrido em qualquer categoria e em qualquer tempo com um carro “fora do regulamento, sei nas inúmeras conversas que temos que sempre o liam atentamente usando de todos os recursos disponíveis e respeitando-o.

Abaixo no link um excelente texto do amigo/sócio/consultor Caranguejo – Carlos Henrique Mércio – com “pitacos” meus, a pedido obviamente e uma deliciosa resposta do Chico.


O cabeçote da discórdia.



 

CANCHA RETA II – FORMULA FORD 1971 - TRÍCLIPE COROA

https://ruiamaraljr.blogspot.com/2014/11/cancha-reta-ii-formula-ford-1971.html

 

 

Aos amigos.

 

Rui Amaral Jr

 

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PS: São tantas as “fofocas” a contar, mas fico quieto, estes assuntos no Histórias deixo para um amigo que lá dos Pampas o faz com mais sabedoria, propriedade e sempre com um delicioso texto!

Tá vendo Caranguejo, não disse que era você, jamais diria!

Rui


terça-feira, 3 de janeiro de 2023

CULTURA DO AUTOMÓVEL - JANEIRO 2023

 

“Começo da década de 1980 os cigarros Camel e a Land Rover realizaram uma competição que era mais um raid que propriamente um rally. Os participantes se aventuravam nos lugares mais inóspitos do mundo conduzindo seus Land Rover, um amigo se inscreveu para participar, e não sei se esta história foi com ele ou outro participante. Numa época sem internet ou celular estavam os participantes num lugar onde não havia nada, nada mesmo, no meio da selva se não me engano na Guiné. Chegam na aldeia onde foi montada uma base para os participantes e a molequada rodeou-os, sem ninguém que conhecesse o idioma ou melhor o dialeto local este meu amigo ou outro competidor pegou uma bola que trazia e jogou para eles ao que logo um dos meninos fala...” Pelé”!

Este foi ou vai ser sempre o Rei.

Rui Amaral Jr”

NT: Perdão Gabriel, mas lembrei e tinha que contar.

Rui    





quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Feliz Natal e Próspero Ano Novo -

 

Neste Papai Noel que meu pai recebeu em 1957 de funcionários das Cestas está escrito “À Rui Amaral Lemos, Papai Noel feliz de um milhão de brasileiros”. Francisco é meu filho.

Meus amigos, nesta fase conturbada que o mundo passa minha vontade de escrever ficou um pouco de lado, assim como a do Caranguejo e outros amigos, logo ela volta.

Ontem ainda em longuíssimo papo com o Caranguejo sobre a carreira de Mauro Forghieri, que nos deixou há pouco, combinamos escrever sobre ele, até porque meu amigo Walter enviou-me uma belíssima entrevista em que ele fala de sua relação com Enzo e sobre sua carreira.

Vocês hão de estranhar as fotos e o texto abaixo, foi uma deliciosa homenagem de meu amigo Reinaldo, postada em inúmeros grupos do Facebook e outros, à criação de meus pais Rui e Arinda Amaral Lemos que levou alegria e um Natal Feliz a muitos milhões de brasileiros.

E é com esse espirito de um delicioso tempo feliz que nós, Caranguejo, Francis, Chico, Gabriel, Cuca, Carlos, Fabiano, Graziela, desejamos de coração a vocês um harmonioso Natal e um Feliz 2023.

Rui Amaral Jr







 

“SEU NATAL É MAIS NATAL, COM AS CESTAS AMARAL. CESTA DE NATAL AMARAL, FAZ UM NATAL SEM IGUAL”.

Estamos na Vila do Coração na primeira metade dos anos 60, são por volta de 18:00 de um dia do mês de dezembro e uma caminhonete da Anderson Clayton do Brasil (1934), acaba de estacionar em frente à casa de Menino Reinaldo.

Dela saltam meu Pai, Alexandre Domingos (1937-2021) e o motorista, carregando uma cesta de vime. Meu Pai, com 1,78 de altura e 85 quilos era um homem forte, mas mesmo assim precisava de ajuda para trazer para casa a inacreditável Cesta de Natal Amaral. Pasme!

As cestas eram feitas de vime. Nelas vinham, os tradicionais quitutes de natal como figo seco, damasco, uva passas, nozes, castanhas, amêndoas, panetone, Champagne, vinho, queijo gouda em lata, pêssego em calda, presunto defumado, totalizando quase 40 itens, a maioria deles importados.

A cesta ainda vinha com um brinde para as crianças, como boneco de plástico Gigante Amaral, Papai Noel, Boneca Emília, Pelé, o herói do espaço, etc.

A Cesta era tão grande, que vazia, servia para brincar de carrinho ou nave espacial com meu mais novo, Gilberto Domingos.

Aqui na Zona Oeste da Capital, empresas como Anderson Clayton, Gessy Lever, Refinações de Milho Brazil, Sofunge, Klabin, dentre muitas outras, ofereciam essas cestas mágicas de Natal aos funcionários e quando elas chegavam, as crianças gritavam, pulavam e tinham a certeza absoluta de que a felicidade não era apenas um estado imaginário!

Fundada em 1945 pelo empresário Rui Amaral Lemos, a Empresa foi a pioneira no ramo de empacotamento de alimentos para venda ao consumidor. No começo dos anos 50 a Amaral se agigantou com a aquisição da Indústria Mandiopã de propriedade da Chiavone.

A Empresa Amaral não poderia ser mais Paulistana, tanto que foi instalada no Bairro da Italianíssima Mooca e em 1953, decidiu criar as “cestas de natal”, conhecidas como “Cestas de Natal Amaral”, em que o consumidor pagava um carnê, conhecido como “Carnê da Fortuna” para recebê-la no final do ano. Além da cesta, os consumidores ainda concorriam a prêmios como eletrodoméstico, casas e carros.

E agora, Menino Reinaldo quer saber: Que Lembranças você tem das Cestas de Natal Amaral?

Menino Reinaldo – dezembro de 2022

VILA JAGUARA – DISTRITO DA LAPA – ZONA OESTE – CAPITAL – SÃO PAULO.

ESPECIAL DE NATAL VILA DO CORAÇÃO.

Reinaldo Domingos” 


O Gigante Amaral 

Pelé, o brinde de 1960, eu tinha oito anos e segundo meus pais as filas em nossas lojas dobravam quarteirões, as pessoas querendo o boneco de nosso grande atleta que vinha de brinde na compra das Cestas junto com a boneca Emilia a criação do brilhante Monteiro Lobato.

Este Astronauta era o brinde das Cestas, provávelmente uma homenagem a Iuri Gagarin o primeiro astronauta. Lembro que em seu capacete vinha uma viseira translúcida.

Capa de um disco das Cestas, nela Waldemar Cilioni Junior, filho do Diretor de Marketink das Cestas Waldemar Cilioni. Junior é meu amigo até hoje.





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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022