A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Frank 16 Abril 1942 - 28 Novembro 2021

 

Nos bastidores do automobilismo a guerra é na maioria das vezes cruel e desleal, e talvez por ter lutado tanto para chegar onde chegou Frank era um ser à parte, sério e honesto em seus princípios teve uma vontade férrea, e uma dignidade impar para chegar ao topo. 

O começo na Formula Um com seu amigo Piers Courage e uma Brabham BT 26A. 1969 foi um grande ano para eles, em 1970 sua primeira grande perda, Piers sofre o acidente fatal na Holanda.

Com bons olhos para talentos, Frank trás Carlos Pace para equipe em 1972, foram três pontos no campeonato pilotando uma March 711 do ano anterior.

CAMPEÃO EM DUAS ERAS

Finalmente Frnk tinha grandes patrocinadores e uma grande equipe com doios pilotos de ponta, coube ao grande Clay Regazzoni a primeira vitória da Willians na Formula Um. Silverstone 1979 pilotando o FW 07. No ano seguinte a equipe seria campeã do mundo com Alan Jones. Venceram também o campeonato de 1982 com Keke Rosberg e ainda usando o motor Cosworth DFV...

E uma nova era começa...Para pilotar o FW 11 Frank trás dois botas em 1986, Nelson Piquet e Nigel Mansel, perdem o campeonato após vencerem nove das dezesseis corridas. Mas chega 87 e a Willians FW11B e o Cadango numa temporada irreprencível vence o campeonato tendo seu parceiro Mansel em segundo. 

Frank e Patrick Head os dois grandes nomes da Willians Formula Um.

Valeu Frank.

Rui Amaral Jr










segunda-feira, 29 de novembro de 2021

CULTURA DO AUTOMÓVEL - Dezembro 2021


 

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

GP Brasil 1973- Algumas lembranças...

 

#1

 Foi a primeira prova válida para o Campeonato Mundial de Formula Um disputada aqui, graças ao empenho de Antonio Carlos Scavone e Mario Patti (pai).

Desta vez fui a todos os treinos, e na corrida não faria como na anterior, que homologou o circuito, quando com uma amiga chegamos tarde e mesmo com credenciais assistimos a corrida do barranco da Subida dos Boxes, isto depois de só conseguir parar o carro na Avon, quando tivemos que subir toda avenida, totalmente congestionada, e conseguir à duras penas encontrar um lugar naquele morro.

Linda foto, não sei de qual autódromo.
O tiro de Ronnie foi curto, cerca de cinco voltas...


Agora o Rato era rei, corria com o #1 de campeão e ainda Pace, Wilson e Luiz lá estavam.

Eu já tinha feito cerca de 7/8 corridas lá como Novato, mal sabia que voltaria a correr apenas na segunda parte do ano já como graduado.

Nos dias que antecederam a corrida fucei e olhei bem em tudo, alguns pilotos já conhecia das corridas da F.Dois e Três em temporadas de anos passados, alguns como Jackie Stewart, o bi campeão do mundo nunca havia chegado perto. 

Nas duas fotos com Ickx e Pace o malabarismo para pilotar os carros de então. Ickx vem saindo de traseira em ambas, na segunda talvez tenha se perdido um pouco, a 312 B2 era um carro complicado. Já Pace com a TS14A vem em ambas saindo muito de frente. 


Se Pace sofria com a TS14A imaginem Luiz com a TS9B, acredito que contemporânea das Alfettas de 1950/51! Notem a "parede" que era a asa traseira! Bico de Pato, Luiz deve ter batido o volante no batente para fazer a curva!   


Sempre gostei de assistir treinos em alguns de meus lugares favoritos, onde podia captar a técnica dos grandes pilotos. Em Interlagos alguns desses lugares me maravilhavam. O barranco da curva do Sol, aquela curva maravilhosa que separava os homens dos meninos, ou pouco antes da linha de chegada, naquele barranco, onde podia ver a descida do Retão, a Três, a Ferradura, Subida do Lago e Reta Oposta, a saída do Sargento, o Laranja, o S até o Bico de Pato e depois virando ver eles passando muito rápido na Reta dos Boxes. Outras vezes ficava na parte de dentro da curva Um ou lá embaixo na Três...Interlagos era intenso, forte e desafiador.

Na Ferradura sempre me impressionou o traçado que Luiz fazia, já tinha visto com inúmeros carros que pilotou, vinha mais aberto que os outros para tomada da segunda perna a esquerda e começava acelerar antes dos outros. Ronnie, Emerson, Stewart, Clay e outros já vinham pendurados, sendo que o Rato deixava o carro escorregar do meio para saída e rumava forte para a Subida o Lago. Outra coisa que nunca vou esquecer, a telegrafada que Lole dava no contorno da perna a esquerda.

Pode ser que deixe de escrever muitas coisas que vi, mais tarde na certa vou lembrar de tantas outras, mas nunca vou esquecer quando em algum dos treinos estava um pouco antes da Ferradura, acredito que tenha parado o carro ou moto naquele estacionamento, no meio da reta que ligava o Sol ao Sargento,  quando vejo Srewart saindo do Sol com Emerson grudado nele e bem na minha frente o Rato tira seu carro para a esquerda e toma o Sargento na frente... é nunca vou esquecer!

A corrida? Bem sobre a corrida talvez um dia lembre muita coisa, apesar da decepção da quebra de Luiz que mesmo naquela tranqueira que Surtees lhe entregou vinha bem, e também com as quebras de Pace e Wilsinho.

 Tudo foi compensado pela brilhante vitória do Rato, e o êxtase de todos e toda alegria de vê-lo no lugar mais alto do pódio.

 

 

Rui Amaral Jr


 

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

GP do Brasil 1973 - Interlagos - a saga de Luiz...

 

Uma "leve" saída de frente no Bico de Pato!





 Confesso a vocês que escrevi um longo texto sobre a participação do Luiz neste GP. Quanto mais escrevia mais situações vinham em minha memória, deletei tudo.

Deletei ao lembrar de um advogado que tive, membro de um grande escritório, era sábio e ponderado e me dizia sempre “falar é prata, calar é ouro”, e nesse instante lembrei de outra dele “é ouro sobre azul”.

Luiz era ouro sobre azul.

Dedico este aos queridos amigos que foram muito próximos ao Luiz em seu final de vida; Bird, Chico e ao casal Sonia e Ronaldão Nazar.

 

 

Rui Amaral Jr