A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 3 de julho de 2015

RAÇUDO


O olhar de "demônio" descrito por Revson...


Se o nome do belga WILLY MAIRESSE não é encontrado na lista dos pilotos de maior destaque na F1, seguramente iremos encontrá-lo na relação dos pilotos que não se entregavam, dos raçudos e corajosos, dos que lutavam até o fim. Wilhelm Mairesse iniciou sua carreira com 25 anos e no começo, destacou-se nas provas de Turismo e com os resultados obtidos, ganhou espaço na Ecurie Nationale Belge, o que lhe propiciou contato com a Ferrari. Mas Enzo só o chamou para a Scuderia quando reparou na rivalidade entre Mairesse e Olivier Gendebien, o “belga da Ferrari”. 

 Com a Sharknose...

Em Bruxelas 1962 perseguindo a BRM de Tony Marsh...

Em 1960, participou de seus primeiros GPs, após estrear em Spa-Francorchamps. Nessa prova, deixou claro que não estava para brincadeiras, disputando posição com Chris Bristow até o inglês recém-chegado acidentar-se, caindo em um barranco. Bristow não sobreviveu. Mairesse, no GP da Itália daquele ano, conseguiu seu primeiro pódio, chegando em terceiro. Na temporada seguinte, a Ferrari contava com tantos pilotos –Von Trips, P.Hill, Ginther, Ricardo Rodriguez e até Gendebien – que Willy pouco apareceu, mas foi o segundo colocado nas 24 Horas de Le Mans, em dupla com Mike Parkes. Em 62, ao comando da Ferrari 156 Sharknose, dá mais uma demonstração de sua força em Spa, em uma grande disputa com Trevor Taylor e sua Lotus. Após muita troca de posição, eles acabaram batendo. A Ferrari de Mairesse capotou e pegou fogo, mas ele escapou com algumas queimaduras, enquanto a Lotus de Taylor batia em um poste. Nessa temporada, teve mais sorte nos GPs extracampeonato e venceu a prova de Bruxelas e o GP de Nápoles, ambos com a “Sharknose”. Venceu também a Targa Florio, num trio com Ricardo Rodriguez e Olivier Gendebien (Ferrari Dino 246SP). Em 63, venceu os 1.000 km de Nurburgring com John Surtees, pilotando a Ferrari 250P, mas na F1, começou uma rivalidade, algo típico da sua personalidade, com o próprio Surtees. 

 No Principado em 1963 com a Ferrari 156/63

1967 Le Mans com a Ferrari 330P4
O GT40 de Le Mans 1967
Vencendo a Targa Florio 1966 no Porsche 906 Carrera6 com Herbert Muller...O contraste com o sorriso quase infantil de Herbert!

No GP da Alemanha daquele ano, forçou o ritmo para juntar-se ao inglês quando perdeu o controle na Flugplatz e capotou várias vezes. Com uma fratura no braço, ficaria de fora das pistas por algum tempo, fazendo uma tentativa de retorno através do BRM da Scuderia Centro Sud, na Bélgica em 65, em sua última apresentação na Fórmula 1. Mas manteve-se ativo nos Sportcars, sempre se destacando e vencendo a Targa Florio em 1966, correndo com Herbert Muller num Porsche Carrera 6. Destemido, intimidava seus concorrentes, embora não se utilizasse de manobras antidesportivas. Peter Revson o enfrentou nas curvas de Spa e declarou depois: “Durante a prova, olhei para Mairesse: face deformada, sobrancelhas cerradas, olhos fora das orbitas num rosto vermelho. Era como olhar para o demônio”. 

O GT40 após o acidente em Le Mans 1968.

Mas seus dias de competição viril estavam chegando ao fim. Em 1968, estava testando um Ford GT40 em Le Mans, quando uma porta mal-fechada o fez perder o controle e bater em uma casa. Resgatado, permaneceu em coma por algum tempo. Mas despertou e quando percebeu que devido às seqüelas do acidente, não poderia mais competir, tudo o mais perdeu o sentido. Willy vivia para correr, corria para viver. Em setembro de 1969, suicidou-se num hotel em Oostend, no litoral belga, após ingerir uma dose fatal de comprimidos. Tinha 40 anos.

CARANGUEJO


quarta-feira, 1 de julho de 2015

GP da Itália 1967 - Monza

 Largando na pole Clark fica para trás, Black Jack assume a ponta seguido de Bruce McLaren, Dan Gurney, Chris Amon, Clark, Hill, Stewart e Hulme...o vencedor está logo atrás da linha de chegada.  
 Big John cruza a linha 30/1.000 à frente de Black Jack.


terça-feira, 30 de junho de 2015

Reg, Monza, Reims, Willy e Moss...

 Reg Parnell e a incrível BRM V16.
 Largada o GP da Itália 1967 - Monza. 
 Largada GP da França 1963 - Reims.
 Willy Maraisse em Spa 1960.
Stirling Moss vence em Nurburgring com a Lotus 18/21 - 1961.

Peço desculpas pela demora em responder e às pessoas que não conseguiram comentar no blog, durante a semana pretendo escrever sobre cada uma destas fotos.

Abraços

Rui Amaral Jr

sexta-feira, 26 de junho de 2015

???...


Ontem à noite sem internet em casa comecei a ler, coisa que aliás faço com freqüência, livros, jornais, revistas, tudo me atrai, economia, política e historia, só não leio revistas de fofocas e futilidades, folheie o livro do Bird outro do Piquet e em dado momento me voltei para F.Um, abri dois ou três livros e comecei a ler havidamente sobre a categoria e alguns de seus grandes pilotos...então com  minha enorme incapacidade para lidar com aparelhos eletrônicos tomei coragem e digitalizei estas cinco fotos, coisa que acredito já ter feito antes mas elas devem estar em algum arquivo que não encontro, já as postei por aqui. 
Um carro incrível, duas largadas que entraram para a historia, um olhar concentrado e uma bandeirada que marcou uma nova era na categoria...me digam, quem, quando, como e onde?

Um abraço,

Rui Amaral Jr    





quinta-feira, 25 de junho de 2015

Haley Davidson

Depois que postei o excelente texto do Cassio sobre as Haley recebi de meu amigo Borgmann as duas fotos abaixo e para completar a foto de meu amigo Danilo Kravchychyn na época em que servia o exercito, motociclista e atuando na PE - Policia do Exercito.  

Obrigado Cassio, Borgmann e Danilo.

Rui Amaral jr 

Muito boa a matéria das Harley.

Conforme relatado na matéria, as motos remanescentes da 2a Guerra foram vendidas ou leiloadas. Envio fotos do leilão de motos pós guerra. Como pode ser visto, cada lote era composto de 5 ou 6 unidades, a maioria delas ainda em condições de voltar à ativa. Tinha motocicletas pára todos.

Um abraço.

Luiz Borgmann
Danilo na Haley, hoje ele é jornalista especializado em esportes.
Ten. Cel Carlos Miranda o eterno Vigilante Rodoviário na Haley sendo entrevistado por Marcos Ponce.

terça-feira, 23 de junho de 2015

A Harley Davidson e os Bickers.



Harley Davdson é muito mais um “way off life” que uma motocicleta, mas como surgiu isso?
Existem muitas teorias, todas sempre enfocam que essa ligação com “rebeldia” e “liberdade” geraram e geram ainda hoje pelo mundo todo uma legião de fãs.
Para os profissionais de marketing essa legião de fãs  é o Santo Graal, o sonho de qualquer profissional da área, mas como surgiu isso?





Temos que voltar aos tristes dias da Segunda Grande Guerra. Mesmo ainda não estando efetivamente na guerra, os EUA já produziam muito material para os europeus, o que reduzia a disponibilidade para os americanos que tinham que viver com menos. Só isso já gerou um aumento no uso de motocicletas por eles. Na época haviam duas grandes fábricas de motocicletas, a Harley e a Indian. Isso ainda não explica esse jeito “radical” de ser!
Bem, em 1941 com a entrada efetiva dos EUA na Guerra o exército americano decidiu que precisava de motos no front de batalha e fez uma “concorrência” entre seus dois maiores fabricantes, que foi vencida pela Harley com seu modelo XA 750  , uma moto robusta e ágil para a época.
A fábrica produziu mais de 70 mil motos desse modelo, inclusive a FEB  recebeu duas na unidade  FEB 210 C  que após a guerra vieram para o Brasil e deram origem a famosa P.E.

Mas isso ainda não explica nossa questão!




 Vamos adiante. Após o conflito o que fazer com as sobras de guerra? Por exemplo as milhares de motos que sobraram e não podiam ser meramente largadas pela Europa, África etc.?
Finamente chegamos a resposta!
As motocicletas foram trazidas de navio de volta para os EUA, mas saia muito caro se livrar delas em território americano.
Bem, ao chegarem aos portos, elas eram vendidas a US$ 5,00 a unidade e com isso muitos compraram elas e saíram rodando, alguns formaram grupos e alguns grupos como Hells Angels se tornaram fora da lei criando a primeira ligação com rebeldia e liberdade. Na época a fábrica tentava se manter em uma corda bamba, de um lado não gostava de sua imagem ligada a esses grupos, mas por outro precisava deles, pois compravam muitas peças e ajudavam a empresa a se manter funcionando.

A Harley na nossa gloriosa FEB - Força Expedicionária Brasileira.

Muito tempo depois com a reaquisição da empresa por antigos funcionários que conseguiram conciliar essa fama a uma estratégia de marketing vitoriosa que é hoje o “WAY OFF LIFE HARLEY” que não comporta mais muitos vagabundos de estrada, pois são motocicletas caras se comparadas às concorrentes, mas ainda traem fãs pelo mundo todo.

Cassio Toledo


Motociclista, produtor, fotografo e muitas coisas mais meu amigo Cassio entende do que fala e escreve, além do mais é filho do Ten. Cel. Carlos Miranda nosso eterno Vigilante Rodoviário, na foto acima está entre seu pai e Thiago seu filho, três gerações de motociclistas que muito nos honram!

Obrigado Cassio e um abração. 

Rui Amaral Jr    

segunda-feira, 22 de junho de 2015

GP da Austria 2015


 Foto Reuters
Foto Reuters
Depois de muito tempo Nico andou na frente de Lewis. Tomou a ponta na largada e manteve depois de um erro de Lewis na saída do box, Massa fez uma boa corrida e no finalzinho segurou Vettel...

Corrida completa...

terça-feira, 16 de junho de 2015

Quem, quando, onde?





sexta-feira, 12 de junho de 2015