A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Jorge Ribeiro

Ari Moro, gostaria de escrever algo sobre ele, mas escrever o que? Apenas que é um jornalista de automobilismo apaixonado pelo que faz, assistiu ao vivo as primeiras Mil Milhas Brasileiras no ano de 1956 e continua até hoje acompanhando e escrevendo. Ah! E me privilegiou permitindo que eu mostrasse seus ótimos textos escritos em seu jornal " CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" bem como tantos outros escritos para o jornal ParanáOnline e que a Graziela vem nos mostrando.
Um forte abraço Ari.


Clique nos textos para expandir.





     

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

EFEITO CANGURU

O Efeito Canguru ocorre nos VW-Fuscas pois sua suspensão traseira composta por 
apenas um braço, denominado facão, ligado à barra de torção, faz com que as rodas 

sofram uma grande mudança em sua geometria; cambagem e alinhamento. Perdendo a roda que traciona toda sua função, isso com o carro sem autoblocante.

O texto a seguir escrevi para o Luiz Salomão e está em seu Saloma do Blog, em post de 23 de Julho de 2009. Estou reproduzindo com algumas pequenas alterações.Valeu Luiz, um abraço ! 
                                     http://www.interney.net/blogs/saloma/?cat=4689


O VW do Eric entrando no S do Senna.

No VW, D3 e TEP, que corria com pneus slics toda configuração de suspensão é muito diferente dos carros que correm com pneus radiais. Os Pneubrás tinham 10 pol. de largura, e para aproveitar toda área de contacto destes pneus e toda potencia dos motores suas suspensões eram bastante trabalhadas.



Notem meu carro já entrando no Pinheirinho. Os pneus traseiros bem apoiados ao chão, o dianteiro esquerdo começa a levantar e o direito bem colado no asfalto. O Elcio Pellegrini ainda está em linha reta após a entrada do S.
Arturo e Jr, pneu esquerdo de apoio no chão, direito levantado. Os traseiros com toda sua área no asfalto.

  


Na dianteira alguns carros usavam catracas, outros um novo local de fixação da suspensão, que subisse e descesse todo conjunto, braços, barra de torção etc., na TEP corríamos com amortecedores nacionais, no meu caso Barchi, eles eram regulados com muita pressão tanto de bump quanto rebunp, barra estabilizadora grossa e com regulagem, o que deixava os carros bem duros, com pouco movimento de suspensão.




Na traseira o X da questão, como a suspensão com barra de torção e facões muda toda geometria quando se move e para evitar o efeito canguru às modificações eram radicais.
Na D3 o Jr Lara Campos mudou sua suspensão traseira por uma de Variant 2, nós na TEP não podíamos. Para evitar esta mudança de geometria usávamos o conjunto motor e cambio mais altos uns 10 cm, fazendo novos coxins de alumínio e mudando a fixação do cambio. O conjunto trabalhava mais alto, o varão do cambio passava por cima do túnel central (como se vê no carro do Ricardo e o meu era igual) assim podia-se usar o trambulador do Passat o que tornava a cambiada super precisa, ainda mais no meu caso que usava 1ª no "Bico de pato” e "S". “Vocês vão me dizer ,” tudo ao contrario, levantar um carro de corrida!”“.
Os semi eixos trabalhavam com grau positivo, amortecedores duríssimos tanto de bunp quanto rebunp e barra estabilizadora grossa com regulagem . Tudo para evitar o que se vê na foto acontecendo com o carro à frente do Luiz (colocar aquela foto sua e do outro fusca no "S do Senna) o que alem de descontrolar o carro provocava a perda de tração .


Arturo com o carro no  chão. Notem a pequena alteração da cambagem traseira. E a grossa barra estalisadora dianteira. 


Amadeu e Arturo,


Atrás do Vital, Jr e Edgard já na Ferradura,  Clelio Moacyr Souza transferindo todo peso do carro na entrada segunda perna, onde a freada era violenta. Notem a traseira do carro levantando.

Usávamos freios a disco nas quatro rodas , pastilhas importadas , as melhores que podíamos achar , na época era tudo mais difícil .
Apesar de tudo isso, o segredo era pilotar bem redondo, não atravessar nas curvas para evitar o tal do Canguru, em algumas era difícil, mais eram curvas de baixa, que fora o "Sargento" no meu caso feita em 2ª marcha onde se precisava de tração para chegar forte ao "Laranja" não fazia tanta diferença . Agora nas de alta era o "capeta" no meu caso chegava a "Um" em 4ª marcha a 7.000 RPM, isto com um pneu de 20 de altura aro 13 pol., diferencial 8/31 e quarta marcha 0.96 era algo próximo dos 200 km/h.Eu fazia cravado.


No carro do Mogames o varão do cambio acima do túnel. 

Entrada do antigo S, #1 Arturo, #8 Dimep, Yoshikuma.

O Ferraz saindo do Pico de Pato, ao contornar a curva em primeira marcha e após um escapada nota-se que ao acelerar a traseira abaixa. Ele usava quatro amortecedores. 



 Na "Tres" uma pendurada forte nos "alicates" depois da placa dos 50 m enfiava uma terceira e pé embaixo até a entrada da "Ferradura”, linda curva, a primeira perna à esquerda em 4ª cravado, na tangencia dela, já com o carro reto uma freada bem forte e redução para segunda, na "Subida do lago" chegava em 4ª bem forte, uma aliviada no acelerador, 4ª até quase o ponto de tangencia e ai enfiava uma 3ª, o que com meus 1.90 m era complicado, parecia que a perna ia sair do carro! "Reta oposta” e ai o "Sol" que junto com a "Um" são curvas Rainhas, onde os garotos e os homens se separam aquele raio longo os dois pontos de tangencia etc. etc. etc., feita no meu caso em 4ª. Junto com a "Um" e "Três" eu amava esta curva!


Fotos dos arquivos: Arturo Fernandes, Jr Lara Campos e Rui Amaral Jr.



REVISTA ILUSTRADA de Janeiro - 2011


sábado, 8 de janeiro de 2011

Uma Mulher na Largada - Parte final



A prova "Washington Luis" foi dividida em quatro etapas nos seus mais de 2.000 quilometros de estradas. Dada a largada oficial, no quilometro 12 da Via Anhanguera, as atenções voltaram-se a dois pilotos favoritos: o paulista Chico Landi e o gaúcho Catharino Andreatta.

Pela ordem de largada, Landi, que venceu a primeira etapa, saiu na frente, mas, Catharino não o perdeu de vista até próximo à localidade de São Manoel, quando o motor da carretera Ford número 10 do gaúcho teve problema na distribuição elétrica, obrigando-o a parar.

No entanto, o pior ainda estava pela frente. Devido à falha na sinalização do trajeto da corrida, tanto Catharino quanto os demais pilotos concorrentes tomaram uma estrada errada.

Quando o erro foi percebido, todos trataram de voltar imediatamente a fim de pegar o caminho certo. Só que, nessa manobra, uns carros estavam indo e outros voltando a 150km/h, na mesma estrada de chão!

O inevitável ocorreu: Catharino trombou sua carreteira com a de Julio Vieira. Por sorte, os danos gerais não impediram que todos continuassem na disputa. O gaúcho acelerou mais ainda e já na cidade de Sorocaba estava em primeiro lugar.

Dali para frente só deu Catharino até receber bandeirada final no mesmo ponto de partida da prova na Via Anhanguera, sagrando-se vencedor da disputa. Tanto ele, quanto os demais pilotos, não pouparam críticas ao Automóvel Clube do Brasil, pelas gritantes falhas na organização da corrida.

Tanto é que o major Vila Forte, da Força Aérea Brasileira, que acompanhou de avião todo o desenrolar da contenda, disse que não acreditava que uma prova dessas pudesse ser realizada com tantos obstáculos aos pilotos.

Do alto, ele viu trombadas, capotamento de carros, "mata-burros", pontes sem guardas e trechos urbanos sem policiamento. Ou seja, era um "Deus nos acuda"! Felizmente, entre vivos e mortos, todos se salvaram e Catharino Andreatta mais uma vez mostrou a competência dos gaúchos no automobilismo de competição brasileiro.

Ah, e a Kitty Fabri? Ela atrasou-se bastante com seu Ford 1942 e não acompanhou o ritmo da corrida, pois, já na cidade de Campinas teve pane na parte elétrica do seu carro.

Mas, a sua presença, a única mulher, numa corrida de carros dessa envergadura nos idos de 1949, foi um fato extraordinário, exemplo para outras que a seguiram. Numa foto de hoje, a largada oficial da prova na Via Anhanguera. Na outra, Catharino, seu mecânico (D) e sua carreteira "Galgos Brancos".


Por Ari Moro

Publicado primeiramente no Jornal do automóvel/Tribuna e Paraná Online
06/01/2011 às 00:00:00 - Atualizado em 05/01/2011 às 22:54:31

Nossos agradecimentos ao amigo e grande jornalista Ari Moro a cedência deste.

XIII MIL MILHAS BRASILEIRAS - 29/30 de Janeiro de 1983

No grid, Adolfo pronto para largar conversa com Zé Rossi, Claudinho Carignato conversa com Zé Fercolin e Ricardo com Eduardo.

Agora parece que ficou tudo mais claro, a XIII edição das  Mil Milhas Brasileiras aconteceu no dia 28/29 de Janeiro de 1983, já tinha mostrado algumas fotos e escrito que a corrida era de 1983, mas ao olhar a foto em que estão os carros do Ricardo/Adolfo e Jr/Fabinho me confundi com a data colocada por meu amigo Sydnei o fotógrafo. 
No livro “ MIL MILHAS BRASISILEIRAS - 50 ANOS” o autor cita apenas a data como 30 de Janeiro de 1983 e a edição como a 13ª. Acredito que a data colocada pelo Sydnei nas fotos é a mais precisa, tendo a corrida começado às 24 H do dia 29 e terminado no dia 30.
Lembro bem desta corrida pois trabalhei feito um louco no Box de meus amigos Ricardo Bock e Adolfo Cilento, na batalha que foi fazer com que o Passat #31 chegasse até o final. Lembro bem da bela vitória do Passat #9 de Vicente Correa/Valdir Silva/Fausto Wajchemberg e do segundo lugar de meu amigo Mike Mercede no Opala #15, quase Stock, que dividiu com  Luiz Evandro/Dede Gomes.
Depois do post de ontem recebi inúmeros comentários de meus amigos, vou adicioná-los abaixo, Fernando Fagundes, Fabiano Guimarães, Ferraz, Duran, Francis e Jr que correu esta edição, e por fim uma foto enviada pelo Leandro Sanco que mostra a data certa da corrida.
Pretendo ainda reunir os depoimentos de meus amigo que correram e contar sobre essa corrida na visão de cada um. 
Este post vai para o Adolfo e o João que lá de cima devem estar rindo à bessa da minha atrapalhada!   

A foto que causou toda confusão, nela o Passat do Adolfo/Ricardo e o VW de Jr Lara/Fabio Levorin

A foto enviada por Leandro Sanco: Os pilotos eram o Antônio Miguel Fornari, Renato Conill e Paulo Hoerlle. Três feras da época dos 147. Eram adversários ferrenhos na pista e acabaram correndo juntos nessa tradicional prova. A foto é do arquivo do Fornari. Leandro Sanco

José Ferraz que correu com Luiz Eduardo Duran e Julio Migliolli.

#44 Ferraz/Duran/Miglioli

Reabastecimento, Ricardo ajuda a empurrar com Adolfo ao volante, Zé Fercolin e eu de camisa vermelha fazendo força!



Outra parada, agora Adolfo ajuda Ricardo a colocar o cinto. Quem abastece o carro é o filho do João Lindau.

Pela manhã Ricardo sai, empurram Zé Rossi e Zé Fercolin. Lá atrás João Lindau e eu observamos.




Mike/Dede/Aguia a caminho de um brilhante segundo lugar.






Ricardo no Passat e o VW de Ricardo Mogames/Amadeo Campos, tomada do Pinheirinho.



Chegar ao fim das Mil Milhas Brasileiras já é uma vitória.


Fotos dos arquivos de: Antonio Miguel Fornari, Mike Mercede e Ricardo Bock. Sydnei Fotos.

Os comentários do post anterior








 Duran disse...




















eiiita, então tambem vivi fantasias. trabalhei no Box com a dupla João Lindau e Formiga, andamos sem correia a partir das 2hrs da matina, quando quebrou a ultima que havia, rsrrs terminamos corrida na frente do Ricardo e do João Franco, conversando com o João Franco lembramos dessa corrida, e ele achava que eu tinha guiado tambem.








ferraz disse...




















Eu já falei Rui esse negocio de MIl Milhas é complicado, as coisas são muito velhas eu não lembro, era criança, só começei a entender algo foi em 1983 pra cá...hahahaha..abs.

Hiperfanauto disse...








Oi Rui,

Estranho, o seu "post" me chamou a atenção e fui ver numa pasta em que tenho arquivado todas as Mil MIlhas Brasileiras, e por incrivel que pareça ela pula de 1981 para 1983, e não há nenhuma anotação se houve ou não a corrida.
Merece uma investigação mais profunda.

Abs,

Fernando









 fabiano70 disse...




















Rui, se não me engano a prova foi denominada "Mil Milhas 1982" porém realizada em Dezembro de 1981. Os carros que participaram são os que correram nos campeonatos de 1981.

Abs,

Fabiano.









 Leandro Sanco disse...




















Rui, a prova foi realizada no dia 28 de Janeiro de 83, mas foi denominada Mil Milhas Brasileiras 82. Ao menos pelo Sydnei...

Abração,
Sanco









Hiperfanauto disse...




















Oi Rui acho que matei a charada.

20 de dezembro de 1981 era realizada a 12a Mil MIlhas Brasileiras, após oito anos de interrupção.
Foi vencida pelos irmãos Giaffone com Opala Stock Car em 12 horas 32 min. O João Lindau Neto e José Lenci chegaram em 14o lugar com um Volks Hot Car.

No ano de 1982 não houve a realização das Mil MIlhas Brasileiras em razão da crise economica que passava o Pais.

30 de janeiro de 1983 era realizada a 13a Mil MIlhas Brasileiras.
Vicente Correa, Valdir Silva e Fausto Wajschemberg venceram com um Passat Hot Car.

Abs,

Fernando









Fabiani C Gargioni #26 disse...




















Grande Rui,que dúvida.Mas eu confio mais em vcs.Hahahahaha!!!
Obs:como eu faço p/ter um exemplar deste belo livro do Lívio Oricchio???









 Junior Lara Campos disse...




















Mil Milhas, estava entre os 5 primeiros no grid, choveu pouco antes da largada pista molhada e eu larguei de pneu Slick,conto essa historia no blog, que sufoco!!









 Francis Henrique Trennepohldisse...




















Estou a procura deste livro já faz um bom tempo e não acho.
Vou continuar na vontade de tê-lo na minha estante...
Abraço









 fabiano70 disse...




















Até e-mail para o Lívio Oricchio eu mandei para comprar o livro, mas como ele é "muito importante" nem me respondeu. Se alguém mais humilde publicasse o livro talvez conseguiríamos.
Fabiano.

Agradeço a meus amigos, é com a ajuda deles que escrevo este blog e para mim é uma honra. 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

MIL MILHAS BRASILEIRAS - 1982 ???

Ricardo/João/Ronald #34, na frente Jr Lara/Fabio Levorin.

Ontem aconteceu algo muito engraçado,  graças ao Skype o Caranguejo e eu examinávamos alguns arquivos meus, ele lá em Bagé e eu aqui, quando ele viu essa ótima foto da largada das Mil Milhas Brasileiras . Contei-lhe que era o Passat Divisão 3 pilotado por meu amigo Ricardo Bock junto com o João Franco e Ronald Berg e que nessa foto pode-se ver também o VW Divisão 3 em que o Jr Lara Campos correu com o Fabinho Levorin.
A certa altura o Caranguejo me pergunta se sei o resultado dessa corrida e sem saber vou consultar o livro “Mil Milhas Brasileira 50 Anos” de autoria de Livio Oricchio.
Pasmo disse a ele que não constava nem mesmo a corrida, no livro passa da edição de 1981 para a de 1983. Ora fucei o livro inteiro e não encontrei a edição de 1982, mas as fotos do arquivo do Ricardo, são mais algumas só dessa edição fora todo seu arquivo que está comigo, mostram claramente na marca  Sydnei Fotos que elas são de 1982.
Em 1983 trabalhei no Box do Ricardo quando ele correu em dupla com nosso amigo Adolfo Cilento.
Será que estou vendo fantasmas, que essa edição da prestigiosa corrida existiu apenas nas fotos que tenho?

Cópia do belo livro do Livio Oricchio.


   

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A primeira vitória de Jr Lara.




Ricardo Bock #172.

Jr Lara e J.A. Bruno em foto de 1979.



No ano de 1978 a Divisão 3 ia para o Rio de Janeiro completa, todos grandes pilotos que corriam na categoria lá se apresentaram.Era uma etapa do Torneio Rio-São Paulo já que o Campeonato Brasileiro não aconteceu, devido à crise dos combustíveis. Foi lá que o paulista Luiz Carlos de Lara Campos Junior alcançou sua primeira grande vitória na categoria. Apesar dos problemas enfrentados por todos os pilotos com os pneus, que se desgastavam muito no asfalto abrasivo do Rio, Jr Lara venceu na soma dos tempos, sendo a primeira bateria vencida por Arturo Fernandes com Jr em segundo. Na segunda bateria quem venceu foi Amadeo Campos com José Antonio Bruno em segundo e Jr em terceiro.  


Arturo Fernandes e Aroldo Bauermann.



Por Henrique Mércio e Rui Amaral Jr.


-A prova era válida como 4ª etapa do Campeonato Paulista de D3 e como não havia condições de realizá-la em SP devido às reformas para o GP Brasil F1/79, transferiu-se para Jacarepaguá;
-Em quatro anos de corridas, primeira vitória do Júnior;
-Vinte e sete participantes;
-A Marshal Lester era a patrocinadora da prova;
-Na primeira bateria, amplo domínio do Amadeo Campos, que liderou desde a primeira volta, enquanto Arturo e nosso herói brigavam pelo segundo lugar. À duas voltas do final, um vazamento de óleo tirou o Barbudinho da corrida e deixou Arturo e Lara brigando pela ponta. Turito levou a melhor, com menos de dois segundos de vantagem;
-Destaque-se nessa bateria o competidor Adolfo Cilento, sexto colocado com sua Brasília;
-Antes da largada da segunda bateria caiu uma chuva fina e como a maioria dos pilotos não tinha pneus biscoito, retardou-se o começo da disputa;
-na segunda bateria Arturo saiu na frente, mas na quarta volta, foi superado por Amadeo Campos, que largou em último  mas "patrolou" todo mundo e sumiu na frente. Lara, que caira para a quarta posição, brigava pelo terceiro lugar com José Antonio Bruno. Amadeo ganhou fácil, mostrando que tinha o carro do final de semana, não fosse o azar da 1ª bateria. Arturo teve problemas com o fio da bobina solto e Bruno se impôs a Lara, que foi o 3º;
-Adolfo foi de novo, o sexto colocado;
-Lara admitiu que tivera sorte, pois a pressão do óleo estava a zero desde as primeiras voltas;
-Na classificação final, Júnior em primeiro, J.A. Bruno em segundo e Yoshikuma em terceiro. Adolfo foi o quarto com a Brasília Luroy e Armando-Manduca- Andreoni o quinto.
Caranguejo


Fotos: Arquivos de Ricardo Bock, Arturo Fernandes, Valdir Procopio e Jr Lara Campos.


  

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

José Ferraz

Está no ar o blog de meu amigo José Ferraz, lá ele vai contar suas histórias e mostrar sua carreira, sem deixar de contar aqui um pouco de tudo. Estarei  também por lá com meu velho amigo, ou amigo velho ou simplesmente Velho!Rsrsrs. Parabéns meu amigo e um abração.


  

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Kitty Fabri foi uma das pioneiras nas corridas de automóvel


Quando, às 9,00 horas do dia 9 de dezembro de 1949, a paulista Kitty Fabri arrancou com seu automóvel Ford 1942 número 52 no quilometro 12 da Via Anhanguera, em São Paulo, para disputar lado a lado com "marmanjos" uma corrida num trajeto de mais de 2.000 quilômetros de estradas do interior paulistano, apresentava-se, talvez sem querer, como uma das mulheres pioneiras nessa área em nosso país

Hoje, vemos mulheres participando de corridas de automóveis,
de motos, de caminhões e até de arrancadas de "dragster" em
autódromos, sem muitos comentários.
Mas, na época... Bem, escreveremos sobre mais uma das grandes e saudosas provas automobilísticas de estradas brasileiras, ou seja, a "Washington Luiz", promovida pelo Automóvel Clube do Brasil, a partir de São Paulo/SP e disputada nos dias 8, 9, 10 e 11 de dezembro de 1949, reunindo os principais pilotos do país.

Debaixo de chuva fina, a partida simbólica dos competidores foi dada às 8,00 horas no Vale do Anhangabaú, seguindo estes em direção à Via Anhanguera onde, às 9,00 horas, foi dada a largada oficial da prova, num t


rajeto que incluía entre outras cidades Campinas, Sorocaba, São José do Rio Preto e São Manoel. Chico Landi, piloto já famoso na época, estava presente com um Ford 1948 mas, ele mesmo tinha como favorito a vencedor da prova o gaúcho Catharino Andreatta, "cobra" em corrida de estrada.

Por sua vez, Kitty Fabri, vestida de branco e usando turbante, disse que, se o seu carro correspondesse, acompanharia os grandes volantes. O primeiro carro a arrancar foi o mais velho de todos, um Ford cupê 1933, múmero 98, de Alberto Cortez Salgado (SP).

Atrás dele, a cada minuto, arrancaram os pilotos Luiz Ambrósio - carreteira Ford, João Scaffidi, Kitty Fabri (SP), José Guidini, Ernesto Ranzolin (RS), Rosalvo Mansur Framcisco (SP), Adolfo Pitoresco, Moacir Colli, José Ambrósio, Rafael Gargiulo, Godofredo Viana Filho (SP), Argemiro A Pretto (RS), João Vieira de Sá, Angelo Gonçalves, Mario Marsiglia, Francisco Landi (SP), Catharino Andreatta (RS), Oscar Bay (RS), Francisco Marques, Djalma Luciano Pessolato (SP), Raulino Miranda (SC), Francisco Said (SC), Gilberto Pereira do Vale, José Amadeu Luggeri, Antonio Patra, Amaral Junior, Primo Fiorese (SP), Julio Andreatta (RS), Horácio Alves Ferreira, Aristides Bertuol (RS), José Fiadi, Julio Vieira dos Santos, Mario Sinatolli, Gilberto Gazzaniga, Osvaldo Bertini, Chafic Scaff, Antonio da Silva e Edivaldo de Oliveira Santos. Nas fotos de hoje, a largada simbólica da prova e, a piloto Kitty Fabri pouco antes disso.

Por Ari Moro

Publicado primeiramente no jornal A Tribuna/jornal do Automóvel de Curitiba e Paraná on line

30/12/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 29/12/2010 às 22:19:27

Parabéns Fabiano

Fabiano Guimarães.
                 Atrasado mas de coração, parabéns meu amigo!