A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Carlos de Paula



Ontem foi aniversário de meu amigo Carlos , ele que andava sumido apareceu . Parabens amigão , para você muitas Alfas e belas postagens .

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Evolução do VW-Fusca nas pistas Brasileiras

As primeiras aparições do VW-Fusca nas pistas Brasileiras correndo com competitividade frente aos possantes carros da época se deu no ano de 1956 .
Neste ano Jorge Lettry preparou um VW para correr a I Mil Milhas Brasileiras , seu motor de 1.500 cc tinha na época 74 hp -DIN e segundo Lettry usava bloco original VW com todas partes internas do Porsche . Com este carro Christian Heins/Eugênio Martins chegaram em 2º lugar , chegando a liderar a corrida .
Do Rio Grande do Sul , também no ano de 1956 começou a correr este VW-Porsche com o piloto Aldo Costa e seu companheiro Haroldo Dreux . Acredito que seu motor fosse um Porsche 1.500 Super , tinha dois carburadores , 1588 cc e 70 hp . Com ele Aldo venceu diversas corridas sendo a primeira no Circuito Farroupilha no ano de 1956 . Correram na época de igual para igual com carreteras com potencia superior aos 300 hp e quando o circuito era mais travado dava trabalho . Pelo que sei o carro foi usado até o meio da década seguinte .
Já na década de 70 chegou a Divisão 3 , com a vitória de Emerson/Wilsinho nas 12 Horas de Porto Alegre de 1972 evoluiu muito a preparação desses carros . Acima o ano de 1971 uma corrida de Estreantes e Novatos com os rapidíssimos VW D3 preparados pela KINKO . Abaixo meu amigo Teleco , piloto rapidíssimo , quando corria em EN no VW D3 preparado pelo competente Robertinho da AUTOZOOM .
A partir de 1972 já no Campeonato Brasileiro de D3 , os Fuscas começaram a apresentar uma evolução rápidissima , chegando em alguns circuitos andar na frente dos Opalas com motores de mais de 300 hp . Abaixo meu amigo Jr Lara Campos que com seus VW D3 deu vários shows em nossas pistas .
Abaixo uma largada da categoria Turismo Especial Paulista no ano de 1982 , nada mais que a D3 , que pela persistencia de meu amigo José Ferraz voltou a se chamar D3 no ano seguinte .

Tomada da "Ferradura" no Interlagos Original , dá para perceber que as disputas eram muito boas , palmo a palmo . O carro do "Alicatão" que vos escreve é o ultimo nesta foto a minha frente meus amigo Bé , Amadeu , Duran , acho que Dalécio , Alvaro e Marco DeSordi .


MOTORES : Acompanhando a evolução dos motores em todo automobilismo o VW avançou e muito . Com seu comando de válvulas no bloco e varetas para acionar o balanceiro é impressionante o que alguns preparadores conseguiram extrair de potencia desses motores com uma configuração tão antiga . Nos anos 50 eles giravam 6.000 rpm , seus dois carburadores Zenith de 32 mm de diâmetro alimentavam a entrada única do cabeçote , sua refrigeração era feita por radiadores na dianteira do carro sua potencia 75 hp . Em 1971 quando corri pela primeira vez em D3 -EN-os motores já usavam um comando de válvulas P3 desenvolvido pela MM encima dos Iskanderyan 12/12 , o carter trabalhava seco com bomba de óleo Schadek , e alguns carros já usavam os carburadores Weber 48 com o cabeçote desenvolvido pela mesma MM . Acredito que os melhores motores dessa época tivessem uns 100/110 hp .
A partir dos cabeçotes de dupla entrada , da evolução dos comandos de válvulas , das bombas elétricas de combustível , dos pratos de molas de titânio , das molas de válvulas , das varetas de válvula , ponto fraco desses motores , do sistema de balanceamento e muitas outros componentes passaram esses motores a girar na casa dos 8.000 rpm e com alguns comandos 9.000 rpm . Sua potencia como relata Jr Lara Campos em seu blog chegou a incríveis 152 hp e posso dizer que o Chapa meu preparador tirava deles potencia parecida , verdadeiros canhões !
CAMBIO : Não tenho informação do cambio usado nos carros de Lettry e Aldo/Dreux , mas a partir de 1970 começou a ser usado cambio de quatro marchas com diversas relações desenvolvidas pela MM - um abraço Crispim - e parceiros , escrevi uma postagen intitulada "Caixa três" com maiores informações . Alguns carros usavam uma caixa de cambio Hewland de cinco marchas feita numa carcaça VW .
CHASSI : Só que pilotou um carro desses sabe do prazer . Lettry conta que seu carro para as Mil Milhas 1956 não tinha nenhuma modificação , correndo inclusive com pneus diagonais Spalla di Sicurezza !!!! Quando comecei em 71 já usávamos rodas 6 pol. na dianteira e 7 pol. na traseira com pneus Pirelli Cinturato 165 na frente e 185 na traseira , ao contrario dos primeiros carros já usávamos barras estabilizadoras na frente e atrás , a cambagem das rodas traseiras era bem acentuada chegando a 3/4 graus negativos .
A partir de 72 tudo mudou muito com a chegada dos pneus Slick , os freios a disco nas quatro rodas , amortecedores importados . A primeira vez que pilotei com os slick fiquei impressionado , as freadas eram muito mais próximas , o limite muito mais alto , eles simplesmente grudavam a pista . Eram verdadeiros carros de corrida e o prazer de pilota-los imenso .

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SERPENTES , LOBOS , BRIGITES E BOTAS , MUITOS BOTAS

Orlando Menegaz e Aldo Costa .
Orlando , Breno Fornari , ? , Alcídio Schröeder e Aido Finardi .

Galgos Brancos , Julio Andreatta nos 500 KM de Porto Alegre de 1962 .

José Asmuz e sua carretera Ford 500 KM de Porto Alegre 1962 .

Camilo Christófaro , Catharino Andreata , ? e Orlando Menegaz na festa de entrega dos troféus dos 500 KM de Porto Alegre 1962 . Como escrevi anteriormente , nesta foto cinco vitórias nas Mil Milhas Brasileiras .

Catharino nº2 e José Asmuz nº 32 disputam a ponta dos 500 KM de Porto Alegre 1962 logo Orlando viria se juntar a eles tornando a briga pela ponta sensacional .

Agora era Asmuz que liderava seguido de Catharino , briga bonita os dois andando no limite .

Ainda nos 500 Km de Porto Alegre 1962 o incrível Aldo Costa e seu VW-Porsche nº 36 chegaram em 4º lugar correndo em parceria com Haroldo Dreux . Nesta pista de alta velocidade média a briga com as carreteras foi difícil .
Mas com este carro obteve inúmeras vitórias . Estreou com ele vencendo o IX Circuito Parque Farroupilha no ano de 1956 , foi 7º lugar nas I Mil Milhas Brasileiras correndo com Haroldo Dreux , venceu o circuito de Hamburgo e muitas outras corridas .
Notem o carro era muito veloz para época , mas parece pela foto que não tinha Sto Antonio muito menos cinto de segurança . Assim eram nossos heróis .
A carretera de Orlando Menegaz chamada de Caninana , Camilo o Lobo do Canindé , Brigite a carretera do Catharino . Enquanto vamos pesquisando e tentando descobrir tudo sobre III 500 KM de Porto Alegre de 1962 , Graziela e eu vamos encontrando algumas preciosidades . Essas fotos do encontro dos pilotos 30 anos depois dessas corridas são acervo de Nelson Rocha pai da Graziela que com sua incrível memoria vem nos contando tudo que sabe , e é muito . Botas , eram todos Grandes Botas , pilotar esses carros não era fácil e eles o faziam com maestria . Já separei umas 40 fotos e a Graziela começou a escrever , enquanto isso vamos dividindo com vocês nosso grande prazer , que tem sido conviver com nossos heróis como se fosse hoje .

domingo, 22 de novembro de 2009

CANINANA

Caninana serpente ágil e muito rápida , agressiva mostra sua garra e velocidade quando provocada .
Orlando Menegaz e sua Caninana caminhando para vitória nos 500 KM de Porto Alegre em 1962 .
A Caninana mostra sua velocidade e rasga a reta do lendário Tarumã pilotada por Orlando Menegaz no ano de 1998 .



A serpente que com sua agilidade e velocidade inspirou o nome da carretera .
Ítalo Bertão , um amigo e Orlando Menegaz com a Caninana Orlando e Ítalo venceram a VI Mil Milhas Brasileiras de 1961 .


Fotos : Instantaneos do video dos 500 KM de Porto Alegre e Tarumã 1998 .
Caninana autoria de de Paula F J em www.flick.com/fotos/fjota