A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta mil milhas. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta mil milhas. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Os Volks-Porsche do Automobilismo Gaúcho. Pesquisa realizada por João Cesar Santos


A história dos Fuscas com motores Porsche que competiram no automobilismo

gaúcho no período de 1955 a 1963 

1954
- 01/08/1954: Haroldo Dreux participa da prova de “Km Lançado” na av. Farrapos, provavelmente com Volks-Porsche, tempo de 31seg5/10 e velocidade de 114,280 km/h
1955
- 13/02/1955: Osvaldo Nascimento no 1º Circuito Cidade de Canela, cat. até 1300cm3, abandonou na 25ª volta, possivelmente com Volks-Porsche.
- 17/04/1955: 5º Circuito da Pedra Redonda. Haroldo Dreux inscrito com Volks-Porsche, não participou. Osvaldo Nascimento com Volks-Porsche obtém a 5ª colocação.
- 16/06/1955: 6º Circuito da Pedra Redonda: Osvaldo Nascimento, VW-P #122, chega na 3ª posição.
- 29/11/1955: 1º Circuito Cidade de Novo Hamburgo. Estreia de Haroldo Dreux, VW-P #114, finaliza na 3ª colocação. Osvaldo Nascimento abandona por problemas mecânicos.
1956
- 26/02/1956: 4ª Prova Antônio Burlamaque: Haroldo Dreux, com o Volks-Porsche nº 114, obteve o primeiro lugar, na Classe Turismo Preparado até 1.500 cm3 (Prova Percio Pinto), com o tempo de 1h12min, média horária de 119,927 km/h
- 15/04/1956: 1º Circuito Cidade de Taquara-RS: Haroldo Dreux vence com o tempo de 47min, 41seg e média de 71,718 km/h. Nessa prova surge o apelido de “Vermelhinho” para o Volks-Porsche de Dreux.
- 20/05/1956: Anúncio de chegada de motores Porsche em Porto Alegre, modelos 1300 ao 1500 Super, completamente equipados, importados da Alemanha
- 17/06/1956: Prova “Parque São Cristóvão” do VIII Circuito do Parque Farroupilha: vitória de Haroldo Dreux, 1h20min08seg, média horária de 76,372 km/h, campeão por antecipação. Osvaldo Nascimento, inaugurando o seu equipamento Porsche semelhante ao de Haroldo Dreux, abandou a prova após a segunda volta.
- 14/10/1956: Prova de KM Lançado, na av. Farrapos. Osvaldo Nascimento com Volks-Porsche venceu a prova para carros até 1.500 cm3 com preparação, obtendo o tempo de 29seg e média horária de 120 km/h
- 21/10/1956 - IX do Circuito Parque Farroupilha, Prova “Clarim em 7 dias”. Vitória de Aldo Costa com o VW-Porsche de Haroldo Dreux, o tempo de 49min28s, fez também a melhor volta da prova em 2m33s3. Osvaldo Nascimento chega na segunda posição.

21/10/1956 - IX do Circuito Parque Farroupilha, Prova “Clarim em 7 dias”. Diário de Notícias, ed. 28/10/1956


Eugenio Martins e Christian "Bino" Heins no VW--Porsche criação de Jorge Letry. Mil Milhas Brasileiras 1956

Largada das Mil Milhas Brasileiras 1956


- 24/11/1956: 1ª Mil Milhas Brasileiras: Dupla Haroldo Dreux/Aldo Costa, conquista a 7ª posição, completando 185 voltas de um total de 201.
1957
- 27/01/1957: 5º Prova Antoninho Burlamaque, cat. Esporte até 2.0 litros. Osvaldo Nascimento, conquista a sua primeira vitória na carreira de piloto.
- 28/07/1957: Prova de KM Arrancado, no Praia de Bellas. Aldo Costa com o Volks-Porsche #114 venceu a categoria Esporte até 2000cm3 e segundo lugar na categoria Super-Sport; Osvaldo Nascimento obteve a segunda colocação com o Volks-Porsche #37, na categoria até 2000cm3.

- 02/06/1957: Festival de Velocidade de Canela, Aldo Costa com o famoso ‘vermelhinho’ de Haroldo Dreux, obteve o primeiro lugar com Osvaldo Nascimento na segunda colocação.
- 14/07/1957: GP de Porto Alegre, Prova Minuano S.A. Vitória de Aldo Costa com média de 116 km/h. Os Volks-Porsche #122 e #72, de Osvaldo Nascimento e Reinhardt Sachs, respectivamente, na 9ª e 11ª colocações.
- 06/10/1957: II Circuito de Novo Hamburgo. Aldo Costa chega em 1º e sagra-se campeão da Cat. Esporte até 2.000. Osvaldo Nascimento, que até então era vice-líder do campeonato, apensar de inscrito para a prova não participou.
- 27/10/1957 – Prova Cidade de Caxias do Sul. Vitória de Gabriel Cucchiarelli com VW-Porsche #112. Aldo Costa abandonou, pois uma pedra furou o cárter do ‘vermelhinho’.
- 23/11/1957 – 2ª Mil Milhas Brasileiras: Dupla Haroldo/Aldo Costa, abandonaram após 24 voltas, com motor quebrado, o mesmo que obteve o2º lugar ano anterior com Cristian Heins (bloco VW bipartido), foi colocado no carro na véspera, em vista do original, um Porsche, ter sido proibido de correr. A dupla Gabriel Cucchiarell/Flávio Del Mese, obtiveram a 30ª colocação, provavelmente usaram motor VW com equipamento Porsche.


Aldo Costa e Haroldo Dreux, 500 KM de Porto Alegre 1961-Circuito Pedra Redonda.

1958
500 Km de Porto Alegre 1958...um valente VW-Porsche de Salvi Dias Hernandez entre as carreteras

- Janeiro de 1958 – Regulamento Gaúcho para os carros de baixa cilindrada proíbe a participação dos Volks-Porsche, excluindo dessas provas os pilotos: Aldo Costa, Haroldo Dreux, Gabriel Cuchiarelli, Osvaldo Nascimento e Salvi Hernandes.
- 04/05/1958 - Circuito “Chácara das Pedras”, prova até 2.500cm3 e preparação livre. Inscritos com Volks-Porsche: Osvaldo Nascimento, Aldo Costa e Salvi Dias Hernandes, este com motor que era do Cristian Heins. Não foi realizada a prova pois Karl Iwers e Flávio Del Messe (esses com DKW) desistiram da prova, não sendo possível realizar com apenas 3 competidores.
- 30/03/1958 - Haroldo Dreux participa da prova “Quilômetro Arrancado”, na categoria Sport Força Livre (Copa Norme’lio L. da Poian e Cia), disputando com o Ford Thunderbird de Pedro Henrique Ribeiro, ficando em segundo lugar.
- 15/06/1958 - 500 Quilômetros de Porto Alegre, cat. Força Livre, Salvi Dias Hernandez, VW-Porsche #101, motor que era do Cristian Heins, não completou a prova.
- 18/10/1958 - Prova “Quilômetro Arrancado”, realizada entre o aeroporto e a ponte de Canoas, Osvaldo Nascimento obtém a terceira colocação na categoria Sport.

Gabriel Cuchiarelli e Aldo Costa com seus Simca....

1959
- Janeiro/1959 - regulamento gaúcho somente previa a categoria Turismo Força Livre com cilindrada até 4100 cm3, sem previsão de realização de provas para veículos até 2000cm3.
- 21/11/1959 – 3ª Mil Milhas Brasileiras. Dupla Haroldo Dreux/Aldo Costa com Volks-Porsche #10, chegam na 16ª posição, completando 165 voltas de um total de 201.
21/10/1956 - IX do Circuito Parque Farroupilha, Prova “Clarim em 7 dias”. Diário de Notícias, ed. 28/10/1956

- 24/11/1956: 1ª Mil Milhas Brasileiras: Dupla Haroldo Dreux/Aldo Costa, conquista a 7ª posição, completando 185 voltas de um total de 201.

1960
- 03/04/1960 – Prova cidade de Taquara. Cat. Esporte Força Livre. Aldo Costa em 1º, Afonso Hoch em 2º, Haroldo Dreux e Osvaldo Nascimento abandonaram na 12ª e 13ª, respectivamente. Os quatro pilotos com VW-Porsche.
- 19/06/1960 - Circuito Cavalhada-Vila Nova: Cat. Esporte Força Livre, 1º Afonso Hoch; 2º Haroldo Dreux; 3º Aldo Costa e 4º Walter Almeida, todos de Volks-Porsche. Haroldo Dreux competiu também na categoria Força Livre mas abandonou com problemas mecânicos.
- 07/08/1960 – Prova cidade Caxias do Sul. Liderava Aldo Costa mas abandonou. Walter Almeida com Volks-Porsche #11 chegou na segunda colocação.
- 04/09/1960 - III Circuito Cidade Industrial”, na cidade de Novo Hamburgo. Vitória de Walter Almeida com Volks-Porsche.
- 23/10/1960 - II 500 Quilômetros de Porto Alegre. Volks-Porsche, nº 10 de Haroldo Dreux e Aldo Costa chegou na segunda posição e o nº 11 de Walter Almeida e João Carlos Bastian em 16º lugar.
1961
Nova modificação no regulamento acabou ‘banindo’ dos Volks-Porsche das provas para carros de baixa cilindrada, só restando competirem na força livre junto com as carreteras.
- 23/04/1961 - Circuito Cavalhada-Vila Nova (Prova Folha da Tarde). Paulo Feijó com Volks-Porsche, conquista o 5º lugar.
- 25/11/1961 - IV Circuito Cidade de Pelotas. Paulo Feijó chega na 6ª colocação.
- 25/11/1961 – 5º Mil Milhas Brasileiras. Dupla Haroldo Dreux/Aldo Costa conquista a 17ª posição na classe geral e a 6ª colocação na categoria até 1600cm3 com o Volks-Porsche #50.

1962
- 23/09/1962 - III 500 KM de Porto Alegre. Os Volks-Porsche das duplas Haroldo Dreux/Aldo Costa (nº 36) e Paulo Feijó/Renato Petrilho (#26), obtém a quarta e quinta colocações, respectivamente.
- 22/12/1962 - II Circuito da Industria Automotiva (Cavalhada – Vila Nova), o Volks-Porsche da dupla Haroldo Dreux/Aldo Costa conquista a terceira colocação.
1963
- 27/01/1962 - G.P. Estrada da Produção (Carazinho – Porto Alegre). Paulo Feijó com Volks-Porschena 11ª colocação categoria Força-Livre
- 17/02/1963 - X Prova Antoninho Burlamaque (Porto Alegre – Capão), Paulo Feijó conquista a 3º colocação.
- 27/10/1963 - 500 KM de Porto Alegre. Dupla Renato Petrilho/João Carlos Macedo, chega na 5º colocação com Volks-Porsche
- 27/10/1963 - Haroldo Dreux anuncia o “vermelhinho’ para venda nos classificados do Diário de Notícias
- 16/11/1963 –A dupla Mandelli (Raul e Victor) comunica participação nos 1600 KM de Interlagos, com Volks-Porsche com motor/câmbio/suspensão do Porsche S90. Os irmãos Mandelli não participaram da prova.


Pesquisa e texto João Cesar Santos


---------------------------------------------------------------------------------------------

Quando comecei o Histórias e escrevia muito sobre as icônicas carreteras, fiquei impressionado com os VW--Porsche dos Gaúchos.
Outro dia conversando através do mensenger com o João Cesar ele me contou de sua pesquisa, então ei-la...

Obrigado João Cesar

Rui Amaral Jr

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

AS MIL MILHAS EM QUE TRABALHEI NOS BASTIDORES.



DODGE VIPER GTS 7000cc do trio Italiano Zonca/Lancellotti/Gollin

A 32ª edição das Mil Milhas Brasileiras estava para acontecer naquele mês de janeiro de 2004 Havia acabado de chegar de curta viagem a Curitiba, quando meu filho perguntou: Pai que trabalharmos nestas Mil Milhas. Em vez de pagar para ver, a gente vê a corrida de dentro como você nos seus velhos tempos sem ter que pagar. O convite na verdade vinha da mãe do Renato, um amigo do meu filho. Ela iria fornecer todo o combustível que as equipes iriam utilizar na corrida ( trabalho herdado de seu falecido marido ) e que pelo contrato com a organização da prova este fornecimento deveria ser por uma única distribuidora, afim de evitar “muitas duvidas e confusões”.


Carro 80 Aldee Spyder motor VW 2000cc de Agostinho ardito e Vito Ardito Neto.

Para mim, eu parecia estar retornando no tempo de juventude, inclusive em razão de estar acontecendo comigo naquele momento, uma situação muito semelhante ao do passado ou seja; a de estar momentaneamente desempregado (em razão de uma decisão política, das mais sujas na expressão da palavra, de cortar empregado com mais de 55 anos com exceção dos apadrinhados políticos e “daqueles” em cargo de direção), e aguardando uma oportunidade para os próximos dias numa nova empresa . O nosso time era composto pela Dona Neuza que gerenciava toda a operação, mais um senhor que ajudava na contabilidade (todas as equipes antes de iniciar a competição tinham que efetuar o depósito de um cheque caução por conta do fornecimento) e supervisão e; pelo operacional (todos uniformizados de calça escura ou jeans e camiseta branca) onde lá estavam o Silvio ( um grande amigo e companheiro de automodelismo ), o meu filho Marcio, o Renato (TOP) e Eu o tio da turma. Fazia parte também do operacional três operadores de bomba de gasolina e alcool. Nosso equipamento consistia de dois caminhões tanques de grande porte que ficaram estacionados atrás dos boxes, três bombas elétricas de combustível e duas pickups Saveiro para fazer o translado dos galões do Posto para os Boxes das Equipes. Por incrível que pareça, lá estávamos “nós” no contato direto com todas as equipes indistintamente, garantindo lhes no momento exato os galões do combustível necessário para suas máquinas correrem (por razão de segurança, em nenhum boxe podia ficar estocado mais do que um galão de 3,8 L)


 Carro 17 Aldee Spyder motor VW 2000cc de AmauryPires, Maurcio Sciola e Mauricio Monte

Em tempo algum nossa valorosa equipe deixou a peteca cair, era carro parar no boxe para reabastecimento que o estoque necessário lá estava a disposição, tínhamos em mãos todas as planilhas de paradas de todas as equipes e com base nelas estabelecemos um forte esquema de entrega. Este contato direto durante as onze horas de corrrida proporcionou-nos uma cordialidade muito grande com os pilotos e mecânicos de todas as equipes e em especial com os austríacos e italianos que não se cansavam de agradecer e nos convidar para as suas mesas de refeição. Mesmo com toda garôa e depois chuva que não nos abandonava, esta Mil Milhas foi uma das mais sensacionais que eu já assisti, apesar de não estar correndo nenhuma das minhas queridas e saudosas carreteras. As máquinas que ali estavam representavam o que havia de mais moderno no automobilismo esportivo e eu particularmente talvez pelos laços familiares italianos de minha esposa acabei torcendo pela equipe do Stefano um italiano muito bem humorado que fez questão de me mostrar nos seus mínimos detalhes o VIPER GTS com o qual eles iriam correr e acabaram vencendo a corrida.


 Carro ZF/Chevrolet de Ruyter Pacheco, Flavio Andrade e Felipe Giafone - momentos antes de abandonar a prova

Como em todas as Mil Milhas, muitos carros e bons pilotos ficam pelo caminho até mesmo alguns dados como favoritos como foi o caso do Ingo Hoffmam com Porsche e o Xandy Negrão com um Audi TT.
Final de corrida, bandeirada de chegada dada aos vencedores nas suas mais diversas categorias, champagne no Podium, despedidas e mil agradecimentos a todos aqueles com quem por onze horas estivemos envolvidos, sentido por vezes seus dramas e desesperos e por vezes suas alegrias e euforia.
Particularmente, nós da pequena equipe de combustíveis apesar de exaustos pela virada da noite, estávamos felizes e orgulhosos pelo dever cumprido e com aquele gostinho e satisfação de “seres privilegiados”, que puderam estar perto, mas muito perto mesmo daquelas fantásticas máquinas de corrida e seus valorosos e audazes pilotos.
Caso um dia me apareça uma nova oportunidade para atuar nos bastidores de uma corrida, espero que a minha situação pessoal no momento não lembre a situação das duas vezes anteriores, pois de resto nada se compara a emoção de viver aqueles mágicos momentos.


Fernando J. Fagundes

Hiperfanauto
http://www.hiperfanauto.blogspot.com/

quarta-feira, 13 de março de 2013

AS MIL MILHAS EM QUE TRABALHEI NOS BASTIDORES.


DODGE VIPER GTS 7000cc do trio Italiano Zonca/Lancellotti/Gollin

A 32ª edição das Mil Milhas Brasileiras estava para acontecer naquele mês de janeiro de 2004 Havia acabado de chegar de curta viagem a Curitiba, quando meu filho perguntou: Pai que trabalharmos nestas Mil Milhas. Em vez de pagar para ver, a gente vê a corrida de dentro como você nos seus velhos tempos sem ter que pagar. O convite na verdade vinha da mãe do Renato, um amigo do meu filho. Ela iria fornecer todo o combustível que as equipes iriam utilizar na corrida ( trabalho herdado de seu falecido marido ) e que pelo contrato com a organização da prova este fornecimento deveria ser por uma única distribuidora, afim de evitar “muitas duvidas e confusões”. 

Carro 80 Aldee Spyder motor VW 2000cc de Agostinho Ardito e Vito Ardito Neto.

Para mim, eu parecia estar retornando no tempo de juventude, inclusive em razão de estar acontecendo comigo naquele momento, uma situação muito semelhante ao do passado ou seja; a de estar momentaneamente desempregado (em razão de uma decisão política, das mais sujas na expressão da palavra, de cortar empregado com mais de 55 anos com exceção dos apadrinhados políticos e “daqueles” em cargo de direção), e aguardando uma oportunidade para os próximos dias numa nova empresa . O nosso time era composto pela Dona Neuza que gerenciava toda a operação, mais um senhor que ajudava na contabilidade (todas as equipes antes de iniciar a competição tinham que efetuar o depósito de um cheque caução por conta do fornecimento) e supervisão e; pelo operacional (todos uniformizados de calça escura ou jeans e camiseta branca) onde lá estavam o Silvio ( um grande amigo e companheiro de automodelismo ), o meu filho Marcio, o Renato (TOP) e Eu o tio da turma. Fazia parte também do operacional três operadores de bomba de gasolina e alcool. Nosso equipamento consistia de dois caminhões tanques de grande porte que ficaram estacionados atrás dos boxes, três bombas elétricas de combustível e duas pickups Saveiro para fazer o translado dos galões do Posto para os Boxes das Equipes. Por incrível que pareça, lá estávamos “nós” no contato direto com todas as equipes indistintamente, garantindo lhes no momento exato os galões do combustível necessário para suas máquinas correrem (por razão de segurança, em nenhum boxe podia ficar estocado mais do que um galão de 3,8 L) 

 Carro 17 Aldee Spyder motor VW 2000cc de AmauryPires, Maurcio Sciola e Mauricio Monte

Em tempo algum nossa valorosa equipe deixou a peteca cair, era carro parar no boxe para reabastecimento que o estoque necessário lá estava a disposição, tínhamos em mãos todas as planilhas de paradas de todas as equipes e com base nelas estabelecemos um forte esquema de entrega. Este contato direto durante as onze horas de corrrida proporcionou-nos uma cordialidade muito grande com os pilotos e mecânicos de todas as equipes e em especial com os austríacos e italianos que não se cansavam de agradecer e nos convidar para as suas mesas de refeição. Mesmo com toda garôa e depois chuva que não nos abandonava, esta Mil Milhas foi uma das mais sensacionais que eu já assisti, apesar de não estar correndo nenhuma das minhas queridas e saudosas carreteras. As máquinas que ali estavam representavam o que havia de mais moderno no automobilismo esportivo e eu particularmente talvez pelos laços familiares italianos de minha esposa acabei torcendo pela equipe do Stefano um italiano muito bem humorado que fez questão de me mostrar nos seus mínimos detalhes o VIPER GTS com o qual eles iriam correr e acabaram vencendo a corrida. 

 Carro ZF/Chevrolet de Ruyter Pacheco, Flavio Andrade e Felipe Giafone - momentos antes de abandonar a prova

Como em todas as Mil Milhas, muitos carros e bons pilotos ficam pelo caminho até mesmo alguns dados como favoritos como foi o caso do Ingo Hoffmam com Porsche e o Xandy Negrão com um Audi TT. 
Final de corrida, bandeirada de chegada dada aos vencedores nas suas mais diversas categorias, champagne no Podium, despedidas e mil agradecimentos a todos aqueles com quem por onze horas estivemos envolvidos, sentido por vezes seus dramas e desesperos e por vezes suas alegrias e euforia. 
Particularmente, nós da pequena equipe de combustíveis apesar de exaustos pela virada da noite, estávamos felizes e orgulhosos pelo dever cumprido e com aquele gostinho e satisfação de “seres privilegiados”, que puderam estar perto, mas muito perto mesmo daquelas fantásticas máquinas de corrida e seus valorosos e audazes pilotos.
Caso um dia me apareça uma nova oportunidade para atuar nos bastidores de uma corrida, espero que a minha situação pessoal no momento não lembre a situação das duas vezes anteriores, pois de resto nada se compara a emoção de viver aqueles mágicos momentos.


Fernando J. Fagundes

Hiperfanauto
http://www.hiperfanauto.blogspot.com.br

__________________________________________-

Meu amigo Fernando deu este belo depoimento para o Histórias em 7 de Dezembro de 2009, hoje resolvi mostra-lo novamente, ao amigo um forte abraço.

Rui Amaral jr 

sábado, 14 de novembro de 2009

MIL MILHAS BRASILEIRAS 1984 por José Ferraz

Serão três postagens da Mil Milhas Brasileiras de 1984 , a 1ª do José Ferraz e depois o Fabiano Guimarães e eu contaremos o que vimos e vivemos da corrida , o Fabiano trara ainda depoimentos de quem como ele assistiu a corrida das arquibancadas . Quero deixar só um recado ao Ferraz , como alguém já escreveu aqui eu também sou seu fã .


"RUI QUE EU SAIBA EU CHEGUEI EM 13º NA GERAL E 1º NA CATEGORIA , AGORA SE VC TEM OUTROS DADOS EU NÃO SEI .......MAS FOI UMA BAGUNÇA TOTAL .JÁ NA LARGADA COM AQUELA PORRADA E PRA VARIAR EU ESTAVA LARGANDO, PORQUE O JÚLIO NÃO ENXERGAVA DIREITO Á NOITE POR CAUSA DA CLARIDADE DOS FARÓIS....E EU ESTAVA LARGANDO SE NÃO ME ENGANO DO LADO OU ATRAZ DO WILSON FITTIPALDI EM 26º E COM TODA AQUELA CHUVA , EU VIM TIRANDO DE TODO MUNDO E QUANDO CHEGUEI NA CURVA DO CAFÉ PRA FECHAR A PRIMEIRA VOLTA ESTAVA EM 13º E ME DEPAREI COM OS CARROS DE RESGATE E BOMBEIROS NA PISTA...
AI PAROU TUDO E TEVE NOVA LARGADA......EU TIVE MUITOS PROBLEMAS, PRIMEIRO COMO ESTAVA CHOVENDO MAS NÃO ERA MUITO FORTE TÍNHAMOS QUE PROCURAR A AGUA PARA OS PNEUS, PORQUE O CARRO COMEÇAVA A VIBRAR MUITO COM OS PNEUS SE ACABANDO.....FOI UM TAL DE ACABAR COM PNEUS...E ENQUANTO O JÚLIO ANDAVA, EU TINHA QUE ANDAR ATRÁS DE PNEUS ......PRA VC TER UMA IDEIA EU CHEGUEI A COMPRAR PNEUS DO DÁRCIO QUE TINHA QUEBRADO E DO TIDE QUE TINHAM PARADO......ESSA FOI A PRIMEIRA DOR DE CABEÇA E DEPOIS VEIO AS DEMAIS ....COM A VIBRAÇÃO DEPOIS DE UMA PARADA NO BOXE
SAI E JÁ NA CURVA 3 O CARRO BIXOU E EU JÁ DESCOBRI LOGO QUE ESTAVA EM 3 CILINDROS QUE ALGUM FIO TINHA ESCAPADO, PAREI NO BOXE E JÁ NEM FECHEI VOLTA ...REALMENTE ERA O FIO DE VELA QUE ESCAPOU ..COLOCARAM DE VOLTA E SAÍ , E NESSA VOLTA EU ESTAVA NA RETA OPOSTA E A MESMA COISA SE REPETIU, VOLTEI PRA BOXE E NÃO FECHEI VOLTA....OLHARAM E FOI UMA VELA QUE TINHA QUEBRADO A PORCELANA E FICOU PENDURADA PELO FIO , TROCARAM E SAI E QUANDO ESTAVA SUBINDO A JUNÇÃO BIXOU OUTRA VEZ, MAS MAIS UMA VEZ EU JÁ SABIA O QUE TINHA ACONTECIDO , POIS O PEDAL DO ACELERADOR TINHA FICADO MUITO LEVE, VIM ME ARRASTANDO PARA O BOXE, MAS O CARRO NÃO TINHA FORÇA POIS ESTAVA SÓ COM UM CARBURADOR FUNCIONANDO, TINHA CAÍDO O ACIONAMENTO E ENROSCOU NA LATARIA DO MOTOR E NÃO ME DEIXAVA ACELERAR . FOI QUANDO EU PAREI EM FRENTE A UM DOS PRIMEIROS BOXES QUE NÃO ERAM OS MEUS E UM DOS MECÂNICOS MEUS ME VEIO AUXILIAR E EMPURRANDO O CARRO PARA OS MEUS BOXES E ARRUMANDO AO MESMO TEMPO.....ARRUMOU E SAÍ, DAI PRA FRENTE FOI SÓ ALEGRIA, VINHA QUERENDO RECUPERAR O TEMPO PERDIDO E NO LARANJA PUNHA O CARRO ESCORREGANDO NAS QUATRO E A GALERA NO BARRANCO E ARQUIBANCADAS SE LEVANTAVAM EM TODA A VOLTA QUANDO EU APONTAVA NA SAÍDA DO SARGENTO PRO LARANJA
E TAMBÉM NA JUNÇÃO....ERA A MESMA COISA QUANDO EU CHEGAVA ALI, ERA UMA ALEGRIA PARA OS CARAS ......FORAM ESSES CARAS QUE NO FINAL DA PROVA ME TIRARAM DO CARRO E ME FALARAM VC GUIOU MUITO E ME LEVANTARAM .....AI ME PEDIRAM PRA TIRAR FOTO NO CARRO E ELES FICARAM TODOS CONTENTES ...ENTRARAM NO CARRO E FICARAM Á VONTADE....
COM TUDO ISSO NO FINAL EU CHEGUEI COM 15 VOLTAS A MENOS MAS VALEU .......
AGORA VOU DEIXAR UMA DEIXA E UMA MÁGOA ( FUI O PRIMEIRO DA CATEGORIA E O 13º NA GERAL EM UMA ÉPOCA QUE SÓ DAVA OPALA, ENTÃO O PRESIDENTE DA VW QUE ERA UM TAL DE RONALD BERG.......ESSE CARA NEM CHEGOU PERTO DE MIM......E SABE O QUE FOI QUE EU GANHEI....UMA MEDÁLHINHA ESCRITO EU TAMBÉM PARTICIPEI DAS MIL MILHAS ) ISSO QUE NOS TIRA TODO O INTERESSE DE PARTICIPAR COM UM CARRO DE MONOMARCA NO QUAL A MONTADORA NÃO RECONHECE....PELO MENOS UM APERTO DE MÃO E UM VC FOI GUERREIRO ....PARABENS......MAS SÓ EXISTE QUEM CHEGOU NAS MIL MILHAS ATÉ AO 10º DAÍ PRA FRENTE NÃO VALEMOS NADA.......QUEM EXISTE SÃO SEMPRE OS MESMOS , LUIZ PEREIRA BUENO , INGO , GUARANA , PAULÃO E TANTOS OUTROS ......QUE EU NÃO TIRO OS MÉRITOS DELES, MAS EU APRENDI QUE COMPETIÇÃO É COMPETIÇÃO NINGUÉM É PRIMEIRO SE NÃO TIVER OS ÚLTIMOS E OS ÚLTIMOS TAMBÉM QUEREM SER OS PRIMEIROS, POIS TEM MUITOS DELES QUE GASTARAM TALVEZ MAIS QUE OS PRIMEIROS E FOI MUITO MAIS SACRIFICANTE......E NINGUÉM LHES DÁ UM PEQUENO EMPURRÃO........ESTOU FALANDO ISSO PORQUE EU JÁ FUI UM DELES.....E NEM POR ISSO DEIXEI DE AJUDAR ALGUNS QUE PARTICIPARAM DE VÁRIAS CATEGORIAS QUE PASSEI .....
CHEGUEI A AJUDAR A PAGAR A INSCRIÇÃO VARIAS VEZES DE AMIGOS PRA PODER CORRER....SIM EU FIZ ISSO JÁ E NÃO ME ARREPENDO AO PASSO QUE MUITOS DELES FALARIAM MENOS UM .........

ESTA FOI UMA DAS MIL MILHAS QUE PARTICIPEI QUE TRABALHEI MUITO E APRENDI TAMBÉM E SÃO ESTAS QUE NOS DÃO BAGAGEM DE TODA UMA VIDA AUTOMOBILISTICA QUE TANTO GOSTAMOS .......UM ABRAÇO ........FERRAZ."

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Projeto Passo Fundo


Espalha pedra e retranca apelidos de Orlando Menegaz
1958 1º 500 KM de Porto Alegre - Orlando Menegaz ao lado de sua Carretera com motor Chevrolet Corvette. 

Espalha pedra e retranca apelidos de Orlando Menegaz, nascido no interior de Caxias do Sul e acolhido por Passo Fundo cidade lembrada demais, nas vitórias conseguidas, na região, estado, Brasil e Uruguai, por onde seguidamente, competiu e venceu.

Iniciou a carreira como acompanhante de Alcídio Schroeder, o Leão da Serra, pioneiro do Automobilismo de competição da região, na prova “Copa Festa da Uva” -  em 5/março/1950, quando chegaram em 3° lugar, na carretera Ford V/8 do Alcídio.

Pelo jeito, Orlando gostou, pois adquiriu uma Barata Ford 40, preparou-a, geralmente na fábrica de implementos Agrícolas, da família a MenegazS.A.I.C

Disputou várias provas, seguidamente quebrou. O melhor resultado conseguido foi no 1° Circuito Automobilístico de Lages/SC quando entrou em 2° lugar, outros bons resultados foram 4° lugar na II Prova Antoninho Burwamaque em 21/06/54 e no VI Circuito da Pedra Redonda em 20/06/55. Em 20/11/55 entrou em 6° lugar na V Encosta da Serra .

Em 23/nov/57, em parceria com Aristides Bertol, na  Chevrolet Corvette, deste, ganharam as mil milhas Brasileiras no Interlagos, prova máxima do calendário Brasileiro. Orlando que sempre correra de Ford, sentiui a diferença gritante.

Adquiriu uma Barata Chevrolet 1938 e por notícia do Armando Burwamaque da concessionária Chevrolet de Passo Fundo, comprou motor e caixa Corvette, do colega Argemiro Pretto, da concessionária Chevrolet de Encantado/RS que havia importado 3 motores com caixa, levou meses para encaixar a mecânica e acertar o diferencial que aguentasse o tranco. Resolveu com o de uma Picape Chevrolet – Tração Positiva.

Daqui para a frente o papo seria diferente. Pois repentinamente de coadjuvante O.M. passou a Protagonista.

Vencedor com a mecânica Corvette, na Chevi 38.

Venceu as provas Força Livre:

Circuito Centenário de Passo Fundo em 22/Fev/1958, com o n°24.

Circuito Automobilístico de Melo-Uruguai, em 30/Mar/1958 com o n°24V/Mil Milhas – Interlagos em 25/26/Nov/1961 – com Bertão e o n°9 II 500Km de Porto Alegre – Pedra redonda em 23/Set/1962 – com o n°1, pela vitória das mil milhas Brasileiras em Interlagos, no ano anterior.

Outros Resultados:

Sempre com a Corvette.

Circuito internacional de Automobilísmo-Uruguai em 23/Março de 1958 – 3°L, no I Circuito Cavalhana/Vila Nova em 14/Dezembro/1958 – 3° lugar – com n°4 Orlando foi vice campeão gaúcho de 1958 foi o primeiro volante gaúcho a usar cinto de segurança, foi o único Piloto do interior, a ganhar duas mil milhas Brasileiras em Interlagos.



 Nelson Marques da Rocha

--------------------------------------------------------------------------------

Nelson e sua filha Graziela são nossos dois especialistas. e bota especialistas nisso, em matérias de Carreteras, ele sobrinho do grande Orlando Menegaz acompanhou de perto a carreira do tio nas pistas e circuitos deste nosso grande mundo do automobilismo, no link à seguir muitas das matérias deles aqui >>>>> " Carreteras "
Agora Nelson está envolvido com todo seu conhecimento no Projeto Passo Fundo, que visa resgatar histórias, contadas por quem as conhece, do automobilismo de uma época de ouro.
Obrigado meus amigos Nelson e Graziela por dividir todo seu conhecimento.

Um abraço

Rui Amaral Jr

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

RELEMBRANDO V - AMARELO 18




O ano era 1966 eu então com 13 anos , já vinha pertubando minha mãe , "quero ir assistir as Mil Milhas o Camilo vai ganhar" ela não me deixou ir assistir a largada que era a meia noite ,assim que amanheceu pedi para alguém me levar até Interlagos , que na época era no fim do mundo , não lembro quem me levou .Do lado de fora do autódromo , já entrando , o amigo que tinha ido comigo e eu falávamos ao ouvir o ronco dos motores , é o Camilo . Devia ser umas 9h, e para nossa decepção não era ele que liderava. Suprema ousadia, a prova era liderada pelo Pace com KG Porsche seguido se não me engano pela dupla Jan Balder/Emerson Fittipaldi com Malzoni, para nós na época simples figurantes no palco montado para vitória de nosso campeão. Não sabíamos nós de todas as glórias que estes três rapazes nos trariam no futuro, já estávamos vendo uma página da história. De repente a liderança passou ao Emerson/Jan, e lá vinha o Camilo, com aquele ronco ensurdecedor do V oito, e nós torcendo . Acho que eles nem sentiram o gosto da liderança, um problema no motor os fez parar logo depois, e para nossa alegria lá vinha o Amarelo 18 na liderança. Se não me falha a memória, depois foi só entregar o carro ao Celidonio e comemorar a bandeirada de vitória.
Posso estar muito enganado, mais no troféu das Mil Milhas está escrito “Gloria eterna aos vencedores das Mil Milhas” deve ter sido o Barão, Wilson Fittipaldi e Elói Gogliano idealizadores das Mil Milhas quem a escreveu.
Neste dia a gloria, para nossa felicidade, foi da dupla Camilo/Celidonio . Voltamos para casa feliz, tivemos que descer até o Largo do Socorro para pegar um táxi, uma baita caminhada, só falávamos da vitória do Amarelo 18 do grande Camilo Cristófaro*.


Escrito em 18/12/2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

AMARELO 18


Camilo e seu tio Chico Landi

Tirando a 18 da carreta

O ano era 1966 eu então com 13 anos , já vinha pertubando minha mãe , "quero ir assistir as Mil Milhas o Camilo vai ganhar" ela não me deixou ir assistir a largada que era a meia noite ,assim que amanheceu pedi para alguém me levar até Interlagos , que na época era no fim do mundo , não lembro quem me levou .Do lado de fora do autódromo , já entrando , o amigo que tinha ido comigo e eu falávamos ao ouvir o ronco dos motores , é o Camilo . Devia ser umas 9h , e para nossa decepção não era ele que liderava . Suprema ousadia , a prova era liderada pelo Pace com KG Porsche seguido se não me engano pela dupla Jan Balder/Emerson Fittipaldi com Malzoni , para nós na época simples figurantes no palco montado para vitória de nosso campeão . Não sabíamos nós de todas as glórias que estes três rapazes nos trariam no futuro , já estávamos vendo uma página da história . De repente a liderança passou ao Emersos/Jan , e lá vinha o Camilo , com aquele ronco ensurdecedor do V 8 ,e nós torcendo . Acho que eles nem sentiram o gosto da liderança , um problema no motor os fez parar logo depois , e para nossa alegria lá vinha o Amarelo 18 na liderança . Se não me falha a memória , depois foi só entregar o carro ao Celidonio e comemorar a bandeirada de vitória .
Posso estar muito enganado , mais no troféu das Mil Milhas está escrito " Gloria eterna aos vencedores das Mil MIlhas " deve ter sido o Barão , Wilson Fittipaldi que idealizou e realizou as Mil Milhas quem a escreveu .
Neste dia a gloria , para nossa felicidade ,foi da dupla Camilo/Celidonio . Voltamos para casa felizes , tivemos que descer até o Largo do Socorro para pegar um táxi , uma baita caminhada , só falávamos da vitória do Amarelo 18 do grande Camilo Cristófaro*.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

1956...

 


Largada...Na frente o "pequeno" Fusca, e a #2 de Catharino Andreatta/Breno Fornari, os vencedores.

   Falando em Fusquinhas... A primeira das Mil Milhas Brasileiras em 1956, idealizadas por Wilson Fittipaldi, o Barão, e Eloy Gogliano, trazendo para o Brasil a cópia das Mille Miglia e toda sua grandeza. 

Barão e Eloy foram ao Sul buscar os grandes pilotos de Carreteras, Catharino, Breno, Julio, Orlando, Aristides, Ítalo, Gastão...E tantas outras feras que faziam do automobilismo gaúcho um dos mais fortes da América do Sul. 
Prêmios de largada e chegada, hospedagem e tudo mais. Talvez muitos não saibam, mas o regulamento que regia a categoria das  Carreteras permitia que os carros usassem qualquer mecânica desde que da mesma marca que o carro. Assim os Chevrolet usavam o motor que equipava o recém lançado Chevrolet Corvette, os Ford usavam o motor V8 com equipamento Edelbrock que os equiparava aos Corvette, e por assim vai...Acontece que três gênios de nossas pistas viram num VW equipado com o motor Porsche, do Porsche 356, uma boa oportunidade para vencerem as Mil Milhas Brasileiras. Assim o carro preparado na Argos por Jorge Letry e  pilotado pelos grandes Christian "Bino" Heins e Eugênio Martins usando um motor de 1.500cc com componentes Porsche se enquadrou na categoria. Iria correr contra carros cujos motores tinham mais de quatro vezes a potência do dele...Eugeninho e Bino tiveram o cabo do acelerador quebrado quando estavam bem à frente da dupla Catharino Andreatta/Breno Fornari com a Carretera Ford, os vencedores. 
Eugeninho e Bino chegaram no segundo lugar. As fotos são do grande jornalista Ari Moro e muito das carreteras pode ser encontrado no ‘blog’. Mais adiante conto dos VW-Carreteras do RGS como o do grande Aldo Costa. 

Bino e Eugenio..  




O amigo Ari Moro disponibilizou para o "Histórias Que Vivemos" muitas de suas reportagens. Ele que cobriu a primeira Mil Milhas Brasileiras  em 1956, aqui uma entrevista com Jorge Lettri.
" Na edição nº 4 de seu jornal, Ari Moro ao contar da participação de Germano Schlögl nas Mil Milhas Brasileiras de 1956, cita o VW em que correram Eugênio Martins e Christian Heins como um fusquinha original. Pesquizando depois, Ari com a ajuda de Paulo Trevisan, que consultou ninguem menos que Jorge Lettri o preparador do carro que lhes deu o seguinte depoimento.
2) Devido aos detalhes de momento, as condições externas foram mantidas quase que inalteradas ao original, o que publicitáriamente deram uma gigantesca penetração ao fato em si! Observe-se que nem o automático rebaixamento das suspensões foi introduzido no caso, isso mesmo em detrimento à perda de performance em curvas, detalhe tão necessário nesse tipo de disputa em autródromos como o de Interlagos!
3) A potência do motor 1500cc - Porsche 1.5 - bloco original VW de duas partes, de acordo com o regulamento conhecido - veículo e bloco do motor da mesma marca - fornecia uma potência de 74CV-Din, número esse idêntico a qualquer motor de série dos atuais 1000cc de produção nacional. Nunca, entretanto, esquecendo que disputávamos a prova contra as decantadas carreteiras do Rio Grande do Sul, equipadas com motores de 5000/6000cc!
4) Ao carro em pauta não foram introduzidas modificações básicas importantíssimas em competições, tais como: rodas - aro, pneu e medidas, sendo os aros utilizados em 15x4.5" e pneus 5.60x15" de construção diagonal ¬Spalla di Sicurezza. Enfim, pior que isso não seria possível!
5) Deve ser dada uma nota muito especial ao sistema de refrigeração do óleo lubricicanate do motor, que por sinal sempre constituira-se
na maior dificuldade dos motores refrigerados a ar em competições. Foi adotado no caso o sistema de carter seco, incorporando um radiador dianteiro. Para tal, foi elaborado um capô especial em fiberglass com bocal apropriado, de autoria do engenheiro João Amaral Gurgel, sendo essa a primeira peça produzida por ele na área automotriz!
6) Durante boa parte da prova o VW-18 ocupou a primeira posição, infelizmente perdeu-se a ponta pela simples quebra de um cabo de acelerador; porém ainda. chegou-se em segundo lugar na final!"
CHICOLANDI
Mais adiante, em sua resposta, Lettry comenta: "Fato curioso: alguns dias antes da prova, um bom amigo e eu achavamo-nos no apartamento da família Fittipaldi, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, para um daqueles "papos intermináveis" com o velho Barão, ainda com cabelos negros, quando repentinamente aparece por lá para o mesmo fim, o mais destacável piloto nacional até aqueles idos dias. Chico Landi! Naqueles tempos as palavras do famosíssimo "Chico Miséria" em matéria de mecânica esportiva faziam realmente tremer as paredes. Referindo-se a nós e ao pequeno veículo em baila, com aquela voz surda e bem característica sua, ele declara assintosamente: "no meio da corrida já vou começar a cortar a barba, pois já estará comprida prá burro!"
Pois bem: no meio da prova, quando já ocupávamos a liderança, o famoso personagem aparece em nosso box para dar uma daquelas típicas "abelhadas,,'na casa dos outros. Diante dessa extrema curiosidade, perguntamos então a ele: "como é seu Chico, já começou a cortar a barba?" Meio aos murmúrios e palavrões, •Iá se foi ele que era o grande piloto brasileiro de todos os tempos anteriores, como uma fera ferida em seu pleno orgulho! Simplesmente mais um fato cômico de nosso conturbado automobilismo. Só isso!". Ari Moro"


 No link acima muitos posts feitos a partir do farto material que o grande Ari Moro disponibilizou para a Histórias após ver algo que escrevi sobre as Carreteras, estes fantásticos carros.
Ari, muitíssimo obrigado pelo privilégio.

 Rui Amaral Jr




segunda-feira, 10 de agosto de 2009

MIL MILHAS BRASILEIRAS 1956 - A QUASE VITÓRIA DE UM FUSQUINHA .

Na edição nº 4 de seu jornal Ari Moro ao contar da participação de Germano Schlögl nas Mil Milhas Brasileiras de 1956 , cita o VW em que correram Eugênio Martins e Christian Heins como um fusquinha original . Pesquizando depois , Ari com a ajuda de Paulo Trevisan que consultou ninguem menos que Jorge Lettri o preparador do carro que lhes deu o seguinte depoimento .


" Referente ao VW nas I Mil Milhas Brasileiras -Interlagos/SP - 25/11/56 . Pilotado por ChristianHeins e Eugênio Martins e devidamente preparado em minha firma de então - Argos Equipamentos - tenho o seguinte a comentar :

1) A performance apresentada pelo fusquinha número 18 nessa dura prova , constituiu-sa no maior feito esportivo mundial de um veiculo VW até aquela data e , muito em especial em toda a América Latina !

Largada das Mil Milhas Brasileiras - 1956 - Christian e Eugênio entre as "feras" .
No miolo de Interlagos , a tocada de dois grandes pilotos !
A chegada , braço levantado quase uma vitória !

2) Devido aos detalhes de momento, as condições externas foram mantidas quase que inalteradas ao original, o que publicitáriamente deram uma gigantesca penetração ao fato em si! Observe-se que nem o automático rebaixamento das suspensões foi introduzido no caso, isso mesmo em detrimento à perda de performance em curvas, detalhe tão necessário nesse tipo de disputa em autródromos como o de Interlagos!
3) A potência do motor 1500cc - Porsche 1.5 - bloco original VW de duas partes, de acordo com o regulamento conhecido - veículo e bloco do motor da mesma marca - fornecia uma potência de 74CV-Din, número esse idêntico a qualquer motor de série dos atuais 1000cc de produção nacional. Nunca, entretanto, esquecendo que disputávamos a prova contra as decantadas carreteiras do Rio Grande do Sul, equipadas com motores de 5000/6000cc!
4) Ao carro em pauta não foram introduzidas modificações básicas importantíssimas em competições, tais como: rodas - aro, pneu e medidas, sendo os aros utilizados em 15x4.5" e pneus 5.60x15" de construção diagonal ¬Spalla di Sicurezza. Enfim, pior que isso não seria possível!
5) Deve ser dada uma nota muito especial ao sistema de refrigeração do óleo lubricicanate do motor, que por sinal sempre constituira-se
na maior dificuldade dos motores refrigerados a ar em competições. Foi adotado no caso o sistema de carter seco, incorporando um radiador dianteiro. Para tal, foi elaborado um capô especial em fiberglass com bocal apropriado, de autoria do engenheiro João Amaral Gurgel, sendo essa a primeira peça produzida por ele na área automotriz!
6) Durante boa parte da prova o VW-18 ocupou a primeira posição, infelizmente perdeu-se a ponta pela simples quebra de um cabo de acelerador; porém ainda. chegou-se em segundo lugar na final!"
CHICOLANDI
Mais adiante, em sua resposta, Lettry comenta: "Fato curioso: alguns dias antes da prova, um bom amigo e eu achavamo-nos no apartamento da família Fittipaldi, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, para um daqueles "papos intermináveis" com o velho Barão, ainda com cabelos negros, quando repentinamente aparece por lá para o mesmo fim, o mais destacável piloto nacional até aqueles idos dias. Chico Landi! Naqueles tempos as palavras do famosíssimo "Chico Miséria" em matéria de mecânica esportiva faziam realmente tremer as paredes. Referindo-se a nós e ao pequeno veículo em baila, com aquela voz surda e bem característica sua, ele declara assintosamente: "no meio da corrida já vou começar a cortar a barba, pois já estará comprida prá burro!"
Pois bem: no meio da prova, quando já ocupávamos a liderança, o famoso personagem aparece em nosso box para dar uma daquelas típicas "abelhadas,,'na casa dos outros. Diante dessa extrema curiosidade, perguntamos então a ele: "como é seu Chico, já começou a cortar a barba?" Meio aos murmúrios e palavrões, •Iá se foi ele que era o grande piloto brasileiro de todos os tempos anteriores, como uma fera ferida em seu pleno orgulho! Simplesmente mais um fato cômico de nosso conturbado automobilismo. Só isso!".

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Orlando Menegaz


Quem foi Orlando Menegaz
Nasceu em 16 de agosto de 1918, no interior de Caxias do Sul-RS.
Disputou e venceu várias provas.
Venceu duas vezes as Mil Milhas Brasileiras em Interlagos-SP, uma em 1957 quando fez dupla com Aristides Bertuol e a segunda em 1961, em dupla com Ítalo Bertão.

Curiosidades deste audaz e corajoso piloto
- Sua primeira prova foi em marcha ré, no perímetro urbano de Carazinho-RS, com média de 55 Km/h;

- foi o primeiro piloto a usar cinto de segurança abdominal (tomado 'emprestado' de um avião DC-3 da Varig em vôo de Chapecó-SC à Passo Fundo-RS, por seu sobrinho Nelson Marques da Rocha). Seus colegas recomendaram que não o usa-se, pois em caso de acidente ele estaria 'amarrado'. E o perigo de incêndio era muito grande;

- a famosa carretera Chevrolet/Corvette de números 9, 4, 24 e 1 desafiada para correr contra um cavalo, de Vacaria-RS, na distância de 100 metros. Após vários testes, Orlando não topou a parada, ele soube antecipadamente do tempo do eqüino... A aposta era polpuda;

- Orlando com a poderosa carretera Chevrolet/Corvette foi desafiado por Daniel Winik que correria a pé desde que Orlando largasse de 'capivara' (virado ao contrário). Ninguém explicou nunca o porquê do nome.
Local da largada ponte do Passo até o posto de gasolina na Avenida Brasil a subir, na distância de mais ou menos 300 metros. Tiro dado, os contendores foram à luta. Resultado, Winik ganhou com Orlando nos seus calcanhares.

As vitórias que mais ecoaram foram:
- novembro de 1957: Mil Milhas Brasileiras (Interlagos), vencida por Orlando Menegaz e Aristides Bertuol com a Chevrolet/Corvette de Bertuol representante, de Bento Gonçalves-RS;

- Circuito Centenário de Passo Fundo em 02 de fevereiro de 1958;

- Circuito Festa da Uva em 09 de março de 1958;

- Circuito Automobilístico de Melo (Uruguai) em 30 de março de 1958 - onde tinha prêmio por largada;

- VI Mil Milhas Brasileiras (Interlagos) em 25 e 26 de novembro de 1961, vencida por Ítalo Bertão e Orlando Menegaz com a Chevrolet/Corvette da dupla passo-fundense;

- III 500 Km de Porto Alegre em 1962;

- Orlando Menegaz foi o único piloto interiorano, a ganhar duas vezes as Mil Milhas Brasileiras de Interlagos, a prova mais importante do País.

A Evolução do Motor de sua Carretera
A carretera Chevrolet melhorou muito com o cabeçote WAINE, mas deu salto importante quando usou motor V8 Chevrolet/ Corvette. Passando a ser candidata a vitória em todas as provas que disputou.

A grande mexida no Chassis/Carroçaria
Aconteceu com a vinda do exímio piloto argentino Juan Galvez, que disputou o 8º Circuito da Pedra Redonda - Porto Alegre, em 14 de julho de 1957 e que ganhou com sobras com carretera Ford. Terminada a prova, os pilotos gaúchos e a imprensa assimilaram o que o 'hermano' ensinou: "Hay que sacar hierro".

Como ficou a Chevrolet Coupe 1938
Aliviada (foram retirados mais de 300 kg de ferro, principalmente do chassis e carroçaria, abaixo de furadeira elétrica portátil e brocas afiadas), com motor e caixa Corvette e diferencial blocante, de picape Chevrolet.
Ela foi preparada pelos mecânicos passo-fundenses: José Moreno (Sudeto), Oribes Marques Rosa e Jaci Bonatto (Cabo).


Graziela Marques da Rocha
Passo Fundo-RS

quarta-feira, 30 de março de 2011

MIL MILHAS BRASILEIRAS 1956 - A QUASE VITÓRIA DE UM FUSQUINHA - II


Na edição nº 4 de seu jornal Ari Moro ao contar da participação de Germano Schlögl nas Mil Milhas Brasileiras de 1956 , cita o VW em que correram Eugênio Martins e Christian Heins como um fusquinha original . Pesquisando depois , Ari com a ajuda de Paulo Trevisan que consultou ninguém menos que Jorge Lettri o preparador do carro que lhes deu o seguinte depoimento .


" Referente ao VW nas I Mil Milhas Brasileiras -Interlagos/SP - 25/11/56 . Pilotado por ChristianHeins e Eugênio Martins e devidamente preparado em minha firma de então - Argos Equipamentos - tenho o seguinte a comentar :
1) A performance apresentada pelo fusquinha número 18 nessa dura prova , constituiu-sa no maior feito esportivo mundial de um veiculo VW até aquela data e , muito em especial em toda a América Latina !


Largada das Mil Milhas Brasileiras - 1956 - Christian e Eugênio entre as "feras" .
No miolo de Interlagos , a tocada de dois grandes pilotos !


A chegada , braço levantado quase uma vitória !

2) Devido aos detalhes de momento, as condições externas foram mantidas quase que inalteradas ao original, o que publicitáriamente deram uma gigantesca penetração ao fato em si! Observe-se que nem o automático rebaixamento das suspensões foi introduzido no caso, isso mesmo em detrimento à perda de performance em curvas, detalhe tão necessário nesse tipo de disputa em autródromos como o de Interlagos!
3) A potência do motor 1500cc - Porsche 1.5 - bloco original VW de duas partes, de acordo com o regulamento conhecido - veículo e bloco do motor da mesma marca - fornecia uma potência de 74CV-Din, número esse idêntico a qualquer motor de série dos atuais 1000cc de produção nacional. Nunca, entretanto, esquecendo que disputávamos a prova contra as decantadas carreteiras do Rio Grande do Sul, equipadas com motores de 5000/6000cc!
4) Ao carro em pauta não foram introduzidas modificações básicas importantíssimas em competições, tais como: rodas - aro, pneu e medidas, sendo os aros utilizados em 15x4.5" e pneus 5.60x15" de construção diagonal ¬Spalla di Sicurezza. Enfim, pior que isso não seria possível!
5) Deve ser dada uma nota muito especial ao sistema de refrigeração do óleo lubricicanate do motor, que por sinal sempre constituira-se
na maior dificuldade dos motores refrigerados a ar em competições. Foi adotado no caso o sistema de carter seco, incorporando um radiador dianteiro. Para tal, foi elaborado um capô especial em fiberglass com bocal apropriado, de autoria do engenheiro João Amaral Gurgel, sendo essa a primeira peça produzida por ele na área automotriz!
6) Durante boa parte da prova o VW-18 ocupou a primeira posição, infelizmente perdeu-se a ponta pela simples quebra de um cabo de acelerador; porém ainda. chegou-se em segundo lugar na final!"
CHICOLANDI
Mais adiante, em sua resposta, Lettry comenta: "Fato curioso: alguns dias antes da prova, um bom amigo e eu achavamo-nos no apartamento da família Fittipaldi, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, para um daqueles "papos intermináveis" com o velho Barão, ainda com cabelos negros, quando repentinamente aparece por lá para o mesmo fim, o mais destacável piloto nacional até aqueles idos dias. Chico Landi! Naqueles tempos as palavras do famosíssimo "Chico Miséria" em matéria de mecânica esportiva faziam realmente tremer as paredes. Referindo-se a nós e ao pequeno veículo em baila, com aquela voz surda e bem característica sua, ele declara assintosamente: "no meio da corrida já vou começar a cortar a barba, pois já estará comprida prá burro!"
Pois bem: no meio da prova, quando já ocupávamos a liderança, o famoso personagem aparece em nosso box para dar uma daquelas típicas "abelhadas,,'na casa dos outros. Diante dessa extrema curiosidade, perguntamos então a ele: "como é seu Chico, já começou a cortar a barba?" Meio aos murmúrios e palavrões, •Iá se foi ele que era o grande piloto brasileiro de todos os tempos anteriores, como uma fera ferida em seu pleno orgulho! Simplesmente mais um fato cômico de nosso conturbado automobilismo. Só isso!".