A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Dan Gurney. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Dan Gurney. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

CAMORADI

Dan Gurney e a Maserati Mod 61 da CAMORADI.


 Muitas são as diferenças entre nosso automobilismo e o praticado nos EUA e na Europa, a começar pelo nosso nefasto sistema confederativo . Onde uma federação comanda, eleita por seus confederados, que são eleitos por clubes de seus estados. Hoje algumas ligas prosperam, masss...
 Imaginem os senhores um único órgão querer  comandar Nascar ou Indy nos EUA? Sem comentários.
 Tomemos como exemplo os EUA; o piloto coloca seu Stock na carreta e vai "procurando" corridas nas várias ligas, para quem sabe um dia aparecer, e ser chamado a pilotar em alguma das grandes categorias.
 Chega na pista, paga sua inscrição e treinando bem consegue largar, conforme sua posição vai receber prêmio de largada, quando os patrocinadores da prova entregam adesivos com suas marcas. Chegando bem ainda recebe seu prêmio. Lá é assim, aqui...


 Neste ponto chegamos à Lloyd "Lucky" Casner, andando bem em algumas categorias norte americanas, conhece um publicitário do meio, e conta sua ideia de criar uma equipe de pilotos americanos para correr nas grandes corridas da Europa, talvez até vencer com eles as  24 Horas de Le Mans.    





    


NASCE UM SONHO

 1960-Apoiado por algumas empresas Lucky Casner funda a CAMORADI - Casner Motor Racing Division -, até a GM - General Motors - tem interesse em lhe entregar Corvettes para competir. Como as grandes montadoras americanas não participavam oficialmente de corridas, uma grande concessionária o apoiaria. Um atraso no projeto das Corvette leva Lucky à Europa...
 Aqui escrevendo lembro de outro grande americano que fez o mesmo caminho alguns anos depois. E na Inglaterra encontrou o esportivo AC, que usava um pequeno motor nas corridas da ilha, e anabolizando-o, transformou o pequeno esportivo no Shelby Cobra.
 Na Itália Lucky encontra uma joia...
 A Maserati, ainda sob a batuta da família Orsi, estava em difícil  situação financeira, e procurava um esquema forte para levar a Maserati Birdcage - Mod 60 e 61 - para as pistas, e Lucky, que procurava um carro aceitou o desafio.
 E com as belas Birdcage, a Mod 60 com motor de 2,000cc, e a Mod 61 com motor de 2,890cc, venceu, e venceu muito!
 Ao lado de Lucky Casner grandes pilotos, Dan Gurney, Masten Gregory, Carroll Shelby, Stirling Moss, Graham Hill... 
 A CAMORADI correu também com Porsche, inclusive o Behra-Porsche.
Nos anos 1960 e 1961 a CAMORADI correu todas as corridas do Mundial, andando muito bem em todas, ponteando grande parte delas, e vencendo algumas.


 Vitória nos 1.000 KM de Nurburgring 1960 - Stirling Moss e Dan Gurney - Moss pilotando 
Dan Gurney
Vitória nos 1.000 KM de Nurburgring 1961 - Lloid "Lucky" Casner e Masten Gregory,

Carroll Shelby
Masten Gregory
Moss
Moss
Moss

 1965 - Treinado para as 24 Heures Du Mans com a Maserati Mod 151/4 Lucky Casner perde a vida em acidente.
Mas lá estavam os frutos de seu sonho; Carroll Shelby e seus muitos Cobra Daytona Coupe, a Ford entrando de vez nas competições. E seu companheiro de vitória nos 1.000 KM de Nurburgring 1961, Mastern Gregory, vencendo com uma Ferrari 250 LM, em dupla com Jochen Rindt. 
 É...o sonho dele não morreu!

À você Lucky.


 Dedico este post à três sonhadores e realizadores, meus amigos, Antonio Carlos Avallone, Chico Lameirão e Ricardo Achcar.


Rui Amaral Jr

PS: Minha pequena homenagem ao Ricardo ficou comprometida, pois finalizando o texto toca o telefone, é ele. Conversamos sobre um assunto nosso, e depois sobre a Camoradi. 
Como sempre falo demais, contei-lhe que ia dedicar o post aos três.
Mas como sou um privilegiado, no finalzinho ele pergunta se Gurney pilotou para a equipe...confirmo. 
E recebo dele de presente um texto de arrepiar, publico amanhã.

Valeu Ricardo, um abraço.

Rui 




  




     




   







terça-feira, 30 de maio de 2023

MÉXICO 1964 A DECISÃO DO MUNDIAL DE FORMULA UM

 

A Ferrari 158 de Big John com as cores da NART.

Dan vence com a Brabham BT7-Climax.


Naquele ano a Cidade do México veria a decisão do Mundial de Formula I, o Campeonato havia sido disputadíssimo. Jim Clark com o Lotus-Climax 33 ganhara os GP da Bélgica,Holanda e Inglaterra, John Surtees  Alemanha e  Italia, Lorenzo Bandini na Austria, Hill em Mônaco e nos EUA, e Dan Gurney o GP da França e por fim esse GP do México.
Na época o sistema de pontuação era 9 pontos para o primeiro a partir dai 6/4/3/2/1 até o sexto colocado. Apenas seis resultados valeriam para o campeonato, assim os pilotos descartavam os seus piores resultados, assim a F I chegou ao México com Hill tendo 39 pontos depois da vitória nos EUA, Surtees 34 e Clark 30. Em caso de vitória de Clark ele seria campeão não importando a colocação dos outros pilotos, pois havia abandonado em cinco corridas.
Na classificação o que se viu foi o Clark de sempre, abriu quase um segundo de Dan Gurney- Brabham BT7 Climax - vindo a seguir Bandini com uma Ferrari estranhamente azul e branca da NART - Nort American Racing Tean. Surtees, Spencer e Hill em sétimo. A Ferrari trouxe um terceiro carro para o ídolo local e depois mundial Pedro Ródriguez.

Clark e Dan pulam na frente.

Na largada Clark a seu estilo dispara, Gurney em segundo a seguir Bandini, Spence, Richie Guinther de BRM. Surtes e Hill perderam várias posições e brigavam após o nono colocado. Numa recuperação surpreendente Hill na décima segunda volta toma o terceiro lugar de Bandini, só que não consegue partir para cima do Lotus-Climax de Clark e da Brabham de Gurney. Bandini segue colado a Hill quando Surtees chega e por ordens da equipe o ultrapassa mas não consegue chegar em Hill, vendo a situação a equipe manda Bandini tomar o lugar de Surtees para tentar tomar o lugar de Hill. Na frente Clark soberano caminha para seu Bi-Campeonato seguido de Gurney.




Bandini tenta tomar a posição de Hill, manobra desastrada ou proposital?
No enrosco Hill se dá mal e Bandini segue em terceiro lugar.


Numa manobra no mínimo descabida Bandini tenta ultrapassar Hill e os dois se enroscam tendo Hill levado a pior e Bandini assumindo o terceiro lugar para logo a seguir deixar Surtees que vinha em quarto ultrapassa-lo.

Não creio sinceramente que Bandini tenha feito de propósito, naquela altura da corrida Clark era Campeão do Mundo, depois de algumas voltas faltando apenas uma ou duas para o término Clark mais uma vez é vitima do destino e seu motor Climax começa a perder rendimento e outra vez o deixa a pé, mas mesmo assim na quinta posição. Vence Gurney com Surtees, Bandini, Spence, Clark e Rodriguez.
Fazendo assim a Ferrari de Big John seu Campeão do Mundo de Formula I.
Surtees 40 pontos, Hill 39, Clark 32, Bandini 23, Richie Guinter 23 e Gurney 19.
Não creio de coração que Bandini tenha dado uma de Prost ou Schummi, naquela altura da corrida, Clark era campeão e Bandini que vinha sendo preparado por Enzo para trazer um campeonato para Itália depois do glorioso bi de Alberto Ascari em 1952/53, não se proporia a tal. Deixou Surtees passar no final num claro jogo de equipe, mas não acredito repito que tenha jogado seu carro contra o de Hill.  

Obrigado ao meu amigo Caranguejo pelas fotos e toda colaboração.

A tentativa foi no grampo que como em todas as curvas com esta configuração propiciam que o piloto que vem atrás postergue a freada e mesmo fazendo o contorno da curva mais lento tome a posição.
O incrivél circuito do México, hoje Hermanos Rodriguez, que como nosso Interlagos, hoje José Carlos Pace, foi "alterado", transformando a sensácional Peraltada em uma...Chicane!



Escrevi este post em 2010 depois em 2012 anexei mais duas fotos e postei novamente, tudo sem perceber, e sem que ninguém percebesse, um erro crasso meu. Ontem ao notar algumas visitas nele voltei a ler e percebi a bobagem. Creditei a Dan a pilotagem numa Lotus-Climax, quando na verdade ele estava com a Brabham BT7 da equipe de Black Jack. Então…

Rui Amaral Jr


segunda-feira, 16 de maio de 2011

GP da Itália - Monza 1967

Big John e o Honda RA300


Monza era a nona etapa de um campeonato que teria onze, a Lotus havia estreado  em Zandvoot - terceira etapa - na Holanda o seu 49 com o fantástico motor Ford Cosworth DFV, e vencido com Jimmy Clark, as Brabham BT24 com os motores Repco já não eram as mais velozes porem muito confiáveis. A Ferrari vinha apenas com um carro para Chris Amon, havia perdido Lorenzo Bandini em Mônaco e Mike Parkes se recuperava de um acidente na Bélgica. A Honda apenas com Big John com seu RA300.
No campeonato Hulme liderava com 43 pontos seguido  por seu patrão Black Jack com 34, em terceiro Amon com 20, depois Clark com 19  e Surtees com 7. Clark vencera em Zandvort e Silverstone e marcara apenas mais um ponto na Belgica, enquanto Hulme e Jack Brabham faziam um campeonato com constância marcando pontos em quase todas corridas.

Os Inscritos:

#2 Chris Amon Ferrari 312/67
#4 Bruce McLaren McLaren M5A
#6 Jo Siffert Cooper Car Co T81
#8 Dan Gurney Anglo American Racers T1G
#10 Ludovico Scarfiotti Anglo American Racers T1G
#12 Guy Ligier Ligier BT20
#14 John Surtees Honda RA300
#16 Jack Brabham Brabham BT24
#18 Denny Hulme Brabham BT24
#20 Jim Clark Lotus 49
#22 Graham Hill Lotus 49
#24 Giancarlo Baghetti Lotus 49
#26 Jo Bonnier Anglo-Suisse Racing Team T81
#30 Jochen Rindt Cooper Car Co T86
#32 Jacky Ickx Cooper Car Co T81B
#34 Jackie Stewart Arthur Owen P115
#36 Mike Spence Arthur Owen P83
#38 Chris Irwin Arthur Owen P83


Notem que todos carros correram com números pares.

Jimmy se derrete pela bela loira, belíssima diria eu, Gerard Crombac, seu amigo e jornalista -grande amigo e grande jornalista- de cabeça baixa deve estar pensando "se cuida menino!". 

Na classificação o que se viu foi Clark insuperável, cravando a pole com sua Lótus 49 Cosworth;

Clark                       1m28,5s  média 233,89 km/h
Jack Brabham        1.28,8s
Bruce MacLaren    1.29,31
Chris Amon             1.29,35
Dan Gurney            1.29,38
Denis Hulme           1.29,46
Jackie Stewart        1.29,60
Grahan Hill             1.29,70
John Surtees            1.30,30
Ludovico Scarfiotti    1.30,80



Chris Amon e a Ferrari 312/67. 

Monza o templo italiano da velocidade é uma pista super rápida e na época existia apenas a Variante Ascari para diminuir um pouco sua estonteante velocidade, lá vários carros conseguem andar no vácuo deixado pelos carros dianteiros e a corrida embola mesmo pilotos que largaram com uma grande diferença de tempo.
Na largada Brabham pula na dianteira seguido por Bruce MacLaren e Dan Gurney, Cris Amon cola em Clark agora quarto colocado. 
A primeira volta termina com Gurney na ponta seguido de Brabham, Hill, Clark, MacLaren, Stewart, Hulme e Amon.
Na terceira volta Clark ultrapassa Gurney e assume a ponta com o americano em seu vácuo. Na quinta volta o motor Weslake de Gurney explode e o que se vê é Clark na ponta uma luta brava entre Hill, Brabham e Hulme.


Duelo de Campeões, Hill ultrapassa Black Jack.

Ainda nesta volta alguém avisa  que Clark tem um pneu traseiro murchando - uns dizem que foi Hulme outros Hill _ bem na Parabólica pouco antes dos boxes, ele entra no Box para troca-lo  e volta na mesma volta dos lideres, Hill, Hulme e Brabham. Os três na briga pela liderança viram 1m30s por volta enquanto Clark aproveitando o vácuo de todos pilotos que vai ultrapassando e seu carro mais rápido vira o tempo todo abaixo dos 1m30, estabelecendo a melhor volta da corrida com um tempo igual a sua pole 1.28,5s.
Na volta 59 de 68 Hill vem liderando com folga quando na entrada da Parabólica seu motor explode e deixa Brabham na liderança, a esta altura Hulme já havia quebrado na volta 31, já com Clark em seu vácuo e trazendo Surtees junto. Na volta seguinte Clark já é líder e começa abrir uma pequena vantagem para Brabham que trás em sua cola Surtees.
Na volta 65 Surtees assume o segundo lugar mas Clark já abre mais de um segundo. Quando chega a ultima volta Clark já abre quase dois segundos dos dois quando na Grande Curva seu combustível acaba simplesmente, Brabham numa manobra tenta passar Surtees na freada da Parabólica mas o inglês deixa-o do lado sujo da pista, onde Hill deixara vazar óleo de seu motor, faz a parabólica na frente e recebe a bandeirada apenas a 20/100 de Black Jack.
Clark dançando com o carro para fazer com que o pescador absorva o restinho de combustível do tanque ainda chega em terceiro, deixando mais uma vez de vencer uma corrida ganha como tantas em sua carreira. Parece que até discutiu com seu parceiro e patrão Colin Chapman
Era a estreia do Honda RA300  e Big John um ídolo na Italia por seus cinco títulos mundiais pilotando as italianas MV-Agusta e o titulo mundial de Formula Um vencido dois anos antes pela Ferrari, foi ovacionado pelos tiffosi que comemoraram sua vitória como se ele ainda pilotasse para Casa de Maranello.


A chegada Surtees 20/100 à frente de Brabham.

Resultado

1º   John Surtees           1h43m45s   a media de 226,119 km/h 
2º   Jack Brabham        1h43,45s 20/100
3º   Jim Clark                1h44,08
4º   Jochen Rindt
5º   Mike Spence
6º   Jacky Ickx
7º   Cris Amon   

Apenas sete carros completaram a corrida.


Por Henrique Mércio e Rui Amaral Jr

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

MÉXICO 1964 A DECISÃO DO MUNDIAL DE FORMULA UM

Jim Clark Lotus33Climax em sua vitória na Holanda.

Naquele ano a Cidade do México veria a decisão do Mundial de Formula I, o Campeonato havia sido disputadíssimo. Jim Clark com o Lotus-Climax 33 ganhara os GP da Bélgica,Holanda e Inglaterra, John Surtees  Alemanha e  Italia, Lorenzo Bandini na Austria, Hill em Mônaco e nos EUA e Dan Gurney o GP da França e por fim esse GP do México.
Na época o sistema de pontuação era 9 pontos para o primeiro a partir dai 6/4/3/2/1 até o sexto colocado. Apenas seis resultados valeriam para o campeonato, assim os pilotos descartavam os seus piores resultados, assim a F I chegou ao México com Surtees tendo 39 pontos, Hill 34 e Clark 30. Em caso de vitória de Clark ele seria campeão não importando a colocação dos outros pilotos.
Na classificação o que se viu foi o Clark de sempre, abriu "apenas" um segundo de Dan Gurney- Lotus33Climax- vindo a seguir Bandini com uma Ferrari estranhamente azul e branca, fruto de uma rixa de Enzo Ferrari com a entidade Italiana que regia o automobilismo, Surtees, Spencer e Hill em sétimo. A Ferrari trouxe um terceiro carro para o ídolo local e depois mundial Pedro Ródriguez.
Na largada Clark a seu estilo dispara, Gurney em segundo a seguir Bandini, Spence, Richie Guinter de BRM. Surtes e Hill perderam várias posições e brigava após o nono colocado. Numa recuperação surpreendente Hill na décima segunda volta toma o terceiro lugar de Bandini, só que não consegue partir para cima dos Lotus-Climax de Clark e Gurney. Bandini segue colado a Hill quando Surtees chega e por ordens da equipe o ultrapassa mas não consegue chegar em Hill, vendo a situação a equipe manda Bandini tomar o lugar de Surtees para tentar tomar o lugar de Hill. Na frente Clark soberano caminha para seu Bi-Campeonato seguido de Gurney. 

Bandini tenta tomar a posição de Hill, manobra desastrada ou proposital?

Numa manobra no minímo descabida Bandini tenta ultrapassar Hill e os dois se enroscam tendo Hill levado a pior e Bandini assumindo o terceiro lugar para logo a seguir deixar Surtees que vinha em quarto ultrapassa-lo. 

No enrosco Hill se dá mal e Bandini segue em terceiro lugar.

Não creio sinceramente que Bandini tenha feito de propósito, naquela altura da corrida Clark era Campeão do Mundo, depois de algumas voltas faltando apenas uma ou duas para o trémino Clark mais uma vez é vitima do destino e seu motor Climax começa a perder rendimento e outra vez o deixa a pé. Vence seu companheiro Gurney com Surtees, Bandini, Spence, Clark e Rodriguez.
Fazendo assim a Ferrari de Big John seu Campeão do Mundo de Formula I.
Surtees 40 pontos, Hill 39, Clark 32, Bandini 23, Richie Guinter 23 e Gurney 19.
Não creio de coração que Bandini tenha dado uma de Prost ou Schummi, naquela altura da corrida Clark era campeão e Bandini que vinha sendo preparado por Enzo para trazer um campeonato para Itália depois do glorioso bi de Alberto Ascari em 1952/53, não se proporia a tal. Deixou Surtees passar no final num claro jogo de equipe, mas não acredito repito que tenha jogado seu carro contra o de Hill.  

Obrigado ao meu amigo Caranguejo pelas fotos e toda colaboração.   

terça-feira, 5 de abril de 2011

LE MANS 1966 GT 40 Mark II 1º , 2º , 3º - II


GT 40 Mark II vencedor ,Chris Amon e Bruce MacLaren nº 2

A Ford Motor Company foi a Le Mans no ano de 1966 com toda sua força , apostou nos GT 40 Mark II com motores de 4.7 L para enfrentar as Ferrari 330 P3 , levou os melhores pilotos da época , foi com nada menos do que quatorze carros GT 40 entre eles Mark II , J . Carros da equipe Ford e mais da Ford France e outras equipes todas com apoio da fábrica . A Ferrari para se opor a essa força entrou com duas 330 P3 oficiais e quatro 365 P2 de equipes semi oficiais como a NART e Filipinetti . Na classificação a Ford ficou com os quatro primeiros lugares , em quinto a Ferrari nº 27 365 P 2/3 da NART - North Americam Racing Team - pilotada por Pedro Rodriguez , Mario Andretti e Richie Ginther , o pole abriu mais de quatro segundos da Ferrari .

GT 40 Mark II , 2º colocado Denny Hulme e Ken Miles nº1
GT 40 Mark II 3º colocado Ronnie Bucknum e Dick Hutcherson nº 5

Na corrida o que se viu foi um massacre , as Ferrari não aguentando o ritmo dos Ford e já nas primeiras horas da manhã a corrida estava definida , só faltaria ver qual dos GT 40 Mark II seria o vencedor . Depois dos Ford vieram os Porsches na 4ª , 5ª , 6ª e 7ª colocação sendo o primeiro deles vinte e uma voltas atrás do vencedor . Na oitava colocação a primeira Ferrari , vencedora na categoria GT era uma 275 GTB/C tocada por ninguém menos que Piers Courage , Innes Ireland , Roy Pike e David Hobbs chegando 47 voltas atrás do vencedor .
A chegada foi com os três primeiros juntos , sendo que o terceiro estava com doze voltas a menos , e apesar da dupla Miles/Hulme cruzar na frente de Amon/MacLarem , estes foram declarados vencedores por terem largado em 4º enquanto Miles/Hulme haviam largado em 2º .

Porsche 906 LE 4º colocado , Jo Sifert e Colin Davis nº 30


Porsche 906 LE 4º , 6º e 5º colocados , nº 32 Udo Schültz e Peter de Klerk , nº 31 5º lugar Hans Hermann e Herbert Linge.

Ferrari 275 GTB/C 8ª colocada , vencedora da categoria GT , tocada só por Piers Courage , Roy Pike , Innes Ireland e David Hobbs


Ferrari 330 P3 de Lorenzo Bandini , Jean Guichet e Ludovico Scarfiotti acidentada na volta 125.

24 Horas de Le Mans 18/19 de Junho de 1966

Date: June 18-19, warm, dry, drizzles on sunday Track Length (m): 13 461
Attendance: 350 000 Pole Position: Dan Gurney, USA, Ford GT Mk II, 3'30"6 = 230.103 km/h
Entries:   Fastest Lap: Dan Gurney, USA Ford GT Mk II, 3'30"6 = 230.103 km/h
Practiced: 57 Distance (km): 4843.090
Starters: 55 Average Speed (km/h): 210.795
Classified: 15    

Pos Cla. # Team / Entrant
Car - Engine / Tuner
Drivers, Nationality Engine
Vol
(cc)
Engine
Type
Tyres Group Laps
Km
Time (of ret)
Reason Out
1 1 2 Shelby American Inc., USA
Ford Mk II
Bruce McLaren, NZ
Chris Amon, NZ
DNS Bob Grossmann, USA
DNS Dan Gurney, USA
6982 V8 F P 360
4843.09
 
2 2 1 Shelby American Inc., USA
Ford Mk II
Ken Miles, GB/USA
Denis Hulme, NZ
DNS Lloyd Ruby, USA
DNS Lucien Bianchi, B
DNS Richard Thompson, USA
DNS Mark Donohue, USA
6982 V8 GY P 360
4843.07
 
3 3 5 Holman & Moody, USA
(Essex Wire Corporation, USA)
Ford Mk II
Ronnie Bucknum, USA
Richard 'Dick' Hutcherson, USA
DNS A.J. Foyt, USA
DNS Fred Lorenzen, USA
DNS Bob Grossman, USA
DNS Bruce McLaren, NZ
DNS Peter Arundell, GB
6982 V8 GY P 348
4681.57
 
4 4 30 Porsche System Engineering, D
Porsche 906/6 Carrera 6 Langheck
Jo Siffert, CH
Colin Davis, GB
DNS Gerhard Mitter, D
1991 F6 D P 339
4562.13
 
5 5 31 Porsche System Engineering, D
Porsche 906/6 Carrera 6 Langheck
Hans Herrmann, D
Herbert Linge, D
DNS Dieter Glemser, D
1991 F6 D P 338
4534.93
 
6 6 32 Porsche System Engineering, D
Porsche 906/6 Carrera 6 Langheck
Udo Schütz, D
Peter (Piet) de Klerk, ZA
DNS Peter Nöcker, D
1991 F6 D P 337
4534.93
 
7 7 58 Porsche System Engineering, D
Porsche 906/6 Carrera 6
Günther Klass, D
Rolf Stommelen, D
DNS Dieter Glemser, D
1991 F6 D S 330
4440.73
 
8 8 29 Maranello Concessionaires, GB
Ferrari 275 GTB/C
Piers Courage, GB
Roy Pike, USA
DNS Innes Ireland, GB
DNS Mike Salmon, GB
DNS David Hobbs, GB
3286 V12   GT 313
4212.50
 
9 9 62 Société des Automobiles Alpine, F
Alpine A210 - Renault
Henri Grandsire, F
Leo Cella, I
1292 L4   P 311
4185.19
 
10 10 57 Ecurie Francorchamps, B
Ferrari 275 GTB
Pierre Noblet, F
Claude Dubois, B
DNS "Jean Beurlys"(Jean Blaton), B
DNS "Eldé" (Leon Dernier), B
3286 V12   GT 310
4171.62
 
11 11 44 Ecurie Savin-Calberson, F
Alpine A210 - Renault
Jacques Cheinisse, F
Roger Delageneste, F
DNS Jean-Pierre Hanrioud, F
1296 L4   P 307
4124.45
 
12 12 45 Société des Automobiles Alpine, F
Alpine A210 - Renault
Guy Verrier, F
Robert Bouharde, F
DNS Mauro Bianchi, B
DNS Jean Vinatier, F

DNS Jean-Pierre Hanrioud, F
DNS Patrice Grandsart, F
1292 L4   P 307
4124.42
 
13 13 46 Société des Automobiles Alpine, F
Alpine A210 - Renault
Mauro Bianchi, B
Jean Vinatier, F
DNS Jean-Pierre Hanrioud, F
DNS Bernt Jansson, S
DNS Pauli Toivonen, SF
1292 L4   P 306
4107.39
 
14 14 35 "J. Franc", F
Porsche 911 S
"J Franc" (Jacques Dewes), F
Jean Kerguen, F
1991 F6   GT 284
3821.53
 
15 15 50 Jean Louis Marnat & Cie, F
Marcos Mini GT 2+2 - BMC
Claude Ballot-Léna, F
Jean-Louis Marnat, F
DNS Jean-Pierre Jabouille, F
DNS René Trautmann, F
1287 L4   P 258
3464.42
 
                     
16 DNF 33 Porsche System Engineering, D
Porsche 906/6 Carrera 6
Peter Gregg, USA
Sten Axelsson, S
DNS Günther Klass, D
1991 F6 D S 321
15:49
Engine
17 DNF 3 Shelby American Inc., USA
Ford Mk II
Dan Gurney, USA
Jerry Grant, USA
DNS Richard Thompson, USA
DNS Sir John Whitmore, GB
6982 V8 GY P 257
09:44
Holed radiator
18 DNF 49 Donald Healey Motor Co Ltd, GB
Austin Healey Sprite
Paddy Hopkirk, IRL
Andrew Hedges, GB
1293 L4   P 237
11:37
Head gasket
19 DNF 14 Scuderia Filipinetti, CH
(Comstock Racing /F.R. English, GB)
Ford GT40
Peter Sutcliffe, GB
Dieter Spoerry, CH
DNS Herbert Müller, CH
DNS Willy Mairesse, B

DNS Innes Ireland, GB
DNS Mario Casoni, I
4727 V8   S 233
08:15
Accident
20 DNF 21 SpA Ferrari SEFAC, I
Ferrari 330 P3
Lorenzo Bandini, I
Jean Guichet, F
DNS Umberto Maglioli, I
DNS Bob Bondurant, USA
DNS Giancarlo Baghetti, I
3978 V12 F P 226
08:26
Engine
21 DNF 26 Ed Hugus, USA
Ferrari 275 GTB/C
Giampiero Biscaldi, I
Prince Michel de Bourbon-Parma, F
DNS Ed Hugus, USA
3286 V12   S 218
09:32
Clutch


quinta-feira, 18 de março de 2010

BRITISH GP BRANDS HACTH 1966. - por Henrique Mércio

UM DIA EM JULHO...


Brands Hatch, perto de Kent, 1966. Na bela pista cujo desenho acompanha a topografia do local reunem-se vinte pilotos prontos para encarar o desafio de 80 voltas. Ocupando a pole position está o líder do campeonato, o australiano Jack Brabham. Antigamente a expressão austera, os cabelos pretos e a tendência ao isolamento e silêncio levaram os colegas a apelidá-lo “Black Jack”, mas os tempos eram outros. Agora próximo de completar 40 anos, Brabham luta contra seus próprios fantasmas: quer vencer um campeonato pilotando um carro que leva seu nome e provar aos críticos que consegue ser tão veloz quanto seus companheiros de equipe. A Fórmula 1 já demonstrava nessa época uma característica de nossos dias: o imediatismo. Não importa o seu histórico de vitórias e conquistas; você será avaliado pela corrida de ontem. E se as coisas não andam boas, terá uma nota baixa. Mas contudo, o velho bicampeão parece estar tão bem como nunca. A temporada de 1966 é uma temporada de transição. As regras foram mudadas e todos tiveram de passar para motores de até 3 litros, fazendo surgir as combinações mais estapafurdias como Lotus-BRM, Cooper Maserati, Brabham-BRM e até Cooper Ferrari. Só que a Equipe do Cavalinho Rampante, principal avalizadora de tais mudanças, como soe acontecer, não estava obtendo os resultados esperados. Tudo o que conseguiu foi que seu temperamental campeão, John Surtees fosse embora da equipe. Outros favoritos potenciais também tem seus problemas: Graham Hill chegou ao limite com a BRM. Dentro de um ano estará ao lado de Clark na Lotus. O escocês por seu lado, está às voltas com a defasada Lotus Climax 33. A opção é a Lotus BRM 43, o típico carro complicado. Gurney está envolvido com o desenvolvimento do belo (e igualmente complicado) Eagle Climax. Stewart ainda está cercado de pilotos de maior envergadura e capacidade do que ele. Terá melhor sorte no futuro, quando lutará contra jovens lobos, ao lado dos quais será o mais experiente e por fim, Jochen Rindt, sempre veloz mas penalizado pelo seu próprio destempero. Resta Brabham, com seu motor Repco, derivado de um bloco de alumínio Buick-Oldsmobile V8. Embora visto com desdém pela concorrência, o Brabham Repco BT19 mostrou seu valor no GP da França, dando a Jack sua primeira vitória desde 1960. Evitando comparações desfavoráveis, o companheiro de equipe de Brabham é o neozelandês Denny Hulme. Discreto como o patrão, Hulme vai ajudá-lo na conquista do tri. Depois, pensará em si próprio. Há um vácuo de poder do qual o australiano quer tirar partido.

Jack Brabham seguido de Dan Gurney, Denis Hulme, Jim Clark e John Surtees.  

 Largada: “Old Jack” dispara na ponta querendo provar que Reims não foi um acaso e que ele tem nas mãos um “cavalo vencedor”. Gurney vem logo a seguir, mas não passará da 9ª volta. Denny Hulme o acompanha obedientemente enquanto os demais se engalfinham. Como demonstração inequívoca de superioridade, os Brabhams são os únicos que completam as 80 voltas e Black Jack mete 9.6 em cima de Hulme, na maior sem-cerimônia, além de cravar a volta mais rápida com 1`37 “duro”. Na briga pelas migalhas, Hill e o BRM P-261 levam vantagem ante Clark e a Lotus Climax. Depois vem Rindt e Bruce McLaren e o McLaren-Serenissima. Após a bandeirada, não há mais dúvidas. Black Jack está de volta, embora os cabelos já não sejam tão pretos. Venceria mais dois GPs e terminaria o ano tricampeão. O motor Repco enfrentaria o mitológico Ford Cosworth nas pistas no ano seguinte e sairia vencedor devido a sua regularidade. Seria sua última façanha, mas o nome de Brabham já estava consagrado como piloto-construtor.


Bruce MacLaren, MacLaren/Serenissima e Denis Hulme, Brabhan/Repco.  

Jack Brabhan e Jochen Rindt Cooper/Maserati.  

Graham Hill, BRM. 

Graham Hill seguido de Jackie Stewart BRM, JimClark Lotus/Climax e Peter Arrndel de Lotus/BRM.  

John Surtees e Jochen Rindt ambos de Cooper/Maserati. 
Dan Gurney de Eagle/Climax e John Surtees Cooper/Maserati.

Hill, Hulme e Clark.

Rumo ao Tri Campeonato Jack Brabham recebe a bandeirada da vitória.




Brabham carro e piloto uma dupla vencedora.