A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SUBLIMAR

Sublimar = Tornar sublime; exaltar, engrandecer.

Talvez muitos de vocês não tenham lido, mas no começo do Histórias conto que aos 12/13 anos, isso então em 1964/65 ganhei uma assinatura da então excelente revista Auto Esporte, cujo nome do assinante era uma  tal de "Jim Clark do Amaral", tamanha era minha admiração por ele!  
Mais tarde conheci Tazio, o Mantuano me foi apresentado pelo amigo Adolfo Cilento, um admirador ferrenho dele, e fiquei conhecendo bem e sei que junto com Jimmy, sublimaram a arte de pilotar.
Nos longos papos e e-mails trocados com o Caranguejo, falamos de muitos pilotos, temos admiração por muitos outros, mas volta e meia o papo cai para esses dois, acredito que na maioria das vezes.
Então nada mais preciso escrever, apenas mais uma vez mostrar algumas fotos deles...

Rui Amaral Jr

O Mantuano 
 O Escocês 


















Colin, Jimmy e Peter Arundell 






  

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Tazio



Grand Prix de Tigullio, em 13 de abril de 1924. Na liderança vai, Tazio Nuvolari. Corrida extremamente difícil, com Nivola muitas vezes saindo da pista em seu Bianchi 18. Perto do final, um pneu estoura e o faz parar dentro de uma vala. Com muitas avarias e seu mecânico inconsciente, Tazio pede a ajuda dos espectadores para voltar à prova. Após remontar o carro da melhor maneira possível (sem esquecer do mecânico desacordado), o Mantuano retorna à pista, pois tinha uma grande diferença sobre os adversários. E realmente, consegue chegar à frente de De Sterlich (Bugatti) e Ballestreno (OM), terminando com 18 segundos de vantagem. Os que assistem na chegada porém, mal acreditam no que estão vendo. Nuvolari termina com um carro que não tem mais carroceria ou suspensões; não há mais assento ou mesmo volante, substituído por uma chave inglesa e trazendo ao seu lado, o mecânico desmaiado, coberto de lama e óleo.

Caranguejo



 Com  a Ferrari 125C





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Il Mantovano Volante

Tazio


Para meu amigo Caranguejo

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Tazio e a Cisitalia


A Cisitalia Type 360 nasceu do sonho do empresário e ex-piloto italiano Piero Dusio, que encomendou a Porsche Engineering, um chassi para disputar provas no formato Grand Prix.

O Mantuano e a Cisitalia Type 360
Dusio esperava assim consolidar essa nova marca. Em 1946, Ferdinand e Ferry Porsche, que estavam presos na França (acusados de colaboracionistas) começaram a executar o projeto: carro pequeno, leve, com motor 12 cilindros e 1,5 litro com compressor. O Type 360 deveria ficar pronto em 1947, mas sem verba para tocar a empreitada, Dusio rumou para a América do Sul, onde encontrou o apoio incomum do ditador argentino Juan Domingo Peron, um entusiasta do automobilismo.
Dusio, Tazio e a equipe.
Testando com Boneto e Bucci.
Notem que sua concepção era moderna. Motor entre eixos com cambio traseiro, suspensão traseira independente com semi eixos, a suspensão dianteira uma herança Porsche, independente com barras de torção.  

Tazio

Em 1951, pintado nas cores argentinas (o azul e o amarelo), o carro ganhou as pistas. Testado pelo italiano Felice Bonetto e pelo argentino Klemar Bucci em San Isidro, próximo de Buenos Aires, o carro não entusiasmou. Na Europa, Piero conseguiu um reforço de peso na figura do grande Tazio Nuvolari, que chegou a conhecer a Cisitalia, mas talvez não tenha tido tempo de experimentá-lo. Ressalto que ele só não usou a Type 360. Correu a Mille Miglia de 1947 com uma Cisitalia 202 Spyder. Tinha então 55 anos e só não venceu porque "atropelou" uma poça d`água. Em 1948, a Cisitalia quebrou nos treinos e Enzo ofereceu-lhe uma Ferrari 166 S. Há sete meses longe das pistas e sem conhecer o carro, deu espetáculo. Em Pescara já era o líder; em Roma tinha 12 minutos de vantagem; em Livorno 20 minutos e em Florença já tinha meia hora. Mas - aí a prova de que Tazio era maior do que Enzo - o carro não estava à sua altura. Peças começaram a se desprender: um paralamas, o capô, os parafusos do banco. Quando um feixe de molas da suspensão soltou-se, desistiu.
Sua última vitória foi a Subida de Montanha Palermo-Montepellegrino, onde foi o primeiro de sua classe com uma Cisitalia 204.
Caranguejo


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Tazio Nuvolari e a Cisitalia

A Cisitalia na Autoclasica 2011- Foto: Vasco

Ao postar ontem as fotos de Tazio, recebo logo a seguir um e-mail de meu amigo Vasco com a foto acima e dois links em que o Mantuano aparece pilotando a Cisitalia, a seguir o e-mail do Vasco e os dois videos.
Ele escreve o exelente blog  Lauburu43

Saludos Vasco e muito obrigado!


 "Rui!!! he visto la entrada de Nuvolari en la que está con una Cisitalia:
Te comento que en la Argentina, se restauró una Cisitalia y toda la documentación da a suponer que era la de Tazio.
Te dejo un video donde se ve a Nuvolari probando.
Otro video donde se ve la Cisitalia ya restaurada y en el final del mismo se repite el video del gran Tazio probando.
Y también te mando una foto (perdón por la calidad) de la Cisitalia que estamos hablando, que fue galardonada en la Autoclásica 2011."

Saludos!!!!!!!

Vasco


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ANTOLÓGICAS

Tazio

"Ao mais veloz animal da face da terra, o mais lento" 

Tazio recebeu do  poeta italiano Gabriele D'Annunzio, uma tartaruga de ouro, e ela se transformou em seu símbolo. Ao entrega-la a Tazio, o poeta escreveu essa frase. 

O sorriso cativante do Grande Campeão
Coppa Ciano de 1937, com Alfa-Romeo 12C-36
Com a Cisitalia em 1950


Caranguejo e Rui

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ao mais veloz animal da face da Terra, o mais lento.

Simplesmente Tazio
Monza 1935

Não lembro quando foi a primeira vez que li o nome dele, era muito novo e naquela época era muito difícil termos acesso à informações. Tinha sempre algum grande piloto se referindo à ele, Fangio, Jimmy, Seu Chico, até que um dia chegou às minhas mãos um pequeno livro contando pedaços de sua vida, e com o tempo sempre pesquisando pude conhecer melhor sua carreira. Desde as corridas de motos, passando  pelas Alfa Romeo, de antes da equipe Ferrari, depois correndo com as Alfas na equipe do Comentattore e indo para Auto Union tentando dar um alento já nos estertores da equipe após a morte de Bernd Rosemeyer. 

Mille Miglia de 1935
Com a Alfa Romeo P3
Com a Auto Union

Um dia ganho um livro do Adolfo Cilento, o Bambino, contando boa parte da vida do incrível piloto. Aí sim pude ler e absorver toda vida dele e minha admiração apenas cresceu... 
Tazio Giorgio Nuvolari, nasceu em Castel d`Ario em 16 de novembro de 1892 e na contramão dos tempos atuais, participou de sua primeira corrida de motocicletas aos 28 anos. Pilotando uma Bianchi, Nivola deu origem a sua lenda, quando venceu o campeonato italiano de motociclismo mais enfaixado do que uma múmia. Acidentara-se nos treinos e o médico recomendou que ficasse de "molho" pelo menos por um mês. No dia seguinte, coberto de bandagens e amarrado em sua moto, só fez aos mecânicos dois pedidos: que o empurrassem na largada e o segurassem na chegada. Não deu outra. Venceu a corrida e de quebra o campeonato. Assim era o Mantovani Volante. Embora fosse excelente com motos, aos 32 anos passou para os automóveis, depois de conhecer um certo Enzo...Ferrari.


Campari, Enzo, Tazio e Borzzachini.

Enzo e Tazio


Targa Florio 1931

Diz a lenda que "Il Drake", apressou sua decisão de abandonar as pistas depois de enfrentar Nuvolari nas corridas. Enzo passava longe de ser um fracote, mas tomava o maior couro nas curvas daquele mantuano magricela,que tinha um jeito todo próprio de conduzir,a derrapagem controlada.
Em 1931, Nuvolari vence a Targa Florio e utiliza-se de um estratagema: corre a maior parte do tempo com os faróis desligados. Só os acendeu no final quando surpreendeu o líder e seu eterno rival, Achille Varzi.


                                Monza 1935 com a Alfa na frente de Bern Rosemeyer, Auto Union



Também venceu as 24 Horas de Le Mans de 1933, em dupla com Raymond Sommer, mas seu grande feito foi a vitória no GP da Alemanha de 35, em Nurburgring, quando a bordo de sua Alfa de 370 cv, derrotou os Auto Union Type C que debitavam 520 cv e Mercedes Benz W125, de 646 cv. Nesse dia, Nivola deixou para trás gente do quilate de Hans Stuck, Achille Varzi e Bernd Rosemeyer (Auto Union) e Rudolf Caracciola,Luigi Fagioli e Herman Lang (Mercedes Benz). Faleceu em 11 de agosto de 1953 e enquanto correu, conservou o pequeno broche de ouro, em forma de tartaruga,que lhe fora presenteado pelo amigo Gabrielle D`Annunzio.


Caranguejo e Rui

NT: O titulo deste post se refere ao símbolo que Tazio usava, uma tartaruga que ganhou de Gabriele D'Annunzio como conta nosso amigo Carlos de Paula;

RIPOSA EN PACE GRANDE CAMPIONE