A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens com marcador Niki Lauda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Niki Lauda. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

NIKI LAUDA, VINTE SEIS ANOS ATRÁS


Lauda e a MacLaren MP4-2B, lá atrás Teo Fabi de Toleman-Hart, colado em Lauda??? 

O dia 25 de agosto de 1985 foi especial para o austríaco Andreas Nikolaus Lauda. Especial? Talvez não para Lauda. Um dia realmente significativo para este tricampeão mundial de F1, foi o dia primeiro de agosto de 1976, quando ele, por alguma razão, recusou-se a morrer. Após a batida e as chamas em sua Ferrari, ele encontrou forças para reagir, lutar pela vida e voltar às pistas. Com cicatrizes, mas quem encara a morte e volta sem algumas marcas? Não,nove anos depois daquela tarde, para Niki Lauda, o GP de Zandvoort seria apenas mais um instante de superação, entre outros de sua vida. Seu treino fora apenas razoável para quem carregava o número 1 de campeão. Com o McLaren TAG largava no décimo lugar no grid. Pouco, uma vez que Prost conquistara a terceira posição. Na primeira fila, Nelson Piquet levando sua Brabham BMW pelo cabresto e já sabendo que na temporada seguinte seria piloto da Equipe Williams Honda, era o pole position.
Alboreto e Johansson, Ferrari 156/85.
Ayrton, Lotus 97T  

 Decepcionando, só as Ferraris, com Michelle Alboretto em 16º e Stefan Johansson em 17º. Se considerarmos que Alboretto estava disputando o título da temporada com Prost, era um resultado desastroso. A boa sorte faz parte do “pacote” que forma um campeão. Sem fazer força, o austríaco ganhará três posições no começo da prova: Tambay, que saía na sexta posição tem problemas na suspensão do Renault e Piquet,o pole e Thierry Boutsen, de Arrows-BMW ficam parados na largada. Rosberg e Teo Fabi, com Toleman-Hart são outros que terão problemas e deixarão Lauda posicionado para atacar os líderes Senna e Prost. Niki faz seu pit stop antes dos adversários e tira proveito quando o brasileiro e o francês narigudo param. Melhor ainda: Prost, que tem um carro igual ao seu, perde tempo com uma roda que teima em não encaixar. 
Prost, MacLaren MP4 -2B

Nas voltas finais, o duelo pela liderança resume-se a Lauda x Prost. O francês tenta de tudo, mas pensa que terminar a frente de Alboretto é um bom negócio. E Niki está incrivelmente motivado neste dia, ele que vem fazendo uma temporada fraca, com apenas duas colocações até o momento, um quarto (San Marino) e um quinto (Alemanha) lugares. Parecia que alguém o havia informado que com a vitória na Holanda, ele igualaria o total de triunfos do da lenda Jim Clark...Lauda resiste à pressão. Vence e faz aquela que seria sua última visita ao lugar mais alto do pódio. Rotina. Ele já era um eterno vencedor.

Caranguejo

Stefan Bellof, Tyrrel 014, que viria a perecer na corrida seguinte em Spa. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

ATITUDE CORAJOSA

Lauda, Ferrari 312 T e a sua frente Carlos Pace Brabhan BT45 em Nurburgring momentos antes do acidente que quase tira a vida do Austríaco.  


1976 Niki Lauda estava no topo, havia vencido o mundial de pilotos e construtores no ano anterior para a Ferrari, o que não acontecia à equipe desde 1964, do começo tendo que comprar um lugar para pilotar um Formula Um era agora um dos mais altos salários da categoria.
Vinha liderando o campeonato tinha vencido os Gps do Brasil em Interlagos e da Argentina em Buenos Aires, da Inglaterra em Brands Hacth, quando  a 1º de Agosto no GP da Alemanha em Nurburgring após uma saída da pista e batida seu carro ficou envolto em chamas e ele demorou demais para ser tirado. Resultado ficou alguns dias em coma entre a vida e a morte. Antes dessa corrida tinha 64 pontos no campeonato contra 38 do James Hunt que com a vitória em Nurburgring, após o reinicio da corrida com a vitória passou então a somar 47.
Incrivelmente Lauda se recuperou a tempo de disputar o GP da Itália em Monza, corrido em 12 de Setembro apenas 41 dias após o acidente que quase lhe tira a vida, apesar do rosto deformado e ainda ter problemas devido as queimaduras. 
Resumindo o campeonato e Formula Um chega ao Japão com Lauda tendo 68 pontos e James Hunt 65.

A largada.

Aquele foi o primeiro GP do Japão e a expectativa em torno dele era enorme, afinal o campeonato se decidiria ali. 
Andretti de Lotus 77 foi o pole a seu lado Hunt e na segunda fila com o terceiro tempo largaria Lauda, apenas mantendo a posição o austríaco seria o Campeão. 
Na hora da corrida chovia e a neblina era forte alguns pilotos entre eles Hunt achavam que ela devia ser adiada mas a organização mesmo com algum tempo de atraso resolveu dar a largada assim mesmo.

Lauda

A largada é dada às 3 horas e Hunt dispara na ponta enquanto Lauda entra nos boxes e diz “É um crime corre desse jeito, e eu não vou fazer isso”  e abandona dando o titulo de mão beijada a Hunt.
Vendo tudo que está acontecendo em nosso automobilismo penso quantos pilotos teriam a coragem de tomar essa atitude. Muitos dirão”ele era Campeão do Mundo”. Nada disso ele foi é corajoso, muitos de nós naquela situação inventariam uma quebra, uma saída de pista em um lugar qualquer, para depois se desculparem do erro. Ele não, desceu do carro e falou a verdade coisa que falta a muitos pilotos hoje em dia em várias situações.
Quanto aos dirigentes, “ora dirigente é dirigente” poucos deles já puseram suas preciosas bundas em um carro numa situação dessas para poderem avaliar com isenção como é difícil  pilotar nessa situação.  

Hunt






terça-feira, 2 de novembro de 2010

FERRARI 312T



1974 a Ferrari não vencia um Mundial de Formula Um há treze anos, lembro bem era uma batalha na imprensa italiana, grandes pilotos tinham passado pela equipe e bons carros foram feitos e nenhum campeonato vencido. Lembro bem de um texto de Jacky Ickx para a revista Autosprint quando ele saiu da Ferrari, escreveu que foi um dos grandes vencedores da equipe, mostrava as vitórias, as voltas na liderança e muitas outras peculiaridades de sua passagem na equipe, só que titulo não conseguiu nenhum.
Outros grandes pilotos correram pela equipe, Arturo Merzario, Chris Amon, Mario Andretti e tantos outros, todos pilotando carros complicados e que também não trouxeram campeonatos a Casa de Maranello.
Em 74 o acordo Ferrari/Fiat já estava consolidado e por influencia da Fiat foi nomeado Luca Cordero di Montezemolo para dirigir a equipe, formado em Direito pela Universidade de Roma e pós graduado em Direito Comercial pela Universidade de Columbia, estava na Fiat já algum tempo quando foi designado para Ferrari.

Montezemolo trouxe em 74 Niki Lauda que estava na equipe BRM e lhe deu o lugar de primeiro piloto, junto com ele correria um baita bota de quem sou fã, o aguerrido Gianclaudio Regazzoni ou simplesmente Clay Regazzoni.
1974 começou com Clay vencendo o GP da Alemanha em Nurburgring, e Lauda as duas primeiras vitórias de sua carreira vencendo o GP da Espanha em Jarama e o da Holanda em Zanvoort pilotaram  a 312 B3 trabalhada na Itália por Forghieri depois da desastrada fase de projetos feitos na Inglaterra por John Thonpson. Sob o comando de Montezemolo e Mauro Forghieri a Ferrari já preparava o carro para o ano seguinte, a 312T. Lauda se queixava do grande substerço (saída de frente ) da 312 B3, isso se devia a maior distancia entre eixos que o motor Flat12 obrigava o carro ter se comparados aos V8 Ford Cosworth que vinha dominando a categoria desde 1968. O beberrão Flat 12 foi sendo aperfeiçoado durante o ano de 74, e segundo Lauda sua curva de Torque suave e sua incrível potencia, por volta de 500hp contra 470 dos Cosworth, eram os trunfos do carro.
Então Forghieri e sua equipe desenharam para 312T um cambio transversal, o que trazia toda massa mais para o centro do carro, com isso tornando mais fácil o acerto e tornando-o mais neutro nas curvas, podendo assim aproveitar todas características do motor. 
Lançado em 1974 o 312T venceu pela primeira vez com Clay Regazzoni o GP da Alemanha em Nurburgring  e logo depois na Holanda e Espanha com Lauda.
1975 trouxe a consagração do 312T tendo Lauda vencido cinco corridas do Campeonato, Mônaco onde a Ferrari não vencia desde 1955, Bélgica, Suécia, França e EUA e tendo Clay vencido na Itália em Monza dando a Niki Lauda o titulo Mundial.





Carlos Reutmann venceu no Rio de Janeiro com evolução da 312 a T2.
Gilles vence em Long Beach 1979 com a T4. 
Carlos Pace a frente de Lauda pouco antes do acidente em Nurburgring 1976.
Ferrari 312 B3 com Mario Andretti.




312 T 

MOTOR

Traseiro, longitudinal, V12 a 180º
Diâmetro 80mm , curso 49,6mm
Cilindrada unitária  249,31 cc
Cilindrada total  2991,80 cc 
Taxa de compressão  11,5:1
Potencia máxima 495 hp a 12.200 rpm 
Potencia especifica 165 hp/litro
Distribuição, comando de válvulas duplo com 4 válvulas por cilindro
Alimentação, injeção indireta LUCAS
Lubrificação,  cárter seco 
Fricção multidisco.

                                                     CHASSI

Monocoque com tubos de aço e painéis de alumínio

Suspensão dianteira: Indenpendente com quadrilateros transversais, molas helicoidais associadas aos amortecedores telescópicos on board e barra estabilizadora.


Suspensão traseira:Independente com braço superior e trapézio inferior e braço central. Molas com amortecedores helicoidais on board e barra estabilizadora.


Cambio: Transversal com 5 marchas e ré.


Direção: Pinhão e cremalheira.


Combustível: Reservatório de 200 litros.


Pneus;  Dianteiros    9,2 - 20 - 13
             Traseiros    16,2 - 26 - 13




Comprimento: 4,143mm 
Largura:          2,030mm  
Altura:             1,275mm
Peso:                575kg com agua e óleo