A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Conta Chico...

..........., amigo RUI, o PAULO SCALI me mandou esta pequena mensagem, sabe- se já o que irá acontecer com INTERLAGOS , ANEL EXTERNO , TRAÇADO ANTIGO ou vai virar praça de ROCK and ROOL.......!!!!!!!!!!!!??????????

Abraço Chico Lameirão

"Seu"Chico Landi e Paulo Scali

     Amigo Chico, Este é um rascunho faça uma avaliação.......depois concluo, o Automobilismo brasileiro precisa de um Padre.....separadamente.......faça observações , sugestões etc......
      Faz tempos que comentamos a respeito da possibilidade deste acontecimento, ou  seja Interlagos vem passando por um processo triste e desrespeitoso não de agora, mas lá de trás.
       No final da década de 1980 os dirigentes automobilísticos resolveram atender solicitações exigidas pela F 1 para retorno da F.Um à pista de Interlagos, abandonando o Autódromo do Rio de Janeiro, que não existe mais e com certeza não teremos outro...
         Não só aceitamos as exigências da F 1 como mexemos no traçado inviabilizando o  anel externo onde realizávamos o tradicional 500 quilômetros de Interlagos prova das mais tradicionais e velozes do nosso automobilismo....Tornando inviável o anel externo evitaria que outras possíveis categorias Internacionais, que usavam esse tipo traçado pudessem aqui correr....com isso endossado por dirigentes dos órgãos brasileiros e internacionais houve este acordo......Interlagos  nosso maior patrimônio esportivo foi cortado.....de 8 quilômetros para 4 quilômetros....sabemos que os grandes Autódromos do Mundo com traçados de 15, 20 quilômetros, sofreram adaptações para provas de F 1, mas o traçado antigo continuou.
Ao longo dos anos ganhamos nove campeonatos Mundiais, Interlagos é considerado um dos melhores Autódromos do Mundo, com retas, subidas, descidas, curvas de altas e baixas velocidades.
          Espero sucesso na administração do Prefeito Doria, sem dúvida um grande empreendedor, que consigamos continuar com o nosso “meio” Interlagos com uma gestão voltando ao passado, trazendo soluções que venham agradar os automobilistas, Interlagos para nós Automobilistas é o mesmo que Futebol para os apaixonados pelos vários Clubes fantásticos, que tem vários estádios e nós só temos um...Interlagos!
            Interlagos, novamente para os Automobilistas, Museu do Ypiranga, Museu Imperial de Petrópolis, Autódromo de Monza, Floresta da Tijuca, Maracanã, Masp, Pinacoteca Estado de S Paulo, Museu de Arte Sacra...

"Seu" Chico Landi em Petrópolis com Paulo e amigos.

            Não consigo entender, na década de 1930 precisávamos de um Autódromo exigiam três montadoras voltadas a utilitários, Ford 1919, Chevrolet 1925, Internacional 1926 com um exclusivo chassi caminhão e ônibus por lá trabalhou aos 19 anos Chico Landi, sem dúvida o maior Piloto de todos os Tempos, sem dúvida com todo respeito aos outros ...abriu as portas! No entretanto  o nosso órgão máximo em determinado momento negou credencial ao “seu” Chico para assistir a Prova F 1 no Rio de Janeiro....o Eugênio Andrade Martins sabendo, ligou para o Fangio, este imediatamente liga para Chico Landi e este agradece... Chico Landi nosso primeiro Piloto F 1.
       O maior contribuinte de impostos do Brasil são as montadoras de automóveis temos aproximadamente 30, a contribuição de Interlagos no início da nacionalização  pista de teste, qualidade de componentes é inegável, foi imprescindível para chegar onde chegamos....
 No entanto  mesmo com o passar dos anos e o crescimento produção, mais de 3 milhões de autos por ano, o automobilismo esportivo vem neste encolhimento.
          
Abraços do amigo Paulo Scali.

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Amigos, ultimamente tem me faltado tempo para postar, as ideias são muitas o tempo pouco, só do Chico tenho dois e-mails que ainda não postei, quando conversamos sempre digo que logo vou postar...mas este que hoje chegou não poderia deixar passar. 
Semana que vem temos uma audiência na Câmara Municipal de São Paulo para tratarmos do assunto autódromo, hoje entregue à uma administração desastrosa, irresponsável,  que visa apenas a F.Um deixando milhares de profissionais que vivem do automobilismo à míngua, enquanto  tratam à cada reforma de descaracterizar cada vez mais nosso templo, que aliás leva o nome de um dos nossos - José Carlos Pace - que eles insistem em ignorar, jogando no lixo uma historia tão bela.
Espero que desta reunião, na qual estarei com o Chico, saia enfim uma luz para o fim de todo este estado de descaso com o qual nosso automobilismo é tratado e enfim o Autódromo José Carlos Pace volte à ser o nosso autódromo.

Abração Chico e Paulo, abraços à todos.


Rui Amaral Jr  




quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Fangio, Chico...


Nas dezenas de fotos que recebi da Yara Vitalba do acervo de seu pai Ottorino, muitas preciosidades como esta quando Fangio à convite de seu amigo Chico Landi se prepara para entrar na Simca-Abarth de Jayme Silva da equipe Simca comandada por "seu" Chico...

 Fangio o Quintuple na Lancia-Ferrari de seu quarto titulo.
"Seu" Chico e a Ferrari 375 em Silverstone.
Jayme e Ciro Cayres em Interlagos.
 Jayme e Ubaldo Cezar Lolli.
 Jayme vencendo no Rio.
A maravilhosa criação da Abarth pelas mãos fantásticas de meu amigo Ricardo Bifulco.

Em homenagem aos meus amigos Walter que acertou parcialmente e Heitor Luciano Nogueira Filho que acertou até a calibragem dos pneus da Abarth aí vai uma foto em que seu avô Luiz Carlos Lara Campos está com "seu" Chico, Celso Lara Barberis, Eloy Gogliano e seu tio Junior.


Rui Amaral Jr 










terça-feira, 18 de agosto de 2015

Conta Borgmann...

CARRETERA x OPALA = onde irão se encontrar?
 José Cury Neto em Curitiba.
Opala D3 de Nelson Ely Filho.


Olá Rui, olá amigos,

O ano de 1968 marca, no sul, o fim do apogeu das carreteras no Sul.  Realizada a última corrida em pista de rua improvisada, os 500 km de Porto Alegre, no Circuito da Pedra Redonda, teve a vitória incontestável do BMW de Francisco Landi e Jan Balder. Em seguida será inaugurado o Autódromo de Tarumã, e a única carretera que ainda se mostrará competitiva será a do paulista Camilo Christófaro.

"Seu" Chico e Jan com o troféu da vitória dos 500 KM...à esquerda Vitório Andretta segundo colocado e direita Henrique Iwers terceiro.

A carretera do Catharino Andreatta, no Sul, tinha muitos admiradores.
A história da carretera vem de SP, nas mãos de José Gimenez Lopes, que importou motor e câmbio de Chevrolet Corvette para seu Chevrolet visando  a participação nas Mil Milhas Brasileiras em 1957. Mais tarde, quando passou às mãos de Camillo Christófaro, teve a carroceria rebaixada, freios a disco nas 4 rodas, e outros aperfeiçoamentos. Foi vendida depois ao paranaense José Cury Neto, que depois a vende ao gaúcho Catharino Andreatta.
Encerrada a fase das carreteras, o piloto Ruy Souza Filho adquire o carro e participa de vários km de arrancada.

 José Gimenez Lopez e o motor Corvette V8.
Gimenez Lopez nas Mil Milhas Brasileiras de 1958.
Nelson Ely Filho X Ruy Souza Filho em Lajeado 1978
Ruy Souza Filho arrancada em 2 de Agosto de 1969.
Ruy Souza Filho.
Pedro Victor e o Opala D3.

Eis que o piloto gaúcho Nelson Ely Filho adquire o Opala 4 portas que pertencia ao piloto de SP, Pedro Victor de Lamare, este passando aos GM de 2 portas.
Vale lembrar que os dois veículos mencionados são de épocas diferentes e nunca haviam competido juntos, mas...
Em 1978 o Opala e a carretera se encontram para medir forças em um KM de Arrancada, na cidade de Lajeado (RS). Dizem...dizem...que foi uma das poucas derrotas que a carretera sofreu. Será que foi nesta prova?
Hoje, restaurada, a carretera se encontra no Museu do Automobilismo Brasilweiro (Paulo Trevisan) em Passo Fundo(RS). Tive oportunidade de ver a carretera restaurada, maravilhosa...
A respeito de um comentário no seu blog, questionando o paradeiro da carretera "Brigite" que pertencia ao Catharino Andreatta: penso que a carretera #2 que mede forças com a #75 na foto abaixo, seria a famosa Brigite. Será? 

Um abraço


Luiz Borgmann

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Conta Chico...

"Seu" Chico o Landi entra no Landi-Bianco em Interlagos.

Chico além de ter participado de uma fase áurea de nosso automobilismo como um de seus principais protagonistas tem uma memoria incrível, campeão e colecionador de vitórias e como certo dia me  disse o grande Crispim -Miguel Crispim Ladeira -"foi uma pena o português não chegar à F.Um!". Foi mesmo e eu gostaria de contar à vocês cada palavra que trocamos em longos papos e certamente um dia o farei, hoje vou postar um e-mail que recebi ontem dele com fotos de nosso amigo Claudio Grossi, aos dois meu forte abraço!

Rui Amara Jr 


O excelente projeto competia de igual para igual com as Ferrari, Maserati e outros da Mecanica Continental que dispunham de potencia 3/4 vezes maior!

"...espero que estas fotos, me enviadas gentilmente por CLÁUDIO GROSSI cheguem a todos vocês , pois são importantes para se notar o quão o nosso automobilismo de competição REGREDIU em relação aos anos de 1963/4  ......Naquela época , influenciado pelo diplomata/ piloto MANOEL de  TEFFE , CHICO LANDI juntamente com TONY BIANCO , lançaram a categoria ((( não MONOMARCA)))) FORMULA JUNIOR . LANDI construiu 05 carros , quatro com motor 1000, um com motor DKW e três com motor RENAULT GORDINI e um quinto com motor ALFA ROMEO  este para correr nos 500 QUILÔMETROS de INTERLAGOS . Além dos LANDI tinha mais dois chassis sendo um feito pelo aviador/ piloto. JEAN  BEGERAOU e outro em que  ANISIO CAMPOS correu que não me lembro quem o construiu , com motor DKW. 
       Tecnicamente eram mais avançados do que qualquer FORMULA V que houve até o presente momento (((( não SUPER V ))))) e estavam no seu início de desenvolvimento, o que com o tempo esta formula poderia acompanhar já naquela época o que se fabricava na EUROPA e até quem sabe ultrapassa- los , como aconteceu na FORMULA SUPER V com os autos POLAR de RICARDO ACHCAR que conseguiu BATER os carros da ASTRO-  KAIMAN que detinham  07 CAMPEONATOS EUROPEUS ganhos........
         Infelizmente, após o acidente de CELSO LARA BARBERIS em uma disputa de """ roda a roda""" com um concorrente , portanto , nada a ver com o carro em si , que resultou em fatalidade, não se deu continuidade a esta categoria que a meu ver tinha tudo para dar certo para a FORMAÇÃO de PILOTOS de que tanto estamos  necessitando, pois usava pneus RADIAIS STREET finos, e sem apêndices aerodinâmicos algum.

               Poderíamos ter ganho muitos anos em nosso desenvolvimento de um PARQUE INDUSTRIAL BRASILEIRO e na parte ESPORTIVA da mesma forma. 

Abraço Chico Lameirão"



 A Radiadores Bongotti da família de meu amigo Milton Bonani sempre apoiando nosso automobilismo.
Ludovino Perez no grid em Interlagos larga no Landi-Bianco, foi neste mesmo carro que Chico Lameirão correu os 500 KM de Interlagos de 1963 com o grande Luiz Pereira Bueno, nas palavras do Chico e que eu endosso "O MESTRE", o carro quebrou logo após a largada.
Largada dos 500 KM de Interlagos de 1963, os pequenos Landi-Bianco lado à lado com os Mecânica Continental!

Fotos do acervo de Fabio Farias, Claudio Grossi e Ludovino Perez.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Porsche 550-1500 RS Spyder “Carrera Panamericana”


Volto ao assunto do Porsche 550 RS Spyder depois de alguns papos com amigos mais velhos que o conheceram de perto e parte de sua história. Volto sem empáfia ou soberba pois queiram ou não sou uma modestíssima parte desta história e afinal os “dotes” acima não fazem parte de meu ser já que desde que me propus a escrever tomo cada um de vocês como amigos e escrevo apenas para dividir o pouco que sei.
Hans Stuck Von Villiez foi um piloto famoso que pilotou para grandes marcas na Europa e por volta de 1954/55 aportou em terras brasileiras onde já havia corrido e obviamente como uma locomotiva da sociedade havia deixado amigos.  
Stuck trouxe ao Brasil em sua longa estada alguns grandes carros e entre eles um Porsche 550 que utilizou na Alemanha em provas de subida da montanha(adiante dou uma dica deste fato).
Não tenho a mínima idéia do que fez com o Porsche aqui, sei apenas que por volta de 1956/57 este carro aparece nas mãos de grandes pilotos brasileiros alguns como Chico Landi adversário dele na Europa e aqui.

Largada em Interlagos o própio Hans von Stuck com o que trouxe ao Brasil...
 derrepente aparece o 550RS Spyder para derrotar nas mãos de Christian alguns bichos papões de nossas pistas!
"Prova Prefeito Ademar de Barros" realizada em 30/11/1958. 
Os participantes são: 
82 - José Gimenez Lopes - Ferrari 250 TR (4ºlugar)
36 - Jean Louis Lacerda - Ferrari 750 Monza (2ºlugar)
46 - Celso Lara Barberis - Ferrari 250 TR (5º/Abandonou)
12 - Álvaro Varanda - Ferrari 250S (3ºlugar)
Na segunda fila 
9 - Christian Heins - Porsche 550RS (1ºlugar)
Bandeirada para Christian.
Chico Landi e o 550
Depoimento de Fernando Chaves "Rui, o Porsche 550 Spyder foi trazido pelo alemão Hans von Stuck, primeiro para o Circuito da Gávea e, depois para a corrida comemorativa do IV Centenário de São Paulo, ambas as provas realizadas em janeiro de 1954, conforme descreve o Bird Clemente em seu livro Entre Ases e Reis (pag.23). Bird ainda nos informa que esse carro foi adquirido pelo Ricardo Fasanello e que após um acidente de rua foi vendido ao Christian Heins. Ainda, de acordo com o Bird o carro foi enviando para Alemanha e voltou com um novo motor de quatro comandos. O Ciro Caires correu com esse carro em parceria com Christian nos Mil Km de Buenos Aires em 1957. Quando o Bino foi para Europa ele vendeu o carro para o Fritz D’Orey, conforme ele mesmo conta em entrevista para o Lito Cavalcanti. O Fritz fez cinco corridas com esse Porsche, quatro em Interlagos e uma no Rio no Circuito da Boa Vista. Em 1959 ele também vai para a Europa e o carro fica com o José Gimenes Lopes da Escuderia Tubularte. Nesse mesmo ano o Celso Lara Barberis corre com Porsche em Poços de Caldas MG e em 1960 em Piracicaba. Chico Landi também participou de três provas com esse carro. Em 1961 o seu irmão Paulo Amaral comprou o carro do Gimenes e correu com ele os 500 km de Interlagos, como está amplamente relatado em seu Blog. Esse carro voltou a pertencer ao Chico Landi e posteriormente ao Marivaldo que vendeu o chassi para os irmãos Fittipaldi que a partir dele construíram o Fitti-Porsche. Espero ter contribuído um pouquinho, com a história desse “lendário” carro que andou por nossas terras. Um grande abraço."

Sei que “seu” Chico venceu com este carro uma prova de subida da montanha na Serra Velha de Santos e me parece que depois o carro foi vendido à Christian Heins...até então o Porsche era um 550 provavelmente 1952/53 com motor derivado do VW, Christian leva o carro para Porsche na Alemanha e o 550 volta um 550 RS 1500 Spyder totalmente diferente de carroceria e com o motor 1.500cc de duplo comando que tanto sucesso fez na América e Europa.
O que ouvi e o pouco que me lembro o 550 RS 1500 Spyder foi pilotado no Brasil e venceu com grandes pilotos como “seu” Chico, Christian Heins, Ciro Cayres, Celso Lara Barberis, José Gimenez Lopez e acredito que até Jean Loius Lacerda Soares.

José Gimenez Lopes e Jean Louis Lacerda Soares no Porsche que venderia ao meu irmão Paulo

 A carreta que transporta o Porsche era de Celso Lara Barberis

Os 500 KM de Interlagos 1961

Abaixo em Amaral em Revista

Talvez a primeira volta da corrida, Paulo largou...

Revista Quatro Rodas






1961 meu irmão Paulo e seus amigos Luciano Mioso e Victor Simonsen (Victor era então namorado de minha irmã Cida) compram o carro de Gimenez Lopez para correrem os 500 KM de Interlagos daquele ano, por problemas outros Victor não correu e Luciano e Paulo levaram o carro ao 5º lugar e primeiro da categoria até 2.500cc. Nunca mais correram com este carro ou outro, não eram pilotos e sim entusiastas e o 550 RS Spyder ficou na garagem de nossa casa por um longo tempo e junto com meus amigos sentávamos ao volante fingindo pilotar em Interlagos, Le Mans, Spa até chegar um adulto e sermos expulsos dele! 
Já escrevi sobre, foi o primeiro carro de corridas em que andei, tinha então 8 anos e meu irmão me levou à algumas voltas pelo Anel Externo de Interlagos...desde a primeira vez que entrei em um Box o cheiro da gasolina, óleo, pneus entrou pelas minhas narinas e se alojou em meu ser, o vento que bateu em meu rosto naquelas poucas voltas ainda hoje agita meus cabelos e essa paixão perdura até hoje...fez parte de cada vez que entrei em uma oficina, nas horas e horas em que passei vendo meus mecânicos mexendo em meus carros, nas inúmeras horas em que numa pista lutava para acertar um chassi ou motor e nas inúmeras largadas e bandeiradas...e ainda hoje agita meus cabelos cada vez que piso em uma pista!
Pois bem, aquele carro prateado com os bancos vermelhos escuro ficou em minha casa por um bom tempo depois dos 500 KM, os troféus no quarto de meu irmão, o capacete com aquela viseira eu afanava de vez em quando para descer feito louco aquelas belas ladeiras do Pacaembu em meu super carrinho de rolimã.
Da corrida meu irmão falecido no ano que passou já contou aqui alguma coisa, algumas coisas que ficaram para trás lembro agora, como no dia em que ele me contou que ao se preparar para largada chega Christian Heins e diz à ele que com aquela garoa venceria facilmente a corrida. Outra coisa que me chamou atenção foi o Paulo contar que o cambio apesar de ser o tradicional 4 marchas e H possuía uma marcha que ele chamava “primina”, situada ao lado da primeira precisava que a alavanca de cambio fosse levantada para engatar e eles nunca usaram essa marcha pois era muito curta! 
Depois do tempo em que ficou em nossa garagem o carro foi vendido ou trocado por um dos carros de rua de meu irmão, ele nunca lembrou para quem foi...
Não pesquisei o suficiente  para saber quem mais pilotou o carro depois dos 500 KM de 1961...




...quase ao final do ano de 1967 aparece a noticia que os irmãos Fittipaldi estavam fazendo um protótipo com motor Porsche e este protótipo nada mais era que o Porsche 550RS com um motor Porsche 2 litros que equipava um dos KG-Porsche da Dacon. Pelo que me contaram do carro usaram o chassi, suspensões, freios e cambio, fazendo uma bela carroceria usando rodas bem mais largas, carro rapidíssimo e que com a ida dos irmãos para Europa foi vendido ao piloto brasiliense Antonio Martins e pouco se sabe sobre o seu paradeiro atual.
Cerca de seis meses atrás fiquei sabendo pelo então dono do motor original que havia vendido um pouco antes.

Final do ano passado, após a morte de meu irmão minha sobrinha Viviane Amaral me entrega um dos troféus que ele recebeu nos 500 KM, lembro que eram dois, este pela vitória na categoria e outro pela colocação na geral que cada um dos pilotos recebeu. Hoje ele repousa muito bem guardado em minha casa.   

É um pouco do que sei e me foi transmitido por meu irmão e alguns amigos..

Rui Amaral Jr


A réplica de meu amigo Juan!


Porsche 550-1500 RS Spyder “Carrera Panamericana”1954-1955

Motor: refrigerado a ar quatro cilindros flat
Válvulas: duas por cilindro acionadas por dois comandos por cabeçote. 
Cilindrada: 1,498 ccm
Diâmetro e curso: 85 x 66 mm
Potencia máxima: 117 bhp (86 kW) at 7,800 rpm
Torque: 129 Nm (95 ftlb.) à 5,300 rpm
Alimentação: dois carburadores Solex 40 PJJ duplos
Transmissão: cambio 4 marchas + ré, diferencial autoblocante ZF 
Freios: Hidráulicos à tambor
Velocidade máxima: 220 km/h (137 mph)
Peso: 550 kg
Pneus; dianteiros 5.00-16 traseiros 5.50-16
Entre eixos: 2100 mm
Comprimento:3.600mm
Largura:1.550mm
Altura:1.015mm 


Meu muito obrigado ao grande Bird, Milton Bonani e Fernando pelas fotos e pelo carinho!