A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Seis Horas de Curitiba por Ari Moro

Assim Ari Moro contou as Seis Horas de Curitiba ,



A carretera 27 de Altair Barranco/José Grocoski .

Carretera Gordini Equipe Willys .

Carretera Gordini e um Ford .


A freada do fim da reta , briga entre Simca e DKW .


Carretera 12 de Bruno Castilho .

"Se eu tivesse que escolher, preferiria quebrar o carro, mas, sentir o gosto de estar liderando uma prova, do que leva-lo até o final da competição, sem quebrar, mas, terminar a corrida sem ter ponteado um instante sequer." Esta, uma declaração de Altair Barranco, talvez o mais popular, o mais comentado de todos os pilotos de carreteira do Paraná, apesar de ter iniciado sua carreira numa época em que as competições automobilísticas começavam a experimentar uma nova fase, com a entrada em cena dos carros de fabricação nacional e o declínio do uso dos "carros adaptados", as famosas carreteiras.

AS SEIS HORAS DE CURITIBA
Em 1963, o jornal Gazeta do Povo promoveu a primeira das três emocionantes provas automobilísticas de rua, denominadas Seis Horas de Curitiba, reunindo pilotos locais e de outros Estados, sobretudo de São Paulo, de onde vieram nomes famosos como Bird Clemente e
Wilson Fittipaldi, pilotando os Gordini e as Berlinetas Interlagos da equipe Willys. Daqui, além de Barranco, correram pilotos de peso como Bruno Castilho, Adir Moss, Osvaldo Curi (uma das carreteiras mais bonitas já feitas), Johir Parolim:
Cidalgo Chinasso, Orlando Hauer, Conrado Bonn Filho (Dinho), entre outros, além do famoso Angelo Cunha, da cidade paranaense de Laranjeiras do Sul (dono da primeira carreteira a usar aros tipo tala-larga na traseira).
A largada, no final da tarde, foi na avenida Presidente Kennedy, sentido bairro-centro, seguindo depois pela rua Mal. Floriano Peixoto, virando na avenida Presidente Getúlio Vargas, descendo a rua Brigadeiro Franco - na praça do Clube Atlético Paranaense, contornando esta praça e dali em frente por outras ruas até chegar na avenida Presidente Kennedy novamente. ;
Conta Barranco que, pouco antes da largada, teve um desentendimento com Adir Moss. O caso sofreu a interferência do dirigente de entidade automobilística Anfrísio Siqueira, o qual chamou os dois pilotos e disse-Ihes que só largariam se um apertasse a mão do outro e fizessem as pazes. E assim• aconteceu.
Já na terceira volta Barranco liderava a corrida. Na esquina da Kennedy com a Mal. Floriano existiam umas tartarugas no meio da rua. Na primeira volta, Barranco passou por fora; na segunda, passou por dentro; e, na terceira, bateu com as rodas nas tartarugas, tendo que trocar uma delas depois. "Mesmo assim - relata - quando cheguei no final da reta da Mal. Floriano, na terceira volta, olhei para trás e não vi ninguém, nem o Gordini equipado com o motor R-8 francês dos paulistas. "
Mais tarde, Barranco entregou o volante ao piloto José Grocoski, seu companheiro de equipe. Grocoski, por sua vez, também na Mal. Floriano, pegou o meio fio e entortou uma roda da carreteira. O conserto do estrago custou à dupla um atraso de cinco voltas em relação "ao primeiro colocado. Na sequência, Altair pegou o volante de novo e, ainda na esquina da Mal. Floriano com a Presidente Getúlio Vargas, perdeu uma roda traseira, cujo aro foi cortado por dentro, ficando só o seu miolo. "Várias pessoas correram até meu carro e ergueram-no - conta ele - enquanto eu trocava a roda. Mas, eu só dispunha de roda tamanho menor, que era usada na frente, correndo o risco de quebrar o diferencial. Assim, tive que dirigir a carreteira até o meu box, na Kennedy, a fim de trocar a roda novamente, por uma maior. "
Apesar de todos esses percalços, Barranco conseguiu tocar seu carro até o final da competição e coloca-Io em quarto lugar. A sua carreteira na oportunidade era um Ford cupê 1940 - nO 27, com motor Mercury e equipamento importado, três carburadores, dando-lhe 300 cavalos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

MIL MILHAS BRASILEIRAS - 1967


Largada Le Mans , Mark I , Fitti Porsche , Carretera 18 ,Mark I , Alfa GTA , KG Porsche e Alfa Giulia .

Foi uma corrida atípica, vieram os portugueses, a nata dos pilotos brasileiros estava inscrita, sendo que alguns deles poucos anos depois estariam brilhando na F.Um , era a ultima corrida antes da reforma do autódromo, que como disse Victório Azzalim, vencedor com Justino de Maio da edição anterior, tinha muitos buracos, os box sairiam do "Café" e iriam para o lugar atual .

O Mark I vencedor da dupla Luiz Pereira Bueno /Luiz Fernando Terra Smith , andando de lado .
O Mark I de Bird/Marivaldo Fernandes 2º colocado .
O Fitti-Porsche de Emerson e Wilsinho Fittipaldi .
O Porsche 911/S dos portugueses Nogueira Pinto/Andrade Villar 3º colocado .

Seria o fim da época das carreteras? 
Camilo/Celidonio estavam largando na entre os primeiros, na sua frente a modernidade, um Mark I e o Fitti-Porsche. Muitas Alfas, duas Lotus Europa, um Ford Cortina, alguns Simcas, inclusive um com meu amigo Fredy O`Hara e outras carreteras inclusive a pilotada pelo trio Nelson Marcilio/Zé Peixinho/Donato Malzoni .
As carreteras andaram bem de inicio, mas a modernidade vinha rápido, não conseguiram manter o ritmo dos carros mais modernos, o Fitti-Porsche nos treinos havia nas mãos de Emerson fulminado em 6s o recorde anterior da pista que era de Ciro Cayres, cravando o tempo de 3.31 8/10. Os Mark I fizeram a corrida inteira com um único jogo de pneus .
Donato Malzoni me contou que sua carretera era rápida, só que seus amortecedores não duravam nem uma volta, quebrando sempre já na entrada da curva "Três", ele foi cronometrado no Retão a 236 km/h. Na corrida uma ponta de eixo quebrou no "Retão", e lá mesmo foi trocada por sua equipe . Apesar disso eles chegaram num bom 7º lugar .
No final ganhou a modernidade, a garra de Greco, a tocada de quatro grandes pilotos Luizinho/Terra Smith, Bird/Marivaldo, sendo que o Porsche 911/S nem com os vinte minutos que o carro 22 de Bird/Marivaldo ficou nos box conseguiram alcança-lo, terminando na mesma volta, só que sete voltas atrás do vencedor .

quinta-feira, 14 de maio de 2009

MAGIA PURA


Ricardo , Crispim e eu.


Ontem à noite 13/5 aconteceu na F E I uma palestra do grande Bird Clemente, da qual escreverei e mostrarei as fotos na postagem posterior, tudo coordenado por meu amigo Ricardo Bock, professor na FEI de engenharia automotiva, e um apaixonado por automobilismo, juntos corremos e fizemos alguns carros. Foi muito bonito, encontrei lá D. Isabel, Rafael e Vera Bock, mãe filho e esposa de meu amigo, a noite já estava propensa a grandes emoções. Bird quando falou do Camilo conteve um soluço, e sua voz titubeou, eu olhava o Ricardo e ele estava visivelmente emocionado. Acabada a palestra eles desceram do podium, ops.. desculpe palco e fui abraçar o Ricardo, já que eu tinha chegado um pouco atrasado, nisto chega ninguém menos que Miguel Crispim Ladeira, nos abraçamos e quando ele foi abraçar o Ricardo viu em sua lapela um botton da DKW, mas não disse nada, percebendo o olhar o Ricardo tira o botton da lapela e dando para o Crispim fala " é seu, você merece", já com os olhos lacrimejantes, na hora o Crispim fala " põe na minha lapela", e o Ricardo sem condições me entrega o botton e diz "coloca você Rui", eu já estava emocionado, coloquei o botton com as mãos tremendo, e as lágrimas já escorrendo pelo rosto, ai passou um aluno do Ricardo e tirou esta foto. Foi um momento mágico, o Crispim com toda sua modéstia tentou falar alguma coisa, mais a emoção era muita. É Crispim você merece muito mais, você que com suas mãos mágicas e sua inteligência astuta ajudou a construir muitos dos campeões que ali estavam. Sei que você vai me ligar, mandar e-mail, sempre com sua grande modéstia , explicando que não fez sozinho e coisa e tal, mas sei também, agora falando por mim e tomando a liberdade de falar por meu amigo Ricardo, que você merece todas as homenagens deste mundo.