Estamos nos referindo ao fenômeno das pistas de corrida João Campos, gaúcho da cidade de Farroupilha/RS que, como tantos outros pilotos, em 1980, aos 25 anos de idade preparou um Chevrolet Opala, colocou as ferramentas necessárias no porta-malas do veículo, além de sonhos e esperança na mente e foi, por estrada de chão à Porto Alegre/RS, disputar sua primeira prova ao lado de outros 25 pilotos, no Autódromo de Tarumã, obtendo então o destacado terceiro lugar.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Haroldo Vaz Lobo por Ari Moro II
terça-feira, 27 de setembro de 2011
A volta do piloto pentacampeão João Campos
Estamos nos referindo ao fenômeno das pistas de corrida João Campos, gaúcho da cidade de Farroupilha/RS que, como tantos outros pilotos, em 1980, aos 25 anos de idade preparou um Chevrolet Opala, colocou as ferramentas necessárias no porta-malas do veículo, além de sonhos e esperança na mente e foi, por estrada de chão à Porto Alegre/RS, disputar sua primeira prova ao lado de outros 25 pilotos, no Autódromo de Tarumã, obtendo então o destacado terceiro lugar.
http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/557057/?noticia=A+VOLTA+DO+PILOTO+PENTACAMPEAO+JOAO+CAMPOS
Dia 08/09/2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Paulo Buso
Na semana passada minha amiga Graziela mostrou aqui um texto do Ari Moro noticiando o falecimento de Celestino Jacó Buso o Panseca. Abaixo um post de 28 de Julho de 2009 onde o Ari conta um pouco da história da família Buso mostrando Paulo um dos irmãos.
Aos meus amigos Ari Moro e Nelson Marques da Rocha, testemunhas dessa época maravilhosa meu muito obrigado, carinho e amizade. Com eles a Graziela e eu podemos conhecer e mostrar a todos muito sobre esses grandes pilotos que escreveram páginas tão belas de nosso automobilismo.
Rui Amaral Jr
CHEIRO DE CANO DE ESCAPE
Recebi do jornalista Ari Moro alguns exemplares do jornal " CHEIRO DE CANO DE ESCAPE " excelente , lá ele escreve sobre diversos assuntos , antigomodelismo , aeromodelismo ,motociclismo , enfim um jornal completo onde ele mostrava toda sua competência .sexta-feira, 8 de julho de 2011
Panseca, o último dos Buso faleceu aos 81 anos
O primeiro deles a falecer foi João Augusto Buso, o mais velho. Depois, em 2002, Paulo José Buso deixou este mundo. Agora, lamentavelmente, registramos o falecimento - dia 13 de junho, aos 81 anos de idade - de Celestino Jacó Buso que, na década de 1950, era conhecido nas corridas de carros pelo apelido de Panseca.
Todos eles tiveram carreteira, sempre Ford e sempre motor V8. O mais destacado de todos foi Paulo, vencedor de inúmeras provas em circuitos de rua e em estradas, entre as quais a Prova Centenário do Paraná, em 1953, com sua carreteira Ford 1939 e motor de Mercury 1951.
Celestino, brincalhão, há cerca de 1 ano dizia: "Também pudera, o que tinha de equipamento melhor sempre ia para a carreteira do Gordo (Paulo). O que sobrava, estava usado ou estragado, ia para a minha."
Com efeito, na véspera de uma corrida Curitiba-Ponta Grossa/PR, por estrada de chão, Panseca teve que "emprestar" o distribuidor especial do seu carro para Paulo colocar na sua carreteira, que estava melhor preparada.
Com isso, Panseca teve de usar o distribuidor ruim da carreteira de Paulo e o motor do seu carro pifou o tempo todo. Noutra corrida, vencida por Haroldo Vaz Lobo com um Morgan (Turismo), capotou seu carro numa curva do final da rua Mal. Floriano Peixoto.
Panseca pilotava a carreteira número 54, Ford 1937, motor 59AB com cabeçotes de alumínio, coletor de dois carburadores (que pegou do Paulo) e câmbio de Lincoln.
Retirou-se mais cedo das corridas - 1956 - para estudar e prestar vestibular ao curso de medicina. Sua carreteira, trocou-a com o amigo de colégio Clodoaldo Moreira, por uma espingarda, terreno e o resto em dinheiro.
Fecha-se mais uma página da história do tempo das carreteiras, abafando o ronco de um motor V8 pelas ruas da cidade, de um sorridente e agitado Panseca que deixou importante contribuição ao desenvolvimento do automobilismo de competição. Na foto, Panseca no circuito do Passeio Público.
http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/540881/?noticia=PANSECA+O+ULTIMO+DOS+BUSO+FALECEU+AOS+81+ANOS
30/06/2011 às 00:00:00 - Atualizado em 29/06/2011 às 22:37:11
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Mais uma história do antigomobilismo paranaense
E as páginas amareladas da história das carreteiras foram se abrindo como que por encanto...
Imaginem os leitores o que significava, na década de 50, um jovem de apenas 22 anos de idade, recém chegado da Itália, onde esteve na II Guerra como piloto da Força Aérea Brasileira, se dispor a ir aos Estados Unidos sózinho, sem falar a língua inglesa, a fim de comprar equipamentos Edelbrok para envenenar os motores Ford V8.
Foi isso que Adir fez, após frequentar a oficina mecânica do já piloto de carreteira Sãojoséense Germano Schlögl, que convidou-o a atuar como co-piloto numa prova da Festa da Uva, em Caxias do Sul/RS, a bordo de carreteira com motor Ford 8BA V8, conquistando o segundo lugar, atrás do gaúcho Catarino Andreatta.
Foi então que Germano queixou-se da falta de melhor equipamento para seu carro, a fim de competir em igualdade com os pilotos mais famosos do país e participar das Mil Milhas Brasileiras.
Mas como? Quem poderia ir aos Estados Unidos? Adir Moss tomou a iniciativa, muniu-se dos recursos, pegou um Constellation da Real e desembarcou em Los Angeles /EUA.
Jovem, angariou a simpatia das aeromoças da Real, que falavam inglês e com elas foi a uma loja especializada, na qual comprou cabeçotes de alumínio, molas especiais para válvulas, distribuidor especial, coletor de admissão para três carburadores e o mais necessário.
Na saída da loja, o vendedor lembrou que faltavam ainda as varetas para acionar o carburadores em conjunto. De posse do material, Germano, que era bom preparador, deixou o 8BA tinindo e convidou Adir para disputarem as Mil Milhas, em Interlagos/SP.
Obviamente, Adir topou, pois, significava a glória para qualquer piloto. "Numa largada tipo Le Mans (carro de um lado da pista e piloto do outro) - recorda Adir - arrancamos em oitavo lugar a meia-noite e lá pelas 8,00 horas, já com sol, Germano entregou-me o volante do carro que estava perfeito. Mas, a pista estava lisa e numa curva a carreteira derrapou indo com o radiador contra um barranco. Foi o fim da corrida para nós." E mais essa página da história de pilotos e carreteiras paranaenses foi virada, deixando lembranças...
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Ex-pilotos de carreteira agitam na RMC
Vai longe o tempo em que São José era um grande fabricante de barricas de madeira, destinadas ao acondicionamento de erva-mate, que eram transportadas a Curitiba por carroções.
Por falar em indústria automotiva, não pode ser esquecido que São José, sobretudo na década de 1950, foi voz bastante ativa no cenário do automobilismo de competição brasileiro, pois, além de frequentes e célebres corridas de carreteiras realizadas no circuito então existente no local, forneceu ao país pilotos de renome como Germano Schlögl, conhecido como “Alemãozinho” e que, segundo seus contemporâneos, sabia como ninguém dominar um carro em alta velocidade numa curva.
E isto não está esquecido, pois, o Museu Atilio Rocco, da Secretaria da Cultura da Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, além de manter há anos exposição permanente de objetos e fatos ligados à história de Germano como mecânico e piloto de carreteira, acaba de realizar no calçadão da rua XV de Novembro, em frente ao estabelecimento, encontro de ex-pilotos de carros de corrida, de veículos antigos, de entusiastas do automobilismo, com painéis de fotos e jornais da época das carreteiras, música de época, projeção de filme, num evento que chamou a atenção de todo o público passante e que, por um dia, resgatou, reviveu a história perdida no tempo.
Como num passe de mágica, eis que repentinamente ali surgiram, ao vivo, pilotos famosos como Adir Moss, Waldemiro Lopes da Silva (“Galalau”), Altair Barranco, Agostinho Tozo, além de parentes e amigos de pilotos falecidos, todos confraternizando, recordando velhas histórias e se admirando.
Por um dia, todos felizes remoçaram. Esse é um dos efeitos positivos de uma promoção dessas, que acertadamente a municipalidade decidiu concretizar pelas mãos da Diretora do Museu Atilio Rocco – Zelinda Fialla. Ressaltemos que, nas suas carreteiras, os pilotos ajudaram a divulgar no país o nome do município. Isso é cultura!
Por Ari Moro
Publicado primeiramente no jornal Paraná On line
http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/533134/?noticia=EX+PILOTOS+DE+CARRETEIRA+AGITAM+NA+RMC
26/05/2011 às 00:00:00 - Atualizado em 26/05/2011 às 03:13:57
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Experiência prova que ovo não serve só para omelete!
Pois é, em junho de 2010 anunciamos que o curitibano Orlando Dal´Lago, portador de Carteira de Habilitação expedida em 16 de agosto de 1945 e já na casa dos 83 anos de idade, seria não só o motorista mais idoso mais também o mais experiente em mecânica de automóveis da marca Ford a participar, com o seu Galaxie 1961, modelo Victória, duas portas, motor V-8, câmbio mecânico de 3 marchas, da viagem/passeio organizada pelo Veteran Car Clube do Paraná a Punta Del Leste e Montevidéo, no Uruguai, o que foi concretizado no mês de setembro daquele ano.
Não estávamos errados sobre a sua idade e tampouco sobre a sua experiência em mecânica automobilística. Antes de partir, junto de outros 20 carros e cerca de 40 antigomobilistas, Orlando mandou verificar a geometria das rodas frontais do seu "Gala", colocou jogo de pneus e radiador novos.
Antes não tivesse feito isto, pois, tais providências só acarretaram problemas. O serviço de geometria das rodas não foi bem feito, de tal forma que os pneus dianteiros do carro, novos, sofreram desgaste prematuro durante a viagem, chegando ao extremo de fazer com que Orlando tivesse que troca-los por outros, novos também, o que o deixou bastante aborrecido. Se não bastasse isso, o radiador novo vazou.
Mas, foi aí que entrou a experiência adquirida por Orlando ao longo de anos ao volante de carros, camionetas e caminhões em viagens sob condições adversas e em oficinas mecânicas, quando, na falta de recursos, ele mesmo tinha que solucionar os problemas que surgiam.Obviamente, em contato com a água fervente, a clara e a gema circularam pelo interior do radiador, sofreram cozimento e obstruíram o furo da colméia, solucionando o problema.Ao invés de retirar a peça do carro (o que implica numa trabalheira), providenciar uma solda, perder tempo, tomar outra atitude ou ficar nervoso, Orlando simplesmente adquiriu 2 ovos de galinha, não para fazer uma omelete mas, para colocar a clara e a gema dos mesmos dentro do radiador.
Trata-se de um macete quebra-galho que certamente causou surpresa outros antigomobilistas. E a viagem de 6 dias e 3.300 quilometros prosseguiu normalmente.
Não é a toa que Orlando, na década de 1950, ajudava seu irmão, o piloto Edmundo Dal´Lago (Mundito), a preparar a carreteira deste para as corridas. Nas fotos, Orlando Dal´Lago com seu "Gala" em plena viagem e ao lado de dedos gigantes, em Punta Del Leste
quarta-feira, 30 de março de 2011
MIL MILHAS BRASILEIRAS 1956 - A QUASE VITÓRIA DE UM FUSQUINHA - II
1) A performance apresentada pelo fusquinha número 18 nessa dura prova , constituiu-sa no maior feito esportivo mundial de um veiculo VW até aquela data e , muito em especial em toda a América Latina !
3) A potência do motor 1500cc - Porsche 1.5 - bloco original VW de duas partes, de acordo com o regulamento conhecido - veículo e bloco do motor da mesma marca - fornecia uma potência de 74CV-Din, número esse idêntico a qualquer motor de série dos atuais 1000cc de produção nacional. Nunca, entretanto, esquecendo que disputávamos a prova contra as decantadas carreteiras do Rio Grande do Sul, equipadas com motores de 5000/6000cc!
4) Ao carro em pauta não foram introduzidas modificações básicas importantíssimas em competições, tais como: rodas - aro, pneu e medidas, sendo os aros utilizados em 15x4.5" e pneus 5.60x15" de construção diagonal ¬Spalla di Sicurezza. Enfim, pior que isso não seria possível!
5) Deve ser dada uma nota muito especial ao sistema de refrigeração do óleo lubricicanate do motor, que por sinal sempre constituira-se
na maior dificuldade dos motores refrigerados a ar em competições. Foi adotado no caso o sistema de carter seco, incorporando um radiador dianteiro. Para tal, foi elaborado um capô especial em fiberglass com bocal apropriado, de autoria do engenheiro João Amaral Gurgel, sendo essa a primeira peça produzida por ele na área automotriz!
6) Durante boa parte da prova o VW-18 ocupou a primeira posição, infelizmente perdeu-se a ponta pela simples quebra de um cabo de acelerador; porém ainda. chegou-se em segundo lugar na final!"
CHICOLANDI
Mais adiante, em sua resposta, Lettry comenta: "Fato curioso: alguns dias antes da prova, um bom amigo e eu achavamo-nos no apartamento da família Fittipaldi, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, para um daqueles "papos intermináveis" com o velho Barão, ainda com cabelos negros, quando repentinamente aparece por lá para o mesmo fim, o mais destacável piloto nacional até aqueles idos dias. Chico Landi! Naqueles tempos as palavras do famosíssimo "Chico Miséria" em matéria de mecânica esportiva faziam realmente tremer as paredes. Referindo-se a nós e ao pequeno veículo em baila, com aquela voz surda e bem característica sua, ele declara assintosamente: "no meio da corrida já vou começar a cortar a barba, pois já estará comprida prá burro!"
Pois bem: no meio da prova, quando já ocupávamos a liderança, o famoso personagem aparece em nosso box para dar uma daquelas típicas "abelhadas,,'na casa dos outros. Diante dessa extrema curiosidade, perguntamos então a ele: "como é seu Chico, já começou a cortar a barba?" Meio aos murmúrios e palavrões, •Iá se foi ele que era o grande piloto brasileiro de todos os tempos anteriores, como uma fera ferida em seu pleno orgulho! Simplesmente mais um fato cômico de nosso conturbado automobilismo. Só isso!".
sábado, 12 de março de 2011
Piloto Paulo Buso fez história entre as carreteiras
A marcha inexorável do tempo acaba de trazer à tona mais uma vez a figura de Paulo Buso e com ela a lembrança deste que foi um dos mais destacados pilotos de carreteira paranaenses na década de 1950, falecido a 25 de fevereiro de 2002.
Entre outras, ele venceu por três vezes a prova Curitiba/Ponta Grossa, promovida pelo jornal Paraná Esportivo. Aproveitando a ocasião remexemos o velho baú que encerra as histórias das corridas de carreteiras em Curitiba e lá encontramos relato de Celestino Buso, irmão de Paulo e piloto de carreteira também, envolvendo os dois e ainda o então estudante de engenharia Marcos Corção, cujas teorias sobre engenharia mecânica eram aplicadas nos carros de competição.
O motor rateava muito" - segundo Celestino. O problema foi deixando todos nervosos e lá pelas tantas Paulo, desesperado, baixou violentamente o capô do motor do carro, dizendo que não aguentava mais, não participaria da prova e foi embora para sua casa, na avenida Guaíra, hoje Kennedy. Celestino e Corção reestudaram a situação e acharam que o problema era causado pela precária alimentação do motor.
Munidos de agulhas apropriadas, foram abrindo os buracos dos giclês, até que o motor "arredondou". Isto, pelas 4,00 horas da manhã do dia da prova. Foram então testar a máquina na "pista" da Mal. Floriano, Celestino de carreteira e Corção de motocicleta. O motor chegou a 5.000 giros sem ratear.
Satisfeito, Celestino levou a carreteira à casa de Paulo, ali perto, que tinha ouvido o ronco firme do motor, na madrugada. Lá chegando, encontrou, no portão da casa, numa noite de frio, Paulo e sua esposa Othalia, vestidos com roupa de dormir. Sem graça, Paulo observou: "... é, agora está bom, né?
Celestino, por sua vez, irritado com o sacrifício que fez, falou: "Gordo (apelido de Paulo), se você não ganhar essa corrida nós vamos conversar...". Paulo Buso não só correu mas, venceu, ganhando prêmio em dinheiro, troféu e diploma entregue pelo então Governador Bento Munhoz da Rocha Neto.
Numa foto de hoje, Paulo e seu primeiro carro de corrida, em Curitiba. Na outra, com sua carreteira logo atrás do carro 86 de Perereca, indo à Interlagos, em São Paulo/SP.
Por Ari Moro
Agradecemos ao amigo Ari Moro a cedência deste.
Publicado primeiramente no Jornal do Automóvel/Tribuna de Curitiba-PR e Paraná Online
10/03/2011 às 00:00:00 - Atualizado em 09/03/2011 às 23:07:26
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Sim, as saudosas carreteras ainda correm!
As que restaram dificilmente saem das suas garagens e quando isso acontece é para serem levadas a exposições e coisas do gênero, uma vez que no país não existe tradição no sentido de se organizar provas reunindo carros de corrida antigos, com raríssimas exceções, lamentavelmente.
Mas, no Rio Grande do Sul é disputado, em quatro autódromos, campeonato na categoria Fórmula Classic/Automóveis Históricos, do qual o piloto Carlos Eugênio Leonardo, de Porto Alegre/RS, participa com uma carreteira Chevrolet Cupê 1936, com motor de 4 cilindros e câmbio original.
Ele começou a competir em 1998, participando de ralis internacionais e de provas especiais como a preliminar das "12 Horas de Tarumã"- RS, ganhando boa experiência nas pistas.
Recentemente, Carlos Eugênio foi vítima de dois acidentes, um deles grave. No primeiro, em plena rua porto-alegrense, a sua carreteira número 16 "perdeu" o diferencial e as rodas traseiras, ficando no chão.
No segundo, quando treinava na pista do autódromo Velopark / Santa Rita/RS visando uma corrida, vazou combustível do tanque da carreteira e esta pegou fogo.
O piloto safou-se com poucas queimaduras, mas, os gases que aspirou fizeram com que ficasse internado por trinta dias numa UTI hospitalar, restabelecendo-se posteriormente.
Nas fotos de hoje a carreteira 16 pegando fogo na pista e finalmente, em Porto Alegre , Carlos Eugênio (D) ao lado do antigomobilista passofundense Nelson Rocha, tchê!
Primeiramente publicado no Paraná OnLine e Jornal do Automóvel de Curitiba-PR
http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/510532/?noticia=SIM+AS+SAUDOSAS+CARRETEIRAS+AINDA+CORREM
10/02/2011 às 00:00:00 - Atualizado em 11/02/2011 às 20:46:58
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Jorge Ribeiro
Um forte abraço Ari.
sábado, 27 de novembro de 2010
A Extraordinária Corrida, em 1940 - Capítulo II
Continuando o relato da história do Grande Prêmio Bi-Centenário de Porto Alegre, que está completando 70 anos: às 7,00 horas do dia 14 de novembro de 1940, o presidente do Automóvel Clube do Brasil - Herbert Moses - deu a partida simbólica - em frente à sede da entidade, na Rua do Passeio/Rio de Janeiro - aos 23 carros participantes, que foram dirigidos até o Largo do Campinho, quilometro zero da estrada Rio/São Paulo.
Neste ponto, sob chuva torrencial, o presidente da Comissão Esportiva do ACB - Romeu de Miranda e Silva - deu a partida oficial, às 8,00 horas, para que os pilotos cumprissem a primeira etapa, de 493 quilometros: Largo do Campinho, Realengo, Bangu, Barra do Piraí, Pouso Seco, Bananal, Guaratinguetá, Taubaté, Jacareí, Mogi das Cruzes e São Paulo.
A cada dois minutos, largaram: Oscar Bins/RS - carro número 2 - Ford; Antonio Peres/RS - 4 -Mercury; Iberê Correia/SC - 6 - Ford; Norberto Jung/RS - 8 - Ford; Hector Suppici Seedes/Uruguai - 10 - Ford; Julio Vieira/SP - 12 - Lincoln Zephyr; Fernando Augusto Alves/RJ - 14 - BMW; Clemente Rovere/SC - 16 - Ford; Francisco Landi-SP - 18 - Ford; Salvador M. Pereira/SP - 20 - Willys; Quirino Landi/RJ - 22 - Ford; Milton Brandão/RJ - 24 - Ford; Ernesto Ranzolin/RS - 26 - Ford; José Lugeri/SP - 28 - Chevrolet; Ari Cortese/RJ - 30 - Ford; Santos Soeiro/SP - 32 - Ford; Luiz Tavares de Moraes/RJ - 34 - Ford; Adalberto Moraes/RS - 36 - Chevrolet; Raulino Miranda/SC - 33 - Chevrolet; Carlos Frias/RJ - 40 - Hudson; Catharino Andreatta/RS - 42 - Mercury; Etel Cantoni/Uruguai - 44 - Ford; e Belmiro Terra/RS - 46 - Chevrolet. Apenas 15 carros chegaram ao bairro da Penha em São Paulo. Já no quilometro 81 o Chevrolet de José Lugeri capotou.
Em seguida acidentou-se Norberto Jung e depois pararam Santos Soeiro, Carlos Frias, Fernando Augusto Alves, Quirino Landi e Milton Brandão.
A etapa foi vencida por Clemente Rovere em 6 horas, 16 minutos e 7 segundos, seguido por: Chico Landi - 6 horas, 24 minutos e 41 segundos e meio; Iberê Correia - 6 horas, 25 minutos e 46 segundos.
Depois vieram Catharino Andreatta, Julio Vieira, Ernesto Ranzolin (6h35´53´´), Adalberto Moraes, Antonio Peres, Raulino Miranda, Oscar Bins, Hector Suppici, Ari Cortese, Belmiro Terra, Salvador M. Pereira e Eitel Cantoni.
O recorde desse trecho havia sido estabelecido em 1937 pelo piloto argentino Arturo Kruse, com 6h8´. Nas fotos, a largada, no Rio, dos carros números 4 - Antonio Peres - e 8 - Norberto Jung. Não perca a sequência da história!
Por Ari Moro
Publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba-PR e Paraná Online - 25/11/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 25/11/2010 às 00:21:45
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Antigomobilistas relembram a Extraordinária Corrida, em 1940 - I
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Plínio Meider Magrin é um Dentista Piloto
Isto quando Magrin, filho de Evaristo e Vitória Magrin e formado pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Paraná em 1953, contava com apenas 21 anos de idade.
Foi então que Plínio adquiriu um automóvel Ford 1937 cupê que, segundo ele não oferecia boas condições para ser colocado em corridas, pois, apesar de ter o sistema de freios à varão já substituído por um sistema hidráulico, era ruim de freio.
Vendeu esse carro e comprou um Ford 1940 cupê também que, na época, era o automóvel mais utilizado pelos pilotos de carreteira. Aí sim, colocou no novo carro um motor Ford V8 modelo 8BA, rebaixou os cabeçotes originais, aliviou ao máximo o peso do volante da gremalheira, montou um diferencial mais longo com relação 11/39 e ingressou nas corridas na categoria Turismo que, como se recorda, tinha regulamento que não permitia maiores modificações na carroçaria e na mecânica do veículo como acontecia com a categoria Força Livre, das legítimas carreteiras. Quanto ao câmbio, permaneceu o original do Ford 1940, com três marchas à frente.
"O mecânico preparador do meu carro - diz Plínio Magrin -
Enchia o tanque com gasolina de avião vendida pelo senhor Inocêncio, no hangar do Aeroclube, aeroporto do bairro do Bacacheri e aos sábados à tarde ia treinar na pista do circuito da vizinha cidade de São José dos Pinhais, no chamado "Chiqueirinho", preparando-me para as corridas, tendo ao lado a minha esposa Ilze."
Na sua primeira prova oficial, em 1960, na categoria Turismo, quando conseguiu o quarto lugar, Magrin competiu com pilotos que depois se tornaram famosos na categoria das carreteiras, tais como Miroslau Socachewski, Altair Barranco e Germano Schlögl, êste, o mais perfeito piloto de carreteira que conheceu.
Além do "Chiqueirinho", competiu no circuito do Asilo (rua Mal. Floriano Peixoto), em Curitiba. "Numa prova em Porto Alegre /RS - fala Magrin - assisti o extraordinário piloto e preparador argentino João Galvez chegar com sua carreteira em cima de uma camioneta furgão e anunciar numa rádio local que venceria a corrida, competindo com os melhores pilotos e carros gaúchos. Já na terceira volta pegou a ponta para não perde-la mais."
Na sua trajetória como piloto de carros de corrida, o que mais marcou a vida desse curitibano, que gosta de automobilismo até hoje, foram as amizades que angariou, as quais conserva até hoje com satisfação. Nos flagrantes, Plínio Magrin e o seu Ford (com direito a pneus faixa-branca!).
Por Ari Moro
http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/434899/?noticia=PLINIO+MEIDER+MAGRIN+E+UM+DENTISTA+PILOTO
18/03/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 17/03/2010 às 23:56:38
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Manivela do Fusca pós II Guerra Mundial
Dando continuidade às observações do antigomobilista curitibano Waldir Kunze sobre peças do Volkswagen (Fusca) construído na Alemanha após a II Guerra Mundial, abordaremos hoje os itens: manivela, forração e macaco.
Tendo como base a foto que estamos publicando, diz o senhor Kunze: "Vê-se em primeiro plano uma "senhora" manivela que aparenta ter de 20 a 22 mm de diâmetro, utilizada no Fusca até 1950.
Observe-se que o cabo desta manivela tinha acabamento/bucha, a fim de evitar ferimentos na palma da mão de quem a usasse. Em segundo plano vê-se uma forração.
As peças mais compridas são de duas partes e forravam o porta-malas do veículo. Note-se o recorte referente à curva do para-lama. Por outro lado, em cima de um pedaço de papel aparece o macaco, o qual, como dissemos anteriormente, tinha a ponta de formato redondo para ser perfeitamente encaixada no buraco do suporte na estrutura do carro, que era redondo também.
Parcialmente, aparece ainda na foto uma roda de 16 polegadas que, como já salientamos, tinha suas partes rebitadas e equipava o Fusca até 1952. Outro ítem que a foto apresenta é uma caixa de papelão para acondicionar peças, na qual está escrita a palavra Coors, o que indica que a sua origem é um país nórdico e não a Alemanha.
Por Ari Moro
Agradeço ao jornalista e amigo, Ari Moro de Curitiba-PR, a cedência deste que foi publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba e Paraná Online.