A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 31 de outubro de 2023

CULTURA DO AUTOMÓVEL - Novembro 2023


 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Fado...

 

Checo. Foto Red Bull Racinglink -  link.


 Ultimamente quando tenho vontade de escrever algo venho para o computador, começo e logo desisto. Neste mundo que continua cruel, violento, sectário e totalmente injusto, minha vontade é calar sobre tudo.

Falando em Formula Um leio cada bobagem de gente que não sabe nada, mas tendo um espaço na “internet” lê relesses e regurgita para seus leitores, que depois se arvoram como conhecedores. E os assessores de imprensa então!? Fico com o grande A.J.Foyt quando perguntado quem era o seu, respondeu apenas "meu pé direito", pois hoje muitos desses tais assessores são mais rápidos que os pilotos que representam...

Sei que estou cáustico, mas como não sou, muito menos nunca fui "politicamente correto", tenho a obrigação de ser honesto com meus princípios.

Na Formula Um finalmente pegaram Lewis e sua equipe, logo ele o queridinho das entidades que comandam o automobilismo, raspou muito a peça de madeira que fica abaixo do chassi e foi desclassificado. Ora diriam, "uma bobagem de alguns milímetros!", mas vai lá se saber se já não saíram assim, acreditando numa vistoria "um pouco mais condescendente". Desde que ele trouxe a política partidária para categoria, naquele gesto que não vou classificar, perdi toda admiração que tinha por ele.

Agora a Formula Um quer ser politicamente correta e inclusiva e trouxe para os autódromos uma categoria escola para mulheres, já que tanto Lewis quanto eles agora falam em inclusão! Logo a categoria que virou as costas para grandes botas como Lella, Danica e tantas outras. Não existem mulheres ou homens pilotos, existem apena botas, que fazem sua arte ao volante de um carro de corridas, seja a categoria que for.  

E Perez? Um grande piloto que está perdido no cockpit. Numa equipe que cada ser trabalha para fazer as vontades de Max, muito justamente, ele à cada classificação ou corrida vem tomando muito tempo de seu companheiro, e infelizmente largando atrás de outros carros que evoluíram e andam muito juntos, e fazendo corridas apagadas.

Vejam, Max é um talento natural, com uma enorme velocidade e uma maior ainda percepção do equipamento em corrida, um piloto como talvez eu não vejo na categoria há quarenta ou cinquenta anos, então é muito difícil querer um parceiro à altura, na categoria hoje penso ser impossível, e Checo sofre, como sofreu Ricardo.

Digo sempre; certas vezes quando você tem que procurar um segundinho que seja e ele não vem, a certa altura você se pergunta se é o carro ou você! Checo deve estar vivendo este dilema.


Rui Amaral Jr


PS: Fado: Para brasileiros o significado desta palavra passa quase desapercebido, mas para os portugueses é uma palavra forte, usada muitas vezes para descrever o desígnio das pessoas.



quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Menino...

 

Pit stop do Chevette amarelo nos 500 KM.

Ontem recebo um Zap do Águia com um link para o Histórias 
"[20:35, 17/10/2023] Águia: Boa noite querido Rui, recebi uma msg do Ricardo Mansur 
"Vc foi o vencedor dos 500 kms de Interlagos de 1973  com seu Chevette Categoria classe A ( Div 1 )" 
Li toda essa sua publicação."

O link é para um depoimento, para o Histórias, de meu amigo Ricardo Málio Mansur e que vou transcrever a seguir.
                             
                          1973 - 500 QUILÔMETROS DE INTERLAGOS.
                                                                                    link

Os amigos Ricardo e Claudio.



"Sempre acreditando na boa fé de todos, companheiros e concorrentes, escolhemos para participar de uma pequena "endurance", um veículo totalmente original cuja durabilidade e resistência eram super comprovadas e que sua suspensão robusta, manteria durante o transcorrer da prova o alinhamento original de fábrica. Portanto em detrimento da estabilidade para uma única freagem, na "Curva 3", a garantia da perfeita geometria e mínimo desgaste e arrasto de pneus no  restante do "Anel Externo". 
Quando chegou minha vez de "passear" pelo anel externo, um carro da classe "A" me chamou a atenção: Passou por mim próximo a entrada dos boxes a uns 8 a 10 quilômetros a mais! De acordo com uma renomada revista, em exaustivos testes, a velocidade final dos dois dava uma diferença de menos de 2 quilômetros. Para minha surpresa, freou levemente na "1", e não foi para sacanear não, cheguei bem próximo na "2". No "Retão" abriu uns 30/40 metros. Me aproximei bem na saída da "3", mas na subida da "Junção" me despachou de vez! Quando passei o carro para o Cavallini, fui ao box do "bração" e avisei que iria reclamar motor, câmbio e suspensão! Andar na reta daquele jeito, com geometria de D3? Cambagem negativa e divergente? Os mecânicos e o piloto riram e falaram: Reclama do nosso braço também! Manda abrir! Aqui é muito piloto...
Não tive dúvidas! Reclamei o "bólido". Estranhamente o diretor técnico me procurou nos boxes para dizer que eu não poderia reclamar pois estava em 11º e o carro em questão, em 1º. Falei: A prova ainda não acabou! Ele retrucou: Eles vão reclamar o seu também! Falei: Ótimo, fiquem à vontade!
Terminou a prova: Nós em 3º e eles em 1º. Levei de imediato meu carro para o barracão para ser desmontado. Mas, para minha surpresa, lá não estavam os campeões: Nem pilotos nem mecânicos! Cadê os Campeões, perguntei ao diretor! Acho que quebrou na pista ou acabou o combustível, respondeu! Como o Quim tinha pressa em retornar a Santos e meu carro já estava sendo desmontado, fui com o carro do Cavallini percorrer a pista inteira e não só o "Anel Externo", à procura dos campeões! Fiquei sabendo que após a bandeirada, no mesmo embalo da chegada, o carro saiu pelo portão do Kartódromo e desapareceu! Comentei com o diretor o ocorrido e ele considerou desclassificado o vencedor. Enquanto constatava a originalidade de meu TL, quanto a câmbio, motor e suspensão, após uns 45 minutos, encostou em frente ao barracão, um Galaxie 500 com os dois pilotos e três mecânicos que rindo abriram o porta-malas e disseram: Podem por a mão, o motor ainda tá quente... Bom, prá encerrar, após os pilotos alegarem que os mecânicos já tinham ido, por isso eles foram atrás e acharam mais "fácil" desmontar o carro na própria oficina, não obstante o carro não estar presente para medição do câmbio e geometria da suspensão, o 1º lugar foi mantido para a "leal" equipe campeã. Pouco adiantou comunicar o fato aos repórteres. Nem uma linha foi escrita relatando o fato. 
Após meu campeonato de 1972, esse foi meu cartão de visitas para o que viria pela frente na D1, D3 e Super Vê!
Um famoso preparador, após meu campeonato no Festival do Ronco, me fez um convite para pilotar carros de sua escuderia e me falou: "Nenhum piloto de outro estado ou mesmo do interior, vence na capital." Jamais me esqueci dessas palavras! Existia de verdade, "O ESQUEMA, SOBRE RODAS!" 

Em consideração ao amigo Rui Amaral Lemos Júnior, vou antecipar um pequeno relato que estará no meu livro:  "O ESQUEMA, SOBRE RODAS!"

Ricardo Málio Mansur "


Mais tarde conversando o Àguia me conta espantado que não sabia desta vitória na categoria até 1.600cc, cinquenta anos atrás e envia um recorte de jornal e a foto de seu carro.




E logo a seguir conta sua agenda, embarca amanhã ou depois para o Rio Grande do Sul, para onde já enviou sua Berlinetta, "Vou participar no próximo final de semana 21/22- Outubro  do Rallye Internacional Histórico em Gramado/Canela  tbm.valido pelo Campeonato.Brasileiro de Autos Históricos da FBVA" depois volta a Floripa trazendo a Berlinetta guiando, afinal são apenas 400/500 quilometros, para participar de um rallye em Floripa, onde mora, e termina dizendo que dia 14 de novembro estará em São Paulo, quando nos encontraremos. 

Ufa! Cansei!  

Aos 81 anos ele simplesmente não para!

Vida longa menino, baita abração.

Rui Amaral Jr 


terça-feira, 10 de outubro de 2023

Simca...

 

A bela imagem de Aldo Costa "avuando" e vencendo na chuva no circuito de Pedra Redonda, nos 200 Km de Porto Alegre 1966.
Breno Fornari, três vezes vencedor das Mil Milhas Brasileiras 1956/58/59 agora de Simca. 

Confesso que gostaria de escrever e postar mais, mas tempos conturbados e tristes pairam sobre nós e me deixam um pouco letárgico, perplexo...
A Formula Um, apesar de Max, tem sido um vasto campo para comentários e avaliações, uma hora escrevo algo.
 Na página do Histórias no Facebook tenho postado algumas fotos e contado uns "causos" e sempre alguma polemica aparece, isto é muito bom! Uma foto de Bird provocou manifestações que encheram meu coração e certamento o dele, lá no alto.
Hoje vou mostrar à vocês apenas algumas fotos que temos aqui no Histórias, mostrando alguns Simcas, deixando para outro dia as grandes participações deles mãos de Ciro Cayres, Jayme Silva, Tôco, na equipe comandada por Chico Landi.
As fotos do Simca de corridas que estava à venda recebi há anos de uma querida amiga sem maiores referências.


Aldo Costa e Cuchiarelli nas 500 Milhas de Interlagos  1962.
Circuito Cavalhada-Vila Nova, Porto Alegre, RS Simca #35 do grande Breno Fornari e o DKW de Afonso Hoch.
A pose de Jayme Silva com a carretera Simca, nas 3 Horas de Recife.
Jayme com ela à frente de Catharino Andreata nos 500 Km de Porto Alegre 1964.


Sempre pensei que a cinta que passava pelo vidro fosse para impedir que as portas traseira se abrissem, mas numa troca de correspondência esclarecedora no blog do Mauricio Moraes e filho de Breno Fornari informou ser para que o vidro traseiro não caísse. 









Agradeço aos amigos Fernando "Hiperfanauto" Fagundes, Luiz  Borgmann. 




Abraços a todos.

Rui Amaral Jr