A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 17 de junho de 2020

1955 – O World Sports Car Championship – FIA - Moss e a incrível Mercedes Bens 300 SRL


Jenkinson e Moss-Mille Miglia 1955 


No ano de 1954 a Ferrari havia reinado absoluta, vencendo quatro das seis corridas, tendo Jaguar vencido uma e a Osca outra.

A Ferrari 375 Plus de Enrique Saenz Valiente/José-Maria Ibanez.  

Em 1955 o campeonato começa na Argentina, sem a participação oficial das grandes marcas, vence a Ferrari 375 Plus da dupla local, Enrique Saenz Valiente/José-Maria Ibanez.  

Mike Hawthorn em Sebring.
Phil Walters.

Na segunda corrida, 12 Horas de Sebring, a Jaguar entra na briga e vence com seu D-Type XKD pilotado por Mike Hawthorn e Phil Walters.


Jenkinson passou mal a corrida toda, mas foi firme e forte, uma vitória inesquecível!
Fangio no box...

Na terceira corrida, a icônica Mille Miglia, estréia a 300 SRL e num verdadeiro show Stirling Moss levando como navegador o jornalista Denis Jenkison, vence com mais de trinta minutos seu companheiro de equipe Juan Manuel Fangio, que por sua vez coloca mais de quinze minutos na Ferrari do terceiro colocado.

24 Horas de Le Mans -Hawthon pilotando.
Mans, tocada de Fangio com o incrível freio aerodinâmico inventado pela MB.


A quarta corrida foi na fatídica 24 Horas de Le Mans, quando depois do acidente em que pereceram mais de oitenta pessoas, algumas horas depois o chefe da MB Alfred Neubauer chamou seus carros aos boxes e se retiraram da corrida, quando a dupla Juan Manuel Fangio e Stirling Moss vinham na ponta. Venceu o Jaguar de Mike Hawthorn e Ivor Bueb.

Drundot  a vitória.
A briga com Hawthorn.
A largada...
No vídeo, a forma perfeita com que Moss contorna essa curva de baixa, é indescritível!
Jean Berha na Ferrari
Ferrari 750 Monza da Equipe Nationale Belge -Jaques Swaters-Johnny Claes.

A quinta corrida foi no circuito de estrada de Drundot, na Inglaterra, o Tourist Trophi. Assisti ao vídeo desta corrida dias atrás. Fiquei muito impressionado pela briga de Moss com Hawthorn. A tocada de Moss com os braços esticados, levando aquele carro de entre eixo longo, com grande maestria. Moss, que dividiu a tocada com o americano John Fitch  bate e volta à corrida, briga outra vez com Hawthorn até que este quebra. Vence novamente com a dupla Fangio e Kalr Kling  em segundo, e em terceiro outra 300 SRL de Von Trips e André  Simon.
Outra coisa que me impressionou muito e Drundot foram as três mortes de pilotos, os carros continuaram a corrida e passavam pelos acidentes, mais tarde conversando com um grande amigo, mais velho, ele lembrou de uma morte em Interlagos, ele não chegou à correr, mas o piloto morto ficou na pista coberto até o final da corrida...outros tempos!  

Targa Florio, Moss em sua tocada...

E por fim vem o que para mim era a mais incrível de todas as corridas, nas terras da Sicilia a Targa Flório. Moss novamente fazendo dupla com Kling vence seu companheiro de equipe Fangio que fez dupla com Kling. A vitória por longos quatro minutos sobre Fangio- Kling, colocando mais de dez minutos na Ferrari 857 de Casttelloti-Manzon os terceiros colocados! 

Alfred Neubauer, o chefe da MB, o grande nome por trás de todas as vitórias.

A 300 SRL era um biposto feito à partir da W196.



Ao final de 1955, depois de vencer o mundial de Formula Um e o de carros esporte a Mercedes Benz abandonou as competições, ao menos oficialmente.



Rui Amaral Jr

Pesquisas e algumas fotos Racing Sports Cars 


  

sábado, 13 de junho de 2020

O SONHO DO CARRO DE CORRIDAS:

Escolhi, para ilustrar este post, uma foto de Tazio nas Mille Miglia de 1948...
No post do Caranguejo, todos vão saber o motivo...
Mille Miglia 1948 - link


Ter um carro de corrida é um sonho pessoal.

Um dia quando estiver muito velho e quando não puder andar mais, estará na minha garagem, ou nas minhas fotos do escritório, ou casa, assim como todos os troféus que serão as minhas memórias.
Conheci pessoas que me ensinaram alguma coisa e têm o mesmo espírito e conheci outros que fico feliz por ter esquecido.
Me molhei,
Senti frio,
E senti calor,
Senti medo,
Eu caí,
E ME LEVANTEI,
Até me machuquei,
Mas também, ri a rir dentro do capacete, um sentimento único, ninguém mais o sentiu!
Falei mil vezes comigo mesmo.
Cantei e gritei de alegria como um louco,
E sim... Às vezes, também chorei e ainda às vezes choro na minha solidão.
Já vi lugares maravilhosos e vivi experiências inesquecíveis.
Parei mil vezes para ver uma paisagem.
Falei com perfeitos desconhecidos, e esqueci-me de pessoas que vejo todos os dias.
Eu saí com os meus demônios dentro e voltei para casa com uma paz absoluta no coração.
Eu sempre pensei o quão perigoso é, sabendo que o significado da coragem é avançar mesmo sentindo medo, mas sempre o controlei.
Toda vez que eu subo para um carro de corrida eu penso no quão maravilhoso ele é.
Parei de falar com quem não entende, (simplesmente não entendem) e aprendi através de gestos a me comunicar com outros apaixonados como eu.
Gastei dinheiro que não tinha, renunciando a muitas coisas, mas todas essas coisas não valem nem um momento sobre um carro.
Não é um meio de transporte nem um pedaço de ferro com rodas, é a parte perdida da minha alma e do meu espírito.
E quando alguém me diz: "você tem que vender o carro e tem que ser uma pessoa mais séria",... Eu não respondo. Simplesmente balançando a cabeça e sorrio.
Andar em um carro de corrida....... só entende quem os ama...
Que Deus abençoe os meus amigos e os seus brinquedos de gente grande!

- Autor desconhecido –

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Este texto estava na página do Facebook de meu amigo Evandro Lontra, pedi-lhe autorização para postar. Como ele não sabia o autor, pois parece que apareceu em um grupo de pilotos, vou posta-lo. Caso o autor queira, dou os devidos créditos, ou se quiser retiro a postagem.

Ah... Esta paixão!

Quando comecei o Histórias, em umas de minhas primeiras postagens, conto das voltas que dei em Interlagos, ao lado de meu irmão Paulo, em seu Porsche 550 RS com o qual ele correu os 500 Quilômetros de Interlagos de 1961. Tinha 9 anos, e lá conto da sensação de estar nos boxes, e das voltas que dei.
Escrevo sobre aquele cheiro de óleo, gasolina, pneus... do vento em meus cabelos quando estava na pista.
Hoje, quase sessenta anos depois, quando muitos daqueles heróis que lá estavam se tornaram meus amigos, e até dividi a pista com alguns, aquelas sensações, cheiros ainda estão entranhadas em meu ser, e os cabelos ainda sentem aquele vento.  

Anos depois era eu que lá estava.

A todos que tiveram as mesmas sensações.
A todos que caminharam comigo.
A todos que dividiram as pistas comigo.
A todos os amigos que fiz.
Ao autor deste grande texto.

Rui Amaral Jr     


terça-feira, 2 de junho de 2020

1971-Montjuic, os slicks chegaram para ficar

Nesta foto, provavelmente de 1970, vemos os Firestone da Lotus 72 de Rindt com os desenhos suaves em sua banda de rodagem.
 1969 - Hill vence pela quinta vez em Monaco. Notem as ranhuras nos pneus.
Siffert na mesma corrida, também numa Lotus 49B
1970- Monza- No trágico final de semana, Hill vem  com sua Lotus 72B.
1971 Kyalami - Andretti com a Ferrari 312B vence aquela que foi a derradeira corrida sem os slicks. Aqui cabe uma nota, no final da década de noventa do século passado, mais de vinte e cinco anos após esta foto, os cartolas da FIA-Fisa resolveram banir os slicks da F.Um. Foram algumas temporadas até que a cartolagem voltasse à razão!
1971 Kyalami - Hulme e a McLaren M19A
1971 Kyalami - Amon e a Matra MS120B

1971 Montjuic...Até então os pneus da Formula Um apresentavam em sua banda de rodagem algum desenho, ranhuras, algo que de longe os assemelherava com os carros de rua. Rodas e pneus vinham aumentando consideravelmente sua largura, apesar da maioria usar o aro de 13 polegadas.

1971 Montjuic - Stewart e a Tyrrel 001 vencem usando os slics.
1971 Montjuic - Cevert 
1971 Monaco - Ronnie é segundo com a March 711...os slics tinham vindo para ficar! 
1971 Monaco, a Ferrari 312B2 de Ickx.

Na temporada apenas Firestone e GoodYear iriam fornecer pneus para categoria, e talvez baseadas em suas experiências nos EUA com os carros de arrancada, os dragsters, foi neste segundo GP da temporada que elas apresentaram o pneu que mudou todo conceito das corridas, na Formula Um e no resto do automobilismo mundial, os slicks.
Já contei aqui da experiência que tive ao usar eles pela primeira vez. Tudo mudou, a aproximação das curvas, o contorno e a saída. A primeira vez que os usei foi em Interlagos, e ao chegar na curva Três ao final do Retão e frear, notei que poderia fazê-lo muitos metros depois, tal era a pegada, ou o grip, deles.
Mudou a Formula Um e mudou o mundo do automobilismo.

Lotus 72D
1972 Interlagos - A equipe Autozoom de meu amigo Italo Adami usou os Slicks nos carros de meus saudosos amigos Guaraná e Teleco.

Rui Amaral Jr

      

sábado, 30 de maio de 2020

Iluminada...



...sim, minha querida amiga é iluminada! 
 Onde ela passa sempre deixa um rastro de alegria, felicidade e bem estar. Sempre pronta a ajudar quem quer que seja, um abraço apertado, uma palavra amiga.


Abaixo algumas fotos dela na Stock Cars em 1984










Old Stock

Com seu Old Stock, hoje Regina leva a alegria e solidariedade a alguns eventos, onde com certeza faz a felicidade de muitos.




    

DIVERSÃO GARANTIDA

 Duran, ?, eu, ela, Arturão, Wagner e Claudinho.
 Sidney, ela, Giso e Washington
 Wagner, ela e Claudinho 
 Com nossos amigo cearenses, Duran ri, Arturão, Vera e ela.
 Com Chico
 Meu amigo Fernando é um homem sério, bom filho, marido, pai, avô, só ela para fazer uma foto assim com ele!
 Arturão!!!!!!!
Não conheço!
Regina, minha amiga querida, com este abração, sinta-se abraçada e beijada, por todos nós seus amigos que muito a amam. Logo estaremos todos juntos fazendo uma festança. Um beijão neste seu coração enorme.

Rui Amaral Jr

Fotos; Cassio Toledo, Regina...