A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

1970...

Mônaco-Rindt começa o campeonato com a Lotus 72 mas  depois de Jarama volta à 49C em Mônaco e vence sua primeira corrida do mundial de 1970.

... Jochen finalmente chegaria ao topo, um  Gigante!
Mas como os deuses das pistas são inclementes à quem deram tantas glórias quatro corridas antes do final do campeonato ele encontra seu destino num treino para o GP da Itália em Monza quando vinha liderando com muita folga o campeonato...até então tinha 45 pontos contra 20 de seu mais direto adversário, então Black Jack Brabham.
Após Monza essa diferença começou à cair com duas vitórias de Ickx e uma de Clay ambos com a Ferrari 312B...
Chega Watkins Glen penúltima corrida do campeonato e Ickx faz a pole, se bem que no treino de sexta feira já que sábado choveu...começa a corrida e Stewart toma a ponta com a nova Tyrrel e logo as Ferrari de Ickx e Rega vão ficando para trás sendo superadas por Pedro Rodriguez...depois Wissel...Pedro fica sem combustível e Emerson que vinha em segundo vence a corrida, era sua quarta na F.Um, seguido de Rodriguez, Wissel seu companheiro de equipe e Ickx...quiseram os deuses das pistas sagrarem Campeão do Mundo postumamente Rindt justamente onde ele havia vencido sua primeira corrida na F.Um no ano anterior!
Um Gigante era coroado e nascia outro...Emerson!   

Finalmente em Zandvoot vence com a Lotus 72C
Vitória e Clermont-Ferrand
Larga na pole em Brands Hacth...
...e vence!
Vence em Hockenhein.

MONZA
Emerson voa sobre Giunti e não corre. Rindt morre nos treinos.
Vitória de Emerson em Watkins Glem.

Ontem assistindo a Indy em Watkins Glen pela Bandeirantes o locutor que vez ou outra dá uns grunidos esquisitos conta ao público que acompanha a corrida que Emerson havia vencido a corrida para dar o titulo à Rindt depois da morte dele na corrida de Monza. 
Ora meu senhor não foi nada disso Jochen um Gigante venceu o campeonato dentro das pistas onde venceu cinco corridas do campeonato e Emerson venceu em WG numa corrida que era apenas sua quarta na F.Um com todo merecimento, uma vitória que o levaria ao topo dois anos depois.
Qualquer outra coisa é desmerecer dois Gigantes, Rindt Campeão pilotando e o futuro campeão Emerson Fittipaldi!

Rui Amaral Jr

sábado, 2 de setembro de 2017

F. Um 4x4

 Hill testa a bela Lotus 63 4x4 nos treinos do GP Holanda em Zandvooth - 1969

Ontem encontrei em casa um livro com estas fotos e algum texto sobre os carros 4x4 da Formula Um do final da década de 1960, o texto pouco esclarecedor não reproduzo, mas vou pesquisar mais e um dia escrevo à vocês.
Pelo que me lembro além da Lotus e McLaren a Matra também fez o seu 4x4 assim como a Tyrrel e outras. Finalmente a FIA baniu a tração 4x4 na Formula Um acabando com a brincadeira. 
Mais tarde a AUDI acertou de vez a tração nas quatro rodas com o fabuloso QUATTRO no link ele testado por meu amigo Expedito Marazzi.

Rui Amaral Jr

por Expedito Marazzi   

O eixo da tração dianteira passava abaixo das pernas do piloto! A caixa de transferência ao lado do disco esquerdo. Coisas de Colin!!!!!

 A bela McLaren M9A que correu o GP da Inglaterra 1969 em  Silverstone com Derek Bell.

A suspensão dianteira com a caixa de transferência.
A suspensão traseira com a caixa de transferência.

O belo Fergusson P99 de 1961, com ele Stirling Moss venceu a Oulton Park Gold Cup corrida extra campeonato em 1961.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

1971



Foi o ano que enfim estreei...junto com amigos que com a graça de Deus até hoje mantemos amizade, há pouco nos deixou o Guaraná com outros muitos outros mantenho contato como o João Carlos Bevilacqua, Edo, Jaacob...enquanto isto no mundo!!!!

Rui Amaral Jr 


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

“INTERLAGOS NÃO PODE MORRER” por Edson Paes

Speed 1997 - O Templo pulsava, os grids eram lotados!

Seria um paradoxo, talvez sim talvez não.

Prostrado em seu leito, antes de vida pungente, dinâmica, triunfal eu diria, hoje a espera que se desliguem os aparelhos que o mantem vivo talvez esperando a morte.
Assim como seu primo mais novo de nome estranho foi cruelmente assassinado a beira do mar na cidade maravilhosa. Seu corpo jaz em estado de decomposição irreversivelmente eliminado.
Há salvação com certeza, mas aqueles que desejam sua morte já são maioria.
No leito de morte ele se debate a procura de uma lufada de oxigênio a mais que o possibilite respirar sem estes malditos aparelhos que o mantem internado, enclausurado em uma UTI suja, abandonado aos interesses diversos que não são a sua total cura.
Um outro primo seu agoniza no corredor da morte sem nunca ter cometido qualquer crime se não o regozijo de quem se deliciou ao conhece-lo.
Mas ele resiste, inimigos o vilipendiam anualmente.
É explorado como a um animal de tração, sentenciado a gerar lucros de todas as formas.
Seus inimigos sabem que devem antes de mata-lo, matar sua ilibada e rica historia para que possam justificar também a sua morte.
Estou falando de Interlagos, o nosso Templo onde um dia ousamos a nós mesmos desafiar, onde enfrentamos todos os nossos medos, onde derrotamos nossos fantasmas.
Onde disputamos curvas imaginarias ou não, onde desafiamos as leis da gravidade e da logica, onde em frações de segundo aprendemos a nos completar como seres dinâmicos que somos.
Não aceito que se mate uma parte de mim, uma parte melhor do meu eu.
Sei que meu grito encontra eco e através deste eco estrondoso que reverbera da largada até a chegada, passando pelo esse do Senna, retão, descida do lago, laranjinha, essinho, bico de pato, mergulho, junção e subindo o café esse eco traz nomes que jamais poderão ser sepultados com escombros provindos daquele chão que centenas de pessoas reais, pessoas que de alguma maneira escreveram e escrevem a historia deste Patrimônio Brasileiro.
Eu convoco nossos ídolos e companheiros ascencionados ou não, José Carlos Pace, Ayrton Senna, Luizinho Pereira Bueno, Chico Landi, Marivaldo Fernades, Antonio Carlos Avalonne, Antonio Castro Prado,Adu Celso, Camilo Cristoforo Cezar “Bocão” Pegoraro, Amadeu Rodrigues, Amadeu Fernandes, Chico Lameirão, Bird Clemente, Ingo Hofmann, Paulo Gomes, Arthur Bragantini,Pedro Mufatto, Ricardo Mallio Mansur, Claudio Cavalinni, Orlando Lovechio, Edimir Fernandes, Claudio Dudus, Hamilton Vloso Prado, Benedito Gianetti , Airton Favoretto, Celso Lara Barberis, são milhares de nomes e com certeza não há espaço para mencionar fisicamente a todos, mas com certeza eu peço a energia de todos para que se salve nosso Templo.
Convoco também aqueles que tombaram dentro do Templo:
Milton Zapia em 1947
Djalma Pessolato em 1957
Fernando Mafra Moreira em 1962
Celso Lara Barberis em 1963
Dinho Bonotti em 1963
Américo Gioffi em 1964
José Almemida Santos em 1973
Paulo Rosito Filho em 1981
Zeko Gregurinic em 1985
Valdir del Grego em 1987
Rafael Sperafico em 2007
João Lisboa em 2011
Gustavo Sondermann em 2011
Paulo Kunze em 2011

Que literal e fisicamente deram seu sangue por, e em Interlagos, vamos salvar nossa historia.
Sei que muitos, principalmente os nomes que citei, não dependem de Interlagos para serem lembrados, muitos brilharam inclusive em outros continentes, mas assim como eu, um amante anônimo, tem muita gente que andou em cada metro daquele asfalto e ajudou a escrever sua historia mesmo sem assinaturas.
Não creio que pessoas sem conhecimento do quão importante para cada um é cada palmo, cada curva, cada bolinha de brita, cada pedaço de zebra, cada guard-rail, possa vir a assassina-lo com requintes de crueldade para com toda rica historia de Interlagos.
Mesmo as historias que não foram escritas, elas existem dentro de cada um de nós, do quão fomos e somos felizes em Interlagos, espero profundamente que em algum momento alguém com sensibilidade suficiente faça com que seja preservada a memoria de cada Piloto, mecânico, ajudantes, fotógrafos, Repórteres, Jornalistas, Guincheiros, Pedreiros, Pintores, eletricistas, enfim todos que um dia pisaram em Interlagos!!!


EDSON MILTON RIBEIRO PAES

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