A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 9 de março de 2015

Orlando Panetti & Kitty Fabri




Graziela

Estou entrando em contato, pois fiz um comentário em uma postagem do seu blog sobre a piloto Kitty Fabri. HISTORIAS QUE VIVEMOS: Uma Mulher na Largada - Parte final (link)

 É muito difícil vermos qualquer referência a ela em qualquer ponto da internet e pesquisando no google achei a sua. 
Meu avô participou por algum tempo da história tanto dessa piloto, quanto da nossa história do automobilismo e gostaria muito se possível que vc o colocasse junto de seus antigos colegas na postagem que fez.
Estou mandando a cópia do jornal A Gazeta Esportiva de 20/09/1948 para que vc utilize a imagem se puder e se precisar de uma cópia melhor darei um jeito de fazer.
Meu avô se chamava Orlando Panetti e era o mecânico da Kitty Fabri em 1947 e 1948, já em 1949 ele não pode ir mais participar, pois havia casado e voltado de São Paulo para São José do Rio Pardo SP e não foi mais permitido pela esposa de participar das corridas, achando que seria arriscado.
Acredito que a imagem que estou mandando possibilitará que leia a matéria, mas mesmo assim se quiser te mando a transcrição.
Só tenho algumas páginas do jornal, mas é a parte que importa, já tentei com a fundação Cásper Líbero uma nova cópia completa, mas eles cobram por hora de pesquisa nos arquivos e não garantem que encontremos.

Grande abraço!

Roberto Panetti



sábado, 7 de março de 2015

Velocult e Páteo Marazzi


 No domingo das 7h à 12h
Continua no Conjunto Nacional, Av. Paulista com rua Augusta.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Conta Chico...

........, pois é amigo RUI , obrigado pelos resumos e pelas fotos, o que me fez a memória voltar algum """ tempinho """ atrás ...!!!!!!!!! em que a foto do SUPER V vermelho No I da EQUIPE MOTORADIO foi do ano de 1976 e esta foi minha ultima vitória de minha carreira.....!!!!!!!, em cima do piloto FERNANDO JORGE que tinha um SUPER MOTOR do EXMO SR. DR.EMBAIXADOR de PORTUCALE, ANTÔNIO OCTÁVIO FERREIRINHA ........ ,esse engenho era uma """ bestia""""....... Estava a chover e eu estava chegando no FERNANDO JORGE, mas reparei que em saídas de curva ele me abria uma barbaridade, pois além do motor ser mui bom ele também estava andando como se deva andar, mas aos poucos como disse, eu estava chegando e pensando ao mesmo tempo como faria quando o ultrapassa-se pois sem duvida alguma ele na minha traseira iria saber o """" caminho das pedras""""e aí com aquele motor não ia dar para segura-lo......!!!!!! aí em determinado momento eu consegui passá-lo na FERRADURA e a partir desse momento eu comecei a fazer o traçado todo ERRADO, mas evidentemente já me precavendo das reações de meu POLAR com essa minha afoiteza, mas ainda bem que todo esse esquema se mostrou eficaz, pois chegando ' a curva do SARGENTO, o FERNANDO JORGE que vinha me """ copiando"""", saiu da pista pegando o GUARD RAIL ........, após ao termino da corrida, ele chegou para mim e muito educadamente me perguntou: """" o SR (((( eu já tinha bastantes cabelos brancos)))) anda sempre assim na chuva ?????, no que lhe respondi , """" sim, em todas as voltas """""....!!!!!!! O EXMO SR. DR. EMBAIXADOR de PORTUCALE ANTÔNIO OCTÁVIO FERREIRINHA sempre fala que eu dei uma fechada no auto de FERNANDO, o que a bem da verdade não é verdadeiro.........Outra coisa curiosa sobre a aerodinâmica desse POLAR é que se vc fizer uma comparação de seu bico com o dos outros carros da marca, irá notar que este é diferente........, acontece que eu fiz um croqui e pedi para meu amigo TONY BIANCO me fazer essa """ trompa""" , o que sem duvida me ajudou muito nesse dia da minha ultima vitória ........!!!!!!!!!!!!!!!

Abraço amigo de CHICO LAMEIRÃO




Piquet, Fernando Jorge e Guaraná.
 Maurício Chulan
 Moura Brito




quinta-feira, 5 de março de 2015

PASTOR DE OVELHAS


500 Metros para a Eternidade. Esse era o título para a matéria com a cobertura sobre o acidente fatal de Jim Clark em Hockenheim, na revista Quatro Rodas de maio de 1968. Comentei a respeito com o Rui que vem de lá com um de seus inícios de frase preferido: “Por que você não escreve sobre os 2.860 dias de Jimmy até a eternidade, na F1?” Bom, seria tema de uma tese de doutorado e ainda ia ficar muita coisa de fora. Se fosse cometer uma loucura dessas, iria focar em três fases distintas da carreira do Jimmy: início meio e fim. E ver o bicho que iria dar. O cara topou. E foi após essa pequena história ilustrativa, que você, meu caro leitor, teve mais uma vez de me engolir (ou não, tem muita coisa melhor por aí), contando como um garoto pastor de ovelhas, um dia resolveu ser o melhor motorista do mundo.

1ª parte

O Sunbean Talbot
DKW Sonderklasse

James Clark Jr. iniciou cedo seu amor pelos carros. Imagine o pequeno James, um jovem varão cercado por quatro irmãs maiores, morando numa fazenda em Kilmany House Farm, Fife, Escócia, tentando garantir o seu espaço. Filho obediente, jamais lhe passou pela cabeça contrariar seus pais, que é claro, não viam corridas de automóveis como “atividade de gente séria”. Secretamente, Jimmy já conhecia os macetes de como dirigir um carro, segundo parece, desde os oito anos. E aos dezessete, foi-lhe permitido participar de eventos amadores de Rally, contanto que não atrapalhasse seus estudos. Porém, a adrenalina, mesmo nessas competições modestas falou mais alto e levou o tímido Jim Clark a desobedecer os pais: começou a dizer publicamente que iria tornar-se um piloto de competições. Foi quando passou a enfrentar além da desaprovação paterna, o deboche e o escárnio de seus vizinhos e amigos, que o viam como uma piada. “O Fracote do filho dos Clark pilotando? Foi a melhor do dia”. Mas a decisão estava tomada. Jimmy esperou até completar 20 anos, idade mínima para competir na Escócia e lá foi ele com seu Sunbean Talbot para as primeiras disputas. Ligou-se à equipe de Ian Scott Watson e experimentou também um DKW Sonderklasse. Em seus dois primeiros anos, seus resultados e participações foram singelas e faltou pouco para que ele voltasse a cuidar do rebanho de ovelhas da família. Salvou-o um convite de um time melhor estruturado, o Border Rievers, que o deixou então mais perto da eternidade...

2ª parte



Lotus Ford Cortina
 1964 Indianápolis...
....notem os pneus escolhidos por Chapmam!

Em 1964, Jimmy atingira a metade da trajetória para a eternidade, mas ele não sabia disso...Deixara de ser objeto de riso de sua comunidade. Um ano antes, vencera com o Lotus Climax 25, o campeonato mundial de F1, sem tomar conhecimento da concorrência. Seguramente, em 64 o script seria o mesmo, não fosse a ânsia de seu chefe, um certo Colin Chapman, por estar sempre um passo adiante das outras equipes. A temporada chegara à metade com Clark na liderança. O Lotus 25 o conduziria ao bicampeonato, mas Chapman considerou que o time não poderia ficar parado esperando que os adversários melhorassem seus carros. Estava na hora de estrear o Type 33, com seus pneus mais largos e nova suspensão. No meio da temporada, o título na mão e o desafio de um carro novo. Os adversários agradeceram: Com o Lotus 25, cinco GPs, três vitórias; com o Lotus 33, cinco GPs, três quebras. Como consolo, a pole position nas 500 Milhas de Indianápolis. Só não venceu porque Chapman (outra vez?) optara por usar os pneus Dunlop em vezes dos confiáveis Firestone. A escolha equivocada custou seu abandono, com a suspensão avariada. E vitória incontestável no British Touring Car Championship com o Lotus Cortina. Pela frente, havia a perspectiva de dias melhores com o acerto do Lotus 33 e...o que o futuro reservaria para Clark?

3ª parte

Vitória em Kyalami
1968 Tasman Series no grid.
1968 Tasman Series brigando com Chris Amon em Surfers Paradise.
(Chris vem pendurado, sente-se a velocidade na foto!)
No dia anterior à Hockenheim, no programa Werner Scheneider no F2 o piloto alemão Kurt Ahrens.

  Largada em Hockenheim ao lado de Chris Amom.
No Estádio em Hockenheim.

Grandes esperanças se descortinavam ante Jim Clark, o melhor piloto do mundo e suas 25 vitórias na F1. Era o ano de 1968 e já no primeiro dia de janeiro, ele atingira a marca histórica, vencendo a etapa de abertura do campeonato em Kyalami. Bem melhor do que no ano anterior, quando começara a temporada com o problemático Lotus BRM 43, depois passando para o Lotus Climax 33, até o modelo 49, equipado com o motor Cosworth V8 ficar pronto. A união de Jimmy com esse fantástico carro aconteceu um pouco tarde, contudo. Denny Hulme e a Brabham Repco tiraram partido de que, como todo carro novo, o Lotus 49 carecia de alguns acertos. Moral da história: Clark venceu quatro GPs mas Hulme só precisou de duas vitórias para ser o campeão. Mas isso era passado. Com o carro acertado, Jimmy estava pronto para o Mundial e demonstrara isso vencendo a Tasman Series, com a versão “oceânica” do 49, havendo ainda a promessa de bons resultados com o Lotus Turbine, que estrearia em Indianápolis. Mas antes, teria de realizar um compromisso menor: disputar uma etapa do campeonato europeu de Fórmula 2, em Hockenheim, Alemanha. Um evento pequeno com a presença de tamanha personalidade e mal sabíamos nós, que sua carreira nesse mundo de aflitos, teria termo em uma das árvores da Floresta Negra em Hockenheim...

À você Jimmy que no dia 4 de Março faria 79 anos.

CARANGUEJO