A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

GP do Japão 2014 - Jules Bianchi...


Abaixo o desabafo de um grande amigo meu, somos amigos à mais de 50 anos e ele foi um grande piloto e entre tantas coisas que fez na vida foi o braço direito de Bernie na organização de muitos GPs, conhece como poucos tudo que envolve uma corrida de F.Um. Conversando ele me avisou que ia mandar um e-mail comentando a barbaridade do Japão, peço à todos desculpas se não divulgo seu nome, na correria que me encontro não consegui mais falar com ele...então para dirimir qualquer duvida assino embaixo de cada palavra recebida dele.


Rui Amaral Jr

"É um horror, o que aconteceu no Japão.

Isso mostra que tem que ser mudado a gestão da Fórmula 1.

Os profissionais que estão atuando com as principais responsabilidades, já fizeram a sua parte, estão muito velhos e não estão levando a serio as suas responsabilidades.

O Charlie White tem que ser punido, não poderia ter mais nenhum cargo no automobilismo, ele é o único responsável pelo acidente do Jules Bianchi.

Se o Charlie White fosse uma pessoa consciente com a sua responsabilidade e profissional, nada teria acontecido.

É de obrigação do Diretor da Prova em participar fisicamente de todos os exercícios simulados de trabalhos de resgate de um acidente e tem que ser ensaiados todos os tipos de acidentes em cada ponto do circuito.

Um trator não pode entrar num circuito com os carros em movimento de corrida, tem que aguardar o Safety Car a alinhar todos os carros

Todo metido, prepotente, arrogante e agora!!!"
   

terça-feira, 7 de outubro de 2014

HARAGANO

Ingo, Celidonio, Nelson, Troncon...no Tarumã. 
"Ricardo Mallio Mansur no Face-Reparem na foto acima que os pilotos andavam em duplas utilizando o vácuo para se distanciarem... O Ingo Hoffmann com o Eduardo Celidonio, o Nelson Piquet com o MarcosTroncon, no fundo o Chiquinho Lameirão com o Julio Caio e eu em 5º, me virando sozinho... Pô sacanagem! Rsrsrsrs!"
Ricardo Mansur

A etapa gaúcha da Fórmula Super Vê começou a ser disputada sob a sombra de uma dúvida: o piloto Ingo Hoffmann, um dos destaques do certame estaria presente à prova na pista de Viamão? Tudo porque num dos treinos iniciais, Ingo bateu seu Kaimann na Curva 2 e o monoposto ficou bem afetado. A equipe Creditum teve de solicitar peças de São Paulo e os mecânicos trabalharam dobrado para os reparos. Quando muita gente pensava que o “Alemão” era carta fora do baralho, eis que ele foi para a pista e marcou a pole-position. Com 16 carros presentes e as estréias de Fausto Dabbur (Polar) e Jan Balder (Kaimann) a prova também trazia como atração para a gauchada a presença do Muller 742, um Super Vê “gaudério” do piloto Claudio Muller, que estreara em São Paulo. 


 Eduardo Celidonio. 


Julio Caio de Azevedo Marques pulou na frente na largada e ponteou por quatro voltas até apresentar problemas de motor e parar. Ingo, numa corrida cautelosa vinha em segundo e passou a liderança, com Eduardo Celidônio e Chico Lameirão logo depois. A baixa seguinte foi Lameirão, cujo carro começou a perder potência. Sem ninguém para ameaçá-lo, Ingo ganhou fácil, seguido de Celidônio, Mauricio Chulan, Marcos Troncon, Nelson Piket e Ricardo Mansur. Apenas onze carros voltaram para a segunda bateria, também vencida por Ingo Hoffmann. A disputa ficou restrita do segundo lugar para baixo, com Celidônio levando vantagem mas depois sendo superado por Piket. Chulan, Troncon e o santista Mansur completaram os seis primeiros. A bateria decisiva não contou com o estreante Balder e Milton Amaral, cujos motores também apresentaram problemas. Ingo mais uma vez deu o tom, largando na frente. Eduardo Celidônio outra vez o acompanhou, pois Piket perdeu posições ficando em quinto e recuperando-se depois. Amândio Ferreira foi o primeiro ocupante do terceiro posto, contudo perdeu terreno e o pega ficou mesmo entre Troncon, Chulan e Piket. Ricardo Mansur, com sérios problemas em seu Kaimann, que caiu da carreta que o conduzia (conta aí, Mansur) foi obrigado a abandonar. Com Ingo isolado na ponta e Celidônio em igual condição no segundo lugar, o interesse ficou com a animada disputa pela terceira posição, pega resolvido na última volta com uma ultrapassagem de Mauricio Chulan sobre Nelson Piket. Na soma dos tempos, dupla vitória da Kaimann, com Ingo Hoffmann e Eduardo Celidônio fazendo 1-2 e Mauricio Chulan com o Heve em terceiro; Piket com o melhor Polar em quarto e Marcos Troncon logo a seguir e Newton Pereira mais uma vez marcando presença com o Newcar, em sexto. A lamentar-se a ausência do determinado Benjamin Rangel (que houve Biju?). O título, é uma citação ao cavalo fujão e difícil de ser domado, conhecido nos pampas. E também uma homenagem ao preparador gaúcho Dino Di Leone, construtor do protótipo Haragano e da escuderia de mesmo nome. Dino foi por muito tempo, preparador dos pilotos do Rio Grande do Sul na Fórmula Super Vê e depois na FVW1600. Próxima parada, Capital do Oeste.





CARANGUEJO

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O acidente de Jules Bianchi


Desculpem mas volto ao tema depois de assistir o vídeo, sinceramente como já falei no post anterior era uma cena que passava por minha cabeça cada vez que via um tratorzão daqueles ao lado da pista!
Certas vezes ao escrever penso que não me faço entender, não sou jornalista ou escritor, apenas alguém que já viveu dentro das pistas e ainda vive e tem uma certa visão ou conhecimento de tudo que acontece lá dentro e ao seu redor.
Rejeito totalmente quando alguém chama pilotos de super homens, ninguém o é...uns como meus ídolos maiores Jimmy Clark e Tazio Nuvolari, ou ainda Ayrton, Fangio e outros mais que superavam à todos como uma rapidez e domínio do carro impressionantes, eram super pilotos nunca super homens, tinham os mesmos sentimentos, expectativas e medos, sim medos pois ele é uma coisa constante na atividade apesar de alguns desavisados acharem que não.
Alguém para sentar num carro em que nem sempre o banco é confortável...barulhento, apertado até perder o ar por um cinto que mais parece um instrumento de tortura, sacolejando até não poder mais e ainda receber pancadas à toda hora de uma suspensão mais dura que qualquer coisa e que transmite cada uma dessas pancadas para suas costas e bunda só pode ser um pouquinho maluco ou maluco ou ainda totalmente maluco!
Vejam bem apesar de todos os erros ocorridos no GP do Japão 2014, tenho certeza absoluta que a grande maioria dos pilotos mesmo vendo aquele enorme trator ao lado da pista jamais gostaria de tirar o pé do acelerador, e mesmo que o regulamento com toda parafernália eletrônica que hoje existe o obrigar a isto ele o vai fazer no mínimo possível.
Não importa a categoria seja uma Vee com seu motor de uns 120hp ou uma F.Um com 700/800 a adrenalina segue solta numa corrida de meia hora ou de duas horas, o piloto sempre quer ir para frente brigar por um lugar mesmo que seja no fim do pelotão!
Certa vez conversando com um grande amigo meu sobre um acidente em Interlagos, com condições iguais ao GP do Japão em que perdeu a vida outro piloto perguntei a ele por que largou e sua resposta foi a que eu já sabia, um piloto num Box distante ligou o motor a adrenalina de quem estava longe subiu e aí...
Tive a mesma sensação tantas e tantas vezes quando passava pelo box que a largada seria em tantos minutos e algum motor rugia lá no fundo!
A morte nas pistas é algo que nos ronda constantemente é parte do esporte todos sabemos então cabe aos dirigentes e organizadores tentarem minimizar ao máximo sua possibilidade, olhar cada detalhe e cabe também aos pilotos mostrarem onde ela está perto...o resto é pé embaixo, tentando sempre uma posição à frente ou segurar o que vem atrás, é o automobilismo é o que gostamos apesar de sabermos que o perigo ronda!

À Jules, estamos torcendo e orando por você.

Rui Amaral Jr             

O clã Fittipaldi, GP do Japão 2014 e Andrea.

  João e Christian


 E o clã Fittipaldi volta a brilhar...no  final de semana Pietro neto de Emerson venceu o campeonato Protyre de Formula Renault no circuito de Croft, sagrando-se campeão com duas ou três rodadas de antecipação, já vimos esta história antes com a família... também no domingo nos EUA Christian filho de Wilson sagrou-se com seu parceiro o português João Barbosa o titulo da United SportsCar correndo com uma Corvette. Interessante é que na quarta feira passada ao voltarmos do evento em homenagem aos kartistas na Câmara o Chico e eu levamos Wilson até o estacionamento onde estava seu carro, cerca de dez minutos do local onde estávamos e no caminho feliz Wilson comentava que bastava à Christian ficar 40 minutos na pista que o titulo já era dele e do parceiro, coisa que ficou mais fácil ainda depois que eles conquistaram mais 22 pontos pela pole nesta corrida de Road Atlanta.
 Vitória em Croft...
e Road Atlanta


Andrea lidera um pelotão de respeito em Spa 1983.

E Andrea de Cesaris morreu em um acidente de moto no domingo, piloto rápido e combativo Andrea não olhava o capacete ou o carro que brigavam com ele, sempre combativo alguns preferem exaltar seus inúmeros acidentes eu prefiro lembrar com admiração suas grandes corridas. Descanse em Paz campeão.


No Japão depois de uma corrida complicada pela chegada de um tufão e da falta de visão da direção de prova que por interesses mil resolveu manter no horário acertado, a largada e uma grande vitória de Lewis Hamilton na MB, mostrando mais uma vez ao seu companheiro de equipe quem é o mais rápido, sei não mas um passarinho me contou que talvez ao final do ano ele retorne à sua casa de  origem! Será?
Descabida mesmo foi a atuação daquele enorme trator durante a bandeira amarela depois do acidente com Adran Sutil que bateu com sua Sauber. Vou confessar à vocês já faz algum tempo venho querendo escrever sobre os tratores que retiram os carros da pista depois de algum acidente, a imagem horrorosa da batida de Jules Bianchi me atormentava e sabia que um dia aconteceria. É um absurdo que mesmo na área de escape um monstro daqueles entre na pista, nos EUA já vi algumas pick-up de resgate com as laterais protegidas para que nenhum carro entre embaixo. Outro dia aqui em Interlagos o Duran e eu ficamos perplexos quando uma pick-up GM do resgate atravessou a pista na curva que hoje chamam de Laranjinha, alguns retardatários saiam da curva anterior e o perigo foi eminente.
Como bem me lembrou o Caranguejo alguma coisa acontece na equipe Marussia pois o acidente de Jules foi semelhante ao de Maria de Villota, sendo que ao contrário do dele acredito que ela nunca poderia  estar guiando um F.Um mesmo que numa demonstração.
Deve haver alguma outra solução, talvez um potente guincho em cada área de escape com um cabo bem longo e bem sinalizado ou outra opção mas alguma coisa tem que mudar! 


Rui Amaral Jr