A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 29 de julho de 2014

CHAPARRAL

Vic Elford e o 2J.

Texano, Jim Hall da Chaparral era um engenheiro muito criativo (ele ainda está vivo) e um piloto muito talentoso. De sua prancheta vieram algumas das idéias vencedoras mais impensáveis, a maioria delas foram copiados por toda a concorrência.  Jim Hall era um líder na inovação e design de spoilers, asas e efeito solo.

Em 1962, Jim Hall e Hap Sharp se uniram e fundaram a Chaparral Cars, Inc. e começaram imediatamente a concepção e construção do Chaparral 2, um carro de motor central com chassi semi-monocoque de fibra de vidro com nítida inspiração em projetos aeroespaciais. Em sua primeira corrida em Riverside, perto do final da temporada de 1963, Hall qualificou o Chaparral 2 na pole position com um novo recorde de pista e após as primeiras voltas da corrida e já bem à frente um problema elétrico colocou-o fora da corrida. Pilotando o Chaparral 2, Jim Hall venceu nos Estados o USRRC em 1964. Com 25 partidas em 15 eventos Chaparral 2 marcou sete vitórias gerais, seis segundos, e dois terceiros. Em 1965 Chaparral 2J ainda dominou as corridas nos Estados Unidos com 16 vitórias em 21 corridas, e sua maior vitória até à data foi nas Sebring 12 contra top competição internacional.

Em 1966 o Chaparral 2E foi construído para a Can-Am. Com a sua asa alta foi o carro que mudou a competição para sempre. Ele marcou um primeiro-segundo em Laguna Seca com Phil Hill e Jim Hall na condução. 1966 também viu o Chaparral 2D no Campeonato Mundial de Endurance, em Nurburgring os 1000 KM pilotado por Phil Hill e Jo Bonnier.

Em 1967 introduziu o Chaparral 2F, um cupê de asa alta para o Campeonato Mundial de Endurance. Ele estabeleceu a volta mais rápida em cinco das oito corridas em que participou a venceu sua última corrida em Brands Hatch.

Em 1970 Chaparral construiu seu carro mais polêmico, o Chaparral 2J. Este carro tinha um motor separado para dirigir dois ventiladores que esgotaram ar debaixo do carro para criar sucção para baixo. O carro foi rapidamente banido depois de fazer três  pole em suas quatro corridas.

Em 1978 a Chaparral correu na  Indy 500 com um carro feito pela Lola pilotado por Al Unser. Para 1979 a Chaparral decidiu construir seu próprio carro para Indy, o Chaparral 2K. Al Unser liderou a corrida até que a transmissão da 2K quebrou. Em 1980 Johnny Rutherford venceu a Indy 500 e com o 2K.

O desenvolvimento do Chaparral vem com as principais mudanças em carros de corridas nos anos 1960 e 1970, a aerodinâmica e os pneus. O treinamento de Jim Hall como engenheiro lhe ensinou a abordar os problemas de forma metódica e seu acesso à equipe da engenharia da  Chevrolet, bem como da  Firestone  mudou o conceito dos carros de corridas de uma arte para a ciência. Os sistemas de aquisição de dados embrionárias criadas pela  GM  em seu grupo de pesquisa e desenvolvimento auxiliando esses esforços. A Chaparral era uma equipe/fabricante privada com o apoio secreto da GM.



Chaparral 2, 2D, 2E, 2F 2H, 2J e 2K, estão agora em exposição permanente na Galeria Chaparral da Bacia Peroleum Museu Permiano em Midland Texas.

1965 - O vencedor das 12 Horas de Sebring, Chaparral 2B  com Hap Sharp o primeiro carro de corridas com uma caixa de velocidades automática.


1965 Chaparral 2C com asa traseira ajustável a partir do cockpit ganha tudo na Série CanAm com Hap Sharp e Jim Hall. 

1967 Chaparral 2D foi correr na Europa o Campeonato Mundial de Carros Esporte e venceu os 1000 km de Nürburgring com Phil Hill e Jo Bonnier, contra Ferrari, Ford e Porsche.


1966 Chaparral 2E primeiro carro a ostentar uma asa traseira completa de alumínio e componentes de fibra de vidro no chassi, foi o carro favorito de Jim Hall.

1967 o Chaparral 2F era um cupê criado a partir do 2E, porem mais avançado aerodinamicamente, aqui em Monza atrás da Ferrari 330 P4 de Lorenzo Bandini e Chris Amon a vencedora.

Depois do 2F o automobilismo nunca mais foi o mesmo, aqui o ele em Le Mans em 1967 pilotado por Mike Spence e Phil Hill, atrás o Alpine-Renault de Phillipe Vidal e Leo Cella. 

Jim Hall terminou a sua carreira de piloto depois de um enorme acidente em Las Vegas com o Chaparral 2G em corrida da série CanAm em 1968. 

Agora ele tinha mais tempo livre para inventar, mas outros tiveram que dirigir para testar seus experimentos. A taxa de progresso foi parado poise não podia corrigi-los como quando ele estava dirigindo.


Com a Chaparral 2H Jim Hall, provavelmente queria acrescentar outra asa ao carro para produzir o máximo de downforce. 


O Chaparral 2H aqui dirigido por John Surtees na curva Corkscrew em Laguna Seca.


 Jackie Srewart
 Vic Elford

O Chaparral 2J foi a resposta de Jim Hall para a proibição de asas escandalosamente altas na CanAm.
Dois motores Biggs Stratton movem dois ventiladores que sugam o ar debaixo do carro. Em virtude das minissaias que esfregam na superfície da pista o carro criou um vacuo na parte traseira que praticamente sugam o carro para baixo, criando enorme tração dos motores cada vez mais potentes GM. As minissaias foram feitas com um dos primeiros materiais compósitos já produzidos: Lexan produzido pela GE.






Quando Jim Hall mudou-se para Indianápolis para participar da Indy 500 ele se associou com o ingles John Barnard e produziu o primeiro monocoque composto para carros de formula da história.
O carro que usou o efeito de solo desenvolvido na F1 passou a ganhar 1980 Indy 500, bem como a CART Indycar Championship com o colega texano Johnny Rutherford. 
John Barnard, ao voltar para a Europa projetou a McLaren ao olhar da mesma forma mas ligeiramente reduzido o Chaparral 2K, a McLaren, que correu com Ayrton Senna e Alan Prost.


Obrigado Jim Hall, você nos fez aprender à pensar de outra maneira.

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Outro dia recebi um e-mail do Ludovino Perez com as fotos e o texto acima, admirador do talento de Hall tratei de traduzir o texto e mostrar para vocês...ainda não conversei com o Ludovino para saber a origem, tão logo saiba anexo ao texto.

Obrigado Ludovino pela consideração e carinho.

Um abraço 

Rui Amaral Jr 




segunda-feira, 28 de julho de 2014

GP da Hungria 2014

 Alonso 
Lewis e Nico

A vitória foi de Ricciardo mas a corrida foi sem dúvida, sem duvida alguma de dois grandes pilotos, dois talentos naturais...Alonso e Hamilton sem a menor sombra de duvida carregaram seus carros e mostraram à todos que mesmo em condições adversas o que importa é acelerar...sempre!

A corrida em 10 minutos.



 Classificação final

1. Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull-Renault) 
2. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) a 5.200
3. Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) 5.800
4. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 6.300
5. Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes) 29.700
6. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 31.300
7. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault) 40.700
8. Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes) 41.000
9. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso-Renault) 58.100
10. Jenson Button (GBR/McLaren-Mercedes) 1:06.800
11. Adrian Sutil (ALE/Sauber-Ferrari) 1:07.600
12. Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes) 1:17.800

Mundial de pilotos:

1. Nico Rosberg (ALE) 202,0 pontos
2. Lewis Hamilton (GBR) 191,0
3. Daniel Ricciardo (AUS) 131,0
4. Fernando Alonso (ESP) 115,0
5. Valtteri Bottas (FIN) 95,0
6. Sebastian Vettel (ALE) 88,0
7. Nico Hülkenberg (ALE) 69,0
8. Jenson Button (GBR) 60,0
9. Felipe Massa (BRA) 40,0
10. Kevin Magnussen (DIN) 37,0
11. Sergio Pérez (MEX) 29,0
12. Kimi Raikkonen (FIN) 27,0

Q3


 


Aos meus amigos João e Biju.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

RINO GENOVESE

Foto Leandro Claro

"Ontem faleceu RINO GENOVESE que foi o melhor preparador de motores de KART que conheci, inclusive preparou os motores de GUGA RIBAS, que com eles foi o ÚNICO BRASILEIRO a ganhar um CAMPEONATO MUNDIAL da modalidade em um ano que foi corrido nos EEUU. 
Ele RINO pertencia a uma turma fortíssima tecnicamente falando cujo chefe era COMINO em que seus """" pupilos""" eram CHE, SILVANO POZZI e RINO, isso na rua JESUINO PASCOAL que era a rua do """ veneno """ pois além deles tinha a TORKE de LUIS PEREIRA BUENO, e uma loja de peças de autos italianos pertencente a EMILIO ZAMBELLO e RUGERO PERUZZI. Muita coisa começou nessa rua.........."

Depois de um bate papo ontem com o Chico Lameirão recebi hoje um e-mail seu comunicando o falecimento de Rino, no site Kart Online encontrei uma bela matéria sobre ele assim como a foto que mostro aqui, a foto é de Leandro Claro.

Rui Amaral Jr

quarta-feira, 23 de julho de 2014

De cabeça para baixo!

Foto Reuters

Senhores, certas vezes posso parecer um pouco caustico ou saudosista, tenho deixado de comentar as belas atuações de Farfus na DTM, Nasr na GP2 e da dupla Tony e Hélio na Indy, sou assim mesmo, escrevo e falo com independência e sem o rabo preso com nada e melhor que isto escrevo para vocês que muito me honram ao acompanhar este bloguinho.
Fui um pouco duro ao comentar a panca de Massa em Hockenheim, aliás a pista está maravilhosa e possibilitou uma bela corrida. Que atire a primeira quem de nós numa largada nunca jogou seu carro para cima de outro, coisa que acontece até na F.Um, mas o que me chateia é o blá, blá blá depois...“errei sim” é tão simples de se falar!
Mas não é isto que quero comentar e sim a enorme quantidade de grana que as empresas estatais colocam em apenas dois ou três pilotos, enquanto o belo automobilismo praticado no Brasil está jogado às traças.
Do Rio Grande do Sul até o Ceara pululam as categorias regionais onde pilotos, preparadores e mecânicos mostram seus talentos e trabalham com afinco e dignidade, acontece que nosso órgão máximo a C.B.A. só tem olhos para as categorias Top de nosso automobilismo como a F.Um que apesar de vir apenas uma vez por ano deixa todos eles de rabo abanando, a Stock e o Brasileiro de Marcas que apesar dos nomes são apenas categorias monomarcas e  não fosse um menino que vem se revelando um grande bota na Stock nunca revelaram talentos para o automobilismo mundial, apesar de ótimos pilotos que nela competem, e a Formula Truck que muito bem gerida por seus organizadores pouco precisa da tal “organização” que rege nosso automobilismo. 
Não temos hoje no Brasil algumas categorias que tanto precisamos, de caráter nacional com provas regionais que levem os melhores à luta pelo titulo brasileiro...precisamos de uma ou duas categorias sérias de Formula e outra de Turismo mas sem a imposição de chassi e motor para as formulas e deixando a categoria de turismo com carros de todas as marcas sem esta aberração que é hoje o Brasileiro de Marcas que corre com apenas uma marca de motores preparados por Orestes Berta!

 Formula VEE
 Campeonato Paulista de Marcas e Pilotos


Temos em São Paulo duas belas categorias que com  algumas mudanças poderiam se adequar muito bem à isto; são a F.Vee e o Campeonato Paulista de Marcas e Pilotos.
Precisaríamos que as estatais que investem fábulas em alguns poucos pilotos dessem seu apoio ao nosso automobilismo, bancando prêmios dignos de largada e chegada, ampla divulgação das categorias em jornais, TVs e outros órgãos da imprensa, pois assim nossas equipes e pilotos poderiam oferecer um retorno aos seu patrocinadores. Veríamos assim a entrada das fábricas de autopeças, pneus, carros e outras que poderiam mostrar seus produtos ao publico, e não acontecendo o que aconteceu com um montadora que após vencer o Brasileiro de Marcas e divulgar o resultado teve seu nome envolvido em duras criticas e chacotas pois o carro que levava seu emblema corria como motor de outra marca e preparado por um argentino!
Acontece que a confederação e as federações estão pouco se importando com o que acontece em nosso automobilismo domestico se interessando apenas pelas polpudas verbas que as categorias que nomeei acima deixam em seus cofres e não batalham nem um pouco pelo automobilismo que atrai tantos pilotos dando trabalho à milhares de pessoas...e infelizmente as empresas citadas acima também nada querem com esta forma deturpada de organizar nosso automobilismo, que para quem não sabe (eles não nós) nos deu nove títulos mundiais, outros tantos em categorias regionais como a Indy, F3, F2...
Algo precisa ser feito!


Rui Amaral Jr 

Fotos: Mara Carrera 11-98722-1001 Facebook https://www.facebook.com/mara.carrera.10?fref=ufi
     

segunda-feira, 21 de julho de 2014

GP da Alemanha 2014 - Hockenheim

GettyImages
Hamilton sem duvida alguma o nome da corrida, o campeão sem duvida alguma continua rápido e aguerrido como sempre, tenho certeza que vai brigar com Nico pelo campeonato.

REUTERS
Hamilton, Kimi e Sutil

REUTERS


Grande corrida e Hockenheim foi um palco perfeito para grandes atuações, Hamilton sobrou e caso não tivesse se enroscado com Button teria certamente ido buscar seu companheiro de equipe, mas corridas e a vida não se faz de "se" e vários pilotos fizeram um verdadeiro show, Alonso, Ricciardo, Bottas, Vettel, Hulkenberg, Button, Kimi e o vencedor Nico.
O ponto triste da corrida foi o acidente de Felipe Massa, não pelo acidente em si quando Massa depois de uma largada disputadíssima pensou estar sozinho na pista tomou a curva e partiu para o ponto de tangencia como se não estivesse disputando posições. O ponto triste a que me refiro foi ver o locutor e o comentarista da TV oficial vomitando sua verborragia tentando mostrar uma situação que não existiu, notem que Barrichello se nega a comentar as sandices ditas por eles. E mais tarde as declarações do próprio piloto que pelo visto não viu o replay da largada e tentou levar ao publico uma situação que simplesmente não existiu!  


RESULTADO

1) Nico Rosberg             (ALE/Mercedes), 67 voltas em 1h33m42s914
2) Valtteri Bottas            (FIN/Williams-Mercedes)         + 20s789 
3) Lewis Hamilton          (ING/Mercedes)                       + 22s530 
4) Sebastian Vettel        (ALE/Red Bull-Renault)            + 44s014 
5) Fernando Alonso       (ESP/Ferrari)                            + 52s467 
6) Daniel Ricciardo        (AUS/RBR-Renault)                 + 52s549 
7) Nico Hulkenberg        (ALE/Force India-Mercedes)   + 1m04s178
8) Jenson Button           (ING/McLaren-Mercedes)        + 1m24s711
9) Kevin Magnussen      (DIN/McLaren-Mercedes)        - 1 volta
10) Sergio Pérez            (MEX/Force India-Mercedes)  - 1 volta

Mundial de Pilotos:

1. Nico Rosberg, 190 pontos
2. Lewis Hamilton 176
3. Daniel Ricciardo, 106
4. Fernando Alonso, 97
5. Valtteri Bottas, 91
6. Sebastian Vettel, 82
7. Nico Hülkenberg, 69
8. Jenson Button, 59
9. Kevin Magnussen, 37
10. Felipe Massa, 30
11. Sergio Pérez, 29
12. Kimi Räikkönen, 19
13. Jean-Éric Vergne, 9 
14. Romain Grosjean, 8 
15. Daniil Kvyat, 6
16. Jules Bianchi, 2

Mundial de Construtores:

1. Mercedes, 366 pontos
2. Red Bull-Renault, 188
3. Williams-Mercedes, 121
4. Ferrari, 116
5. Force India-Mercedes, 98
6. McLaren-Mercedes, 96
7. Toro Rosso-Renault, 15 
8. Lotus-Renault, 8
9. Marussia-Ferrari, 2

domingo, 20 de julho de 2014

É hoje!


quarta-feira, 16 de julho de 2014

A ESTRÉIA DO MAVERICK

 Essas duas fotos são do livro do Bird e do Luiz, a de cima, do livro do Luiz nos treinos dos 500 KM com um autógrafo do Bird onde escreveu "Bons Tempos"...obrigado Bird, vocês foram um exemplo! Me intrometendo no post do Caranguejo, Rui.  
Affonso, Marivaldo, Nilson, Bird, Luiz e Tite.

Em junho de 1973, após o lançamento do Ford-Maverick, podemos dizer que tivemos um mini-torneio (não-oficial) de cinco provas, do tipo endurance, com a estréia do Maverick nas pistas e a presença dos grandes pilotos da época. De forma oficiosa, não seria leviandade declarar o campeão dos Mavericks o piloto que tivesse a melhor performance nestas corridas.

Foram as seguintes as provas:

-25 Horas de Interlagos;

-500 Km de Interlagos;

-6 Horas de Tarumã;

-200 Milhas de Interlagos;

-Mil Milhas Brasileiras.

 25 Horas-Bird/Nilson.
25 Horas Luiz/Tite/Alex.
 Luiz e Tite vencem os 500 KM.

Luiz x Bird nos 500 KM.


De um lado estavam Bird Clemente na equipe Dropgal Ford (comandada pelo lendário Luiz Antonio Greco); no outro, Luiz Pereira Bueno na equipe Hollywood (capitaneada por Anísio Campos). Na estréia dos Mavecos, Bird ao lado de seu irmão Nilson e do gaúcho Clovis de Moraes saíram na frente com vitória na tradicional 25 Horas de Interlagos, em agosto. Peroba, secundado por José Renato Catapani e Alex Dias Ribeiro, atrasou-se e terminou em quinto. Nos 500 Km de Interlagos, os irmãos Clemente correram em dupla e L.P. Bueno inscreveu-se com Catapani. Os dois ex-pilotos da Equipe Willys (Luizinho e Bird) reviveram seus melhores tempos e lutaram por cada centímetro da pista. Impossível prever o vencedor, diante de dois pilotos de tamanho gabarito. A vitória viria no detalhe. Quando Nilson Clemente entrou nos boxes, errou o pit e as chances da equipe Hollywood aumentaram. Quando foi a vez do carro #11 ir para os boxes para o reabastecimento, foi necessário trocar os pneus (os do lado direito) e Luizinho e Tite demoraram a voltar. Após um último esforço, Bird /Nilson venceram o segundo round. Para as 6 Horas de Tarumã, novidades nas equipes. Nilson Clemente não veio ao sul e foi substituído por Ismael Chaves Barcellos e Clovis de Moraes retornou à Dropgal Ford. Na Hollywood, Luizinho preferiu ficar coordenando dos boxes e cedeu seu lugar ao Lequinho Ribeiro. Apesar da tripulação do #20 ser de maioria gaúcha, o trio Bird/Clovis/Ismael teve problemas e terminou em segundo. Os vencedores foram Tite Flecha/Alex, com a dupla Pedro Carneiro Pereira/José Asmuz em terceiro, com o melhor Opala (sim, era aquele que Bird Clemente desenvolvera para a quebra do recorde brasileiro de velocidade, três anos antes). A etapa seguinte seriam as 200 Milhas de Interlagos, mas surpreendentemente, desta vez a ausência ficou por conta da Equipe Dropgal-Ford, talvez preparando o carro para as Mil Milhas. Então quer dizer que Luizinho/Tite estavam de sangue doce, sem adversários na corrida? Que nada. A dupla Marivaldo Fernandes/Mario Patti Jr. da equipe Manah em outro Maverick, deram a maior canseira nos Hollywoodianos e só não venceram devido à quebra da alavanca das marchas e um atraso no pit-stop. A prova decisiva seriam as Mil Milhas, que não contariam com os Divisão 1, como nas quatro provas até então. Entrariam em cena os Divisão 3.

 Largada das Mil Milhas Brasileira 1973...Pedro na pole e Bird/Nilson com o 3º tempo.  


As Mil Milhas Brasileiras de 1973 foram disputadas pelos carros da Divisão 3, o que significaria um nível de preparação maior e alguma dúvida quanto à capacidade de resistência dos velozes D3 ante uma prova longa. A equipe Dropgal-Ford apresentava o #20 com um setup diferente: motorzão 302-V8 com quatro carburadores Weber 48 mm, 420 HP e Bird e Nilson ao volante, enquanto isso os Hollywoodianos...

 Nilson e Bird festejam a vitória nas 25 Horas com Greco e equipe. 


A equipe de Anísio não se inscreveu, o que animou a concorrência, outros Opalas e tais. Um deles, o do piloto Pedro Victor DeLamare foi o pole position. E de fato, no dia da corrida, DeLamare saiu feito um foguete, mas não agüentou por muito tempo. Com uma tocada segura, os irmãos Clemente foram os melhores e Bird encerrava assim sua brilhante carreira com vitórias nas mais importantes provas de turismo de então: as 25 Horas de Interlagos, os 500 Km e as Mil Milhas. Nada mau para quem só havia retornado às pistas para ajudar a carreira do irmão Nilson...

CARANGUEJO


terça-feira, 15 de julho de 2014

Marcos Fernando







Duas belas obras de meu amigo Marcos Fernando para o carro do Arturo.










Contacto Marcos 55-11-98412.2582