A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

REVISTA ILUSTRADA - Janeiro de 2014

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

1977...

Lauda supera a tragédia de Nurburgring e a final do campeonato no Japão e domina o campeonato. Mesmo tendo seu companheiro de equipe Carlos Reutmann vencido antes dele e Mario Andretti tendo vencido quatro corridas contra as três dele, faz seis segundos lugares e três corridas antes da final faz um quarto lugar em Watkins Glen e vence de forma brilhante seu segundo mundial de Formula Um!
James Hunt e Jody Scheckter também venceram três corridas cada e as outras vitórias foram de Carlos Reutmann, Gunnar Nilson, Alan Jones, e Jacques Laffite.     

 Lauda, Ferrari 312T e Andretti Lotus 78 MKIII.



quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Opiniões...

Sei que certas vezes sou um critico contundente de toda estrutura de nosso automobilismo e de jornalistas "especializados" que atuam no meio, obviamente respeito outros deles que levam à sério seu trabalho.
O texto abaixo de meu amigo Guarany surgiu de um papo no Face sobre um bom texto do Carlos de Paula com intervenções do próprio Carlos, Guarany, Paulo Delavigne, Paulo Levi e minhas. Abaixo o link para o post do Carlos.

Rui Amaral Jr


   É Rui, o BRASIL é mesmo um país sem memória . No que tange ao automobilismo então nem se fale .Nunca tivemos uma imprensa dedicada ao esporte , quando muito esforços dissipados em pequenas reportagens de jornais , folhetins ou revistas de pequena tiragem e de vida efêmera. Nunca fui pesquisador e nem tenho pretensões a ser escritor. Isto posto, volto lá para o passado, com 12 anos descobri que havia uma publicação brasileira voltada aos automóveis era a 4 Rodas que já andava lá pelo número 20 + ou - . Até então contentava-me em folhear as revistas Mecânica Popular (em espanhol e Seleções do Reader´s Digest que traziam propagandas de automóveis em seu interior). Foi quando tomei gosto pelo esporte, vivia fuçando em jornais para ver se encontrava algo em alguma coluna , nada, havia noticiário sobre boxe, corridas de cavalo, xadrez e sempre o famigerado futebol ocupando todas as páginas dos cadernos desportivos. Passado este tempo de neófito em automobilismo comecei a colecionar mais seriamente todas as publicações que eu encontrasse, de revistas especializadas brasileiras só 4 rodas e a antiga AUTO ESPORTE que era editada no Rio de Janeiro, presumo com dificuldades mil, mesmo porque a maior parte dos eventos eram em São Paulo e aquelas corridas de rua que eram feitas sempre de maneira primitiva e em cidades variadas. Com tamanha falta de estrutura de ambas as partes só podíamos ter vagas pinceladas sobre o tema, 4 Rodas por sua vez seguindo parcamente o exemplo da sua matriz italiana dedicava umas poucas páginas e sempre de uma forma vaga dos eventos. Houve época que o jornal a Folha da Tarde, através do Lenine Severino e de mais um repórter que me foge o nome, fazia vastas matérias diárias, trazendo um amplo panorama do esporte, pelo menos em São Paulo, isto foi no início dos anos 70. Depois a seção voltou a ficar anêmica até acabar. Para arrematar o assunto, eu ia dizer colecionei, mas este termo não se adequa a minha pessoa. Juntei desde meus 12 anos de idade aproximadamente 3.000 itens entre revistas, folders, álbuns e recortes que encadernei, uma loucura, mais sempre ficaram claros em alguma época, principalmente no começo . Vez por outra me deparo com alguma foto perdida na internet de carros que nem sonhava em saber que haviam corrido por aqui. Como falou o De Paula, não restaram subsídios para fazer a história do automobilismo. Uma das grandes perdas quem fez foi o pessoal do Automóvel Clube que sucateou todos os troféus e o acervo literário de nossa história, e isto não faz nem dez anos.

Guarany Ricci

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

FANGIO EM SÉBRING/1957

Fangio e Behra
El Chueco toca a Maserati.

Ano de 1957, Juan Manuel Fangio, El Chueco, prepara-se para mais uma temporada, motivado como sempre e competitivo como poucos. Longe da Equipe Ferrari, que defendera na temporada passada, ele havia voltado à sua velha conhecida, a Officine Alfieri Maserati, onde atuara de 1952 a 1954. Sua programação para as pistas em 57 seria mais uma vez voltada para a participação em provas da Fórmula 1 e dos Sport-cars, agora com a marca do Tridente. Na categoria-rainha, utilizaria o mitológico 250F, carro que conhecia como poucos e nos Sports, dividir-se-ia entre os modelos 450S e 300S. Na etapa de abertura da F1, ganha o Chueco sem maiores problemas, sinalizando que está a fim de mais um campeonato. Mas logo em seguida, nos 1.000 Km de Buenos Aires, em dupla com Stirling Moss e no comando da Maserati 450S faz a pole position, mas abandona com o diferencial quebrado. Incrível como a sorte de Fangio “virava” quando corria com Moss...Após duas vitórias sem contestações, no Grand Prix de Buenos Aires (Fórmula Libre) e no Grande Premio de Cuba (Sports), parte o Chueco para um compromisso bastante importante, as 12 Horas de Sébring, onde voltaria à Maserati 450S e contaria com o inquieto Jean”Jeannot”Behra para ajuda-lo na condução. Um ano atrás, o piloto argentino fora o vencedor da prova no aeródromo, juntamente com Eugenio Castellotti e a Ferrari 860 Monza.

A largada

Poderia ele agora repetir seu desempenho, com a 450S e o sanguíneo Jeannot? E lutando contra times como a própria Ferrari e a Jaguar? A prova começou com liderança da dupla da Ferrari Peter Collins/Maurice Trintignant, com o britânico ao volante. Behra, cai para quarto, mas imprime um ritmo forte para recuperar-se. Ele supera o outro Maserati oficial, de Moss/Harry Schell. Collins puxa o pelotão até a vigésima passagem, mas Behra o ultrapassa e continua forçando e melhora seu tempo de volta várias vezes. Ao entregar a barata ao Fangio, eles estão na dianteira e distante dos outros. O Chueco mantém a vantagem enquanto as Ferrari padecem com problemas nos freios e a dupla Moss/Schell se esforça para resistir aos avanços de Mike Hawthorn/Ivor Bueb e seu Jaguar. Irão terminar nessa ordem, com a dupla franco-argentina como a única a completar as 197 voltas e a Ferrari de Masten Gregory, o Flash de Kansas City e Lou Brero Sr. defendendo a honra de Maranello, à quatro voltas dos vencedores. Ao final daquele ano, o da quinta estrela do Fangio, ele ainda voltaria ao Brasil para duas apresentações, em Interlagos e na Barra da Tijuca, mas com o modelo 300S. Adivinhem o que aconteceu?

CARANGUEJO

Equipe Porsche e os 550RS

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NT: Comentário de Milton Bonani.

Rui, como eu sou louco por Maserati, principalmente a 300S, comprei a uns anos atrás o livro do Walter Bäumer que dizem ser o papa das 300S. Fui verificar nele os dados dessa corrida de Sebring e encontrei informações interessantes. Veja: Como o prêmio dessa corrida era bem grande e a Maserati tinha muito interesse no mercado americano, enviou para essa corrida 4 carros: 2 -300S 1 - 450S e 1 - 250, mais de 5 toneladas (!!!) em peças de reposição, 8 pilotos, 8 mecânicos e mais 10 pessoas para compor a equipe. Confesso que pela foto fiquei em dúvida se o carro do Fangio era mesmo uma 450S, mas o livro confirma que ele e o Behra correram mesmo na 8 cilindros.

Milton Bonani

 Já que os amigos comentam e ajudam muito, a foto tirada pelo Paulo Levi em Elkhart Lake.

Aos dois um abração!