A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ricardo Mansur



6ª Etapa do CPVT de Divisão 3 - Interlagos.

Essa etapa teve alguns lances inusitados, trágicos e divertidos. Largando na segunda fila com o quarto tempo na geral, senti que tinha boas chances de subir ao pódio, pelo menos na classe A. Com meu câmbio "caixa 2", minha velocidade final era muito baixa, inferior aos 180 km/h. Cheguei ao fim do retão já em 7º ou 8º. Tinha que recuperar várias posições no "miolo". Na 5ª volta, após vários carros à frente quebrarem, já ocupava a 4ª posição. Ultrapassei o Dabbur no "Bico de Pato", indo para 3º. Quando passei em frente aos boxes, sinalizaram que eu diminuía a diferença para Ingo Hoffmann! Deveria ter problemas. É hoje! Pensei! No meio da reta para a "Ferradura" notei que realmente encurtava espaço para Ingo e forcei ainda mais. Na subida da "Junção", sem ninguém a frente, meu pára-brisa simplesmente virou uma malha de caquinhos. Com a visibilidade 90% prejudicada e também com a própria vista, pois minúsculos pedaços voavam na minha direção e o pior, não alcançar para tirar o restante dos vidros, pois o cinto bem apertado não permitia. Era terrível administrar a situação, pois tinha que defender posição com estilhaços no olho, acelerador que travava e embreagem que não voltava. Tinha que trocar marchas no tempo para evitar que patinasse. Minha porta, com a pressão, nas curvas de alta para direita se abria: "Lago", "Sol" e "Laranja" A sensação de ver o asfalto, dos vidros no banco, em volta do pescoço e no rosto dentro do capacete eram horríveis. Perdi posições para o Fausto Dabbur, Claudio Cavallini e para o Fabio Sotto Mayor, chegando na 5ª posição. Foram três voltas intermináveis. O Ingo realmente teve sérios problemas por respirar grande quantidade de monóxido de carbono e quase desmaiou ao descer da Brasília. 
Bem, no meu caso, para tirar o capacete bem apertado e cheio de cacos cortando o rosto foi dificílimo, mas o inacreditável foi a quantidade de vidros dentro da cueca... Rsrsrs! 
Depois disso tudo havia a possibilidade de desclassificação por atitude antiesportiva: Abrir literalmente a porta, com propósito de evitar ultrapassagens. O reclamante: Fabio Sotto Mayor! Pô, Fabinho! Manéra aí...

Ricardo Mállio Mansur

domingo, 29 de setembro de 2013

2CV


“Será que viajar à França e não alugar um Citroen 2CV é tão grave como ir a Roma e não ver o Papa? Na dúvida, alugamos um por um dia inteiro para viajarmos pelas estradas da Borgonha. O carrinho é valente. Andamos em três adultos por 40 quilômetros e ele se comportou razoavelmente bem. É reconhecido e respeitado por todos. Ninguém reclama da sua baixa velocidade na estrada e todos acenam quando passamos com ele pelas ruas estreitas das cidades. O acabamento interno paupérrimo faz lembrar a época dos pé-de-boi, caiçaras e teimosos. Um velocímetro e dois ou três botões. A buzina é divertida, a janela tem um vidro basculante e o câmbio, ah, o câmbio...Só pode ser explicado ao vivo. Mas é divertido, principalmente quando se abre o teto solar que ocupa a capota inteira. Infelizmente sua produção parou em 1990 depois de mais de 5.000.000 de unidades fabricadas. Definitivamente um cult car.”

 Helena e Milton


Milton Bonani

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Entre um teste na NASCAR ou Ferrari meu amigo/repórter/fotografo/piloto passeia pelo mundo com sua mulher Helena, breve acredito que teremos alguma novidade dele nas pistas! Se cuidem Richrd Petty e Schummi!

Um abraço Helena e Miltão.

Rui  

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NT: As fotos são da Carolina Licati dona da Vidaboa Viagens ( http://vidaboaviagens.com.br/ ) que mora na Borgonha há 8 anos e sabe tudo de vinhos.

sábado, 28 de setembro de 2013

Nazar...

Com Sonia e Ronaldão, a cai´pirinha de rum e gin é minha! Gente querida!
só minha!

“Ronaldão, preciso bater um papo com você!” e assim começou a aventura...“Você vai ficar aqui em casa Rui e participar do programa Paixão Por Velocidade, já convidei o Cavallini!” e lá fui eu na Quarta Feira para São Vicente, cerca de 130 km aqui de casa...hora e meia depois lá estava a Fera me esperando na porta de sua casa, a Pandora super simpática passeava pela praça, só ele sabe a raça mas ela é demais!
Na casa a Sonia nos esperava e conheci a tia Lena, falar/escrever do casal Nazar é até complicado, gente querida e primeiríssima grandeza...
“Vai colocar a mala no quarto é o mesmo em que dormia Luizinho-Luiz Pereira Bueno“...e vamos para a sede da ABPC -Associação Brasil das Pistas de Competição- onde Ronaldo tem uma enorme coleção de relíquias, são carros, mil revistas e livros, fora as maravilhosas fotos autografadas, é um paraíso!

O escritório da ABPC.


O papo é sério e dele espero logo contar mil novidades à todos e logo depois somos chamados para o almoço, não sem antes tomar um caipirinha especial do Ronaldão com rum e gin, coisa de agradar até Hemingway!
Mais papos e`no começo da noite vamos para o estúdio gravar o programa Paixão Por Velocidade, onde encontramos o Cláudio Cavallini, Toni o super companheiro do Ronaldo em projetos mil e Wander. Gravado o programa vamos à um chopp e o papo rola solto, bom estar com quem sabe e conhece sobre o que fala.

Toni Vasconcelos, Ronaldo, Wander Sousa, eu e Cláudio Cavallini.
conversando com o Cláudio...
depois do programa!

Ia voltar na Quinta mas fui raptado, cooptado, abduzido, sei lá o que por essa gente querida pois mais tarde à noite era o jantar de aniversário de tia Lena, quando conheci o kartista Angelo Donadelli e a conversa entre nós foi sobre o tema de sempre o automobilismo...e por lá fiquei!

Tia Lena a aniversariante...enquanto isto lá atrás Angelo acabou de pegar um "zebra" trazer o kart de lado e fazer uma volta mais rápida!

Tia Lena, Sonia, irmã e sobrinha!



À essa família maravilhosa meu abraço mais apertado, meu carinho e um beijo!

Rui Amaral Jr  



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Spa 1953


Fróilan toma a ponta seguido de Fangio...

Não fazia muito que voltara o Fangio às pistas, depois de seu bizarro acidente em Monza no ano anterior. O Chueco estava em busca de um bom resultado, especialmente para provar a si mesmo que ainda era "um dos Gigantes".
Na Bélgica, a Maserati apareceu mais portenha do que um tango: seus pilotos eram Juan Manuel Fangio, Froilan Gonzalez e Onofre Marimon. Os Maseratis A6GCM era velozes mas 52-53 foi o período de dominação de Alberto Ascari e da Ferrari 500. "Ciccio" conseguira uma série de vitórias do GP da Bélgica/52 ao GP da Bélgica/53, onde simplesmente não tivera adversários. 
Pole, o Chueco foi surpreendido por Froilan, demonstrando a velocidade dos Maseratis, que no entanto padeciam de confiabilidade. Na volta 12, abandona o Pepe, com o pedal do acelerador quebrado e duas voltas depois é a vez de Fangio, por falha do motor. Ascari passa tranqüilo para a ponta.

O Quintuple e a Maserati A6GCM

A Maserati determina que o belga Johnny Claes (uma curiosa mistura de trompetista de jazz e piloto de corrida) ceda seu carro a Fangio para que ele possa voltar à briga. Marimon passou a defender a honra da Officine Alfieri Maserati, mantendo-se em terceiro, atrás de Mike Hawthorn e sua Ferrari 500. "Pinocchio" Marimon porém, tem que diminuir o ritmo, para não acabar como seus mentores e perde a posição para Luigi Villoresi. Entrementes, fazia o Fangio uma corrida prodigiosa, avançando do 15º lugar para a quarta posição, que um vazamento de combustível no carro de Hawthorn  transformou em terceiro lugar. A corrida alucinada do Fangio contudo, acaba em uma saída de pista na última volta, quando a Maserati se detém num barranco e joga o piloto do cockpit (sorry, nada de cinto de segurança). A batida é forte e o carro por pouco não completa o giro, caindo sobre o piloto. Mas o Maserati termina pousando sobre o eixo traseiro novamente.
Era o tipo de acidente que já cobrara a vida de muitos pilotos antes, com a palavra, Il Maestro:"Suerte. La suerte fue muy importante en mi vida. Y yo tuve mucha..."
A sinceridade (e modéstia) própria dos grandes.
Ciccio Ascari concluiu seu passeio pela região das Ardenas em primeiro, acompanhado por Gigi Viloresi e Onofre Marimon. 
Restava ao Chueco seguir amadurecendo a vitória que representaria a retomada de sua carreira...

Caranguejo


1952 o acidente em Monza