A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Seis Horas de Curitiba por Ari Moro

Lá se vão quatro anos desde que a Graziela Rocha me apresentou o Ari e ele me presenteou com alguns exemplares de seu jornal e autorizou a reprodução das matérias. Caros Ari e Graziela é sempre uma honra e um privilégio te-los aqui, um forte abraço e obrigado! 

Post de Quinta-Feira, 13 de agosto de 2009
Assim Ari Moro contou as Seis Horas de Curitiba,


A carretera 27 de Altair Barranco/José Grocoski.
"Se eu tivesse que escolher, preferiria quebrar o carro, mas, sentir o gosto de estar liderando uma prova, do que levá-lo até o final da competição, sem quebrar, mas, terminar a corrida sem ter ponteado um instante sequer." Esta, uma declaração de Altair Barranco, talvez o mais popular, o mais comentado de todos os pilotos de carreteira do Paraná, apesar de ter iniciado sua carreira numa época em que as competições automobilísticas começavam a experimentar uma nova fase, com a entrada em cena dos carros de fabricação nacional e o declínio do uso dos "carros adaptados", as famosas carreteiras.

Carretera Gordini Equipe Willys.
Carretera Gordini e um Ford.
A freada do fim da reta , briga entre Simca e DKW.
Carretera 12 de Bruno Castilho, chassi F 100, motor Mercury Interceptor e cambio Corvette.

AS SEIS HORAS DE CURITIBA


Em 1963, o jornal Gazeta do Povo promoveu a primeira das três emocionantes provas automobilísticas de rua, denominadas Seis Horas de Curitiba, reunindo pilotos locais e de outros Estados, sobretudo de São Paulo, de onde vieram nomes famosos como Bird Clemente e Wilson Fittipaldi, pilotando os Gordini e as Berlinetas Interlagos da equipe Willys. Daqui, além de Barranco, correram pilotos de peso como Bruno Castilho, Adir Moss, Osvaldo Curi (uma das carreteiras mais bonitas já feitas), Johir Parolim:
Cidalgo Chinasso, Orlando Hauer, Conrado Bonn Filho (Dinho), entre outros, além do famoso Angelo Cunha, da cidade paranaense de Laranjeiras do Sul (dono da primeira carreteira a usar aros tipo tala-larga na traseira).
A largada, no final da tarde, foi na avenida Presidente Kennedy, sentido bairro-centro, seguindo depois pela rua Mal. Floriano Peixoto, virando na avenida Presidente Getúlio Vargas, descendo a rua Brigadeiro Franco - na praça do Clube Atlético Paranaense, contornando esta praça e dali em frente por outras ruas até chegar na avenida Presidente Kennedy novamente;
Conta Barranco que, pouco antes da largada, teve um desentendimento com Adir Moss. O caso sofreu a interferência do dirigente de entidade automobilística Anfrísio Siqueira, o qual chamou os dois pilotos e disse-Ihes que só largariam se um apertasse a mão do outro e fizessem as pazes. E assim aconteceu.
Já na terceira volta Barranco liderava a corrida. Na esquina da Kennedy com a Mal. Floriano existiam umas tartarugas no meio da rua. Na primeira volta, Barranco passou por fora; na segunda, passou por dentro; e, na terceira, bateu com as rodas nas tartarugas, tendo que trocar uma delas depois. "Mesmo assim - relata - quando cheguei no final da reta da Mal. Floriano, na terceira volta, olhei para trás e não vi ninguém, nem o Gordini equipado com o motor R-8 francês dos paulistas. "
Mais tarde, Barranco entregou o volante ao piloto José Grocoski, seu companheiro de equipe. Grocoski, por sua vez, também na Mal. Floriano, pegou o meio fio e entortou uma roda da carreteira. O conserto do estrago custou à dupla um atraso de cinco voltas em relação "ao primeiro colocado. Na seqüência, Altair pegou o volante de novo e, ainda na esquina da Mal. Floriano com a Presidente Getúlio Vargas, perdeu uma roda traseira, cujo aro foi cortado por dentro, ficando só o seu miolo. "Várias pessoas correram até meu carro e ergueram-no - conta ele - enquanto eu trocava a roda. Mas, eu só dispunha de roda tamanho menor, que era usada na frente, correndo o risco de quebrar o diferencial. Assim, tive que dirigir a carreteira até o meu box, na Kennedy, a fim de trocar a roda novamente, por uma maior. "
Apesar de todos esses percalços, Barranco conseguiu tocar seu carro até o final da competição e colocá-lo em quarto lugar. A sua carreteira na oportunidade era um Ford cupê 1940 - nº 27, com motor Mercury e equipamento importado, três carburadores, dando-lhe 300 cavalos.

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domingo, 7 de julho de 2013

Força Tony!


sexta-feira, 5 de julho de 2013

MotorMachine

Caríssimo Rui
Temos novidade!
Sou agora um colaborador da MOTOR MACHINE. É uma nova publicação que trata do mundo das máquinas e da velocidade, com matérias sobre automobilismo, motociclismo, náutica, aviação e muito mais. Além disso, as páginas trazem fotos magníficas e um trabalho gráfico de primeira! Tenho certeza que eles vão longe!
Grande abraço
Gláucio Junqueiroz Teixeira

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quinta-feira, 4 de julho de 2013

24 Horas Le Mans 1949


Uma maravilhosa Bugatti Royale saudou os participantes.

Após o termino da Segunda Guerra voltavam as grandes corridas, a maioria dos carros era de antes do conflito. As 24 Horas não eram disputas desde sua edição anterior a 16ª em 1939 agora era a 17ª e uma nova era despontava no automobilismo, e uma nova marca chegava para ficar, a Ferrari!  

 Largada, eram cinco as categorias, de 501 á 750cc, 751 à 1.100cc, 1.101 à 1.500cc, 1.501 à 2.000cc, 2001 à 3.000cc e 3001 à 5.000cc. Sendo que os carros de maior cilindrada largaram à frente  na ordem acima.  Na foto pomos ver o Talbot #1 de André Morel e André Chambas, #2 Talbot de Paul Vallée e Guy Mairesse , #3 Delahaye de Charles Pozzi e Eugene Chaboud, #5 Delettrez de Jean e Jacques Delettrez.   


Quarenta e nove equipes inscritas com Delahaye, Delage, Talbot, Fiat, Singer, Realey, Simca, Renault...a grande novidade era a Ferrari 166 MM inscrita pela equipe de Lord Selsdon e pilotada por ele e Luigi Chinetti - mais tarde o fundador da NART e representante da Ferrari nos EUA -, apresentada meses antes a 166 com motor V12 de 2 litros corria na categoria até 2 litros. A única equipe de fábrica era a Aston Martin-Lagonda com o também novo DB2 pilotado por Leslie Johnson e Charles Brachenburry  #19. Ainda por causa do conflito as alemãs BMW e Mercedes Benz não puderam se inscrever, tendo um motor da BMW o 328 equipado o Frazer Nash #26 de H.J Aldington e Norman Culpan.  


Ferrari 166 MM  Chinetti/Selsdon

Foi a primeira grande vitória da Ferrari como fábrica, Enzo resolveu talvez com medo da fragilidade e pouco tempo de uso do novo carro não inscrever nenhum pela equipe oficial entregando nas mãos da equipe de Lord Selsdon a tarefa que convidou Chinetti para companheiro. Chinetti que havia vencido as edições de 1932 pilotando uma Alfa Romeo 8C 2.300 MM em parceria com Raymon Sommer e 1934 com o mesmo carro tendo como parceiro Philippe Etancelin. Outra 166 MM  a #23 foi inscrita para dupla Jean Lucas e Pierre Louis Dreyfus acidentada na volta 53. 
Antes da largada consta que Lord Selsdon bebeu até a última gota uma garrafa de conhaque e Chinetti teve que pilotar apenas as 13 primeiras horas da corrida, só então entregando o carro ao nobre companheiro que após pilotar por mais ou menos uma hora entregou o carro de volta para que Chinetti terminasse, e terminou em primeiro!      

 #57 Renault 4 CV, Camille Hardy/Maurice Roger
 Delahaye 175 S, Pierre Flahault/André Simon
 Aston Martin DB Mark II - DB2-Prototipo - Lagonda 2.6, Leslie Johnson/Charles Brackenbury, quebrou na 6ª volta.
 #8 Delahaye 135 CS, Marius Chanal/Yves Giraud-Cabantous, #4 Delahaye 175 S, Pierre Flahault/André Simon
 Talbot GS Coupé, André Morel/André Chamba
 #4 Delage D6S-3L, Louis Gérard/Francisco Godia, 4º colocado  #26 Frazer-Nash High Speed Replica Le Mans - Bristol, Harold John Aldington/Norman Culpan, 3º colocado.
 #36 Delage D6-3L, Marc Versini/Gaston Serraud
 Healey Coach Sport Elliott - Riley, Jack Bartlett/Nigel Mann 
Monopole - Simca, Jean Hémard/Raymond Lienard
 Simca Dého, Félix Lecerf/Robert Redge
 Simca Huit, Robert Tocheport/Roger Carron
 Singer 9, Jacques Savoye/Marcel Renaul

 Aston Martin DB Mark II DB2-Prototipo- Lagonda 2.6, Leslie Johnson/Charles Brackenbury,


RESULTADO FINAL




Melhor volta,  André Simon, Delahaye #4, 5:12.5 = 155.427 km/h