A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Zandvoort 1962

A primeira vitoria de Graham Hill na Formula Um


1961 marcou o inicio dos motores de 1.500cc na Formula Um, que valeria até 1965. Neste ano a Ferrari, com seu modelo 156 Shark Nose, dominou a categoria, vencendo o mundial de construtores e pilotos, com Phill Hill.
Para 1962 Sir Alfred Owen, dono da Owen Racing Organisation e por conseqüência da British Racing Motors -BRM- concluiu que apenas a fabricação de um motor próprio poderia colocar seus carros na disputa pelo campeonato, na temporada anterior a BRM havia usado o motor Conventry-Climax de 4 cilindros. 
Depois de muitas idas e vindas o novo motor ficou pronto para temporada de 1962, e estreou na primeira corrida da temporada em Zandvoort. Era um V8 à 90º com curso de 50.8mm e diâmetro de 68.5mm e desenvolvia 188hp à 10.250 rpm.
Chega então Zandvoort e a estréia do carro no Campeonato, a pole foi de John Surtees pilotando uma Lola-Climax seguido de Hill e Jim Clark.
Na largada Clark assume a ponta após um terrível acidente de Surtees, com Hill em sua cola. Mas logo na terceira volta Clark tem problemas de embreagem e Hill assume a ponta, e caminha para sua primeira vitória na Formula Um.
Este seria o seu ano, mas isso fica para outro dia...

Rui Amaral Jr     


 Carro: BRM P57 
Construtor: BRM - Inglaterra
1962
Formula 1
Motor - BRM P56
V8-90º
Diâmetro  68,5 x Curso 50,8 mm
1,498 cc
Potencia 188 Bhp a 10,250 rpm 

Com a Lotus 24 Clark quebrou na 3ª volta
As Shark Nose já não eram páreo, #4 Von Trips e #8 Ricardo Rodriguez

A CORRIDA

GRID

1ª  John Surtees_1'32.500
2º  Graham Hill_1'32.600
3º  Jim Clark_1'33.200
4º  Jack Brabham_1'33.300
5º  Bruce McLaren_1'33.900
6º  Innes Ireland_1'34.100

RESULTADO

1º  #17 Graham Hill/BRM-Arthur Owen P57
2º  #5   Trevor Taylor/Lotus 24
3º  #1   Phil Hill/Ferrari 156
4º  #2   Giancarlo Baghetti/Ferrari 156
5º  #7   Tony Maggs/Cooper Car Co T55
7º  #14  Carel Godin de Beaufort/Porsche 718
8º  #11  Jo Bonnier/Porsche 804
9º  #21  Jackie Lewis/Yeoman T53



NT: A BRM abandonou os escapamentos verticais pois quebravam muito, apesar de que isso não causasse muita alteração no motor.

O GP da França


Anexei mais um belo vídeo


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

UM DIA INESQUECÍVEL DO VERÃO DE 1948


Fangio e Nuvolari

No dia 18 de julho de 1948, disputou-se o GP da França no veloz circuito de Reims-Gueux. Oportunamente chamada pelo editor do Blog Última Volta, Marcio Madeira da Cunha, de a “Corrida dos Dois Sóis”, foi a segunda experiência de Juan Manuel Fangio na Europa. Com um Simca Gordini T15, Fangio nada mais era que um coadjuvante. No sacrifício fizera o 11º tempo e só de binóculos poderia ver o trio de Alfettas, ocupantes da primeira fila: Jean Pierre Wimille, Alberto Ascari e Consalvo Sanesi. Considerado o melhor piloto da Europa, Wimille colocara uma grande diferença entre ele e o segundo colocado (2`35.2 contra 2`44.7), que era ninguém mais, ninguém menos que Ciccio Ascari. Mas haviam outros carros além das Alfas. Talbots, uma Ferrari e um Alta e alguns Maseratis, dentre estes o novo 4CLT. 

Fangio no Simca Gordini T15
Tazio na Maserati 4CLT tempos antes.
Gigi Villoresi

O bólido seria pilotado por Luigi Villoresi e Tazio Nuvolari. Não se sabia, mas Nivola, já fragilizado pela doença, estava fazendo sua última participação em um Grand Prix e quis o destino que aquele que viria a sucedê-lo nas pistas, o Balcaceriano, estivesse presente no canto do cisne do grande campeão. Sem treinar, a dupla Villoresi-Nuvolari sairia da 16ª posição. Se Nuvolari e Fangio estavam juntos em Reims, 1948, onde andaria aquele que é nominado “o terceiro gigante”? Muito provavelmente, o jovem James Clark Júnior, no alto de seus doze anos, estaria morando em uma fazenda em Berwickshire, na sua Escócia natal e certamente, mais preocupado com seus estudos. Com uma formação de grid em 3-2-3, bastou a prova começar para as Alfas 158 dispararem na frente, seguidas por uma brigada de Talbots-Lago. 

Grid, com a mão na cintura Gigi Villoresi

Largada Wimille toma a ponta
 Wimille e a Alfa

O Fangio,com seu modesto Gordini, passava trabalho: as Alfas chegavam aos 300 km/h nas retas de Reims enquanto o T15 mal passava dos 200 km/h. Já o novo Maserati mostrava potencial. Com Gigi Villoresi ao volante, deixara para trás a “cachorrada” francesa e tentava ao menos acompanhar o ritmo de Wimille-Ascari-Sanesi. Na sexta volta, Gigi passava o comando a Tazio, mas mesmo Nivola não conseguia chegar perto das Alfas. Wimille, baixava seguidamente o recorde de volta e só deixava a liderança quando fazia um pit-stop, sendo substituído por um de seus companheiros de equipe, mas recuperava o primeiro lugar quando Ciccio ou Sanesi tinham de parar. Na 45ª das 64 voltas, Nuvolari devolve o Maserati a Villoresi. Três voltas antes, Jean Pierre Wimille fizera uma parada não-programada para consertar o radiador. Na volta 58 porém, ele já estava de novo na frente, deixando que Ciccio e Sanesi discutissem o segundo lugar. Num vacilo de Ascari, Consalvo Sanesi o passou e da mesma forma que começaram, as Alfettas terminaram, isto é, na frente. Wimille o grande vencedor, depois Sanesi e Ascari. A dupla Villoresi-Nuvolari concluiu em sétimo, com cinco voltas a menos e o Chueco, que em dois anos teria nas mãos uma daquelas poderosas Alfas 158, não terminou. O Simca Gordini primeiro tivera problemas de ignição e depois surgiram problemas no motor, quando Fangio tentou forçá-lo um pouco mais, abandonando no 41º giro. Não teríamos mais Nuvolari, que embora nunca anunciasse sua aposentadoria, morreria cinco anos depois e também não veríamos mais o campeão francês Jean Pierre Wimille, que faleceria um ano mais tarde em uma prova no Circuito de Palermo. Mas o mundo das corridas logo iria curvar-se ante aquele argentino meio calvo, de pernas tortas e olhar tranqüilo. Só que antes ele precisaria ser aceito na Equipe do Trevo.

História para outro dia.

C.Henrique Mercio

Tazio
Fangio




Links para nossos posts

A Simca Gordini T15 de Fangio em exposição na Argentina.
A Maserati  4 CLT com Gigi Viloresi em Silverstone






4º Rally das Serras

disputa de carros e caminhões é mais uma atração




São Paulo (SP) - Além das brigas pelos títulos de motos e quadriciclos, já que a prova será a última etapa do ano nas duas categorias, o 4º Rally das Serras também será movimentado entre os carros (14ª e 15ª etapas) e caminhões (10ª e 11ª). O evento, considerado um dos mais técnicos do calendário nacional, será realizado entre os dias 14 e 18 de novembro, com base na cidade de São Joaquim, mas ainda percorrendo trilhas por Urubici, Urupema, Painel e Lages. O evento terá peso 2, o que deixa a situação ainda mais propícia para a disputa.  Depois de São Joaquim, restará apenas o Rally dos Amigos, em São Paulo

As inscrições seguem abertas, e os interessados podem confirmar presença pelo site oficial, www.rallydasserras.com.br. No site ainda estarão à disposição prazos e preços especiais para inscrições antecipadas. Nos valores mencionados estão inclusos o Seguro da prova, Sistema GPS, Spot (se houver disponibilidade) e uma camiseta oficial do 4º Rally das Serras 2012.

Numa das temporadas mais equilibradas do últimos anos, o Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country Velocidade chegará indefinido a São Joaquim. Essa condição, aliada ao fato de a prova ser bastante disputada e técnica, dão ao 4º Rally das Serras a condição de decisivo para aqueles que querem o título de 2012. Das seis categorias, apenas a Caminhões Pesados está definida em favor de Guido Salvini, mas que já garantiu participação para comemorar a conquista em grande estilo.

Na Categoria Production T2, a briga segue acirrada. Rodrigo Cardoso lidera com sete pontos de vantagem para Gláucio Vanderline. Na terceira colocação está Marco Cassol. Já na Categoria Super Production, Regis Braga poderia ter fechado o Campeonato na etapa anterior, mas não conseguiu andar nem 3 km em Taubaté e agora quer decidir titulo no Rally das Serras. Sua vantagem hoje é de 25 pontos para Gunter Hinckelmann. Alberto Castro aparece em terceiro lugar.

Na disputa da Categoria Pró Brasil a briga é ainda mais complicada, pois até o sétimo colocado segue com chances matemáticas. Pequena vantagem para José Sawaia e Luis Facco, que fizeram os 1º e 2º lugares em Taubaté. Na Categoria Protótipos T1, Marcos Moraes ampliou sua vantagem para o filho Lucas Moraes, 81 a 55, o único que pode tirar seu título. Romeu Franciosi aparece na terceira colocação.


Entre os pesados, mas nem tanto, da Categoria Caminhões Leves, a situação também é de equilíbrio. Fernando Birchal leva vantagem de três pontos para Carlos Policarpo, mas a situação pode inverter para um ponto em favor de Policarpo quando se aplica o critério de descartes pelo campeonato. Ambos já estão inscritos e a  etapa, realmente,  promete.

O 4º Rally das Serras é uma realização da Racing Adventure, com promoção da Serra Catarinense Convention & Visitors Bureau, organização da Federação de Automobilismo do Estado de Santa Catarina e Federação de Motociclismo Catarinense, e supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM). O patrocínio é de Seótres, Prefeitura de São Joaquim e Mitsubishi L200 Triton, o carro oficial do Rally das Serras.

Mais informações no site oficial, www.rallydasserras.com.br   

Consultoria de Comunicação do Rally das Serras -SC:
MBraga Comunicação - Marcelo Eduardo Braga - Mtb 18324
Fones: (11) 98266-6086/98931-8977
Email: mbragacom@mbragacom.com.br



FOTOS: Claudio Reiser/MBraga Comunicação

Ferrari Drogo

A Drogo de Modena, era uma empresa de carrocerias, e duma briga entre Enzo Ferrari e alguns de seus mais caros colaboradores, Carlo Chitti entre eles, fez para o Conde Volpi esta estranha carroceria para o mais belo corro que a Ferrari fez, a 250 GTO.
O pior de tudo é que com esse pacote aerodinâmico, com a traseira desenvolvida pelo Dr.Kamm, e tendo o peso do carro sido reduzido em 100 kg, seu motor deslocado mais para trás e o centro de gravidade abaixado, ele foi mais rápido que as Ferrari oficiais nas em várias corridas do ano de 1962.
Tanto que o Velho Mafioso, ops desculpem, o Comendador Enzo Ferrari, conseguiu que a FIA o enquadrasse na categoria GT para que não concorresse com suas GTO - Gran Turismo Omologata.
A primeira foto vi no blog de meu amigo Chico Pellegrino, e depois o Milton Bonani e eu desvendamos o mistério no site do link a seguir.