A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PÉ NO FUNDO! ANEL EXTERNO -II


Tomada da "Um" cravado! O #8 um grande chassi acertado pelo Carlão, o motor um canhão feito pelo Chapa empurrando mais de 150 HPs. Me segue o #144 de meu amigo Sueco - Carlos Aparecido Gonsalves. Para algum amigo que comentou sobre meu espelho direito, só usava pelo regulamento e corria com ele fechado. Velocidade no local 200/205 kmh.


Interlagos, anel externo, velocidade pura, pé embaixo 95% do tempo, me lembra a primeira volta que dei no autódromo, a bordo do PORSCHE 550 SPIDER de meu irmão Paulo no longincuo 1961 quando tinha apenas 9 anos.
Lembra ainda o grande Luiz Pereira Bueno dando um baita trabalho a Reinold Joest nos 500KM de 1972, apesar de correr com um carro mais fraco. Lembra Celso Lara Barberis e suas três vitórias, uma em 1961, ano em que meu irmão e Luciano Mioso venceram na categoria até 2 litros. Pois bem, em 1982 ano em que corri na TEP ( D 3 ) estava programada e corremos uma prova pelo anel externo de 3.208m, foram 25 voltas neste circuito fabuloso, parte da não menos fabulosa pista de 8.000m do Autódromo de Interlagos, pista que por vontade dos dirigentes da F.1 foi totalmente descaracterizada, e que agora alguns grandes pilotos do passado, como, Bird , Chico Lameirão , Bob Sharp, Jan e outros tentam refazer. O anel externo é de altíssima velocidade, composto pelas curvas "Um ", "Dois", "Três" e uma reta torta que passa pela Junção e em subida que vai até uma curva que antecede os antigos boxes, o "Café".

Olhando feio para o Amadeu Rodrigues #40, um grande piloto e um baita cara.


Começamos a preparação do carro trocando a relação de marchas da 1ª e 2ª, já que não precisaríamos usá-las, optamos por uma "Caixa um" bem mais curta , com a 3ª marcha 0. 78 e 4ª 0.96 e diferencial 8/31 que eu já usava. Com este cambio eu poderia pular na largada junto com meus adversários, esquecendo o trauma de largar com aquela " Caixa 3 " que tanto me atrasava nas largadas. No meu caso usaria a 3ª marcha para fazer a curva "Três" e o resto do circuito seria todo em 4ª marcha. No primeiro treino na 5ª feira dois sustos, o primeiro ao chegar à curva "Três", haviam pintado o muro que circunda esta curva de branco, e como na temporada inteira ele estava sujo ao chegar e passar pela curva percebi como passávamos perto dele, ainda mais fazendo a saída da curva com o traçado que usaríamos para o "Anel Externo", o segundo na primeira volta que vim forte foi ver o contagiros chegar à tomada da curva "Um" a 7.200rpm bem mais rápido que chegava quando fazia o circuito completo. Passados os sustos era uma maravilha, pé embaixo o tempo todo, fazia a "Um " cravado e só ia tirar o pé e frear na "Três", uma freada fortíssima, contornada a curva engatava 4ª uns 200m depois, e dai para frente pé embaixo de novo, a tomada e contorno da curva "Um " eram rapidíssimos, não sei precisar a velocidade, que chegava, uns 200 km/h, mas fazer cravado dava um certo friozinho na barriga. Carro bem feito, chassi com um trabalho ótimo do Carlão e motor do sempre competente Chapa ia largar na primeira fila, não lembro a posição, mas pensava "vou dar um susto neles, vou largar junto e se der ganho esta corrida". Os mais rápidos eram o Mogames com o carro em que havia sido vice campeão da D.3 em 1981 e que estava ganhando todas as corridas, o Laércio com o carro que havia sido campeão da D. 3 no ano anterior nas mãos do Amadeo Campos, Elcio Pelegrini multicampeão da F. Vê, José Antonio Bruno, Amadeu Rodrigues, Marcos de Sordi, Bé-Clério Moacir de Souza -, Álvaro Guimarães e bem depois Artur da Cruz , Aristides , Sueco e o amigão João Lindau. No domingo, antes da largada, era só nela que me concentrava, pulando bem ia brigar lá na frente.
Placa de um minuto, primeira engatada "é hoje", placa de trinta segundos, motor a 7.000 rpm, farol vermelho, farol verde, o pulo foi perfeito, larguei na frente, a hora que fui engatar segunda ela não entrou, não sei se foi erro meu ou se o cambio que nunca tínhamos usado, para não mostrar aos outros que tínhamos uma primeira mais curta, não havia testado a arrancada suficientemente só sei que cai umas dez posições, não tanto quanto quando largávamos com a "Caixa três" pois estava no embalo, mas outra vez eu tinha de fazer uma corrida de recuperação. Passei a primeira volta já em quinto e na segunda já vinha em quarto perseguindo o Elcio, três ou quatro voltas depois estava embutido nele, só que ele era uma pedreira, estava difícil achar um espaço para ultrapassá-lo, vínhamos os dois de pé no fundo, na curva "Um" via sua luz de freio acender, só que seu carro não perdia velocidade - depois ele me contou, dava um toque no freio com o pé esquerdo para abaixar a frente do carro - , na curva "Três" a freada era no gargalo, alem disto nossos motores empurravam igual . Lá na frente o Mogames reinava absoluto, com o Laércio logo atrás mais sem condições de pressioná-lo, nesta altura virávamos cada volta no tempo de 1.04s o que era bem rápido numa média horaria de 180 KM/H. Lá pela sétima ou oitava volta eu embutido no Elcio chegamos à curva "Um", cravados a tomamos, a hora que vi seu carro estava de frente com o meu, eu olhando em seus olhos. Exageros à parte foi um baita susto, estávamos andando no limite e muito rápido, só lembro de ter tirado o pé, e saído pelo lado, graças a DEUS sem tocá-lo. Aí estava em terceiro, só que o Mogames e o Laércio tinham ido embora, na próxima volta quando vi eu estava saindo da "Dois", e eles quase na freada da "Três", tentei andar o mais rápido possível e cheguei a descontar um pouco, mais lá pela décima quinta/sexta volta, meus pneus começaram a dar sinais de fadiga e o contagiros já não chegava ao final do "Retão" aos 7500rpm do começo. Sem ninguém à me pressionar me contetei com o terceiro lugar, não sem antes fazer a melhor volta da corrida com o tempo de 1`3``alto.
 Assim terminamos , Mogames,Laércio e eu.

Podium, eu, Ricardo Mogames e Laércio dos Santos.
Ao final da corrida quando os bandeirinhas vem nos saudar é uma coisa linda de arrepiar. Sai um "maluco" de um bandeirinha da "Um" acena para os dois primeiros e quando passo ele e os outros começam a acenar as bandeiras para mim, me aponta e aplaude. Ainda bem que vinha lento pois as lágrimas teimaram em escorrer e foi assim até o box. Depois ele veio me cumprimentar, não lembro seu nome.
Ah!!! aquela errada de marcha, não digo que teria vencido, mais teria dado trabalho, lá de cima o Lindau deve estar dizendo "Alicatãooooooooooo"
Isso é apenas um pouco do que vivemos nas pistas...

Rui Amaral Jr
 






sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

QUEM, QUANDO, ONDE?


Pilotando a March 722 BDA o brasileiro Silvio Montenegro. Na treceira etapa do II Torneio Internacional do Brasil de Formula II. Dia 12 de Novembro de 1972 em Interlagos. Lá atrás largam Emerson e Wilsinho, numa história que o Caranguejo conta depois.
Agachado ao lado de Silvio, Giba, de cabelos longos Josil Garcia, ao seu lado alguém que conheço mas esqueci o nome. De camisa clara e mão na cintura Robertinho da AUTOZOOM e de prancheta na mão Edson Yoshikuma.  

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

João Campos e Márcio Campos -pai e filho faturam o primeiro Mercedes Benz Grand Challenge

Com a vitória no último dia 13 de dezembro no autódromo Velopark em Nova Santa Rita-RS, João Campos (pai) e Márcio Campos (filho) gaúchos de Farroupilha, ganharam por antecipação o 1° Campeonato Brasileiro das Mercedes Benz, que reuniu 22 carros iguais, nos diversos circuitos brasileiros.

Para o jovem (24 anos) Márcio, a sequência não poderia ser melhor, pois iniciou em 2010, quando já ganhou o Campeonato Gaúcho da categoria Corsa. Na festa no Velopark, Márcio deu a chave para seu pai dar uma volta com o Corsa – pronto... a adrenalina pela vitória voltou.


Foi uma corrida adquirir a Mercedes, prepará-la e entrar neste seleto grupo o dos 22 carros participantes do Challenge, que começaria na virada para o ano de 2011.


Para João Campos, que teve carreira das mais longas no RS e exitosa também e, que havia pendurado o volante e a sapatilha em 2005 como pentacampeão do Pick Up Racing (Ford Ranger, V-6, Bi-turbo, 300 CV), voltar ao topo aos 56 anos de idade deve ter sido a glória.


O carro: Mercedes Benz 250, #31, 4 cilindros em linha, turbo, 265 HP


João e Márcio levaremos nosso abraço pessoal em algum autódromo, naturalmente, após pódio, no lugar mais alto no correr de 2012


Um abraço,
Graziela M. Rocha e Nelson M. da Rocha

QUEM, QUANDO, ONDE?


 Essa vai para meu amigo, Danilo Kravchychyn.
Em torno do carro algumas figuras bem conhecidas.