A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cezar Fittipaldi

Muitos de nós tentaram, batalharam, para alcançar seus sonhos, alguns conseguiram outros não, mas que foi uma bela batalha, isso lá foi! Entre eles está meu amigo Cezar Fittipaldi, foi para Inglaterra com a cara e a coragem, e lá viveu seu sonho. Se chegou ou não ao topo isso pouco importa, o que importa é que foi lá e fez!
Abaixo um texto seu, para o blog que escreve, e o link em que conta sua batalha nas pistas inglesas.
Valeu Cezare!!!
Um abração, Rui

Padock em Brands Hatch.

"Amigos, eu fui mexer no vespeiro e agora saí picado! Comecei lá atrás uma despretensiosa seçãozinha “Cezar Fittipaldi – carreira de piloto na Inglaterra” onde narro minhas (des)venturas na Ilha de Sua Majestade, pelos anos 80, em busca de um lugar ao sol. Que fui fazer? Santo Deus, buscar o sol num lugar que só chove? Oras....
Bom, percebi que a seção estava engolindo o blog, e dei um tranco nela. Mandei largar de ser metida, ficar na sua, que o blog era para outras coisas: fazer amigos, palpitar, opinar, trocar experiências. Que esta seçãozinha não se metesse a besta comigo! Mas não tem jeito, volta e meia alguém me manda um e-mail reclamando da falta de atualização. O último foi o amigo André Canário, que cantou: poxa, Cezar, entro todos os dias no blog e nada de atualização!

Na chuva em Brands Hacth.
Bem, bem, regressamos ao ano da glória de 1984 – título aliás do ótimo livro do George Orwell, que inspirou a expressão “Big Brother”. O Wham! Do George Michael e Andrew Ridgley estava surgindo com “Careless Whisper”, tínhamos Duran Duran, as lindas moçoilas do Bananarama, Frankie Goes to Hollywood, com Reflex, Sheena Easton. Muitas memórias. Frio, lareira, trabalhando em dois lugares. Dono de um carro de corrida, um trailler, dois motores, um monte de peças de reposição inúteis e pagando caro pelo privilégio de usar uma garagem dentro do circuito de Brands Hatch, a cerca de 35 minutos de carro de minha casa.
Resolvi procurar outro lugar e como sempre, nos classificados da Autosport achei. Que azar! O cara se chamava Keith alguma coisa, tinha uma oficina num bairro do sul de Londres que se chama Elephant & Castle. Cara de pinguço, oficina grande e desorganizada, no entanto tinha ótimos resultados: havia feito o “running” (preparação) de pilotos como Rob Wilson (neozelandês gente boa, mistura de músico de rock e piloto, que chegou a Formula 2) e Johnny Dumfries, além de outros menos conhecidos. Combinei com ele que ele faria a manutenção do carro, além de abrir e verificar o estado dos meus dois motores. Transportei toda a minha tralha para a oficina do cara e fiquei muito feliz, pois o acordo financeiro era bem razoável.


Foi aí que começou meu calvário. Eu ligava toda semana, com esperanças de participar de algumas provas ainda no primeiro semestre de 84, e sempre ouvia a mesma desculpa: o Keith estava muito ocupado e não tivera tempo de trabalhar no meu carro, ou motores. Que droga! Quando podia eu ia assistir ás corridas em Brands Hatch e ficava morrendo de inveja daqueles que podiam competir. Eu tinha carro, mesmo velho, era meu, e muita vontade, mas as circunstâncias não ajudavam. Para piorar, como eu não tinha grana, não podia pressionar muito o infeliz. Nessa altura fiz uma certa amizade com o Johnny Dumfries, que dois anos depois foi o companheiro de Ayrton Senna na equipe Lótus. O cara é o Barão de Dumfries, um lugar na Escócia, e tem muita grana, mas era a simplicidade em pessoa, no modo de falar, no modo de vestir-se. Pagamos boas cervejas um ao outro!
Nessa altura, desolado e para baixo, recebo um telefonema deveras estranho. Um sujeito (não me lembro o nome, mas ainda tenho o cartão dele em algum lugar) se dizendo executivo de uma agência de publicidade que representava a Talbot, queria falar comigo. Não adiantou muito o assunto, mas disse tratar-se de algo relacionado à moribunda Formula Talbot – categoria de monopostos, movidos a etanol, que na altura tinha apenas 6 ou 7 carros no grid. Eles queriam resgatar a categoria. Ótimo! Marcamos uma reunião e eu fui. No interior, lugar lindo, digno de filme de James Bond, uma espécie de castelo, com aquele pátio de cascalhos na frente e uma loira espetacular na recepção. As aparências enganam....." Cezar Fittipaldi




ANTOLÓGICAS

Dov'è il mantovano.
Chueco piensa.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

SALÃO INTERNACIONAL DE VEICULOS ANTIGOS

Nosso automobilismo II


As fotos que tenho usado nestes posts, em que tento mostar um pouco de nosso automobilismo, são antigas, de uma época de ouro. Essa por exemplo é de meu amigo João Carlos Bevilacqua. É o VW Divisão 3 da Equipe Gledson/Amador, pilotado por Fabio Sotto Mayor.

 
Ontem escrevi sobre algumas coisas de nosso automobilismo que a meu ver estão erradas, e com boa vontade poderiam ser melhoradas.
Vejam bem não sou contra essas categorias que usam o mesmo equipamento, como a Stock, Montana e o Brasileiro de Marcas, sendo que este ultimo usa o monobloco do carro original.
Tenho assistido boas corridas, e o nível de profissionalismo deles é alto. Lá tenho visto bons pilotos, e alguns grandes pilotos, aqueles que realmente fazem a diferença.
O melhor exemplo disso é o Thiago Camillo, Valdeno Brito e outros. Nesta última corrida de marcas Julio Campos substituiu o Galid Osman e fez uma grande corrida, chegando no segundo lugar.
Pilotos nós temos, o que temos é que dar oportunidade de mais aparecerem.
Acredito que apenas criticar, sem oferecer uma solução ao menos exeqüível, seria leviandade de minha parte.
Pois bem, sei que temos algumas boas categorias que correm pelo Brasil afora. No Sul, temos um automobilismo forte e bastante regional, no Paraná também e aqui em São Paulo.
Gostaria de criar aqui um espaço, onde pudéssemos dar nossas opiniões e sugestões, para de alguma forma tentarmos mudar todo panorama atual.
Uma idéia que tive hoje, seria a CBA, em cada uma das grandes categorias, F. Truck, Marcas, GT3 e quem sabe até na Stock, obrigar os promotores a ter no mesmo dia de suas corridas, provas de categorias regionais, ou quem sabe até uma categoria nacional. E junto com suas divulgações, promover a categoria que fosse correr no mesmo dia. Dar a pilotos e equipes que hoje vivem sem publico ou incentivo, um pequeno espaço junto às grandes.
Em alguns casos, até obrigar um vídeo, de 10 minutos que fosse, na programação televisiva. Certamente que muitas equipes e pilotos, que hoje correm sem publico ou divulgação, poderiam ter a chance de vender espaços em seus carros.
Vejam bem, este é apenas um começo, e espero contar com a ajuda de todos, para juntarmos nossas idéias e quem sabe levá-las a alguém que se interesse por elas.