A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fangio e a Squadra Primavera.


Juan Manuel Fangio

O campeonato mundial de 1956, parece ter sido o mais difícil dos cinco conquistados por Juan Manuel Fangio em sua gloriosa carreira. No titulo de 51, a Alfetta 159 ainda era um carro competitivo e Ascari e a Ferrari 375 só tornaram-se uma ameaça depois de metade da temporada; em 54 e 55, com a fabulosa Flecha de Prata W196, o Chueco era quase imbatível e em 57, Fangio jogava com a tática do reabastecimento para ter alguma vantagem frente a adversários com carros mais evoluídos.
Mas em 56, a F1 estava em um momento de transição. A Mercedes Benz havia se retirado das pistas após a tragédia de Le Mans no ano anterior e a Lancia, também atingida por uma tragédia, a morte de Alberto Ascari, doara seus modelos D50 à Ferrari.

Fangio e a D50.

Para Enzo fora um grande negócio. A Ferrari havia fracassado com seus modelos 625, 553 e 555 (Supersqualo) e fora fragorosamente batida pela Mercedes. Com os novos carros, projetados por Vittorio Jano, o Comendador tinha a chance de voltar a dominar a categoria com nos bons tempos de Ciccio Ascari, em 52-53.
Com a contratação de Fangio, um tricampeão, a Scuderia mostrava que não estava brincando e compusera o time com mais três jovens pilotos: Luigi Musso, Eugenio Castellotti e Peter Collins. El Chueco já contava com 45 primaveras e não correria para sempre. Era preciso achar-lhe um sucessor.

Fangio no GP da Argentina em Buenos Aires.

A temporada começou pelo GP da Argentina e logo o Maestro veria que tinha agora um carro veloz...e não confiável.
Para sua sorte, o regulamento permitia que um piloto fosse inscrito em uma prova também com os carros de seus companheiros de equipe. Assim, em caso de problemas, ele poderia continuar na corrida com o carro de um parceiro, com quem dividiria os pontos obtidos.
E é o que acontece em Buenos Aires, quando Fangio, líder da corrida, tem problemas com a bomba de combustível e abandona. Imadiatamente, pega o carro de Luigi Musso e volta à pista, mas não evita uma rodada na Curva Ascari e o consequente atolamento na lama existente na curva. O Campeão é colocado de volta na corrida, graças ao empurrão de cinco comissários de prova, o que caracterizaria auxílio e lhe custaria uma desclassificação.
Mas quem teria peito para desclassificar o Chueco, numa corrida em Buenos Aires?
Ele então prossegue, recupera posições e ultrapassa Stirling Moss, cujo motor quebra, vencendo assim sua primeira corrida pela Ferrari.

Stirling Moss e a Maserati 250F em Mônaco.
Eugenio Castelloti e a D50 em Mônaco com o carro batido de Fangio.

Em Mônaco, após fazer a pole, um incidente bizarro: bate num fardo de feno quando tenta desviar de um acidente à sua frente. Com o carro desalinhado, troca-o pelo de Peter Collins. Enquanto isso, Eugenio Castellotti, que enfrenta problemas com o câmbio em sua Ferrari, troca-a pela que Fangio estava usando, já consertada e termina na quarta posição. Fangio por sua vez é segundo, nessa que é a classificação mais esquisita da F1: um mesmo piloto (Fangio) em 2ª e 4º lugares. Vitória de Stirling Moss.

Spa, o  piloto e jornalista Paul Frere levou sua Ferrari D50 ao segundo lugar.
Frere foi brilhante em ambas atividades e nos deixou o ano passado.

Em Spa, problemas de transmissão na 23ª volta produzem o primeiro abandono do Fangio em um ano. Vitória de Peter Collins. Moss perde uma roda, troca de carro com Cesare Perdisa e chega em 3º. Em Reims, o Chueco lidera a corrida, mas uma mangueira de combustível danificada o faz terminar em 4º lugar. Desconfiado de uma sabotagem, parece ter tomado nesse dia a decisão de deixar a equipe no final da temporada. Nova vitória de Collins, líder do campeonato, enquanto o argentino é apenas terceiro, seis pontos atrás. 

Silverstone.
Nurburgring, #2 Peter Collins, #1 Fangio, #7 Moss.
Monza, no começo da corrida Fangio à frente de Moss.
Moss vence em Monza e Fangio vence seu quarto Campeonato Mundial de Formula Um.
Capa da revista Autosport, Collins entrega seu carro a Fangio.

Silverstone, reação de Fangio, que vence sem maiores problemas, enquanto Collins precisa do carro de Fon de Portago para ser o segundo. Em Nurburgring, prova dura. Todas as D50 ficam pelo caminho, exceto...a de Fangio, que faz a pole e chega à frente de quatro Maseratis: Moss, Behra, Godia e Rosier. Passa também à frente no campeonato com oito pontos. Finalmente em Monza, decisão emocionante: Fangio larga na pole, mas o líder é Stirling Moss. O Maestro ocupa uma confortável segunda posição quando na volta 20, passa a ter problemas com a direção da Ferrari. Nos boxes, é surpreendido com a recusa de Musso em ceder-lhe o carro. O romano diria depois que estava bem colocado e não viu razão para "sacrificar-se". Fangio receberá a ajuda voluntária de Peter Collins, que entrega-lhe seu carro: "Siga você, Maestro. Sou jovem e terei tempo de lutar por outros campeonatos", disse-lhe Collins, sem saber que em dois anos morrerá em Nurburgring. O Chueco volta à corrida e para os que pensavam que sua estrela perdera o brilho, ela volta com força total. Terceiro no retorno, é beneficiado com a quebra do rebelde Musso e nas voltas finais, o eterno vice, Moss fica sem combustível longe dos boxes. Mas mesmo o azar de Stirling tinha limites e ele  é empurrado pelo carro de Luigi Piotti até os boxes, onde reabastece e volta à pista antes de ser ultrapassado. Vitória de Moss na corrida e do Fangio no campeonato.
Caranguejo

A Squadra Primavera

Castelotti.
Peter Collins.
Luigi Musso.

Após a morte de Ciccio Ascari, Enzo dedicou-se a procurar um outro campeão e criou a Squadra Primavera, um projeto que selecionou jovens pilotos e tentou fazer de um deles um novo Alberto Ascari, talvez.
Esses pilotos eram os italianos Luigi Musso, Eugenio Castellotti e Cesare Perdisa, os ingleses Mike Hawthorn e Peter Collins e o alemão Wolfgang von Trips. Perdisa foi o primeiro a ser rejeitado e talvez trocado por Alfonso de Portago. Fangio trabalhou ou competiu contra todos eles. Apenas Perdisa morreu de causas naturais.

Caranguejo

No link abaixo alguns outros posts de meu amigo Caranguejo. 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mais Divisão 3


Teleco - Luiz Antonio Siqueira Veiga - um bota!
Paulo Prata


Ricardo Bock
Pedro Garrafa, aqui numa configuração que corriam no Sul com motores 1.800cc.
# 74  Voltaire Moog.
Luiz Eduardo Duran, parece numa bela rodada mas ele afirma que não!
O Jr e eu usávamos conta giros JONES idêntico a este de acionamento mecânico e com espia.

  

Copa Chevrolet Montana no Rio de Janeiro.

Romera o vencedor e Galid.




Copa Montana: Leandro Romera vence, Galid Osman termina em segundo e Tomasoni em quinto, no Rio de Janeiro.
faltou pouco para que Tomasoni fosse para o pódio
Rio de Janeiro - 03/07/2011 - Faltou muito pouco para que o prognóstico de Carlão Alves desse certo, quando disse que acreditava que os seus dois pilotos poderiam subir ao pódio. Galid Osman subiu na segunda posição e Marcelo Tomasoni chegou perto, porque terminou a corrida em quinto .

A quarta etapa da Copa Chevrolet Montana, que aconteceu hoje no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, teve a vitória de Leandro Romera, que largou na segunda posição e logo nas voltas iniciais, partiu para cima de Galid Osman, que havia largado na pole position.

Galid Osman piloto da Montana 28 defendeu sua posição enquanto pode, mas uma pequena saída de traseira permitiu que fosse ultrapassado por Romera, que vinha imprimindo um ritmo bastante forte. Galid que queria terminar a corrida no pódio, não forçou uma ultrapassagem que poderia tirar os dois da prova e assim terminou a corrida na ótima segunda posição e com esse resultado ocupa agora a quinta colocação no campeonato.

Um acidente na curva Um, logo na volta inicial, abriu caminho para Marcelo Tomasoni ganhar cinco posições e teve calma suficiente para não se envolver em nenhuma confusão, se concentrou totalmente na sua prova, soube evitar disputas diretas com os adversários e foi embora para frente se livrando dos concorrentes.

Andou sozinho praticamente toda a corrida, não cometeu nenhum erro e assim conseguiu se distanciar do segundo pelotão e terminar a prova na quinta colocação, um ótimo resultado para quem apenas largou em décimo no grid.

Para o titular da equipe, Carlão Alves, o resultado do Rio de Janeiro está de bom tamanho:

"Claro que nós sempre estamos atrás da vitória, mas esse segundo lugar tem sabor de vitória para mim, porque o Galid precisava acabar bem uma corrida. Ele sempre tem largado na frente, mas por um motivo ou por outro, não tem conseguido terminar as provas numa boa colocação. Hoje foi diferente e todos da equipe vamos comemorar", contou Carlão. 

"Também fiquei muito feliz com o Tomasoni, que fez uma ótima prova, não se envolveu em acidentes, nem em brigas infrutíferas que acabam atrasando a performance do carro. Pilotou muito concentrado e por pouco não subiu ao pódio. Marcou pontos importantes para o campeonato de equipes. Está de parabéns. Agora vamos partir para Interlagos," finalizou Carlão Alves.

A quinta e próxima etapa da Copa Chevrolet Montana, será realizada no dia 07 de agosto, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos.

Resultado oficial da quarta etapa:

1º) Leandro Romera (SP), 34min08s808
2º) Galid Osman (SP), a 1s178
3º) Diogo Pachenki (SP), a 1s420
4º) Norberto Gresse (SP), a 4s186
5º) Marcelo Tomasoni (SP), a 17s192
6º) Sérgio Ramalho (SP), a 20s722
7º) Ítalo Silveira (SP), a 21s163
8º) Thiago Riberi (SP), a 22s001
9º) Fernando Fortes (SP), a 29s058
10º) Wellington Justino (SP), a 31s091
11º) Rodrigo de Melo Pimenta (SP), a 35s978
12º) Marco Cozzi (SP), a 36s664
13º) Marcelo Cesquim (SP), a 37s788
14º) Tiago Geronimi (SP), a 42s414
15º) Cláudio Cantelli Júnior (SP), a 57s822
16º) Beto Cavaleiro (SP), a 1min03s266
17º) Carlos Kray (SP), a 1min18s229
18º) Jorge Garcia (RJ), a 1min18s581
19º) Marcelo Franco (SP), a 2 voltas

O campeonato da Copa Chevrolet Montana está assim após quatro etapas: 

1º) Romera, 65 pontos; 
2º) Pachenki, 55; 
3º) Daniel, 53,5; 
4º) Riberi, 37,5; 
5º) Osman, 32;
6º) Ramalho, 30; 
7º) Gresse e Castro, 26;
9º) Cozzi, 25; 
10º) Boesel, 21; 
11º) Tomasoni e Justino, 20; 
13º) Geronimi, 12,5; 
14º) Fortes, 11,5; 
15º) Silveira e Cesquim, 9; 
17º) Pimenta, 7; 
18º) Bana e Soares, 6; 
20º) Penido e Cantelli, 5; 
22º) Kray, 3,5; 
23º) Morestoni, 3;
24º) Viscardi, 2,5; 
25º) Cavaleiro, 1

Assessoria de imprensa da Carlos Alves Competition Team 
PAULOVALIENGO comunicação e marketing MTb 56052
11 98387470 paulinhoxx@yahoo.com.br
visite:
paulovaliengocomunicacao.blogspot.com

domingo, 3 de julho de 2011

Divisão 3 em Jacarepaguá - fotos de Francisco Freire

Recebi hoje essas fotos da Divisão 3 correndo em Jacarepaguá do Francisco Freire, como minha internet está uma porcaria tive que salva-las uma a uma e em tamanho pequeno. Logo que resolva esse problema volto a mostra-las de uma forma melhor e mostrando cada carro.
De qualquer forma vê-se por elas toda beleza do hoje mutilado autódromo do Rio e a beleza que era uma corrida de Divisão 3 por lá.
Nelas reconheci muitos amigos, Expedito Marazzi, Jr Lara Campos e muitos outros. Como já disse assim que puder volto a mostra-las com toda honra que merecem.
Obrigado Francisco e um abraço.