A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 30 de outubro de 2010

Você sabe o que é o rabo de Tatú do Fusca Pós II Guerra Mundial?


Objetivando auxiliar as pessoas que se dedicam à restauração do automóvel Volkswagen com motor refrigerado a ar e construído na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, prosseguimos hoje com novas observações feitas pelo antigomobilista curitibano Waldir Kunze, baseadas num "Fusca" 1950. No tocante à buzina e às picaretas do veículo, diz ele: "A buzina estava presa ao suporte do parachoque, atrás da picareta tipo "foicinha".

O curioso aqui são as pontas das picaretas cobertas com uma aparente proteção de borracha ou equivalente, para evitar acidentes tais como cortes e outros. Não havia as tradicionais "gradinhas" nos paralamas frontais do carro, que só apareceram nos modelos de 1951/52.
A abertura do capô frontal era feita através maçaneta apelidada de "rabo de tatu".

A mesma era encontrada no capô do motor.

O carro não possuía frisos no capô frontal e tampouco nas suas laterais, introduzidos posteriormente.



O espelho retrovisor interno era oval e em 1950 tomou o formato retangular. Por outro lado, o espelho retrovisor externo não existia, sendo sempre um acessório e somente em meados da década de 1960 é que foi incorporado ao automóvel."

Já no que diz respeito ao sistema de freio, Waldir Kunze observa que os primeiros "Fuscas" tinham freio à varão, conforme pode ser visto numa das fotos que estampamos hoje.

"O freio à varão abrangia as quatro rodas" - diz o antigomobilista - obedecendo a sistema interessante: na altura do chamado "focinho de porco" havia uma "central de freio" comandada pelo pedal de pé, que acionava simultâneamente as quatro rodas.

O freio de mão acionava as quatro rodas também, pois, não havia um cabo "varão" só para as rodas traseiras. Os amortecedores traseiros eram de braços até 1950/51.

Os buracos nos quais era encaixado o macaco eram redondos. As rodas eram de 16 polegadas e rebitadas até 1952. Ao lado da alavanca do freio de mão vê-se os suportes dos botões de ar quente e do afogador manual, além do buraco onde se encaixava a alavanca do câmbio.

O assento do banco traseiro possuía as tradicionais molas à vista."

Na próxima edição, mais alguns detalhes sobre outras peças do "Fusca" alemão pós II Guerra Mundial.

Não perca!

Por Ari Moro

Agradeço ao jornalista e amigo, Ari Moro de Curitiba-PR, a cedência deste que foi publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba e Paraná Online.

Leia mais: http://ruiamaraljr.blogspot.com/2010/10/observacoes-sobre-o-fusca-pos-ii-guerra.html#ixzz13pvJkOJB

http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/486849/?noticia=VOCE+SABE+O+QUE+E+O+RABO+DE+TATU+DO+FUSCA+POS+II+GUERRA+MUNDIAL

28/10/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 27/10/2010 às 23:27:15


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cesar Ramos



Prezado Rui, é com a maior satisfação que leio seu e-mail. Claro que vc pode colocar meu depoimento em seu blog. A minha maior alegria é que eu conheço e muito bem a família do Cesar, fui colega de colégio de seu pai que também é Cesar e companheiro de Rotary do seu avô paterno Sr. Altair Ramos um grande incentivador do guri, acompanhei o sacrifício deste jovem. Sem nenhum tostão, sem pagar churrasquinho para jornalistas para sair na mídia, você sabe, principalmente aqui em Chapecó onde se você pagar sai na foto. E maior é que não nasceu em berço de ouro como outros tantos é isso que me refiro, e este titulo vale mais que qualquer outro que já vi o Brasil ganhar, acho que só o Tony Kanaan da Indy também vem de família humilde. O baile que ele deu nos italianos e cia. foi fantástico, teve prova que a organização mandou ele trocar de motor(faz parte do regulamento deles) e ai o guri com outro motor dado a ele pela organização foi lá e papou as duas provas.E esta do titulo nem se fala com problemas no carro devido a um toque ele foi ao Box e saiu feito um louco atrás do pelotão escalando um por um e faturando este tão almejado titulo. E o sonho de pilotar uma Ferrari F1. Por isso Rui é que eu fiquei feliz pois ele tem jeito pra coisa, só as grandes empresas que não vêem isso no guri pois ele não paga para sair na mídia é discreto muito discreto. Fico feliz em você colocar algo sobre ele em seu blog.e apartir de hoje eu também começarei a dar uns pitacos por lá ok?.. Rui escreva sim algo sobre este garoto quem sabe um futuro Brasileiro na F1. O problema é que nossas empresas de grande porte não vêem este tipo de piloto (pobre) mas com um talento de dar inveja a muitos filhinhos de papai. 

Um forte abraço. 

Fernando Patussi

NT: Agradeço a meu amigo Francis Henrique Trennepohl.


O site do Cesar   http://www.cesarramosracing.com/



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

#14

A bela criação do Tito Tilp para o #14
O #14 , no box a Brasília  #77 de meu amigo Adolfo Cilento e a Brasília #7 do Bruninho.


1979 eu já tinha esquecido de fazer uma carreira no automobilismo, para mim estava tudo muito confuso e complicado, não corria desde 1972 quando participei da Copa Brasil de meu amigo Antonio Carlos Avallone.
Um dia recebo uma ligação do Chiquinho Lameirão querendo que eu o ajudasse na Super Vê. Naquele ano ele tinha o patrocínio da MOTORADIO por corrida e não um contrato anual e estava precisando de um reforço de caixa para duas ou três corridas.
Chico Lameirão

Acabei acertando com ele o patrocínio não me lembro bem se por duas ou três corridas, uma lembro que foi em Interlagos, outra no Rio de Janeiro, acabei não assistindo nenhuma delas, mas foi uma baita honra ajudar o Chico um grande campeão um grande piloto e um grande amigo.
Um dia em meu escritório ele me pergunta se eu não tinha vontade de voltar a correr. E imaginem se hoje com 58 anos alguém me convidasse aceitaria, naquela época a vontade era alucinante.
Pois bem ele me conta que o Luizinho -Luiz Pereira Bueno - estava vendendo um VW D3 da extinta Equipe Hoolywood e fomos até lá ver o carro. Luizinho como sempre um verdadeiro Lord  me mostrou o carro que estava se não me engano pintado de branco sem nenhum adesivo ou marca, contou o que o carro tinha e acabei comprando.
Até hoje procuro o recibo dele, um dia com certeza acharei pois é uma relíquia de um dos maiores pilotos que conheci.
Por enquanto só tinha o carro sem nenhum motor e aí o Chico que tinha algumas peças a mais me vendeu um par de Weber 48, o contagiros Jones, algumas outras coisas e a carreta Kaiman amarela que tinha vindo para o Brasil com um dos Porsches, não sei qual.
Logo em seguida me apresentou o Gigante e comprei dois motores dele.


Não sei quantas corridas fiz com esse carro, provavelmente mais de sete, não tenho nenhuma foto guardada, um dia acho, mas foi com ele que conheci o Chapa. E como sua pintura estivesse feia pela retirada dos adesivos e pintura dos patrocinadores pedi ao João Lindau que o pintasse. Queria vermelho, mas o João disse que tinha um laranja de um Corcel e que daria um jeito da cor ficar bonita e pintou o carro.
Antes do Ricardo ajeitar seu  visual meu #14 aguarda ser descarregado da carreta Kaiman comprada do Chico, o #27 do Ricardo só observa.  

Depois das primeiras corridas o Ricardo Bock com toda sua competência artística deu um jeito dele ficar mais bonito e por fim como eu corria com a ajuda do Adolfo Cilento fez os decalques da BRITÂNIA JEANS.
Acho que ao final de 1980 eu cheio de problemas que me impediam de correr acabei vendendo o carro ao Claudinho - Claudio Carignato -que pretendia correr com ele.
Outro dia por conta do Tohmé recebi um e-mail do Claudinho me contando que não havia corrido com o carro e o transformara em um Bug, pois faltara verba para colocá-lo na pista. Ainda acerto com você Claudinho!!! Pegar aquele carro e transformar em Bug!!!
É antes de tudo muito bom escrever contando histórias de tanta gente querida que até hoje me privilegia com a amizade e carinho, Chico, Luiz que não vejo há muito tempo, Ricardo, Claudinho, e acima de tudo aqueles que já subiram, mas que estão sempre em nossos corações João, Adolfo e Avallone.
Espero que uma noite dessas eles venham puxar seu pé Claudinho.  

Veja o estado em que o Claudinho deixou o #14 antes de transforma-lo em um Bug!!! 


    



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Observações sobre o Fusca pós-II Guerra Mundial


Não há dúvida de que, restaurar um objeto ou seja lá o que for, é obra que exige, por parte de quem realiza o trabalho, muita paciência, dedicação, pesquisa, cuidado e muito mais.

No caso de restauração de automóveis antigos então, haja montanhas de paciência, pois, eles possuem, em média de 2.000 a 2.500 peças!

Mas, é justamente aí que reside a atração, o fascínio, o desafio e a satisfação de se restaurar um veículo antigo e depois orgulhosamente desfilar com o mesmo pelas ruas atraindo a curiosidade dos passantes.

Sempre surgem as dúvidas: como seria exatamente a peça original? Será que alguém já modificou-a? Considerando que antigomobilistas se dedicam à restauração do Volkswagen, o nosso popular Fusca, fabricado na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, consultamos o estudioso do assunto e antigomobilista curitibano Waldir Kunze, que esclarece alguns pontos sobre a construção deste automóvel.

Com relação aos estribos do carro, diz ele: "É curioso, senão intrigante, o fato de terem sido usados "restos" de materiais para a construção dos estribos, com a aparente função de reforça-los contra a torção sofrida pelos mesmos nos embarques e desembarques das pessoas.

Em Curitiba existe um Fusca ano 1950 cujos estribos (foto) contam com esses "reforços".

Cabe pesquisar a realidade do uso dos mesmos: era a falta ou escassez de matéria-prima logo após a Segunda Guerra?

Pela aparência desses "reforços" nota-se que parecem ser "restos" de materiais obtidos de retalhos ou até "lixo"." Por outro lado, no tocante às setas direcionais, a conhecida "bananinha" dos Fuscas pós Segunda Guerra, o senhor Kunze observa: "Na parte central superior do painel do Fusca 1950 existe a "chave" de setas que, no caso da fotografia mostrada hoje está virada à esquerda, mas, a "bananinha" acionada (levantada) é a da direita, erroneamente. A "bananinha" tem a parte metálica vincada, a qual, no Brasil ficou lisa a partir de meados da década de 50.

Abaixo e à direita da abertura do porta-luvas se vê protuberância que é por onde passa a coluna da direção quando usada do lado direito do carro. A abertura do porta-luvas tinha, de l950 a 1952, moldura-friso em alumínio, sem tampa, a qual foi introduzida em 1953 na Segunda Série do Fusca 1.200cc, além da vigia traseira de formato oval. Note-se ainda que a borracha do vidro da porta está cheia de trincas, pois, é original." Na próxima edição, novas observações do senhor Waldir Kunze.

Por Ari Moro


Agradeço ao jornalista e amigo Ari Moro de Curitiba-PR, a cedência deste que foi publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba e Paraná Online.

http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/485084/?noticia=OBSERVACOES+SOBRE+O+FUSCA+POS+II+GUERRA+MUNDIAL

21/10/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 20/10/2010 às 22:02:22