A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Dante Di Camilo

O Dante esta precisando de doação de sangue , acesse http://paperslotcar.blogspot.com/ e saiba mais . Força Dante .

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Victório Azzalin


A esquerda Victório e a MASERATI LANCIA comprada de Euclides Pinheiro , cenas das Mil Milhas e a direita embaixo a 50 nos boxes.




Hoje pela manhã tive uma surpresa , a Cláudia me diz "ligou o Sr Victório Azzalin " , meu coração disparou , não o conhecia pessoalmente , mais ouvi várias histórias suas contadas pelo Expedito Marazzi , liguei de volta e conversei com o piloto que ganhou junto com Justino de Maio as Mil Milhas de 1965 . Este encontro só foi possível por obra do Fabio Poppi que me colocou em contato com Marcelo Azzalim filho do Campeão . Simpático conversamos um pouco e fiquei de ligar à tarde , confesso que fiquei emocionado , quantas vezes eu havia guiado aquela carretera pensando nele e no Justino , quantas histórias já ouvi daquelas Mil Milhas e agora falava com o Herói daquela vitória . Vitório você e eu ainda vamos correr juntos uma Mil Milhas , duro vai ser conter a emoção . O relato a seguir é da preparação para as Mil Milhas , a história da corrida em si vem em outra postagem , com tudo que ela merece .
" Comprei a carretera do Caetano Damiani , eu queria a 34 só que ele não quis me vender . Levei ela para oficina , estava acabada , e comecei a refazê-la . Um dia aparece o Justino e me convida para correr as Mil Milhas . Levamos a carretera para sua bela oficina , onde pusemos um motor Corvette bem forte e com ajuda do Gordinho mecânico de primeira terminamos a preparação . Lembro daquele motor , era tão forte que nem o contagiros aguentava , acabamos correndo sem , os freios , ora , na hora de frear ela passarinhava , ia de um lado para outro , mais uma coisa era certa ela andava muito "
Victorio obrigado por este depoimento , em meu nome , do Fabio Poppi e de todos seus admiradores .


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

HOMENAGEM

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Revista Quatro Rodas , edição comemorativa dos 25 anos

Quando o Marazzi escreveu para revista MOTOR 3 a reportagem "Pinicos atómicos" , eu não pude acompanhar os testes , só cheguei mais tarde para tirar aquela foto com meu bigode lusitano , meus mecânicos não queriam que ninguém andasse no carro , e por isso o levaram sem motor e com as rodas de transporte .Acho que o " Velho " ficou chateado comigo , quando cheguei ele já tinha ido embora . Depois das fotos o Duran , que era um festeiro de primeira , combinou uma homenagem ao Marazzi em sua casa noturna o TALBOT na Av Henrique Schaumann para dali alguns dias .
Na noite marcada resolvi ir com a CARRETERA , para homenagear meu amigo que havia corrido com ela as MIL MILHAS de 1966 e dela me contava mil histórias . Quando estava de saída chegou o Homero e fomos juntos . Desci a Av Bandeirantes , Marginal Pinheiros ,Av Cidade Jardim ,Faria Lima ,Rebouças , e entrei na Henrique Schaumann , por onde passávamos todo mundo olhava , aquele ronco do V 8 , aqueles dois loucos guiando guiando aquela máquina , pouca gente deve ter se dado conta que não era um calhambeque e sim, a História . Ao chegarmos ao TALBOT , aglomeração encima dela , lá todo mundo sabia o que ela já havia feito . Entrei e o Marazzi estava no meio de uma roda de amigos conversando , cumprimentei-o e disse " trouxe um presente para você , vamos lá fora " . Hoje 25 anos depois ainda me lembro de seus olhos , atrás dos óculos brilharam , me olhou e disse " vou dar uma volta com ela " . A volta durou mais de uma hora , quando voltou sentou-se a meu lado e disse só " obrigado " , não falamos do assunto CARRETERA mais eu via que ele estava emocionado imaginei o que se passava em sua mente , e imaginei também como havia sido sua voltinha .
Dois anos depois estava andando uma manhã pelo Ibirapuera e encontro o Homero que dispara , " leu a QUATRO RODAS o Marazzi te fez uma baita homenagen " fui comprar a revista e ao ler a matéria pude entender sua emoção e o só " obrigado " . É " Velho " cheguei naquela noite com ela para te homenagear e você acaba escrevendo um texto maravilhoso destes . Obrigado .
NT - Dedico este texto ao amigo Gabriel , agradeço ao Careca - Julião Domingos da Silva - pelo exemplar da revista , e ao pessoal do Paperslotcar .

sábado, 7 de fevereiro de 2009

AUTOGRAFO

Ao ler ontem no blog do Carlos de Paula seu texto sobre manecas em corridas "Consultoras" me veio a memoria uma corrida , o ano 1977 ou 78 . Eu estava já algum tempo sem correr , neste ano havia patrocinado Nivaldo Correa em motos e o Chico Lameirão em Super V , e tinha comprado do Luizinho Pereira Bueno um VW D3 em que o Alex Dias Ribeiro tinha defendido as cores da HOLLYWOOD , e dois motores do Gigante , só que ainda não tinha dado tempo de correr . Comecei em uma prova do Brasileiro de D3 em Interlagos , já nos treinos uma roda do Passat do João Franco passou por mim na entrada do "S" e na classificação um motor estourado .Na época os boxes eram divididos por equipes , cada uma ficando com uma porta que ia até o fundo área do Padock , coube a mim um box ao lado do mesmo João Franco , perto do Adolfo Cilento . Bons tempos , antes de abrirem a saída para o GRID , os fiscais passavam de box em box avisando , 20 min . , a adrenalina subindo , motores esquentando , alguns já se atando aos carros , uma loucura . O João e eu conversávamos atrás do box quando surgiu aquela visão , duas manecas que na epoca participavam de uma promoção da FIAT , e faziam demonstrações com carros e macacões cor de rosa , vieram nos cumprimentar e continuaram sua caminhada . O João ficou atónito , seus olhos faiscavam e me puxando , esquecendo a largada que se aproximava , fomos conversar com elas . Pedimos um autografo e uma delas me deu uma etiqueta colante com seu nome e telefone , a outra pegou uma caneta para dar o autografo ao João e disse "autografo aonde ?" , no que ele imediatamente abriu seu macacão , tirou a malha e disse "aqui" batendo no peito . O que ela fez imediatamente . Grande cara o João , se os bandeirinhas fossem mulheres acredito que ele não terminasse uma corrida sequer , ficaria com elas acompanhando "seu trabalho". E a corrida ? Bem depois de toda essa emoção , eu que estava largando do meio do pelotão , depois de uma largada excelente , passei pelo João na entrada da "Ferradura" , devia estar entre os cinco primeiros , na "Reta Oposta" ele me tomou novamente a posição , eu grudado nele via o Adolfo no carro de trás me acenando , pensava "quer me distrair , para passar por mim" na entrada da "Junção" percebi o por que dos acenos , do bocal do tanque do carro do João escapavam rios de álcool e o Adolfo sempre cavalheiro e o grande homem que foi estava me avisando , rodei até ficar parado meio tonto naquela reta usada pelo anel externo , vendo todo mundo passar e tendo que voltar ao fim do pelotão , depois de umas duas voltas um pneu furado na curva do "Sargento" me tirou daquela bateria .
Na segunda bateria , depois de largar lá atraz , encontro no meio do caminho o Expedito Marazzi , e viemos ganhando posições , eu atraz dele , até que no meio da curva do "Sol" antes da segunda perna desta curva maravilhosa , encontramos um conhecido "alicatão" uns 20 Km mais lento que nós , e acabamos nos enroscando , o "Velho" tentou passa-lo por fora , eu vendo seu carro abrir coloquei por dentro , foi uma loucura , não batemos por puro milagre , e o referido piloto ( não escrevo seu nome nem sob tortura ) foi embora . Logo no termino desta volta , em frente aos boxes meu segundo motor explodiu , fui estacionar na entrada do "Retão" numa pista paralela que havia para serviços , onde um bandeirinha e um bombeiro vieram me ajudar a sair do carro assustados com aquela fumaceira toda .
Desolado sentei-me ao lado do carro , e ao abaixar a parte de cima do macacão vi colado na manga aquele adesivo , que aquela loira maravilhosa havia me dado , não pensei mais no prejuízo , nem na corrida , os carros passavam e eu não ouvia , só pensava na loira . O dia não era para correr , era para namorar , pena que não tivesse percebido antes da primeira largada . Quanto ao João , deve ter ficado com aquele autografo no peito por um bom tempo , duro deve ter sido explicar para patroa .