domingo, 28 de janeiro de 2024
Lola T210/212
quinta-feira, 14 de outubro de 2021
Tempos...
Por volta do 1983/84 conversava com meu irmão Paulo, que me mostrava um
recorte de jornal de seu primeiro treino pelo Anel Externo de Interlagos com o
Porsche 550 RS Spyder em 1961, quando ele e seu parceiro Luciano viraram 1`20” a
média de 144 km/h e brincando lhe disse que se assim fosse eu que havia feito
uma corrida pelo externo o ano anterior com meu VW D3, quando virei a melhor
volta da corrida com 1`3” 990/1000 à média de 180 km/h, à cada quatro voltas e
pouco colocaria uma sobre ele. Depois ele me contou que na classificação havia
virado 1`14” a média de 156 km/h, mas mesmo assim a cada seis voltas uma
colocaria nele.
Brincadeiras à parte podemos ver nestas antigas corridas pelo belo e
hoje violentado autódromo a evolução dos carros.
Não sou e nem pretendo ser um historiador, apenas conto histórias sem
me aprofundar muito em pesquisas, então vamos lá.
500 Km de 1961
link
Nos 500 Km de 1961 a pole foi do
grande Ciro Cayres com uma Maserati-Corvette com o tempo de 1`10”300/1000 à
média de 164.23 km/h. Na corrida e melhor volta 1`13”800/1000 à média de 156.44
km/h, garoava, foi de Ruggero Peruzzo que venceu conduzindo a Maserati 300S com
Celso Lara Barberis e Emilio Zambelo.
Onze anos depois, e por iniciativa do genial Antonio Carlos Avallone, nos 500 Km de 1972 correram uma miríade de carros e pilotos que venciam corridas mundo afora. Herbert Muller, que do alto de seus metro e cinquenta e poucos tocava muito, com a Ferrari 512M, Reinold Joest com o Porsche 908/3, a esperança argentina o Berta RL com Angel Manguzzi, o grande Luiz Pereira Bueno com o Porsche 908/2, Marivaldo Fernandes com Alfa T33/3 e muito mais. Alfas T33/3, McLaren, Porsches de vários modelos, Lolas, Fiat Abarth como a da grande Lela Lombardi, Ford GT40 e o protótipo Avallone derivado da Lola, um deles com motor Ford pilotado por Nilson Clemente e o próprio Avallone com outro com motor Chevrolet.
A pole foi de Reinold Joest que com o 908/3 virou 52` 404/1000 à média
de 220.31 km/h. Na corrida Muller e a 512M fizeram a melhor volta com 53”020/1000
à média de 217.75 km/h.
Comparando as quatro corridas, sendo que em 1982 quando corri o
autódromo estava muito melhor e mais rápido, mesmo que nos 500 Km de 1972;
Certamente Ciro e Celso com as Maserati com motores de mais de 300 hps,
e em 82 com pneus mesmo sem serem slicks muito melhore que os de vinte anos antes,
seriam bem mais rápidos que eu num VW com 150 e poucos hps, apesar dos slicks,
o 550 não sei, talvez virassem o mesmo que eu.
Na corrida de 1966 os tempos me decepcionaram um pouco, acredito que o KG-Porsche
de Marivaldo não estava então com o motor Porsche de dois litros com cerca de
200 hps e o Mark I segundo conversas com amigos tinha cerca de 135/140 hps.
Dezesseis anos depois e com a evolução da pista e dos pneus não creio que chegassem
a virar 1`4”.
Aqui cabe uma explicação, os pneus silicks são muito mais rápidos que
os radiais em tempo de pista, mas a velocidades, até pelo menor atrito da banda
de rodagem menor, são maiores em linha reta.
Já comparando com 1972 e aquele espetáculo inesquecível, eu teria
tomado de Luiz, Joest, Muller e outros, uma volta à cada cinco, talvez mais já
que de 1972 no começo dos slicks até 1982 os pneus evoluíram uma barbaridade,
assim com a pista melhorou.
Apenas por curiosidade, meu tempo de 1`3” alto me deixaria em 20º no grid, logo à frente do Porsche 910 de Clovis Ferreira.
E como sonhador fico aqui imaginando...Não tivessem violentado nosso
autódromo quanto viraria hoje um Formula Um ou Indy? Numa média de cerca de 310
km/h que acredito ser possível, estariam virando em mais ou menos 37` 200/1000,
imaginem o quão seria maravilhoso assistir uma corrida destas!
Rui Amaral Jr
PS: Deixei de lado uma consideração importante sobre o traçado, da saída da curva Quatro, a que entra para o circuito completo, até o lugar dos antigos boxes, onde hoje chamam de Café, a subida é acentuada, prejudicando muito os carros de menor potência.
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Autos antigos Originais. Réplicas Re-desenhos...
Em uma época que poucos fabricantes ou quase
nenhum usavam os túneis de vento para fins de performance ou economia os desenhos dos carros tinham a personalidade
de quem os desenhava . Projetos maravilhosos saiam.
Seus valores nos dias de hoje são
estratosféricos e suas manutenções estão no mesmo nível. Mesmo em não se indo
para os Super Clássicos como o Minerva, Bugatti, Rolls Royce, alguns Alfa ROMEO
e Ferrari, os de um patamar um pouco menor têm seu preço que não é para
qualquer bolso. Refiro-me aos Jaguar ,
Porsche da família do 356 e 550 Spyder, AC Cobra ou Lotus originais , ainda não
são para qualquer um de nós simples mortais de tê-los.
As réplicas começaram a ganhar força
justamente aí. Pessoas que gostam do OLD
DESING os tem a um preço mais civilizado e ao mesmo tempo com uma mecânica mais
moderna com manutenção mais em conta. Assim podem passar a desfrutar em um uso
normal, sem a preocupação de estar expondo uma preciosidade de alto valor aquisitivo,
aos perigos inerente aos dias de hoje.
Não indo longe, o preço de um dos
primeiros Porsches 356, os PRÉ-A, hoje devem estar em uma faixa de 250 a 300
mil Reais. Andar com uma relíquia dessas normalmente, é problemático. A
manutenção de suas carrocerias, normalmente de aço, que com o tempo, mais cedo
ou mais tarde chegam à corrosão. Um problema.....!!!!
Existem as réplicas - réplicas que são quase iguais aos originais, e as re- leituras. No caso dos Porsches 356 tínhamos o fabricante Envemo nas pessoas do ENG Ângelo Gonçalves e seu filho Luis Fernando, em que seus autos poderão ser considerados réplicas quase fiéis aos Porsche 356 originais, fora o material de sua carroceria , que são de fibra de vidro.
As releituras, são carros que lembram em muito o lay aut dos
originais mas em alguns deles com um andling
muito melhor, ergonomia e motorização mais atualizada.
Tive a primazia de andar em três Lotus
Seven e comprovei isso. Um original com motor Ford Cortina, sua ergonomia para
meus 1.78 era o justo necessário, ficando os pés para o trabalho nos pedais
justo demais, sem espaço para o quarto pedal de apoio.
Eng. Carlos Mazzeo e sua criação.
Ótimo que os dois projetos sigam a mesma marca de motor FORD dos Lotus originais de CHAPMANN .
Ainda sobre o tema Lotus Seven temos o
auto de Martinez/Berger, sendo que este não é uma releitura mas uma réplica.
Seu motor é um Ford 2.0 Injetado, câmbio Omega 6, diferencial Dana 3.0, com
suspensão dianteira de duplo A, e traseira de eixo rígido como os Seven
originais, com ótimo acabamento.
Em épocas outras, houve a mesma linha de
pensamento com uma releitura mecânica da parte da GLASPAC, na pessoa de Gerry
Cunninghamn, fazendo o AC COBRA GLASPAC. Teve um imenso sucesso e hoje seu
preço como réplica dos famosos AC COBRA FORD é bom, a pessoa que tem um GLASPAC
em condições normais, não perde seu investimento.
Há movimentos sendo feitos na família dos Porsche, 356 e 550 Spyder pela Achcar Cars, onde serão uma releitura. Ricardo Achcar tem o histórico da Polar do Rio de Janeiro, onde fabricou além dos protótipos D 4 motor 2 litros, os SUPER V, que foram Campeões incontestes na Fórmula VOLKSWAGEN Brasil , batendo """ AD continuom "" os chassis campeões europeus da mesma categoria, os ASTRO KAIMANN .
Também em grandes fabricantes existem releituras bem sucedidas. A mais, ou uma das mais notórias seja as do MINI COOPER, com um lay aut que lembra vagamente os MInis dos anos 60//70, mas que chegaram bem aos olhos do público. Na casa FIAT, os 500 são muito simpáticos, e na casa tedesca os FUSCA, que tem uma boa aceitação, embora particularmente eu continuaria com o """ tou arrier """.
Com um pequeno grupo desenvolvemos um Alpine Corsa que o denominamos de A 111 R
e um Street. Tecnicamente gostei, mas nos faltou oxigênio, famoso este mas raro
.......!!!!!
Antes de o governo COLLOR ter liberado
a importação, tivemos 18 pequenos fabricantes no Brasil. Sei disso pois à época
fiz um regulamento para uma categoria de réplicas. Se houver um incentivo, essa
é uma picola indústria que gera emprego e que nunca vai concorrer com os
grandes. Até os ajuda em sua aquisição de componentes e se tem projetos bem
executados os grandes poderão se
beneficiar dos pequenos estarem a usar seus motores e componentes.
Isso é um marketing ,
para quem é do ramo ......!!!!!!!!
Todos estes projetos necessitam de
apoio de todos que estimam este país chamado BRASIL
Abraço amigo Chico Lameirão