A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta maserati 250f. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta maserati 250f. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Maserati 250F

 

Ken Wharton, Reins 1954. 
Carlos de Menditeguy, Buenos Aires 1956.

Mike Hawthorn, Buenos Aires 1956.



segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Jo Bonnier

 


Zandoort 1959, sua única vitória na F.Um, BRM P25. Fez também a pole com 1`36" mesmo tempo que Jack Brabham que largou e chegou em segundo. Bonnier fez também a melhor volta da corrida com 1`37"200/1000.

1972, 24 Horas Le Mans, terço final da corrida, saindo da virada de Mulsanne a Lola T280 Cosworth DFV acelera forte para chegar à Indianapolis, quando encontra bem mais lenta a Ferrari 365 GTB de Florian Vetsch...


A Lola T280 era impulsionada por motor Ford Cosworth DFV de 3,000cc, o mesmo motor dos F.Um, com potencia reduzida para aguentar corridas de longa duração. O trio Bonnier/Larrousse/Gijs van Lennep havia se classificado com o quinto tempo 3´50" cravados, enquanto a Ferrari 356 GTB da escuderia Filipinetti pilotada por Florian Vetsch/Pillon/Chenevière largava no trigésimo sexto lugar com o tempo de 4`29"100/1000.

Daytona 1972, mesmo sem os recursos das equipes de fábrica a Lola T280 de Reine Wissel/Bonnier larga no quarto lugar. 


 Deixava vida um grande piloto, depois de dezoito anos de uma carreira consistente, muita experiência nos muitos carros que pilotou em mais de quatrocentas largadas. 
E quis a roda do destino que encontrasse naquela reta justo uma Ferrari da equipe Filipinetti, sua parceira de tantos anos, pela qual pilotou inúmeras vezes, carro alugado para um trio de amadores com pouca experiência.  

 Seriamente a carreira de Bonnier começou em  1955, correu naquele ano com Alfa Romeo 1900, A6C 3000 CM e Maserati. Em 56 foram vinte e cinco largadas, aí já um profissional conceituado e requisitados por várias equipes.  

1958 - Com Maserati 250F vence prova de Formula libre em Watkins Glen.
Com a Maserati 200S venceu algumas vezes, na foto o GP de Napoli 1958.
1.000 Km de Caracas 1957, um grave acidente com a Maserati 300S.

À partir de 1959 começa uma relação com a Porsche que lhe traria muitos resultados positivos.

Na foto com o 804, F.Um em Nurburgring 1962. 

Com o Porsche 718 vence a Targa Florio 1960 em dupla com Hans Hermann...

e com o 718 GTR em parceria com Carlo Maria Abate vence novamente em 1963.

 1964 continua com a Porsche, mas faz algumas corridas pela equipe Ferrari...

...como as 24 Horas de Le Mans em 1964, quando em dupla com Grahan Hill chegam em segundo lugar. 

Na bela Clermont-Ferrant, Jo e Innes Ireland pegam uma carona na Honda de Richie Ginther.

1966, na única vitória da marca no Mundial, Bonnier divide a tocada do Chaparral 2D com Phill Hill.

 1967 é um ano fraco, corre poucas vezes, inicia o ano correndo com uma Lola T70, depois é contratado pela Gulf para tocar Mirage M1, um fracasso da equipe. Com ele vence uma corrida de menor importância na Suécia.
 1968, Jo começa uma relação com a Lola Cars, sua equipe passa a ser denominada Ecurie Bonnier. Com as Lola ele e seus pilotos contratados correm em várias categorias, Interserie, CanAm, Europeu e Mundial de Marcas. 
Com vários carros também aluga aos pilotos locais, no Mundial de Marcas na Argentina 1972, contei aproximadamente seis carros.

Lola T210 Ford/Cosworth.
Com ela vence o Europeu de Marcas categoria dois litros. 
Lola T70 MKIIIB   no Mundial de Marcas corria com motor Chevrolet de 5.000cc, na Interseries com o Chevrolet de 7.100cc. Em algumas fez parceria com o também grande Herbert Muller.

Quando em 1972 o Mundial de Marcas passa a ter um limite de 3.000cc, a Ecurie Bonnier começa a correr com a Lola T280 Ford/Cosworth DFV, na foto com Gerard Larrousse.
Interserie 1971. Lola T222 Chevrolet 8.100cc.

 Poliglota e muito educado Jo era muito respeitado por seus pares e dirigentes, no começo da década de 1970 começa uma cruzada com vários outros pilotos para aumentar a segurança nas pistas. Fundam a GDPA - Grand Prix Drivers Association - que passa fazer vistoria e sugerir melhorias nos autódromos e situações de corridas, sendo Jo um dos elementos mais atuantes.




 Jo, um senhor piloto, uma carreira brilhante.


Rui Amaral Jr

Pesquisa e fotos;





quinta-feira, 29 de outubro de 2020

1.000 KM de Caracas - 1957

Equipe Ferrari.

Luigi Musso, outros tempos...

1957, a corrida venezuelana se transforma, mudam o circuito para um com cerca de dez quilômetros, sinuoso, com alguns trechos apertados, perigoso, e a distancia é de mil quilômetros.

A nova denominação para o GP da Venezuela é “1,000 KM de Caracas”, prova válida para o “F.I.A. World Sports Car Championship”, sendo sua sétima etapa.

Válida para o mundial quarenta e um carros se inscreveram e largaram trinta e oito.

A 335 Sport de Collins/Phil Hill, 1º lugar .

TR 500 58 de von Trips/Seidel. 3ª e 1ª na categoria até dois litros. 

A Ferrari com nove carros, quatro da equipe, duas 335 Sport para as duplas Hawthorn/Musso e Phil Hill/Collins. Duas 250 TR-58 para Von Trips/Seidel e Trintgnat/Gendebien.

450S de Moss/Brooks.

450S de Behra/Brooks.

A bela 200S de 2.000cc de Sergio Gonzalez/Alberto Gutierrez, inscrito por equipe venezuelana.

A Maserati também com nove carros, quatro da equipe, duas 450S para Behra/Moss/Schell com Brooks de reserva e a outra Moss/Brooks com Behra e Schell na reserva. Duas 300S Bonnier/Scarlatti/Brooks e Gutierrez/Godia-Sales/Scarlatti/Brooks.

Masten Gregory/Duncan com outra 450S, da equipe Bueli.

Porsche seis carros.

Corvette C1 de Jim Jeffords/Fred Windridge

Corvette quatro


AC Ace motor Bristol de 1971cc de Augusto Gutierrez/Deblin.

AC seis.


 OSCA MT4 de Isabelle Haskell/Alessandro de Tomaso. 

Osca três.

Aston Martin DB3S de João Rozende Dos Santos/Francisco Borges.

Um Aston Martin DB3S e uma Lotus Seven.

Três mulheres inscritas, Isabelle Haskell com Alessandro de Tomaso numa Osca MT4. Ruth Levy e Denise McCluggage de Porsche 550 RS que chegaram em décimo terceiro lugar, quarto na categoria até 1.500cc.

A grande ausência foi Juan Manuel Fangio, recém coroado com seu quinto Campeonato Mundial de Formula Um.

GRID

Nos treinos Moss detona os cronômetros, as Maserati 450 S são mais rápidas que as Ferrari 335 Sport. Na classificação Moss crava a pole com 3`41``100/1.000 segundos, média de 161 km/h, meio mais rápido que seu companheiro Tony Brooks e quatro e meio mais rápido que a Ferrari de Hawthorn/Musso os terceiros.

 

O circuito é rápido e perigoso...

A CORRIDA

Masten Gregory.Masten Gregory toma aponta com a 450S, para logo ao final da reta dar a primeira do que seria uma série de pancas! Saiu rápido do carro que já ameaçava pegar fogo.

Hawthorn toma a ponta.

Depois Behra, provavelmente dando volta no 550 RS de Edgar Barth/von Hanstein, 5º colocado e vencedor na categoria até 1.500cc. 

Hawthorn e Collins com as 335 Sport tomam a ponta com Behra na 450S vindo logo atrás. Moss que caiu para último na largada já vem em décimo. Na volta trinta e um Moss crava 3”39””449/1.000 a melhor volta da corrida, quase dois segundos abaixo da pole, vem no segundo lugar, atrás de Collins, para logo a seguir encontrar o AC-Ace de Dressel,  e numa bobeada do inglês e talvez dele mesmo, batem numa freada!

O Ac-Ace de Antonio Izquierdo/Juan Uribe.

O Ac Ace de Hap Dressel...

...e o estado da Maserati de Moss.

Algumas volts depois Behra trás sua 450S para reabastecer, e numa cena de arrepiar, quando Behra dá a partida uma chama começa a arder na traseira do carro, ele pula e cai se machucando, o mecânico chefe da Maserati se queima gravemente. O chefe da Maserati manda Moss tomar o lugar de Behra, o  inglês ainda meio atordoado por causa da panca, sai com o carro para na volta seguinte parar...seu traseiro queimava com alguma brasa do fogo. Schell assumiu a 450S para em algumas voltas tomar a ponta. 

A Maserati de Binnier no poste e a de Shell no muro...

e pega fogo! 

Vinte três voltas depois Schell vem ponteando soberbamente sobre as Ferrari, e ao colocar volta sobre seu companheiro de equipe Jo Bonnier, com uma 200S de 2.000cc. Estoura um pneu de Bonnier e os dois batem, segundo o relato da Wikipédia, ambos conseguem pular de seus carros antes das batidas, em artigo que li talvez décadas atrás e que não encontrei, o autor afirma que foram lançados. A 200S de Jo se parte ao meio na batida com um poste, tendo ele se ferido. A 450S de Harry bate num muro e felizmente ele saiu ileso.

Fim da corrida para a equipe da Maserati, as 335 Sport, que não eram páreo para as 450S, nadaram de braçada...

RESULTADO



A Maserati que havia chegado a Caracas com uma mão no titulo mundial, agora via sua arqui rival colocando quatro carros nos quatro primeiros lugares. A Ferrari vencia o mundial, apenas cinco pontos à frente.

A equipe Ferrari cruza a linha de chegada com os quatro carros alinhados, como fez cerca de dezoito anos depois em Daytona! Pena que não encontrei a foto.

Depois dessa corrida a Maserati, leia-se família Orsi, resolveu acabar com a equipe de fábrica, havia vencido o mundial de Formula um com Fangio, e este seria seu segundo campeonato sobre a equipe de Enzo.

Continuou fabricando carros de corrida, apenas que agora apenas os vendia a equipes particulares. Um grande exemplo foi a Mod 61-Birdcage, uma sucessora à altura das grandes 250F e 450S.

 

Rui Amaral Jr

 

Fontes de pesquisa e fotos: 

WIKIPEDIA https://en.wikipedia.org/wiki/1957_Venezuelan_Grand_Prix

Racing Sports Cars https://www.racingsportscars.com/race/Caracas-1957-11-03.html

 

domingo, 29 de março de 2020

Algumas fotos e alguns fatos!



Nestes dias de quarentena sei que deveria escrever mais, quieto aqui em casa, com meu filho e os cachorros, encontrei um montão de coisas para fazer, inclusive dar uma espiada em meus arquivos fotográficos.
Perdoem-me os autores das fotos, pois fora a do Julio, que é de seu arquivo, das outras não conheço os autores.


Formula Super V, Julio Caio Azevedo Marques vence em Cascavel com seu compadre  Nelson Piquet em segundo.


As belíssimas Ferrari 312P na chuva. Monza 1972 - #1 Jacky Ickx/Clay Regazzoni a vencedora; #2 Ronnie Peterson/Tim Schenken, Terceira colocada; #3 Brian Redman/Arturo Merzario, não terminou.


Na saída do S, na frente os pinheiros da curva do Pinheirinho, um carro roda, me parece a Maserati de Zampiegi, carro de Chico Landi. Enquanto lá no alto um carro vai subindo a Reta Oposta. Provavelmente final da década de 50 do século passado.


Autódromo do Rio, na frente a bela Alfa Romeo Giulietta Sprint Zagato, depois um Malzoni-DKW, um protótipo WV, não sei se Ricardo Achcar. Uma carretera Gordini ao lado de uma Alfa Giulia, atrás uma Alfa GTA ao lado de uma Berlinetta.
Apesar da diversidade, e da diferença técnica entre os carros, este belo automobilismo fez um bi-campeão do mundo, abrindo caminho para outros seis títulos.


Nurburgring 1968; Um apressado Jack Brabham, Brabham BT26, pede passagem em pleno Karroussel à Piers Courage, BRM P13. Black Jack terminou em quinto lugar e Piers em sétimo.


Copa Brasil 1970-Só quem conheceu o Avallone sabe de tudo que fez por nosso automobilismo, um grande empreendedor, faz falta. Na foto a largada de uma das baterias  das etapas, na pole o Porsche 908/2 de Alex Soler-Roig, ao seu lado a Lola T70 de Wilsinho Fittipaldi e o outro Porsche 907 de Jorge de Bragation. Atrás se vê uma Lotus Europa, que pode ser do português Ernesto Neves, bem como uma Alfa P33, outro Porsche e vários carros que corriam por aqui. 

  
Le Mans 1958 virada de Mulsanne; #5 o belo Aston Martin DBR/300 de Roy Savadori/Lewis-Evans/Carrol Shelby, quebrou e Shelby não pilotou.  #32 Porsche 550RS do valente Carol Godin de Beaufort/Herbert Linger, quinto colocado na geral e primeiro na categoria. E o #12 a Ferrari 250 TR de Mike Hawthon/Peter Colins/Luigi Musso, quebrou.


Agora três de meus/nossos grandes ídolos... Mestres na arte de pilotar deixaram suas marcas nas pistas e, em nossas memórias.


 Luiz Pereira Bueno e a March 711 num belo sobresterço na curva Bico do Pato em Interlagos, no GP Brasil de 1972.  A equipe Hollywood alugou este carro da March para Luiz correr o GP que homologou o autódromo para corridas da Formula Um, e outras categorias mundiais. No intervalo dos treinos Luiz em algumas voltas pelo Circuito Externo, estabeleceu o recorde daquele belo trecho do então fabuloso autódromo. Quem já pilotou um carro alugado sabe das dificuldades, motor, amortecedores, pneus e outra coisitas não são do mesmo nível que as do piloto da equipe, no caso Ronnie Peterson. Fora que qualquer quebra, ou panca, fica por sua conta! Luiz, apesar dos pesares, levou com sua competência a um bom termo sua estréia na Formula Um. (Já pilotei, e sei que algumas vezes o desconforto pode ser grande! Rui)  
   
Juan Manuel Fangio, o Quintuple, e a Maserati 250F num belo sobresterço.  

Jim Clark e a Lotus 19. 1963, Jimmy pilota para a equipe Californiana Arciero Bros. Em Laguna Seca. Notem que o carro vem saindo com as quatro rodas, com certeza no limite. E a proteção da pista com cercas de madeira e fardos de feno!  


Caranguejo e Rui