A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O acidente de Jules Bianchi


Desculpem mas volto ao tema depois de assistir o vídeo, sinceramente como já falei no post anterior era uma cena que passava por minha cabeça cada vez que via um tratorzão daqueles ao lado da pista!
Certas vezes ao escrever penso que não me faço entender, não sou jornalista ou escritor, apenas alguém que já viveu dentro das pistas e ainda vive e tem uma certa visão ou conhecimento de tudo que acontece lá dentro e ao seu redor.
Rejeito totalmente quando alguém chama pilotos de super homens, ninguém o é...uns como meus ídolos maiores Jimmy Clark e Tazio Nuvolari, ou ainda Ayrton, Fangio e outros mais que superavam à todos como uma rapidez e domínio do carro impressionantes, eram super pilotos nunca super homens, tinham os mesmos sentimentos, expectativas e medos, sim medos pois ele é uma coisa constante na atividade apesar de alguns desavisados acharem que não.
Alguém para sentar num carro em que nem sempre o banco é confortável...barulhento, apertado até perder o ar por um cinto que mais parece um instrumento de tortura, sacolejando até não poder mais e ainda receber pancadas à toda hora de uma suspensão mais dura que qualquer coisa e que transmite cada uma dessas pancadas para suas costas e bunda só pode ser um pouquinho maluco ou maluco ou ainda totalmente maluco!
Vejam bem apesar de todos os erros ocorridos no GP do Japão 2014, tenho certeza absoluta que a grande maioria dos pilotos mesmo vendo aquele enorme trator ao lado da pista jamais gostaria de tirar o pé do acelerador, e mesmo que o regulamento com toda parafernália eletrônica que hoje existe o obrigar a isto ele o vai fazer no mínimo possível.
Não importa a categoria seja uma Vee com seu motor de uns 120hp ou uma F.Um com 700/800 a adrenalina segue solta numa corrida de meia hora ou de duas horas, o piloto sempre quer ir para frente brigar por um lugar mesmo que seja no fim do pelotão!
Certa vez conversando com um grande amigo meu sobre um acidente em Interlagos, com condições iguais ao GP do Japão em que perdeu a vida outro piloto perguntei a ele por que largou e sua resposta foi a que eu já sabia, um piloto num Box distante ligou o motor a adrenalina de quem estava longe subiu e aí...
Tive a mesma sensação tantas e tantas vezes quando passava pelo box que a largada seria em tantos minutos e algum motor rugia lá no fundo!
A morte nas pistas é algo que nos ronda constantemente é parte do esporte todos sabemos então cabe aos dirigentes e organizadores tentarem minimizar ao máximo sua possibilidade, olhar cada detalhe e cabe também aos pilotos mostrarem onde ela está perto...o resto é pé embaixo, tentando sempre uma posição à frente ou segurar o que vem atrás, é o automobilismo é o que gostamos apesar de sabermos que o perigo ronda!

À Jules, estamos torcendo e orando por você.

Rui Amaral Jr             

terça-feira, 8 de abril de 2014

YES, NÓS TEMOS CORRIDAS


Atualmente, o mundo é uma aldeia global, é fácil ao torcedor brasileiro assistir à apresentação de um esportista de renome, um top liner, seja de que modalidade for, sem contar os recursos audiovisuais. Mas antigamente, seria tão mole assim? Tudo era longe, o Brasil era longe e no caso do automobilismo, tínhamos por aqui locais ainda acanhados e alguns outros se desenvolvendo ainda e que com certeza não atrairiam os grandes nomes de destaque. Certo? Errado. O lado de baixo do Equador sempre contou com eventos importantes e com a presença dos maiores. Achille Varzi, piloto italiano, rival único de Tazio Nuvolari aqui esteve em 1947, no GP da Gávea no Rio. Abandonou a prova e ainda assistiu outro notável “ás” do volante, Luigi “Gigi” Villoresi, de Maserati 4CL, perder a corrida para Chico Landi e seu Alfa 308. E o que dizer do badaladíssimo GP de São Paulo de março de 1949, realizado uma semana antes do GP da Gávea? Nessa ocasião, não esteve no Brasil apenas Gigi Villoresi, como também Giuseppe Farina e o fantástico Alberto Ascari. Cabe ressaltar que dentro de um ano, Nino Farina seria o campeão mundial de automobilismo, pilotando a histórica Alfetta 158 sem contar a trajetória de Ciccio Ascari, vice-campeão para Fangio em 1951 e bicampeão da F1 entre 52-53. Em São Paulo, os dois campeões enfrentariam Chico Landi e sua Maserati 1500, orgulho da torcida. Ascari dispunha de um Maserati 1500 também, assim como Villoresi. Farina teria uma Ferrari 2000. Landi contava com o Alfa 3000 que comprara de Achille Varzi, mas que vendera ao carioca Henrique Casini. Por ocasião do IV GP de São Paulo, os pilotos fizeram um acordo. Casini emprestaria ao Landi o carro que já lhe pertencera. Os carros dos pilotos brasileiros estavam em atividade há mais de dois anos e não podiam competir em condições de igualdade com os carros que os italianos estavam trazendo, todos novos. Enquanto esperava, Landi treinou com o Maserati 1500. Junto ao pole Farina (3’53”20) e Ascari (3’57”40), Landi (4’06”00) dividiu a primeira fila com Jaime Neves em sua Alfa 3000. 


Luigi "Gigi" Villoresi pilota uma Maserati 4CLT  em Silverstone - 1948.
 Alberto "Ciccio" Ascari pilota uma Alfa Romeo Alfetta 1948. Carro que daria em 1950 no primeiro mundial de Formula Um o titulo à Nino Faraina.

 No centro Chico Landi na largada do GP de Bari 1951 com uma Maserati 8CLT . "Seu" Chico havia vencido a prova no ano de 1948 pilotando uma Ferrari 166SC.  
Ciccio na Maserati 4 CLT
Giusepe "Nino" Farina vence o primeiro mundial de F.Um 1950.
Nino com a Alfetta vence a primeira corrida da moderna F.Um em Silverstone 1950.

No dia da prova porém, Chico Landi foi surpreendido pela recusa de Henrique Casini em cumprir o acordo que haviam feito. Casini resolveu poupar o Alfa para a prova da Gávea e não só não enviou o carro como nem apareceu com qualquer justificativa. Mas o espetáculo teria de prosseguir. Na largada, Farina tomou a ponta, acompanhado de Landi, Villoresi e Ascari. Ainda na primeira volta no Retão, Landi passou Farina, mas seu maior conhecimento da pista não lhe serviria muito. Na 2ª volta, Gigi Villoresi era o ponteiro e a ele juntar-se-ia Nino Farina. A briga italiana deixou Landi para trás porém na quinta volta, Farina assume a ponta e distancia-se de Gigi Nazionale. Mais atrás, problemas para o piloto brasileiro. Uma biela fez Chico Landi abandonar na 8ª volta. Chico todavia consegue retornar com a Maserati 3000 de Francisco Credentino. Com problemas mecânicos, quem faz uma corrida apagada é Ciccio Ascari, cada vez mais atrasado. Problemas tirarão da prova o favoritíssimo Farina, que perdeu uma roda na Curva do Lago e tudo beneficiou Luigi Villoresi. Gigi vence com Chico Marques em segundo. Ascari é apenas o quarto uma volta atrás e Landi, com o carro emprestado em quinto. Tudo no dia em que dois campeões do mundo, andaram por esta terra. Bem como o pai de Alberto, Antonio Ascari, que contam, também aqui esteve não como piloto e sim como trabalhador.

Caranguejo

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Gigi e Ciccio
Gigi um grande piloto que sobreviveu à loucura que eram os carros de corridas de sua época!


"Caranguejo, você sabia que Ciccio correu no Brasil?", assim começou este post, horas incontáveis de conversas ao telefone e muitas pesquisas depois e sem encontrar sequer uma foto da corrida em Interlagos meu amigo escreve este interessante texto de uma época que parece apagada da memoria de nós que gostamos de automobilismo!  

Aos grandes pilotos aqui citados e à todos outros que nunca se apagarão de nossas lembranças!

Rui Amaral Jr

Uma de nossas fontes de pesquisa o jornal "O Estado de São Paulo"  
acervo digital




terça-feira, 15 de outubro de 2013

400 KM/H

Bernd no Auto Union Typo D 1938

 E o risco absurdo que os pilotos corriam naqueles dias. Os engenheiros inventavam e a pilotada é que enfrentava.
Temos em nossos arquivos, essas quatro fotos de Bernd Rosemeyer, a respeito de sua tentativa malograda de tentativa de recorde em janeiro de 1938 na Autobahn de Frankfurt a Darmstad. 
O Stromlinienwagen era um carro extremamente instável e não tinha estrutura para agüentar a pressão aerodinâmica, andando a 400 km/h.

As finas chapas de alumínio se deformavam.
O extrator traseiro do ar que passava abaixo do carro.

Bern se prepara para segunda passagem.

O teste era realizado em duas medições (ida e volta). A primeira parte transcorreu sem problemas, embora em uma das fotos, possamos ver que o painel lateral já apresenta deformações. a terceira foto é uma das últimas do piloto ainda com vida e preparando-se para a passagem de retorno.
Já ouvi falar também que uma corrente de ar poderia ter desestabilizado o carro.

 O memorial à Bernd
O local do acidente.

Bernd Rosemeyer:
Nasceu em 14 de outubro de 1909 (ontem faria aniversário).
Começou sua carreira com as motos (como Tazio Nuvolari), fuçando na oficina do pai.
Sua relação com a Auto Union iniciou logo depois e então, já com os carros, venceu seu primeiro GP em Masaryk, na Tchecoslováquia, em 1935.
No ano seguinte, foi campeão europeu de automobilismo, desbancando o principal piloto da Auto Union, Hans von Stuck. Em 1937, conquistou fama em outros países depois de  vencer a Copa Vanderbilt nos Estados Unidos.
Casou-se com a aviadora Elly Beinhorn, mãe de seu filho Bernd Jr.
Na época, dizia-se que a potencia dos Auto Union era tão "brutal" que somente dois pilotos - Rosemeyer e Tazio Nuvolari - tinham a habilidade para extrair tudo que o equipamento poderia render.
Faleceu aos 28 anos, apenas dez semanas após o nascimento de Bernd Jr.
É isso aí.

Caranguejo


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domingo, 3 de março de 2013

MASERATI

MASERATI

Luigi "Gigi" Villoresi 
Gigi na 4 CLT 1948
4 CLT 1947
 4.500 S2 1957
 300 S 1956
 450S 1957

 450 S3 1957
 450 S 1957
300S Spyder 1956
  Richard Seaman, Maserati V8, Nurburgring 1936
 Tazio Nuvolari e Rraymond Sommer Maserati 4CL  - Marseilles 1946
 Froilan Gonzalez, Maserati A6GCM, GP da Inglaterra 1953 
  Juan Manuel Fangio, Maserati A6GCM, GP da Inglaterra 1953 
 Maserati 450 S Spyder, Jean Behra e André Simon, Le Mans 1957 
GP da França 1958 #34 Juan Manuel Fangio, Maserati 250F, #8 Stirling Moss, Vanwall 57

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

UM DIA INESQUECÍVEL DO VERÃO DE 1948


Fangio e Nuvolari

No dia 18 de julho de 1948, disputou-se o GP da França no veloz circuito de Reims-Gueux. Oportunamente chamada pelo editor do Blog Última Volta, Marcio Madeira da Cunha, de a “Corrida dos Dois Sóis”, foi a segunda experiência de Juan Manuel Fangio na Europa. Com um Simca Gordini T15, Fangio nada mais era que um coadjuvante. No sacrifício fizera o 11º tempo e só de binóculos poderia ver o trio de Alfettas, ocupantes da primeira fila: Jean Pierre Wimille, Alberto Ascari e Consalvo Sanesi. Considerado o melhor piloto da Europa, Wimille colocara uma grande diferença entre ele e o segundo colocado (2`35.2 contra 2`44.7), que era ninguém mais, ninguém menos que Ciccio Ascari. Mas haviam outros carros além das Alfas. Talbots, uma Ferrari e um Alta e alguns Maseratis, dentre estes o novo 4CLT. 

Fangio no Simca Gordini T15
Tazio na Maserati 4CLT tempos antes.
Gigi Villoresi

O bólido seria pilotado por Luigi Villoresi e Tazio Nuvolari. Não se sabia, mas Nivola, já fragilizado pela doença, estava fazendo sua última participação em um Grand Prix e quis o destino que aquele que viria a sucedê-lo nas pistas, o Balcaceriano, estivesse presente no canto do cisne do grande campeão. Sem treinar, a dupla Villoresi-Nuvolari sairia da 16ª posição. Se Nuvolari e Fangio estavam juntos em Reims, 1948, onde andaria aquele que é nominado “o terceiro gigante”? Muito provavelmente, o jovem James Clark Júnior, no alto de seus doze anos, estaria morando em uma fazenda em Berwickshire, na sua Escócia natal e certamente, mais preocupado com seus estudos. Com uma formação de grid em 3-2-3, bastou a prova começar para as Alfas 158 dispararem na frente, seguidas por uma brigada de Talbots-Lago. 

Grid, com a mão na cintura Gigi Villoresi

Largada Wimille toma a ponta
 Wimille e a Alfa

O Fangio,com seu modesto Gordini, passava trabalho: as Alfas chegavam aos 300 km/h nas retas de Reims enquanto o T15 mal passava dos 200 km/h. Já o novo Maserati mostrava potencial. Com Gigi Villoresi ao volante, deixara para trás a “cachorrada” francesa e tentava ao menos acompanhar o ritmo de Wimille-Ascari-Sanesi. Na sexta volta, Gigi passava o comando a Tazio, mas mesmo Nivola não conseguia chegar perto das Alfas. Wimille, baixava seguidamente o recorde de volta e só deixava a liderança quando fazia um pit-stop, sendo substituído por um de seus companheiros de equipe, mas recuperava o primeiro lugar quando Ciccio ou Sanesi tinham de parar. Na 45ª das 64 voltas, Nuvolari devolve o Maserati a Villoresi. Três voltas antes, Jean Pierre Wimille fizera uma parada não-programada para consertar o radiador. Na volta 58 porém, ele já estava de novo na frente, deixando que Ciccio e Sanesi discutissem o segundo lugar. Num vacilo de Ascari, Consalvo Sanesi o passou e da mesma forma que começaram, as Alfettas terminaram, isto é, na frente. Wimille o grande vencedor, depois Sanesi e Ascari. A dupla Villoresi-Nuvolari concluiu em sétimo, com cinco voltas a menos e o Chueco, que em dois anos teria nas mãos uma daquelas poderosas Alfas 158, não terminou. O Simca Gordini primeiro tivera problemas de ignição e depois surgiram problemas no motor, quando Fangio tentou forçá-lo um pouco mais, abandonando no 41º giro. Não teríamos mais Nuvolari, que embora nunca anunciasse sua aposentadoria, morreria cinco anos depois e também não veríamos mais o campeão francês Jean Pierre Wimille, que faleceria um ano mais tarde em uma prova no Circuito de Palermo. Mas o mundo das corridas logo iria curvar-se ante aquele argentino meio calvo, de pernas tortas e olhar tranqüilo. Só que antes ele precisaria ser aceito na Equipe do Trevo.

História para outro dia.

C.Henrique Mercio

Tazio
Fangio




Links para nossos posts

A Simca Gordini T15 de Fangio em exposição na Argentina.
A Maserati  4 CLT com Gigi Viloresi em Silverstone






quarta-feira, 5 de setembro de 2012

MONZA


Tazio Nuvolari vence as Auto Union.
Tazio vencendo nas motos 
 1967 Graham Hill, Lotus 49 e Jack Brabham
1967, Jonh Surtees, Honda RA300 vence com Black Jack em , Brabham BT 24 em segundo à 200/1000
1967 largada
1983 Piquet, Brabham BT 52B, larga na ponta para vencer  
1966, Ludovoco Scarfiotti - Ferrari 312/66 V12  
 1972, Emerson vence com a Lotus 72D
1971, Chris Amon, Matra-Simca MS 120B,  nesta corrida ele perdeu a viseira, e a oportunidade de brigar pela vitória.
1971, Peter Ghetin, BRM P160 o vencedor à 10/1000 de Peterson e 80/1000 de Cevert, Tyrrel 002
Ghetin, Ronnie Peterson, March 711 e Clay Regazzoni, Ferrari 312 B2   
 1955 Jangio e Moss, Mercedes Benz W196

  
1978, acidente de Ronnie 
 Vitória de Rubens Barrichello, Brawn BGP 001
 Fangio e a Maserati 250F, 2º lugar no ano de seu 5º titulo 
 1974, Ronnie, Lotus 72D vence com Emerson, MacLarem M23 em sua cola, e a caminho de seu 2º titulo