A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

"El Nigher" vence em Pescara...

Corpo avantajado e tez escura, Giuseppe Campari foi um dos grandes nomes do automobilismo europeu, na foto com sua Alfa Romeo P2 e sua equipe de mecânicos da Scuderia Ferrari após a vitória de 1928 na Coppa Acerbo, venceu a copa ainda em 1927 e 1931 sempre de Alfa Romeo.
Começou sua carreira como mecânico de competições e acompanhante na Alfa Romeo, tempos depois já estava pilotando...à partir de 1920 começou à vencer e vencer, se rivalizando com os grandes da época como, Tazio Nuvolari, Antonio Ascari, Achille Varzi, Gigi Vilorezi e tantos outros.
No filme "Amarcord" de Fellini mostra sua passagem pela cidade de Rimini, provavelmente em uma das duas Mille Miglia que venceu em 1928/29. 1928 pilotando a Alfa Romeo 6C 1.500 SS Spyder Zagato e 1929 a Alfa Romeo 6C 1.750 Spyder Zagato, em ambas tendo como assistente o grande mecânico Giulio Ramponi.
Perdeu a vida em Monza no ano de 1933 numa corrida logo após o GP Monza. Na primeira volta sua Alfa pegou uma mancha de óleo na Curva Sul, saiu da pista morrendo Campari imediatamente.
Este foi apenas um pequeno apanhado da vida deste grande piloto, o Caranguejo e eu sempre combinamos em contar mais de sua vida e vitórias, quem sabe um dia...


Aos grandes pilotos de todas as épocas e aos meus amigos Paulão, Edwin e meu sócio Caranguejo.

Rui Amaral Jr






"El Nigher" vence em Pescara...

Corpo avantajado e tez escura Giuseppe Campari foi um dos grandes nomes do automobilismo europeu, na foto com sua Alfa Romeo P2 e sua equipe de mecânicos da Scuderia Ferrari após a vitória de 1928 na Coppa Acerbo, venceu a copa ainda em 1927 e 1931 sempre de Alfa Romeo.
Começou sua carreira como mecânico de competições e acompanhante na Alfa Romeo e tempos depois já estava pilotando...à partir de 1920 começou à vencer e vencer se rivalizando com os grandes da época como, Tazio Nuvolari, Antonio Ascari, Achille Varzi e tantos outros.
No filme "Amarcord" de Fellini mostra sua passagem pela cidade de Rimini, provavelmente em uma das duas Mille Miglia que venceu em 1928/29, em 1928 pilotando a Alfa Romeo 6C 1.500 SS Spyder Zagato e 1929 a Alfa Romeo 6C 1.750 Spyder Zagato em ambas tendo como assistente o grande mecânico Giulio Ramponi.
Perdeu a vida em Monza no ano de 1933 numa corrida logo após o GP Monza. Na primeira volta sua Alfa pegou uma mancha de óleo na Curva Sul e saiu da pista morrendo Campari imediatamente.
Este foi apenas um pequeno apanhado da vida deste grande piloto, o Caranguejo e eu sempre conversamos em contar mais de sua vida e vitórias, quem sabe um dia...


Aos grandes pilotos de todas as épocas e aos meus amigos Paulão, Edwin e meu sócio Caranguejo.

Rui Amaral Jr






segunda-feira, 19 de outubro de 2015

TAZIO


 Agosto de 1953, morreu o Mantovano Volante. Não mais teríamos o espetáculo, o fogo, a arte do genial Tazio Giorgio Nuvolari, o primeiro Gigante das Pistas. Ao saber da notícia, Enzo Ferrari parte para Mantua, mas se perde no labirinto de estradas do lugar. Resolve parar para pedir informações e avista a casa de um latoeiro. Desce do carro e pergunta ao velho profissional, o caminho para a casa de Nuvolari. O artesão deixa o que está fazendo e ao invés de responder, circunda o carro de Ferrari. Ao avistar a placa de Modena, ele parece compreender, aperta a mão de Enzo com vigor e sussurra: “Obrigado por terem vindo. Um homem assim não vai nascer de novo”.

Tazio numa Alfa Romeo da equipe comandada por Enzo.

CARANGUEJO


Com Vincenzo Flório 

Certas vezes o Caranguejo me surpreende como hoje. Sem combinarmos meu amigo me envia este pequeno e sublime texto sobre nosso grande herói. Sobre o Tazio sempre conversamos muito e ele sabe que quem me apresentou a épica carreira do Mantovano Volante foi Adolfo Cilento outro grande amigo e piloto de primeira. Na época apesar de ler muito sobre automobilismo Tazio era uma lenda distante...agora graças ao Caranguejo a lenda continua presente em nossas páginas.

Abraços

Rui Amaral jr 





sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O GAROTO

O Mantuano na época da Auto Union.

Na Alfa Romeo P3 




A grandeza de um homem pode muitas vezes ser mensurada pela riqueza das histórias que ele deixa atrás de si. Na Targa Florio de 1932, TAZIO NUVOLARI, aquele que segundo um monumento em sua honra na cidade de Roma é o último dos grandes pilotos antigos e o primeiro dos grandes pilotos modernos, foi informado que deveria levar um mecânico como acompanhante durante o percurso da prova. Franzino e magro, Nuvolari foi falar com Enzo Ferrari, então seu chefe de equipe na Alfa-Romeo e pediu que lhe fosse designado um auxiliar que pesasse tanto ou menos do que ele. Enzo encontrou um jovem mecânico, tão magricela quanto o mantuano. Preocupado que sua condução pudesse assustar o garoto, Nivola combinou com o parceiro que o avisaria quando estivessem se aproximando de algum ponto de maior perigo durante a competição. Ele então deveria se abaixar atrás do painel e só sair de lá quando a dificuldade tivesse passado. No fim da prova, mais uma vitória de Tazio, Enzo foi perguntar ao mecânico como tinha sido a experiência. “Nuvolari começou a gritar na primeira curva e só parou na última. Estive deitado no fundo do carro o tempo todo”, contou o garoto.



Na Vanderbild Cup 1938.



CARANGUEJO


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NT: 35, 40, talvez mais, tantos são os posts que o Caranguejo e eu escrevemos sobre o Mantuano e certamente vamos continuar...abaixo um link que leva à vários posts escritos pelo meu parceiro ou por mim...Tazio vive!


Rui Amaral Jr

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Conta Rogério.

O grid de largada na "mão inglesa". O pole Bianchi está à esquerda, tendo ao lado o Brabham do português Felipe Nogueira que teve que emprestar o carro de Teddy Yip pois o seu foi embarcado por engano para São Francisco nos EUA. (foto do livro Colour and Noise)

Bianchi no final da corrida, tranquilo, até dá uma olhada no fotógrafo.(foto do livro Colour and Noise)

Rui, segue um texto sobre o GP de Macau de 1966, com base na leitura do livro Colour and Noise de Philip Newsome. Seguem as fotos em separado com legendas:
"A participação de Mauro Bianchi no Grande Prêmio de Macau de 1966, abriu uma nova era nas corridas realizadas anualmente na antiga colônia portuguesa na China.  Pela primeira vez participava um piloto profissional de renome internacional e com um carro competitivo como provou ser. Bianchi fora contratado pela Renault para fazer publicidade da sua nova agência de carros na vizinha colônia britânica de Hong Kong.

Bianchi passa raspando o muro na parte estreita do circuito localizada na colina da Guia. 


No ano, o belga Bianchi tinha participado das 24 Horas de Le Mans terminando em nono. Com o mesmo carro, um Renault Alpine de 1300cc, foi a sensação no difícil circuito de Macau de 6,2 km conduzindo o carro com grande habilidade e quebrando a barreira de 3 minutos, ao fazer a melhor volta nos treinos com 2m.57.6s. A imprensa em furor até queria saber como ele alcançou o feito, superando em mais de 6 segundos o antigo recorde, especulando com perguntas bobas como “o que ele teria comido” ou “com quem ele teria saído na noite anterior”.
Apesar de ter largado na pole-position, logo foi superado pelo Brabham do português Felipe de Nogueira e por um Lotus 23B. Mas aos poucos foi superando seus oponentes, inclusive superando o possante Porsche Carrera do japonês Shintiro Taki que chegou em 3º, e ganhou a competição com uma vantagem de um minuto sobre o 2º classificado, o chinês Albert Poon conduzindo o seu Lotus 23. A corrida teve 60 voltas e foi percorrida em 3h.12m.23.2s 
A vitória deu ao Bianchi um status de herói, sendo muito festejado e assediado por fãs, tanto que mereceu dele o comentário de que raramente se via tal entusiasmo nos circuitos europeus, o que o fez sentir-se um Stirling Moss ou Tazio Nuvolari.
Curiosamente, a partir desta edição, que teve 68 inscrições classificando-se 29 para a largada, a publicidade passou a ser liberada nos carros. 
Na época as corridas eram de “Formula Libre (Livre)” na qual participavam todas as categorias de carros, como de turismo, monopostos tanto de Fórmula Júnior ou Fórmula 2, esporte e protótipos.
Vários pilotos brasileiros já participaram do “Grande Prémio de Macau” tal como Roberto Pupo Moreno, Maurício Gugelmin, Ayrton Senna, Maurízio Sandro-Sala, Christian Fittipaldi, Felipe Nasr, Gil de Ferran, Rubens Barrichello, etc.. Senna foi o vencedor em 1983 com um Ralt-Toyota RT3, ano em que a Fórmula 3 passou a ser a categoria padrão para a corrida principal, mantida até hoje."

Rogério Da Luz

O piloto chinês Albert Poon com um Lotus 23 ultrapassa o japonês Shintiro Taki com um Porsche Carrera. Poon ficou em 2º a um minuto do Bianchi e o japonês em terceiro; (foto do livro Colour and Noise)



As fotos são curiosas pois se vê na 4 Bianchi passar pelo Lotus Super 7 capotado do piloto chinês Ho Kar Sur, que perdeu os sapatos (foto 5), e sentado, descalço, sendo consolado pelo fiscal de pista inglês (foto 6). Seguem mais 3 fotos na próxima mensagem.


As fotos acima fui eu que fiz. As demais são do antigo jornal chinês The Star. 



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Seguindo as postagens que resolvi denominar "Conta ..." onde grandes nomes que atuaram em vários segmentos de nosso automobilismo prestam seus depoimentos trago agora o do super fotografo Rogério Da Luz, que se junta aos meus amigos Crispim, Fernando Fagundes, Chico Lameirão, Julio Caio, Jr Lara, Arturão, Duran, Caveira, Ronaldão, Conde, Poppi, Ricardo Achcar, Ricardo Bock, Comendador Canini, Paulo Delavigne, Benjamim Rangel, Regina Calderoni, Claudio Cavallini, Ricardo Mansur e muitos outros, e divide com todos nós um pouco de suas experiencias.
Neste meio tempo ficamos, o Caranguejo e eu com tempo para pensar o que vamos escrever além de ficarmos maravilhados pelos textos de quem esteve lá, e por falar em Caranguejo soube por fontes fidedignas que vem aí um novo post sobre Jimmy Clark, vamos ver!
Obrigado Rogério pelo privilégio, é uma honra e esteja sempre à vontade que a casa é sua.

Um abraço

Rui Amaral Jr






terça-feira, 11 de novembro de 2014

Nas duas e quatro rodas!

Tazio Nuvolari
Tazio na Auto Union 1938, quando ninguém mais podia vencer ele era chamado!
 Em Monza 1928



Comentando hoje no blog de meu amigo André com o Borgmann a bela foto de Mike The Bike em Interlagos falamos dele de Big John Surtees e citamos outros grandes nomes do motociclismo. 
É complicada e tarefa de sair das duas rodas e passar para as quatro e não foram muitos os que conseguiram à contento, mas também é complicado para mim lembrar de todos, e com minha habitual mania de nada consultar vou escrevendo ao vento e vou tentar me redimir um pouquinho aqui.
Falamos do Expedito Marazzi que era bom nas duas e quatro rodas mas deixei de lado tantos e tantos pilotos que admiro tanto e que jamais poderia esquecer.
O assunto dessa transição foi motivo de muitos papos com o Expedito mais de trinta anos atrás. A maior dificuldade para o motociclista quando pilota um carro é a aproximação das curvas, a freada que nos carros é muito mais “lá dentro“, o contorno das curvas que mesmo hoje em dia o das motos é mais lento e a retomada quando transmitir a potencia ao solo é mais difícil numa só roda, acredito que não mudou muito ou então veríamos o grande Valentino Rossi pilotando uma Ferrari!
E para compensar meu esquecimento vou citar alguns grandes nomes que foram botas nas duas e quatro rodas; os campeonissimos Tazio Nuvolari e Alberto Ascari, também Johnny Cecotto, Adú Celso,  Carlinhos Aguiar, Jean Pierre Beltoise...

Big John 
México em 1970 com a Cooper-Maserati
Com a incrível Norton Manx, no ano de 1955 venceu com ela 68 das 76 corridas que participou.

Expedito
 Na Divisão 3
Com uma Honda 750

Beltoise
 Mônaco 1972 com a BRM.
Com uma Morinni 250cc

Adú Celso
 Com a Yamaha 350 TZ
Na Formula 2.

Mike "The Bike" Haiwood
 Com a Surtees TS19
E a MV Agusta



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O acidente de Jules Bianchi


Desculpem mas volto ao tema depois de assistir o vídeo, sinceramente como já falei no post anterior era uma cena que passava por minha cabeça cada vez que via um tratorzão daqueles ao lado da pista!
Certas vezes ao escrever penso que não me faço entender, não sou jornalista ou escritor, apenas alguém que já viveu dentro das pistas e ainda vive e tem uma certa visão ou conhecimento de tudo que acontece lá dentro e ao seu redor.
Rejeito totalmente quando alguém chama pilotos de super homens, ninguém o é...uns como meus ídolos maiores Jimmy Clark e Tazio Nuvolari, ou ainda Ayrton, Fangio e outros mais que superavam à todos como uma rapidez e domínio do carro impressionantes, eram super pilotos nunca super homens, tinham os mesmos sentimentos, expectativas e medos, sim medos pois ele é uma coisa constante na atividade apesar de alguns desavisados acharem que não.
Alguém para sentar num carro em que nem sempre o banco é confortável...barulhento, apertado até perder o ar por um cinto que mais parece um instrumento de tortura, sacolejando até não poder mais e ainda receber pancadas à toda hora de uma suspensão mais dura que qualquer coisa e que transmite cada uma dessas pancadas para suas costas e bunda só pode ser um pouquinho maluco ou maluco ou ainda totalmente maluco!
Vejam bem apesar de todos os erros ocorridos no GP do Japão 2014, tenho certeza absoluta que a grande maioria dos pilotos mesmo vendo aquele enorme trator ao lado da pista jamais gostaria de tirar o pé do acelerador, e mesmo que o regulamento com toda parafernália eletrônica que hoje existe o obrigar a isto ele o vai fazer no mínimo possível.
Não importa a categoria seja uma Vee com seu motor de uns 120hp ou uma F.Um com 700/800 a adrenalina segue solta numa corrida de meia hora ou de duas horas, o piloto sempre quer ir para frente brigar por um lugar mesmo que seja no fim do pelotão!
Certa vez conversando com um grande amigo meu sobre um acidente em Interlagos, com condições iguais ao GP do Japão em que perdeu a vida outro piloto perguntei a ele por que largou e sua resposta foi a que eu já sabia, um piloto num Box distante ligou o motor a adrenalina de quem estava longe subiu e aí...
Tive a mesma sensação tantas e tantas vezes quando passava pelo box que a largada seria em tantos minutos e algum motor rugia lá no fundo!
A morte nas pistas é algo que nos ronda constantemente é parte do esporte todos sabemos então cabe aos dirigentes e organizadores tentarem minimizar ao máximo sua possibilidade, olhar cada detalhe e cabe também aos pilotos mostrarem onde ela está perto...o resto é pé embaixo, tentando sempre uma posição à frente ou segurar o que vem atrás, é o automobilismo é o que gostamos apesar de sabermos que o perigo ronda!

À Jules, estamos torcendo e orando por você.

Rui Amaral Jr             

terça-feira, 8 de abril de 2014

YES, NÓS TEMOS CORRIDAS


Atualmente, o mundo é uma aldeia global, é fácil ao torcedor brasileiro assistir à apresentação de um esportista de renome, um top liner, seja de que modalidade for, sem contar os recursos audiovisuais. Mas antigamente, seria tão mole assim? Tudo era longe, o Brasil era longe e no caso do automobilismo, tínhamos por aqui locais ainda acanhados e alguns outros se desenvolvendo ainda e que com certeza não atrairiam os grandes nomes de destaque. Certo? Errado. O lado de baixo do Equador sempre contou com eventos importantes e com a presença dos maiores. Achille Varzi, piloto italiano, rival único de Tazio Nuvolari aqui esteve em 1947, no GP da Gávea no Rio. Abandonou a prova e ainda assistiu outro notável “ás” do volante, Luigi “Gigi” Villoresi, de Maserati 4CL, perder a corrida para Chico Landi e seu Alfa 308. E o que dizer do badaladíssimo GP de São Paulo de março de 1949, realizado uma semana antes do GP da Gávea? Nessa ocasião, não esteve no Brasil apenas Gigi Villoresi, como também Giuseppe Farina e o fantástico Alberto Ascari. Cabe ressaltar que dentro de um ano, Nino Farina seria o campeão mundial de automobilismo, pilotando a histórica Alfetta 158 sem contar a trajetória de Ciccio Ascari, vice-campeão para Fangio em 1951 e bicampeão da F1 entre 52-53. Em São Paulo, os dois campeões enfrentariam Chico Landi e sua Maserati 1500, orgulho da torcida. Ascari dispunha de um Maserati 1500 também, assim como Villoresi. Farina teria uma Ferrari 2000. Landi contava com o Alfa 3000 que comprara de Achille Varzi, mas que vendera ao carioca Henrique Casini. Por ocasião do IV GP de São Paulo, os pilotos fizeram um acordo. Casini emprestaria ao Landi o carro que já lhe pertencera. Os carros dos pilotos brasileiros estavam em atividade há mais de dois anos e não podiam competir em condições de igualdade com os carros que os italianos estavam trazendo, todos novos. Enquanto esperava, Landi treinou com o Maserati 1500. Junto ao pole Farina (3’53”20) e Ascari (3’57”40), Landi (4’06”00) dividiu a primeira fila com Jaime Neves em sua Alfa 3000. 


Luigi "Gigi" Villoresi pilota uma Maserati 4CLT  em Silverstone - 1948.
 Alberto "Ciccio" Ascari pilota uma Alfa Romeo Alfetta 1948. Carro que daria em 1950 no primeiro mundial de Formula Um o titulo à Nino Faraina.

 No centro Chico Landi na largada do GP de Bari 1951 com uma Maserati 8CLT . "Seu" Chico havia vencido a prova no ano de 1948 pilotando uma Ferrari 166SC.  
Ciccio na Maserati 4 CLT
Giusepe "Nino" Farina vence o primeiro mundial de F.Um 1950.
Nino com a Alfetta vence a primeira corrida da moderna F.Um em Silverstone 1950.

No dia da prova porém, Chico Landi foi surpreendido pela recusa de Henrique Casini em cumprir o acordo que haviam feito. Casini resolveu poupar o Alfa para a prova da Gávea e não só não enviou o carro como nem apareceu com qualquer justificativa. Mas o espetáculo teria de prosseguir. Na largada, Farina tomou a ponta, acompanhado de Landi, Villoresi e Ascari. Ainda na primeira volta no Retão, Landi passou Farina, mas seu maior conhecimento da pista não lhe serviria muito. Na 2ª volta, Gigi Villoresi era o ponteiro e a ele juntar-se-ia Nino Farina. A briga italiana deixou Landi para trás porém na quinta volta, Farina assume a ponta e distancia-se de Gigi Nazionale. Mais atrás, problemas para o piloto brasileiro. Uma biela fez Chico Landi abandonar na 8ª volta. Chico todavia consegue retornar com a Maserati 3000 de Francisco Credentino. Com problemas mecânicos, quem faz uma corrida apagada é Ciccio Ascari, cada vez mais atrasado. Problemas tirarão da prova o favoritíssimo Farina, que perdeu uma roda na Curva do Lago e tudo beneficiou Luigi Villoresi. Gigi vence com Chico Marques em segundo. Ascari é apenas o quarto uma volta atrás e Landi, com o carro emprestado em quinto. Tudo no dia em que dois campeões do mundo, andaram por esta terra. Bem como o pai de Alberto, Antonio Ascari, que contam, também aqui esteve não como piloto e sim como trabalhador.

Caranguejo

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Gigi e Ciccio
Gigi um grande piloto que sobreviveu à loucura que eram os carros de corridas de sua época!


"Caranguejo, você sabia que Ciccio correu no Brasil?", assim começou este post, horas incontáveis de conversas ao telefone e muitas pesquisas depois e sem encontrar sequer uma foto da corrida em Interlagos meu amigo escreve este interessante texto de uma época que parece apagada da memoria de nós que gostamos de automobilismo!  

Aos grandes pilotos aqui citados e à todos outros que nunca se apagarão de nossas lembranças!

Rui Amaral Jr

Uma de nossas fontes de pesquisa o jornal "O Estado de São Paulo"  
acervo digital




terça-feira, 15 de outubro de 2013

400 KM/H

Bernd no Auto Union Typo D 1938

 E o risco absurdo que os pilotos corriam naqueles dias. Os engenheiros inventavam e a pilotada é que enfrentava.
Temos em nossos arquivos, essas quatro fotos de Bernd Rosemeyer, a respeito de sua tentativa malograda de tentativa de recorde em janeiro de 1938 na Autobahn de Frankfurt a Darmstad. 
O Stromlinienwagen era um carro extremamente instável e não tinha estrutura para agüentar a pressão aerodinâmica, andando a 400 km/h.

As finas chapas de alumínio se deformavam.
O extrator traseiro do ar que passava abaixo do carro.

Bern se prepara para segunda passagem.

O teste era realizado em duas medições (ida e volta). A primeira parte transcorreu sem problemas, embora em uma das fotos, possamos ver que o painel lateral já apresenta deformações. a terceira foto é uma das últimas do piloto ainda com vida e preparando-se para a passagem de retorno.
Já ouvi falar também que uma corrente de ar poderia ter desestabilizado o carro.

 O memorial à Bernd
O local do acidente.

Bernd Rosemeyer:
Nasceu em 14 de outubro de 1909 (ontem faria aniversário).
Começou sua carreira com as motos (como Tazio Nuvolari), fuçando na oficina do pai.
Sua relação com a Auto Union iniciou logo depois e então, já com os carros, venceu seu primeiro GP em Masaryk, na Tchecoslováquia, em 1935.
No ano seguinte, foi campeão europeu de automobilismo, desbancando o principal piloto da Auto Union, Hans von Stuck. Em 1937, conquistou fama em outros países depois de  vencer a Copa Vanderbilt nos Estados Unidos.
Casou-se com a aviadora Elly Beinhorn, mãe de seu filho Bernd Jr.
Na época, dizia-se que a potencia dos Auto Union era tão "brutal" que somente dois pilotos - Rosemeyer e Tazio Nuvolari - tinham a habilidade para extrair tudo que o equipamento poderia render.
Faleceu aos 28 anos, apenas dez semanas após o nascimento de Bernd Jr.
É isso aí.

Caranguejo


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