A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 11 de julho de 2019

Aintree 1955 - MB faz barba,cabelo , bigode e lavanda!

Moss

 16 de julho de 1955 - No GP da Inglaterra disputado em Aintree, as Mercedes Benz W196 fizeram 1º,2º,3º e 4º lugares com Moss, Fangio, Karl Kling e Piero Taruffi, sendo que apenas os três primeiros colocados na mesma volta, chegando Luigi Musso com a Maserati 250F em quinto, quase dois minutos atrás de Taruffi. Em sexto Mike Hawthorn com a Ferrari 625/555 a absurdas trinta volas atrás!

Moss na pole, Fangio ao seu lado e Jean Behra...

 Na classificação apenas o incrível  Jean Behra com a Maserati 250F se interpôs entre as Mercedes, largando com o terceiro tempo, um segundo  atrás de Moss, porem a Maserati com problemas durou apenas nove voltas. 
Logo após Aintree a Formula Um cancelou três GPs, por causa da tragédia nas 24 Horas de Le Mans, voltando apenas na última corrida da temporada o GP da Itália em Monza, onde Fangio com a vitória conquistou seu terceiro mundial!

Moss recebe a bandeirada com Fangio à 20/100.

Aintree


Rui Amaral Jr


   

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Comparações...

 Rindt demorou alguns anos para vencer sua primeira corrida, Jimmy foi Jimmy!
 O Quintuple na D50.
Ayrton na Lotus em Jacarepaguá.

Ontem assistindo a bela vitória de Lewis em Silverstone entre algumas considerações ouvi do comentarista que já andou na F.Um que muitos pilotos e gente que acompanha a F.Um desde muito tempo, que Jimmy Clark foi o maior de todos...ora bolas, hoje em dia a carreira dos pilotos é longa, mais de vinte GPs por temporada e muito tempo para bater os recordes dos grandes!
A carreira de Jimmy foi de apenas 72 corridas quando fez 33 poles, 28 voltas mais rápidas e 25 vitórias...Fangio então largou 52 vezes fez 29 poles, 23 voltas mais rápidas e venceu 24 GPs...Ayrton largou 161 vezes, fez 65 poles, 19 voltas mais rápidas e venceu 41 vezes!
Ora...hoje Lewis já chegou à casa dos 200 GPs disputados, Schummy disputou 308 GPs, Vettel já está também na casa de 200 GPs.
A categoria mudou e muito, hoje os carros ponteiros são sempre os mesmos as disputas estão marcadas, no tempo dos Grandes havia mais disputa, não que Lewis e Vettel se corressem naquela época também não se destacariam, pelo contrário são grandes pilotos mas...

Dizer o que de Tazio?
E de Amon que sequer venceu uma corrida da F.Um?
E Moss com seus múltiplos vice campeonatos?
E do Sueco? 


Rui Amaral Jr    

sábado, 1 de agosto de 2015

GP da Itália 1957 - Monza

Largada as três Vanwall pole #20 Stuart Lewis-Evans, #18 Moss, #22 Tony Brooks e o bico da Maserati de Fangio quarto colocado no grid.

O GP da Itália em Monza foi a última corrida do campeonato mundial de 1957, que Fangio já havia vencido com duas corridas de antecipação em Nurburgring, na corrida anterior em Pescara a vitória foi de Moss e o incrível Vanwall VW5. Em Monza os três carros da equipe largaram nas três primeiras posições do grid seguidos das Maserati 250F de Fangio e do sempre combativo Jean Behra e foi uma corrida emocionante com muitas trocas de posições vencida finalmente por Moss.
1958 ano do primeiro Mundial de Construtores foi o ano em que Tony Vandervell levou sua Vanwall ao topo da categoria conquistando o campeonato, porem o campeão foi um piloto da Ferrari quando Stirling Moss após vencer cinco das dez corridas provou que pode existir honradez mesmo nas mais ferrenhas das disputas! 

Rui Amaral Jr

Fangio e Moss
Jean Behra
Behra e Moss



Aos amigos que acertaram, HCJ sim é o Musso na 801, Walter, Comendador Canini e alguém que não deixou o nome, muito obrigado. E fica aqui a pergunta; o que aconteceu na final do Campeonato  de 1958?


segunda-feira, 11 de maio de 2015

CRISE TOTAL!


Relendo o texto de Stirling Moss publicado na edição de Fevereiro de 1969 da revista Quatro Rodas lembrei de um folheto de divulgação de uma corrida promovida pelo Diário do Grande ABC em 23/08/1975. “ABC” é a denominação das cidades satélites da grande São Paulo onde na época predominava a indústria automobilística, são elas Sto André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul e ainda Diadema, cortadas pela Via Anchieta são um grande pólo industrial Paulista e meu pai escolheu São Bernardo do Campo para abrigar as indústrias das Cestas de Natal Amaral nas margens da Via Anchieta no bairro de Rudge Ramos, prédio que mais tarde vendeu à prefeitura e hoje abriga a Garagem Municipal. Desculpem-me se me alongo em reminiscências pessoais mas na região tenho grandes amigos como Arturo Fernandes que mora em São Caetano do Sul.
Leiam no texto de Sir Moss e depois no folheto como eram feitas as corridas de base de nosso automobilismo, com clubes, federação preocupados em premiar os participantes cobrando sim inscrições e nossas carteiras de pilotos mas em contrapartida divulgavam e procuravam patrocínios para que todos pudessem participar, distribuindo prêmios de largada e chegada, ao contrário de hoje quando “Clubes” e "Federação" só se preocupam em vender carteirinhas, quando nosso automobilismo de base está totalmente jogado às traças sem divulgação e muito menos calendário e ainda mais com o Autódromo José Carlos Pace - Interlagos - fechado por interesses impublicáveis deixando milhares de profissionais que delem vivem à míngua!

Rui Amaral Jr   







Nas três fotos o apoio que a Valvoline dava à nós em forma de caixas de óleo, eram várias caixas do excelente Valvoline Racing que usávamos, sempre sobravam algumas caixas que vendíamos complementando nosso orçamento. Na foto acima o carro de Ricardo Bock com ele olhando desconfiado enquanto eu fotografava, nas dua abaixo o carro em que corria na D3 no final dos anos 1970.

 A Via Anchieta na região de Rudge Ramos no destaque nossa indústria das Cestas de Natal Amaral.
 As Cestas na entrada pela estrada Caminho do Mar.

Foto da Quatro Rodas de meu arquivo.

link



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

FANGIO EM SÉBRING/1957

Fangio e Behra
El Chueco toca a Maserati.

Ano de 1957, Juan Manuel Fangio, El Chueco, prepara-se para mais uma temporada, motivado como sempre e competitivo como poucos. Longe da Equipe Ferrari, que defendera na temporada passada, ele havia voltado à sua velha conhecida, a Officine Alfieri Maserati, onde atuara de 1952 a 1954. Sua programação para as pistas em 57 seria mais uma vez voltada para a participação em provas da Fórmula 1 e dos Sport-cars, agora com a marca do Tridente. Na categoria-rainha, utilizaria o mitológico 250F, carro que conhecia como poucos e nos Sports, dividir-se-ia entre os modelos 450S e 300S. Na etapa de abertura da F1, ganha o Chueco sem maiores problemas, sinalizando que está a fim de mais um campeonato. Mas logo em seguida, nos 1.000 Km de Buenos Aires, em dupla com Stirling Moss e no comando da Maserati 450S faz a pole position, mas abandona com o diferencial quebrado. Incrível como a sorte de Fangio “virava” quando corria com Moss...Após duas vitórias sem contestações, no Grand Prix de Buenos Aires (Fórmula Libre) e no Grande Premio de Cuba (Sports), parte o Chueco para um compromisso bastante importante, as 12 Horas de Sébring, onde voltaria à Maserati 450S e contaria com o inquieto Jean”Jeannot”Behra para ajuda-lo na condução. Um ano atrás, o piloto argentino fora o vencedor da prova no aeródromo, juntamente com Eugenio Castellotti e a Ferrari 860 Monza.

A largada

Poderia ele agora repetir seu desempenho, com a 450S e o sanguíneo Jeannot? E lutando contra times como a própria Ferrari e a Jaguar? A prova começou com liderança da dupla da Ferrari Peter Collins/Maurice Trintignant, com o britânico ao volante. Behra, cai para quarto, mas imprime um ritmo forte para recuperar-se. Ele supera o outro Maserati oficial, de Moss/Harry Schell. Collins puxa o pelotão até a vigésima passagem, mas Behra o ultrapassa e continua forçando e melhora seu tempo de volta várias vezes. Ao entregar a barata ao Fangio, eles estão na dianteira e distante dos outros. O Chueco mantém a vantagem enquanto as Ferrari padecem com problemas nos freios e a dupla Moss/Schell se esforça para resistir aos avanços de Mike Hawthorn/Ivor Bueb e seu Jaguar. Irão terminar nessa ordem, com a dupla franco-argentina como a única a completar as 197 voltas e a Ferrari de Masten Gregory, o Flash de Kansas City e Lou Brero Sr. defendendo a honra de Maranello, à quatro voltas dos vencedores. Ao final daquele ano, o da quinta estrela do Fangio, ele ainda voltaria ao Brasil para duas apresentações, em Interlagos e na Barra da Tijuca, mas com o modelo 300S. Adivinhem o que aconteceu?

CARANGUEJO

Equipe Porsche e os 550RS

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NT: Comentário de Milton Bonani.

Rui, como eu sou louco por Maserati, principalmente a 300S, comprei a uns anos atrás o livro do Walter Bäumer que dizem ser o papa das 300S. Fui verificar nele os dados dessa corrida de Sebring e encontrei informações interessantes. Veja: Como o prêmio dessa corrida era bem grande e a Maserati tinha muito interesse no mercado americano, enviou para essa corrida 4 carros: 2 -300S 1 - 450S e 1 - 250, mais de 5 toneladas (!!!) em peças de reposição, 8 pilotos, 8 mecânicos e mais 10 pessoas para compor a equipe. Confesso que pela foto fiquei em dúvida se o carro do Fangio era mesmo uma 450S, mas o livro confirma que ele e o Behra correram mesmo na 8 cilindros.

Milton Bonani

 Já que os amigos comentam e ajudam muito, a foto tirada pelo Paulo Levi em Elkhart Lake.

Aos dois um abração!

 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

SEU “CARECA”

STIRLING CRAWFORD MOSS é filho de Alfred E. Moss, piloto dos mais ativos em seu tempo e um dos primeiros britânicos a participar das 500 Milhas de Indianápolis. Stirling iniciou sua carreira aos 19 anos em 1948, com um BMW de seu pai. Em 1950, ele passa a competir para a HWM (Hersham & Walton Motors) e participa principalmente em eventos da F2 e Turismos, conseguindo algum destaque, tanto que é chamado pela Ferrari em 1951. Mas sua relação com os italianos não foi boa. Na estréia, que deveria ocorrer em uma prova de Turismo em Bari, Moss foi surpreendido com sua substituição sem qualquer aviso e na última hora, por Piero Taruffi. Ultrajado, disse que jamais pilotaria para a Equipe. No mesmo ano acontece sua chegada na F1, participando de seu primeiro GP, o da Suiça em Bremgarten. Conseguiu levar o HWM à oitava posição, duas voltas atrás do vencedor Fangio. No ano seguinte, reveza-se entre as marcas Connaught, HWM e ERA sem grandes resultados. Em 53, fixa-se na Cooper, mas os bons resultados continuam raros. 
Alfred Moss, Indy 1924

Por fim em 1954, seu pai lhe compra um Maserati e apesar de uma certa resistência de Stirling quanto aos carros italianos, sua carreira finalmente deslancha: terceiro lugar em Spa e volta mais rápida em Silverstone...Alfred Neubauer o contrata para a equipe Mercedes-Benz, estendendo sua participação também à provas como a Mille Miglia, Targa Florio e as 24 Horas de Le Mans. Sua primeira vitória com os carros da estrela de três pontas foi nas Mille Miglia de 1955, da qual participou com um Mercedes 300SL e o jornalista Dennis Jenkinson como seu navegador. Jenkinson usou para orientar-se um rolo de papel com 4 metros e 60, cheio de anotações que fizera sobre o percurso. Era o princípio rudimentar dos livros de bordo dos Rallyes modernos. 

 Com Jenkinson na MB 300 SLR.
Jenkinson e Moss 
 Nesta caixa Jenkinson mapeou o traçado da Targa Florio.
À direita os botões que movimentavam o rolo de papel.
 Mônaco 1955 com a Mercedes Bens W196.
 Aintree 1955, vitória com Fangio em 2º.
Targa Florio vitória com Peter Collins, Mercedes Benz 300SLR.
Para não perder a concentração, Moss confessou anos depois que recorrera à anfetaminas. Vencedor do GP da Grã-Bretanha em 55, teve uma passagem pela Maserati na temporada seguinte o que lhe rendeu mais duas vitórias e um segundo vice-título mundial. Decide então aceitar o convite de Tony Vandervell e juntou-se ao projeto para construção do primeiro carro britânico campeão da F1; o Vanwall. 

Argentina 1957 Moss e Fangio ambos de Maserati 250F.
( notem o sobresterço dos dois carros, dois Gigantes!)
1956, vitória em Mônaco com a Maserati 250F.

Na primeira etapa na Argentina, o Vanwall não estava pronto e como Stirling participa com um Maserati, a ocasião propicia o encontro dos grandes rivais, Moss e Fangio, de novo em uma mesma equipe. Depois, cada um para um lado: Moss às voltas com o desenvolvimento do Vanwall e Fangio com a Maserati, correndo para tornar-se o Quíntuple. Prioridades...Em 1958, Stirling começa a temporada fazendo história. Vence o GP da Argentina com o pequeno Cooper Climax da Equipe de Rob Walker. Seu Cooper tinha 100 cavalos a menos que as Ferraris, mas o Careca aposta em uma estratégia sem paradas para reabastecer ou trocar pneus. Larga em sétimo e poupa pneus no começo. Depois, foi superando Behra e Hawthorn e quando Fangio fez uma parada para abastecer, passou à frente. A sorte, que tantas vezes o desprezara, parecia sua amiga. A embreagem havia quebrado na 2ª volta, mas uma caprichosa pedra entrou no mecanismo e o manteve aberto e funcionando. Assim, Stirling pode continuar trocando as marchas sem o uso da embreagem. De volta à Europa e já com o Vanwall, Moss venceu em Zandvoort e foi o segundo em Reims, mas nas duas provas seguintes o carro falha e só se recupera vencendo o GP de Portugal, na cidade do Porto. É no GP lusitano que a sorte volta a sorrir-lhe, mas é desprezada pelo próprio piloto. Numa prova bem disputada, Moss vence com Hawthorn, com quem disputava o título,  em segundo. Todavia o Ruivo será desclassificado, pois próximo do final ele rodou e saiu da pista e só retornou porque foi empurrado de volta. Os comissários iam puni-lo, Mike perderia pontos preciosos, mas isso não ocorreu devido ao testemunho de ...Stirling Moss. Ele defendeu seu compatriota dizendo que o auxílio não acontecera na pista e sim fora dela: “Mike não fez nada de errado. Ficou preso numa área de escape e foi empurrado de volta em um local que não era propriamente a pista. Não via como justificativa para a exclusão...”. O segundo lugar de Mike Hawthorn foi mantido. Na prova final daquele ano no Marrocos, Moss teria de vencer e Mike chegar em terceiro para o título ficar com o piloto da Vanwall. Stirling tomou a ponta. Em segundo vinha Phil Hill e atrás Hawthorn, ambos de Ferrari. Se essas posições fossem mantidas, Moss seria o campeão. Mas a Ferrari logo mandou que Hawthorn trocasse de posição com Hill. Não creio que Mike tenha sido tão nobre e pensado – por um segundo que fosse – “Não vou aceitar. Hill está me presenteando com a posição. Tenho de ser tão honrado quanto Stirling. Não posso vencê-lo dessa maneira...”. Resultado, John Michael Hawthorn, campeão mundial de 1958, com um ponto de vantagem. Moss não sabia, mas a sua “hora do carvoeiro” já tinha passado. 

 A equipe Vanwall em Monza #22 Tony Brooks, #18 Moss e #20 Stuart Lewis_Evans, Moss venceu.
Mônaco 1958, com o Vanwall.
 Moss e Fangio, GP da França 1958 Reims, com a Maserati 250F foi a última corrida de Fangio na FI.
 GP da Italia, Monza 1957, Moss de Vanwall lidera Jean Behra com a Maserati 250F mais atrás Stuart Lewis_Evans e Tony Brooks. 
1958 Zandvoort na Holanda, Moss lidera e parte para vitória.
GP da Argentina 1958.
#20 Mike Hawthorn com a Ferrari Dino 246 é perseguido por Moss.

Ele seria então, duramente golpeado em suas convicções. Primeiro foi Vandervell, que decidiu retirar-se das pistas, chocado pela morte do piloto da equipe, Stuart Lewis-Evans, no GP do Marrocos. Stirling socorreu-se com seu amigo Rob Walker, que possuía um Cooper. A temporada foi mesmo do T51, mas os da dupla Brabham-Mclaren. Moss corria por uma equipe privada e até mudou de carro após a etapa de Zandvoort, participando com um BRM nas provas na França e Grã-Bretanha. Como seus resultados não diferiram muito, ele retornou ao Cooper. Seu BRM era da equipe BRP (British Racing Partnership), montada por seu pai, Alfred e por seu manager, Ken Gregory. Com o Cooper ganhou em Monsanto (Portugal) e em Monza. Em 1960, Moss permaneceu com Rob Walker, mas passou a usar uma Lotus Climax 18. Contudo, na primeira prova do ano na Argentina, ainda estava com o carro antigo. Chegou em terceiro, correndo em dupla com o “Petoulet” Trintignant. 

 1961 Mônaco perseguido por Richie Ghinter #36 e Phill Hill #38, ambos com Ferrari 156 - Shark Nose.  

A vitória em Nurburgring.

Em Mônaco estréia a Lotus com uma vitória, aliás, a primeira de um carro fabricado por Colin Chapman. Quarto colocado na Holanda, sofreu um sério acidente em Spa, durante o warm-up. Moss perdeu o controle em Bruneville, a mais de 225 Km/h. “Senti algo estranho no carro e de repente, fui ultrapassado por uma de minhas rodas traseiras e pensei: ‘Agora é que vou morrer”. Stirling saiu da pista e chocou-se contra um muro. Foi ejetado do carro e sofreu ferimentos nas pernas, nariz e teve três vértebras esmagadas, além de outras contusões. Foi um final de semana negro: Mike Taylor também acidentou-se e durante a corrida, morreram Chris Bristow e Alan Stacey. Dois meses de molho depois, Stirling regressou às pistas no GP de Portugal, onde ele teve mais uma prova de que a Dama da Fortuna voltara a zombar dele. Sua atuação foi complicada, com um motor falhando constantemente, o que o fez ir várias vezes ao boxe. Na volta 51 rodou e foi parar nos fardos de alfafa, tendo de voltar empurrado. Reparem que não foi em outro lugar senão no mesmo ponto onde Hawthorn rodara dois anos antes. O castigo de Moss, foi que desta vez nenhum santarrão apresentou-se para falar por ele. Resultado, bandeira preta. Após a desclassificação em Portugal, recupera-se vencendo a prova final do ano em Riverside (EUA), com o Lotus 18. “Lotus para mim é sinônimo de carro que perde a roda”, diria ele mais tarde. A temporada de 1961 foi a última  da carreira de Moss, que continuava com o Lotus do ano anterior. Era um bom carro, mas não chegava perto do 156 Sharknose da Ferrari. Entretanto, ainda era possível fazer mágicas. Em Mônaco, pista onde a potência não dá as cartas mas sim um chassi bem acertado, Stirling surpreende os favoritos Hill-von Trips-Ginther e vence. Em Nurburgring, é feliz na escolha dos pneus e ganha pela última vez na Fórmula 1. Em Monza, Moss come poeira dos Ferraris e recebe a ajuda de seu amigo Innes Ireland, que lhe cede seu carro, um Lotus da equipe oficial, para que tenha alguma chance. Mas não adianta. Como resultado, Ireland é punido pelo chefe Colin Chapman, que o despedirá no final da temporada, apesar da vitória de Innes em Watkins Glen. 

 1950 Silverstone os pilotos recebem os cumprimentos do Rei George VI. Na primeira corrida da moderna Formula Um.

 1957 Cooper-Climax 
 Monza 1954, Moss, Maserati 250F 3 Cicio Ascari, Ferrari 625. 

 Com a bela Maserati Mod 61 Birdcage
 1961, Venezuela 

 Empurrando a BRM P25 
  
1956, vitória em Monza com a Maserati 250F, perseguindo Eugenio Castellotti com a Ferrari D50.  


Para 1962, havia promessas de novos tempos. Sua relação com a Ferrari melhorara e iria competir com um Sharknose naquela temporada, que começaria em maio. Antes, no Domingo de Páscoa, inscreve-se no Glover Trophy  em Goodwood. Está com seu Lotus 18/21 pois a Ferrari não ficara pronta a tempo. Moss vai correr pela BRP (também conhecida como a “Equipe de Papai”). Após marcar a pole, anda na frente até ter problemas com a caixa e ter de parar nos boxes. Depois de três voltas perdidas, retorna andando forte, mas na volta 30 na Curva St.Mary, sai reto e bate em um barranco. Nunca foi esclarecida a causa do acidente, pois nada quebrara no Lotus  e a memória de Moss foi apagada: “Lembro de ter saído do hotel onde estava em Chichester em meu Lotus Elite e lembro-me de ter conhecido uma bela sul-africana na noite anterior. Fora isso...nada”. Stirling Moss recuperou os movimentos e fez testes com um Lotus 19 de Turismo. Concluiu que já não tinha os mesmos reflexos. “Antes haviam movimentos que eu fazia automaticamente quando pilotava e agora precisava pensar em fazê-los”.  Moss ensaiou um retorno às pistas na década de oitenta, através do Campeonato Britânico de Carros de Turismo e da marca Audi e também sempre envolveu-se em provas de carros históricos até que em junho de 2011, pouco antes de seu octogésimo segundo aniversário, anunciou finalmente a aposentadoria. Sir Stirling ainda está lúcido e é respeitado. Teve 16 vitórias, 24 pódios, 16 pole positions e 19 voltas rápidas.



CARANGUEJO







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Abaixo alguns links e vídeos

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2011/01/stirling-moss-e-denis-jenkinson-vencem.html

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2011/11/mille-miglia-1955-denis-jenkinson-i.html

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2011/06/1954-e-55-fangio-e-mercedes-benz-w196.html

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2010/01/stirling-moss-gp-da-argentina-1958.html

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2011/01/stirling-moss.html 

A CARREIRA


Vencendo em Mônaco 1956


1961 Nurburgring