A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Carlos Jaqueire

Carlos Jaqueire e Ciro Cayres.
Nada melhor que começar um pedaço da história deste apaixonado pelo automobilismo do que uma foto dele ao lado do grande Ciro. No texto e fotos abaixo enviados por seu filho Fábio um pouco desta grande paixão, a mesma que leva todos nós a procurar todos dias em livros, revistas, sites e blogs tudo que podemos ler e ver sobre ela. Obrigado Carlos por dividir sua história de vida com todos nós, um forte abraço a você ao Pedro  ao Fábio e a todos amigos que aqui são citados. Rui   

Carlos Jaqueire Junior, nasceu em 38 teve seu encontro com o automobilismo quando por volta de 48 assistiu uma prova demonstração com Carlo Pintacuda e Chico Landi o que ficou marcado na memória dele, e que provavelmente guiou seu passos no automobilismo. Logo cedo meu avo colocou ele pra trabalhar em uma oficina como forma de aprendizado e assim foi aprendendo o oficio que tanto ama.           
Em busca de se aproximar das corridas ele ia trabalhar na oficina do 
Raphael Gargiulo e lá aprendeu muita coisa. Em um dos 500km ele servia na Aeronáutica, quando falou com o seu Capitão que sua futura sogra havia falecido, o detalhe que o meu pai não contou foi que isso havia acontecido uns 5 anos antes. Mas isso o Capitão do meu pai descobriu isso pois o mesmo foi acompanhar  a prova, ele também gostava de corridas e corria com os populares mecânica nacional.
      Meu pai queria ser piloto de qualquer coisa que tivesse motor e rodas, andou de moto em Interlagos e na Argentina quase sempre levando as cores que seu amigo Pilé o fazia usar do Piratininga Moto Club, correu o Rally Getulio Vargas com a carreteira que fez no fundo do quintal. Para não ficar longe das corridas ficou em muitas como peixe do Barão Fittipaldi na locução ajudando com o que poderia. Convenceu o mesmo Capitão que o flagrou nos 500km a colocar a Polícia da Aeronáutica para fazer a segurança da primeira Mil Milhas. Na segunda trabalhou na equipe Fusca Porsche do Christian Heins.









            Mas nada como a década de 70, nessa época meu pai montou sua oficina no Bairro do Limão e lá fez muitos carros da Divisão 1 e Divisão 3, participou de provas como 500Km Itacolomy, Semana da Velocidade e as 25h de Interlagos na qual ganhou o troféu de melhor equipe. Teve como pilotos Sergio Luiz Rossi, piloto de D3, Fábio Sotto Mayor D3 e Waldemar Tierno D1 e D3, os cariocas Demétrio e Romauro D1. O Romauro também era conhecido como Carioquinha, chegou muito perto de ser campeão paulista de D1, mas a falta de dinheiro, um motor quebrado na ponte Rio Niterói vindo pra etapa em São Paulo, o impediram de se sagrar campeão.           
            Nessa época a pedido de seus amigos Gasolina, Chapinha a pedido do Dr. José Pangella, que era um médico apaixonado por corrida, e que nessa época mantinha uma oficina com padrões comparados aos da F1 na época, ajudou com o acerto do Passat que ia correr as Mil Milhas, com seu filho Zé Pangella Jr e Sergio Luiz Rossi, mas em uma infelicidade o carro capotou com o Zé ao volante, que conseguiu voltar aos Box e acertou-se o que dava e se não me engano conquistaram uma 6ª posição no final.

Amadeo Campos #68, Fábio Souto Mayor #2, o Opala provavelmente Reinaldo Campelo e o Maverik ?.

Ricardo Di Loreto #7.

25 Horas de Interlagos.

            Além disso, sempre ajudou seus amigos mais próximos, Diloreto na Fórmula V, Walter Peticove Stock, Avallone com os Fórmula Super V, o seu amigo de todas as horas Fukuda, o Eng. José Minelli entre tantos outros. 
Recentemente a parceria com Pedro Garrafa, que começou em meados de 2000, quando meu irmão estava pensando em comprar um SPEED 1600 do Pedro, para poder correr o paulista, a partir dali nossos laços familiares e de amizade fez com que em 2001 ao juntarmos força conseguir um bom 4º lugar nas 3h de Londrina. Porém algumas situações como a perca da minha mãe e as mudanças de rumo nos afastaram por alguns anos.

Ladeando o piloto Pedro e Carlos.



Pedro, Carlos e a equipe em Londrina. 


Em 4º Pedro Garrafa.

Agora em Bertioga nos preparamos para um novo ciclo, onde sem duvida alguma, muita história e muita coisa ainda vai acontecer. Este é um pequeno resumo sobre o Carlão da Jaqueire Competições, meu pai. Obrigado pelo espaço e até uma próxima. Fábio Jaqueire



Escolhi para o fim deste post algumas fotos com a família e amigos para mostrar a todos o sentimento que Carlos leva às pistas. 


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pedro Garrafa

Pedro Garrafa


Caro amigo Rui

Conforme havia lhe prometido passo aqui um breve histórico de minha trajetória no automobilismo.
O contagio com o automobilismo, começou desde meu nascimento, pois nasci em São Paulo, mais precisamente no bairro Canindé,ou melhor bem em frente as  oficinas da gloriosa Equipe Lobo, do saudoso Camilo Christofaro.Creio que não precisa dizer muito mais sobre isso.Portanto concluindo essa parte a musica que me ninava na época era os possantes roncos dos motores Chevrolet Corvette, que ¨seu¨Camilo regulava como se fossem um instrumento musical afinando, e desde muito jovem comecei a ser contaminado pelo vírus automobilismo nas veias, porem como não tinha condições financeiras nem oportunidade na época, fui acumulando muito desejo de fazer parte desse mundo.
Como tudo na vida passa, pensei que esse desejo, também iria passar, mero engano, pois mesmo mudando de cidade, estudando e trabalhando em outro ramo, a vontade de fazer parte desse meio, ia crescendo cada vez mais em vez de diminuir.Foi ai que DEUS resolveu que deveria me dar uma chance, para que eu realizasse meu grande sonho.No inicio dos anos 80 eu dei uma virada tremenda em minha vida, passei de chefe administrativo de uma multinacional, para dono de minha própria empresa, criei a TRUCK RACING,e comecei a trabalhar para algumas pessoas e equipes, é claro que o sucesso custou a aparecer, mais fui insistente, e finalmente conseguiria entrar definitivamente para o mundo automobilístico esportivo, confeccionando escapamentos especiais para carros de competição e se especializando também em Santantonio(barras anti-capotagem) e por fim passei a montar carros de corrida para venda.Foi assim que fui obrigado a entrar para a pista pois precisava testar os mesmos, ai então não tive mais duvidas e nem saída, pois iria fazer do hobby a minha profissão, e assim foi feito, enquanto que para alguns que eu trabalhava tudo era hobby para mim era profissão, consegui unir o útil ao agradável.
Não precisa nem dizer que também fui um rato de autódromo, pois no inicio dos anos 70, quando tivemos a Copa Brasil de Automobilismo,aonde podíamos ver pela primeira vez alguns dos mais lendários carros internacionais , como Lola, Porsche e Ferrari 512 S, eu já estava lá pulando o muro para poder ver de perto meus ídolos como Emerson, Wilsinho,Camilo,Eduardo Celidonio e muitos outros.



Basta lembrar que meu ingresso na Divisão 3 deu-se indiretamente, pois eu já trabalhava e fazia alguns serviços para o Fukuda, para o Ueda,para o Sueco, para o Amadeu e muitos outros, e na sua época eu atuava como torcedor de toda a categoria, pois minha paixão pela divisão 3 era até contagiante, e tinha não só você como vários outros pilotos como meus ídolos, pois considerava que quem pilotava um divisão 3 era realmente fora de série, e não me enganei com isso, pois alem de verdadeiros pilotos eram verdadeiros heróis para dominarem essas baratinhas (pinicos), naquele traçado maravilhoso que era Interlagos antigo.
Minha historia tem muitas fazes e eu não quero canssa-lo com isso, por isso mesmo vou resumir mais ainda.
Eu acompanhava vocês aonde quer que fossem, seja no Rio de Janeiro ou no Rio Grande do Sul, lá estava eu acompanhando e me preparando para um dia quem sabe fazer parte desse glorioso time de heróis, já estava com o meu divisão 3 quase pronto, porem o destino quiz que mudássemos os planos, e quando a categoria passou a chamar-se Hot Car., e era patrocinada pela Rede Globo, não que eu tenha poderes extra sensoriais, pressenti que tudo ou melhor todos os meus planos poderiam ir por água abaixo, pois não teria dinheiro para acompanhar, nem para cumprir as exigências da emissora.Nesse ponto não me enganei pois essa dita emissora acabou, isso mesmo, acabou com uma das categorias mais promissoras desse pais.
Depois dessa tremenda decepção, foi ai que comecei a alçar vôo mais longe, pois não podia parar, e nem jogar fora o trabalho de tantos anos de programação, assim sendo parti para o Paraná , aonde existia a categoria HOT FUSCA, formada pelos carros remanescentes da antiga categoria Divisão 3 e Hot Car.


Porem a vontade e frustração de correr em Interlagos nunca se extinguiram, foi ai que resolvi então que iria andar de Speed 1600, pois a categoria estava em pleno auge e em  franca ascensão, pois teve provas  que atingíamos um grid de mais de 60 carros por prova, mas tudo o que é bom dura pouco, pois bruscamente fomos condenados a deixar de andar no templo do automobilismo nacional, que era a pista antiga de Interlagos,para andarmos nesse circuito atual(sem mais comentários)
Não satisfeito com essas situações, fui alçando vôos maiores, pois deixei de andar em São Paulo, fui definitivamente andar no Paraná,andei de Speed em Tarumã com meu próprio carro, criei juntamento com o Álvaro Mattos, a categoria Speed em Brasília, e também andava no mesmo campeonato, fui e levei meu carro para lançar a categoria em Recife, em parceria com o piloto da formula truck Beto Monteiro, juntamente com os ex pilotos de Divisão 3 Zeca Monteiro(pai do piloto e atual presidente da Federação Pernambucana) e também com o experiente piloto Joca Ferraz.Posteriormente fui para Goiânia e finalmente criei a Categoria Speed em Campo Grande, aonde também participava do campeonato regional.Cheguei até a andar na Categoria de Buggys (regulamento e motor de Speed) nas Dunas de Natal - RN. Como você poderá observar por esse pequeno e resumido histórico, eu não tinha fronteiras e fui até procurado por pilotos do Paraguai, que eram excelentes compradores dos meus carros e pagavam principalmente a vista.Aonde existisse uma pista lá estava eu, fui até para o Ceará participar de uma prova no Circuito Virgilio Távora, próximo a Fortaleza no Município de Euzébio.
Enfim tudo o que tinha motor e eu pudesse estar dentro, lá estava eu, andando de fusca, de hot fusca, de protótipos e por ultimo de marcas.Porem a grande paixão era mesmo os divisão 3, que com o tempo foram ficando superados em virtude da falta de equipamentos
mais modernos porem também caros, foi ai que resolvi fazer os fuscas com motor AP, isso já no Paraná aonde eu mantinha minha oficina e equipe, apesar da mesma ser chefiada pelo experiente mecânico Carlos Jaqueire, que é meu parceiro até os dias de hoje, agora na cidade de Bertioga, lugar sede de minha moradia e de nossa equipe, aonde ficamos hibernando projetos e planos futuros para o renascimento da divisão 3.
Acho melhor eu parar por aqui, senão você vai se cançar.
Mas ainda tenho muitas outras historias para te contar, muitas fotos para te mostrar e muitos planos para executar.
Obrigado, por esta oportunidade de poder descrever um pouco da minha historia, mas não se esqueçam que vocês também fazem parte dela, pois se vocês não existissem e não tivessem participado da categoria, aonde eu iria me inspirar ou me espelhar.
Muitos de vocês foram e sempre serão meus incentivadores e meus ídolos.
Aqui está uma pagina bem resumida de tudo o que fui e o que sou graças a vocês.


Abraços

Pedro Garrafa
(DESISTIR JAMAIS) 

Caro Pedro, agradeço seu depoimento, espero que seja apenas o primeiro de muitos, e suas referencias a nós, um abração. Rui Amaral Jr