A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 18 de abril de 2012

LARANJA MECÂNICA

Ontem contei aqui das fotos que o Marquinhos e o Edu acharam de meu carro, hoje vou mostrar dois posts que fiz tempos atrás sobre ele, o que eu conto como comprei o carro e o outro em que o Duran conta sua primeira corrida. Para nossa alegria, o carro que está ao lado da Brasilia do Adolfo e do meu naquela foto da largada é justamente o dele em sua primeira corrida. Apenas me pergunto; o que fazia o Alicatão a nosso lado?rsrsrs 

COMPRANDO O #14



#88 Duran, #77 Adolfo, #14 Rui, mais atrás vejo o Fabinho Levorin, Ricardo Bock, João "Alicatão" Lindau  Neto, Dimas...

Recebo um telefonema do Chico Lameirão, na época éramos apenas conhecidos, contando que estava com patrocínio apenas eventual da Motoradio para a Super Vê e perguntando se eu não poderia cobrir a verba dele por algumas corridas. Pensei bem e achei de certa forma interessante ter a marca de um produto que tinha muito a ver com o setor automobilístico divulgado por ele. Foram apenas duas ou três corridas, uma no Rio quando acho que correu também com a marca Marlboro e outras em São Paulo. Não assisti a nenhuma das corridas, no Rio até tentei mas na sexta feira quando descia do avião tropecei numa aeromoça e quando me dei conta já era segunda feira e a corrida tinha sido no Domingo. Coisas da vida!
Conversando ele me pergunta se eu não tinha vontade de acelerar novamente e conta que o Luiz Pereira Bueno estava vendendo um VW D3 da extinta equipe Holywood. Fomos até o Luiz no galpão da equipe, e lá estava o D3 sem motor, não lembro bem da cor mas acho que era branco com alguma pintura da Holywood desbotada, saí de lá com o carro comprado.
Aqui um parêntesis para falar de duas pessoas maravilhosas, campeões no automobilismo e na vida, modestos por tudo que conseguiram nas pistas e um exemplo para todos nós. Sei que o Chico e o Luiz não vão ler esse texto, o Chico não sabe nem tocar nessa maquina mas deixo aos dois minha grande admiração e um forte abraço.
O carro veio com três jogos de rodas algumas peças um belo Sto Antonio, mas estava parado já a algum tempo. Levei para uma oficina preparada para ele e comecei a mexer com a ajuda do Thomás Sawaia um estudante de engenharia e meu mecânico. Hoje um baita empresário.
Do Chico comprei ainda dois Webber 48, meu contagiros JONES, uma carreta Karman amarela, e algumas outras peças. O cambio era uma Caixa2 e veio junto com o carro bem como algumas engrenagens de 3ª e 4ª marchas e outra coroa e pinhão.


Na internet achei essa foto do contagiros, que está do mesma forma que usava, apenas o termômetro era de óleo. Na foto do carro do Ricardo Bock, atrás está o #14 na carreta comprada do Chico.

Faltava o motor e comprei do Gigante dois motores de ponta - ponta de estoque- e pensei que já estava preparado para começar a acertar o carro.




Antes disso levei com a carreta o carro ao João Lindau, meu saudoso amigo, para fazer uma nova pintura. Eu queria vermelho mas o João disse que tinha uma tinta laranja do Corcel e que ele daria um toque dele na tinta e ficaria bonito. Ah João! Alicatão, amigão, até que não ficou tão feio!

A única foto que tinha do carro, box, Interlagos, Brasilia branca José Antonio Bruno, #77 Adolfo.
Tomada do S, BRITÂNIA era a marca de jeans fabricada pelo Adolfo, Valvoline que sempre me ajudou e atrás o Chapa,  preparador e amigo. Todas adesivos feitos por Ricardo Bock, amigo de todas horas e sempre. Antes que alguém comente sobre a placa acima dos escapes, vou contar! Chega o Adolfo e diz que a vistoria não iria permitir que os escapes ficassem a mais do que certa distancia do final do carro. Entre outros eu usava um 4x1 como podem ver pela única saída na "beleza" que o Ricardo fez, pois bem aí com o 4x2 a distancia ficou quase certa, mas a belezura continuou!!! 

Quando o Tito fez essa maravilhosa réplica, foi com aquela única foto que eu tinha e minhas lembranças! 


Começando o acerto do carro  foi um fracasso total, os dois motores de ponta foram para o espaço logo de cara, do freio a disco traseiro direito vazava óleo e isso provocou uma rodada daquelas em plena curva “Dois”, lembra Jr da fina que vc tirou e depois da gozação? É isso Portuga um dia ainda acerto tudo com você!!!!
Nessa corrida da foto ainda não contava com a preparação do Chapa apresentado a mim por meu amigo Manduca (Armando Andreonni) tempos depois.
Corri com a ajuda de três amigos do coração, Adolfo Cilento, Ricardo Bock e do mecânico Celso que chamávamos carinhosamente de Caveira. Os adesivos BRITÂNIA eram de uma marca de jeans fabricados pelo Adolfo e foram recortados cuidadosamente e com a habilidade nata do Ricardo, um virtuose em tudo que faz, ainda ele fez aquela pintura preta nos paralamas e alguns outros retoques estilísticos.
O resto é história e algum dia conto mais...

Ao João e Adolfo que lá no alto devem estar arrumando grandes confusões.

Rui Amaral Jr

Luiz Eduardo Duran- A primeira corrida a gente nunca esquece.

" Naquele ano de 1977 eu tinha feito a escola de pilotagem do Toninho de Sousa , e estava preparando meu VW de D3 para correr o Campeonato Brasileiro de 1978 , como o carro estava pronto resolvi fazer a ultima corrida do campeonato em Interlagos . Na época a pista estava em reforma , por isso nossos boxes eram no estacionamento que havia no "Sargento" . Na escola usávamos somente o circuito interno , na "Junção" em vez de subir , descíamos contornando a "Quatro" ao contrário , por este motivo não estava acostumado ao circuito inteiro , ou seja "Um" "Dois" e "Três" para mim eram desconhecidas . Já nos treinos achando que fazia a "Um" e "Dois" rápidas , tomei uma ultrapassagem do Edgard de Mello Filho entre as duas , só ouvi o ronco de seu Chevette , e a hora que vi ele estava me passando numa velocidade que para mim era absurda .
Tomando mais conhecimento do circuito completo , já que treinei toda vez que a pista abria , consegui me classificar para a largada em 12º lugar , embora alguns dos trinta carros que largaram não tivessem feito classificação .




No grid ao olhar para o lado vejo o Adolfo Cilento , já me arrepiei todo, pois sabia que ele era um piloto rápido e eu era seu admirador, ao baixar a placa de um minuto ele olha para mim e faz um sinal de positivo, ai sim pensei "o que faço aqui?"
Eu estava acostumado a racha ,e na largada aproveitando-me de uma primeira mais curta pulei bem , entre a "Um" e "Dois" estava em 4º ou 5º , olhando no retrovisor me assustei com aquele bando atrás de mim , todos pilotos experientes brigando por uma posição , todos "babando" ai rápido e tentando não atrapalhar ninguém joguei o carro para grama , eu não era bobo de ficar com aquela turma, nisto perdi tudo que havia ganho na largada e mais um pouco.
Estacionei entre as duas curvas e só sai quando o ultimo carro passou, estava um "pouco " assustado, continuando ainda passei um ou dois carros, quando do meu box me sinalizaram para que eu entrasse, era 4ª ou 5ª volta, e vazava óleo do retentor traseiro do motor, fiquei aliviado, pois ainda não estava completamente acostumado ao circuito todo , estava achando tudo uma loucura."

Luiz Eduardo Duran




quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

MARAZZI - III









Só alguém que sabia acelerar um carro de corrida poderia escrever uma matéria como esta, e nisto meu amigo Expedito era único. Piloto, motociclista, jornalista de primeira grandeza, escrita fina, texto claro, escrevia sobre o que conhecia .
Em 1982 ele nos brindou com esta matéria na excelente revista MOTOR3, não conheço quem a poderia ter escrito com maior propriedade .
Revendo, lembro dos amigos, Duran, Ferraz, Espanhol (J.M.RAMOS), Carlos Aparecido Gonçalves o Sueco, Bruninho e o João Lindau , que nos deixou antes da bandeirada final. Na primeira foto quem está em meu carro é o Pankowski, outro amigo.
Dias depois demos uma festa em homenagem ao Expedito, na choperia do Duran a Talbot na Av. Henrique Schaumann, só que esta é outra história.
Obrigado Velho.

Julho 2010

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Escrevi este post logo no começo do Histórias, agora pela segunda vez volto a postar.
Além da lembrança do Expedito, dedico a todos que a nós vieram se juntar...

Rui




terça-feira, 21 de setembro de 2010

IDENTIFICADOS



Dois senhores respeitáveis, já avós fazendo pose com essas perucas! Pode?

Outro senhor respeitável depois de 50 anos de carreira sendo chamado de "Cupim de Ferro"! Pode?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

MARAZZI - II

Sexta-feira, 19 de dezembro de 2008


MARAZZI




Revista MOTOR3 - Agosto de 1982



Só alguém que sabia acelerar um carro de corrida , poderia escrever uma matéria como esta, e nisto meu amigo Expedito era único . Piloto , motociclista , jornalista de primeira grandeza , escrita fina ,texto claro , escrevia sobre o que conhecia .
Em 1982 ele nos brindou com esta matéria na excelente revista MOTOR3 , não conheço quem a poderia ter escrito com maior propriedade .
Revendo , lembro dos amigos, Duran, Ferraz, Espanhol (J.M.RAMOS) , Aparecido-Sueco-, Bruninho , e o João Lindau , que nos deixou antes da bandeirada final . Na primeira foto quem está em meu carro é o Pankowski outro amigo.
Dias depois demos uma festa em homenagem ao Expedito, na choperia do Duran a Talbot na Av Henrique Schaumann , só que esta é outra história.

Obrigado Velho.



quarta-feira, 9 de junho de 2010

Luiz Eduardo Duran- A primeira corrida a gente nunca esquece - II



" Naquele ano de 1977 eu tinha feito a escola de pilotagem do Toninho de Sousa , e estava preparando meu VW de D3 para correr o Campeonato Brasileiro de 1978 , como o carro estava pronto resolvi fazer a ultima corrida do campeonato em Interlagos . Na época a pista estava em reforma , por isso nossos boxes eram no estacionamento que havia no "Sargento" . Na escola usávamos somente o circuito interno , na "Junção" em vez de subir , descíamos contornando a "Quatro" ao contrário , por este motivo não estava acostumado ao circuito inteiro , ou seja "Um" "Dois" e "Três" para mim eram desconhecidas . Já nos treinos achando que fazia a "Um" e "Dois" rápidas , tomei uma ultrapassagem do Edgard de Mello Filho entre as duas , só ouvi o ronco de seu Chevette , e a hora que vi ele estava me passando numa velocidade que para mim era absurda .
Tomando mais conhecimento do circuito completo , já que treinei toda vez que a pista abria , consegui me classificar para a largada em 12º lugar , embora alguns dos trinta carros que largaram não tivessem feito classificação .


No grid ao olhar para o lado vejo o Adolfo Cilento , já me arrepiei todo ,pois sabia que ele era um piloto rápido e eu era seu admirador , ao baixar a placa de um minuto ele olha para mim e faz um sinal de positivo , ai sim pensei "o que faço aqui?"


Eu estava acostumado a racha ,e na largada aproveitando-me de uma primeira mais curta pulei bem , entre a "Um" e "Dois" estava em 4º ou 5º , olhando no retrovisor me assustei com aquele bando atrás de mim , todos pilotos experientes brigando por uma posição , todos "babando" ai rápido e tentando não atrapalhar ninguém joguei o carro para grama , eu não era bobo de ficar com aquela turma , nisto perdi tudo que havia ganho na largada e mais um pouco .
Estacionei entre as duas curvas e só sai quando o ultimo carro passou , estava um "pouco " assustado , continuando ainda passei um ou dois carros , quando do meu box me sinalizaram para que eu entrasse , era 4ª ou 5ª volta , e vazava óleo do retentor traseiro do motor , fiquei aliviado , pois ainda não estava completamente acostumado ao circuito todo , estava achando tudo uma loucura ."

sábado, 16 de janeiro de 2010

FALANDO EM AMIZADES-RELENBRANDO XI- RICARDONE 10/01/09


Ricardo Bock em corrida noturna em Interlagos, o Manduca sempre ajudando.


O Ricardo (Bock) e eu nos conhecemos a mais de trinta anos, seu sonho era fazer um Passat D 3 igualzinho ao AUDI QUATTRO, na época ele cursava engenharia na FEI onde hoje é professor. Ele queria e quem pagava o pato era seu pai João e sua mãe D. Isabel , pois seus carros eram todos feitos na garagem de casa , uma rua paralela à Av. Bandeirantes .Seu pai era meteorologista da VASP , super conceituado , um gaúcho sério boa gente , e D Isabel aceitava todas loucuras do filho , e amigos.

Vez por outra ia ajudá-lo , serra tico-tico , rebitadeira e outras ferramentas íamos moldando o carro , que por sinal ficou bom , os pára-lamas iguais ao do AUDI . Certa noite estávamos montando a carburação, dois WEBER 40 duplos horizontais e seu João olhava de dentro da casa , quando foi dormir ,nos olhou com aquele jeito de quem não quer ouvir barulho, pois tinha de estar na VASP, lá pelas 5 h da manhã. E nós montando tudo aquilo, coletor, carburadores, acerta daqui e dali, lá pelas 2 h da manhã ficou tudo pronto, aquele olhar do Ricardo me entusiasmou, "vamos dar só uma ligadinha, para ver se funciona”. Contacto , bomba elétrica , partida , o barulho foi ensurdecedor , só mais baixo que o grito de Seu João , Ricardoooooo! Antes do terceiro "o" eu já tinha ido embora, já que o carro e o pai eram dele. Outro dia em sua casa ,quase trinta anos depois ,ele me contou o fim desta história .Uma manhã , depois de testar novamente o motor na madrugada ,ele ia saindo de casa em seu Fusca (azul calcinha) quando colocaram um revolver em sua boca ,"eu te mato" era seu vizinho delegado de policia , "cheguei de um plantão de madrugada e a hora em que ia dormir você ligou esta porcaria , da próxima vez te mato " .O Ricardo saiu de fininho ,e acho que nunca mais ligou aquele motor.


Em 1983 ele e o Adolfo Cilento correram com este carro as Mil Milhas, mais isto já é outra história......................



A foto original, Duran e Ricardo



Ao Tito, Fabio, Fabiano e Caranguejo.                                                                                                  


 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

FERRAZ X DURAN


Duas semanas de "brigas" em vários blogs, Joel,Tito,Orlando e aqui. No dia 24 ligo ao Duran e convido-o para ir até o Ferraz, ele diz que vai viajar com sua filha e marcamos para próxima semana, agora ao abrir meu e-mail vejo a foto dos dois, divulgada por um site de fofocas, depois de várias cervejas tomadas na casa do Ferraz. Vejam o motivo da "briga'. 


Largada D3 em Interlagos, Elcio na ponta o carro do Duran já aponta para o do Ferraz. O Mogames largando lá atras.


Curva"Quatro"Ricardo Mogames,Duran,Ferraz, um carro encoberto e Bruninho que "viria" a ser o "culpado"de tudo.


Segunda perna do "Sargento" Elcio, Manzini, Mogames, Bruno e Tide ao lado do Ferraz e Duran já começando ir aparar a grama do acostamento.


Manzini, Mogames, Bruno, Ferraz, Duran e Tide a confusão já formada. Depois Ferraz e Duran alegaram que o Bruninho que nada tinha com o caso foi culpado de manda-los para fora da pista.  


Prá tudo terminar em várias cervejas sem a presença de todos nós. Tem troco!

A meus dois "safados" amigos meu abraço e a garantia que na próxima estaremos todos juntos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DIVISÃO 3 na CHUVA.

Recebi do Fabiano Guimarães esta sequência de fotos tiradas das arquibancadas em frente aos box em Interlagos , junto um depoimento . Esta corrida foi em Dezembro de 1983 . Obrigado Fabiano , conto com novos depoimentos seus .

Luiz Henrique Pankowski .

Pankowski e José Ferraz .

Pankowski rodando em frente aos box .


" Com relação a corrida na chuva, lembro de assistir a Turismo 5000 na curva 2 e quando a chuva começou corremos - eu e meu pai - para as arquibancadas para assistir a TEP. Houve uma cena engraçada pois o Aléssio Durazzo não tinha pneus de chuva e o público tirou um sarro dele, ele ficou nervoso e começou a xingar todo mundo. Logo após a largada, o Mogames assumiu a ponta com o Amadeu Campos em 2° seguido do Bruno, Ferraz e o restante do pelotão. Ao completar a 1ª volta, muita água e óleo na reta dos boxes e começou um festival de rodadas. Lembro pelas fotos das rodadas do Mogames, Bruno, Durazzo, Duran, Pankowski. A prova foi interrompida e houve nova largada. Não me lembro do resultado, só lembro do Pellegrinni furando um pneu e mais um acidente com o Luiz Cruz na Ferradura." Fabiano Guimarães .

Pankowski no guard rail , Duran rodando e Aléssio Durazzo batendo na entrada do box .

" Havia chovido antes da corrida , como nem todos tinham pneus de chuva e o tempo estava mais ou menos firme , largamos todos de slick . Quando chegamos ao "Café" desabou o temporal e ai foi todo mundo rodando o Mogames foi o primeiro , comecei a rodar bem antes da entrada do box , na terceira rodada a imagem de Nossa Senhora Aparecida que sempre levei no retrovisor interno saiu do carro !!!!!!! Graças a Deus ninguém saiu ferido deste festival de rodadas , acredito que quase todos acabamos rodando ". Luiz Eduardo Duran .


A bela rodada de Aléssio Durazzo que terminou na batida na entrada do box .

Ricardo Mogames roda e Amadeu Campos toma a liderança .

José Antonio Bruno rodando .



Ricardo Mogames .










quarta-feira, 25 de março de 2009

Luiz Eduardo Duran- A primeira corrida a gente nunca esquece.








" Naquele ano de 1977 eu tinha feito a escola de pilotagem do Toninho de Sousa , e estava preparando meu VW de D3 para correr o Campeonato Brasileiro de 1978 , como o carro estava pronto resolvi fazer a ultima corrida do campeonato em Interlagos . Na época a pista estava em reforma , por isso nossos boxes eram no estacionamento que havia no "Sargento" . Na escola usávamos somente o circuito interno , na "Junção" em vez de subir , descíamos contornando a "Quatro" ao contrário , por este motivo não estava acostumado ao circuito inteiro , ou seja "Um" "Dois" e "Três" para mim eram desconhecidas . Já nos treinos achando que fazia a "Um" e "Dois" rápidas , tomei uma ultrapassagem do Edgard de Mello Filho entre as duas , só ouvi o ronco de seu Chevette , e a hora que vi ele estava me passando numa velocidade que para mim era absurda .
Tomando mais conhecimento do circuito completo , já que treinei toda vez que a pista abria , consegui me classificar para a largada em 12º lugar , embora alguns dos trinta carros que largaram não tivessem feito classificação .
No grid ao olhar para o lado vejo o Adolfo Cilento , já me arrepiei todo ,pois sabia que ele era um piloto rápido e eu era seu admirador , ao baixar a placa de um minuto ele olha para mim e faz um sinal de positivo , ai sim pensei "o que faço aqui?"
Eu estava acostumado a racha ,e na largada aproveitando-me de uma primeira mais curta pulei bem , entre a "Um" e "Dois" estava em 4º ou 5º , olhando no retrovisor me assustei com aquele bando atrás de mim , todos pilotos experientes brigando por uma posição , todos "babando" ai rápido e tentando não atrapalhar ninguém joguei o carro para grama , eu não era bobo de ficar com aquela turma , nisto perdi tudo que havia ganho na largada e mais um pouco .
Estacionei entre as duas curvas e só sai quando o ultimo carro passou , estava um "pouco " assustado , continuando ainda passei um ou dois carros , quando do meu box me sinalizaram para que eu entrasse , era 4ª ou 5ª volta , e vazava óleo do retentor traseiro do motor , fiquei aliviado , pois ainda não estava completamente acostumado ao circuito todo , estava achando tudo uma loucura ."