A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

GP da Alemanha 1967 Nurburgring

 Black Jack recebe a bandeirada do 2º lugar com Chris Amon à sua cola!
Hulme
Carona para o patrão! 

Denny estava em sua terceira temporada pela Brabham, havia vencido sua primeira corrida neste ano em Mônaco, e agora partia em busca do campeonato e no momento estava com 24  pontos contra 19 do patrão e marcara pontos importantes em todas as corridas apenas tendo se retirado no GP da Bélgica quando correu com o antigo Brabham BT19. 

 Guy Ligier
Pedro Rodriguez Cooper T86 e David Hobbs Lola 100.

Jim Clark havia feito a pole com o tempo de 8m04s 10/1000 com absurdos 9segundos à frente de Hulme com 8m13s 500/1000 o segundo no grid, a Lotus 49 com o novíssimo motor Cosworth era velocíssima mas pouco confiável, também na primeira fila, que à época era de quatro carros,  Jackie Stewart com a BRM P115 e Dan Gurney com a Eagle -Weslake.
Dada a largada Clark toma a ponta com Hulme à sua cola, não desaparece como fariam prever os nove segundos que fora mais rápido na classificação, mas uma quebra de cambio tira o escocês da corrida e abre caminho para vitória de Hulme numa corrida emocionante com várias trocas de posições entre os pilotos, nesta briga Dan Gurney faz a melhor volta com o tempo de 8m 15s 100/1000.


Resultado

Pos Piloto   Equipe Voltas      Tempo Grid          Pts
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 2 Denny Hulme Brabham-Repco 15 05:56.3 2 9
2 1 Jack Brabham Brabham-Repco 15 38.5 7 6
3 8 Chris Amon Ferrari 15 39 8 4
4 7 John Surtees Honda 15 + 2:25.7 6 3
5 16 Jo Bonnier Cooper-Maserati 15 + 8:42.1 16 2
6 15 Guy Ligier Brabham-Repco 14 + 1 Volta 17

Meus amigos Heitor Luciano Nogueira Filho e Paulo Levi acertaram na lata um minuto após a postagem e hoje pela manhã o Barba.

Rui Amaral Jr


terça-feira, 7 de agosto de 2012

COOPER

1959, Black Jack - Jack Brabham - empurra seu Cooper T45 em Sebring, para terminar no 4º lugar, ao fundo Tony Brooks e a Ferrari Dino 246 3º colocado.
Black Jack caminha para seu bi campeonato em 1960 com a vitória em Spa. Cooper T53
Tony Brooks, Cooper T53 em Mônaco 

JOHN NEWTON COOPER era um homem brilhante e como soe acontecer, sua criatividade residia nas coisas simples e nas ideias práticas. John, foi o fundador, juntamente com seu pai, Charles, da Cooper Car Company. O velho Charles Cooper iniciou seu negócio em uma velha garagem em Surbiton, Inglaterra, no Reino Unido, onde John nascera, e era especializado na manutenção de carros de corrida. Nada demais portanto, que John desde pequeno, estivesse cercado e se sentisse seduzido por aquele ambiente barulhento e veloz. Após o serviço militar e no final da II Guerra Mundial, os Coopers começaram a construir monopostos de baixo custo, para pilotos novatos. E muitas vezes usavam o excedente de guerra nesses “carros”. 
Apesar disso, o sucesso foi instantâneo e em 1948, tiveram que ampliar seu negócio para atenderem aos pedidos. Até John Cooper experimentou pilotar durante algum tempo, afastando-se das pistas depois para dedicar-se somente aos negócios. Seus pequenos carros de motor traseiro logo estariam começando um revolução na Fórmula 1, pela proposta da nova posição do propulsor (que nem era tão nova assim, vide os Auto Union do pré-guerra).


1958, Moss vence na Argentina 
Big John - John Surtees - vence no México em 1966. Cooper T81
 Jo Bonnier e a Coper Maserati 1965 em Silverstone

Coube a um dos pilotos que começara sua carreira guiando um Cooper nas “fórmulas de promoção”, um inglês que sofria de calvície precoce, Stirling Moss, dar à Cooper e seu modelo T43 o primeiro triunfo, ao vencer o GP da Argentina de 1958. No ano seguinte, o australiano Jack Brabham sagrou-se campeão mundial a bordo de um Cooper-Climax T51 e na última etapa, disputada em Sebring, o carro encantou o piloto local Rodger Ward. O norte-americano estava participando da prova com um modelo no mínimo exótico, um Kurtis-Kraft Midget e não sossegou enquanto não convenceu John a levar seu carro à Indianápolis. 
Em 1960 com Black Jack ao volante, o carrinho passou rapidamente de novidade à surpresa e de certa forma, decretou o final da era daqueles roadsters de grandes motores dianteiros que os ianques vinham usando.
Homem de visão, John também idealizou o Mini Cooper, célebre carro de rallys e slalons. Reconhecido pelas realizações em prol do automobilismo, talvez uma de suas mágoas fosse que as competições haviam deixado de ser “divertidas”, como em seu tempo. 
Não poderia ser diferente para alguém de quem se afirmava que havia gasto não mais do que dez mil dólares para levantar o campeonato de F1 em 1959...

C.HENRIQUE MERCIO - Caranguejo


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A pedido de minha amiga Leandra Giovanetti, com toda nossa consideração e carinho.
http://memoriasdabieleta.blogspot.com.br/

Rui

segunda-feira, 16 de maio de 2011

GP da Itália - Monza 1967

Big John e o Honda RA300


Monza era a nona etapa de um campeonato que teria onze, a Lotus havia estreado  em Zandvoot - terceira etapa - na Holanda o seu 49 com o fantástico motor Ford Cosworth DFV, e vencido com Jimmy Clark, as Brabham BT24 com os motores Repco já não eram as mais velozes porem muito confiáveis. A Ferrari vinha apenas com um carro para Chris Amon, havia perdido Lorenzo Bandini em Mônaco e Mike Parkes se recuperava de um acidente na Bélgica. A Honda apenas com Big John com seu RA300.
No campeonato Hulme liderava com 43 pontos seguido  por seu patrão Black Jack com 34, em terceiro Amon com 20, depois Clark com 19  e Surtees com 7. Clark vencera em Zandvort e Silverstone e marcara apenas mais um ponto na Belgica, enquanto Hulme e Jack Brabham faziam um campeonato com constância marcando pontos em quase todas corridas.

Os Inscritos:

#2 Chris Amon Ferrari 312/67
#4 Bruce McLaren McLaren M5A
#6 Jo Siffert Cooper Car Co T81
#8 Dan Gurney Anglo American Racers T1G
#10 Ludovico Scarfiotti Anglo American Racers T1G
#12 Guy Ligier Ligier BT20
#14 John Surtees Honda RA300
#16 Jack Brabham Brabham BT24
#18 Denny Hulme Brabham BT24
#20 Jim Clark Lotus 49
#22 Graham Hill Lotus 49
#24 Giancarlo Baghetti Lotus 49
#26 Jo Bonnier Anglo-Suisse Racing Team T81
#30 Jochen Rindt Cooper Car Co T86
#32 Jacky Ickx Cooper Car Co T81B
#34 Jackie Stewart Arthur Owen P115
#36 Mike Spence Arthur Owen P83
#38 Chris Irwin Arthur Owen P83


Notem que todos carros correram com números pares.

Jimmy se derrete pela bela loira, belíssima diria eu, Gerard Crombac, seu amigo e jornalista -grande amigo e grande jornalista- de cabeça baixa deve estar pensando "se cuida menino!". 

Na classificação o que se viu foi Clark insuperável, cravando a pole com sua Lótus 49 Cosworth;

Clark                       1m28,5s  média 233,89 km/h
Jack Brabham        1.28,8s
Bruce MacLaren    1.29,31
Chris Amon             1.29,35
Dan Gurney            1.29,38
Denis Hulme           1.29,46
Jackie Stewart        1.29,60
Grahan Hill             1.29,70
John Surtees            1.30,30
Ludovico Scarfiotti    1.30,80



Chris Amon e a Ferrari 312/67. 

Monza o templo italiano da velocidade é uma pista super rápida e na época existia apenas a Variante Ascari para diminuir um pouco sua estonteante velocidade, lá vários carros conseguem andar no vácuo deixado pelos carros dianteiros e a corrida embola mesmo pilotos que largaram com uma grande diferença de tempo.
Na largada Brabham pula na dianteira seguido por Bruce MacLaren e Dan Gurney, Cris Amon cola em Clark agora quarto colocado. 
A primeira volta termina com Gurney na ponta seguido de Brabham, Hill, Clark, MacLaren, Stewart, Hulme e Amon.
Na terceira volta Clark ultrapassa Gurney e assume a ponta com o americano em seu vácuo. Na quinta volta o motor Weslake de Gurney explode e o que se vê é Clark na ponta uma luta brava entre Hill, Brabham e Hulme.


Duelo de Campeões, Hill ultrapassa Black Jack.

Ainda nesta volta alguém avisa  que Clark tem um pneu traseiro murchando - uns dizem que foi Hulme outros Hill _ bem na Parabólica pouco antes dos boxes, ele entra no Box para troca-lo  e volta na mesma volta dos lideres, Hill, Hulme e Brabham. Os três na briga pela liderança viram 1m30s por volta enquanto Clark aproveitando o vácuo de todos pilotos que vai ultrapassando e seu carro mais rápido vira o tempo todo abaixo dos 1m30, estabelecendo a melhor volta da corrida com um tempo igual a sua pole 1.28,5s.
Na volta 59 de 68 Hill vem liderando com folga quando na entrada da Parabólica seu motor explode e deixa Brabham na liderança, a esta altura Hulme já havia quebrado na volta 31, já com Clark em seu vácuo e trazendo Surtees junto. Na volta seguinte Clark já é líder e começa abrir uma pequena vantagem para Brabham que trás em sua cola Surtees.
Na volta 65 Surtees assume o segundo lugar mas Clark já abre mais de um segundo. Quando chega a ultima volta Clark já abre quase dois segundos dos dois quando na Grande Curva seu combustível acaba simplesmente, Brabham numa manobra tenta passar Surtees na freada da Parabólica mas o inglês deixa-o do lado sujo da pista, onde Hill deixara vazar óleo de seu motor, faz a parabólica na frente e recebe a bandeirada apenas a 20/100 de Black Jack.
Clark dançando com o carro para fazer com que o pescador absorva o restinho de combustível do tanque ainda chega em terceiro, deixando mais uma vez de vencer uma corrida ganha como tantas em sua carreira. Parece que até discutiu com seu parceiro e patrão Colin Chapman
Era a estreia do Honda RA300  e Big John um ídolo na Italia por seus cinco títulos mundiais pilotando as italianas MV-Agusta e o titulo mundial de Formula Um vencido dois anos antes pela Ferrari, foi ovacionado pelos tiffosi que comemoraram sua vitória como se ele ainda pilotasse para Casa de Maranello.


A chegada Surtees 20/100 à frente de Brabham.

Resultado

1º   John Surtees           1h43m45s   a media de 226,119 km/h 
2º   Jack Brabham        1h43,45s 20/100
3º   Jim Clark                1h44,08
4º   Jochen Rindt
5º   Mike Spence
6º   Jacky Ickx
7º   Cris Amon   

Apenas sete carros completaram a corrida.


Por Henrique Mércio e Rui Amaral Jr

sábado, 23 de outubro de 2010

CAMPEÕES DA FORMULA UM DE 1950 A 1959

Daqui a pouco vamos conhecer o novo campeão da Formula Um, faltam três corridas e saberemos quem abrirá a sétima década da categoria como Campeão. Aos poucos vou mostrar todos, começando com os anos 50 do século passado.







1950 e 51 a categoria corria com motores de 4.500cc aspirados ou 1.500cc comprimidos. A Alfa Romeo  1.500cc com compressor Roths.

1950
Giuesppe Farina
Giuseppe Farina 1950.



O primeiro campeão Giuseppe Farina venceu o campeonato de 1950 correndo pela equipe Alfa Romeo com o modelo 159. Tinha então 50 anos.


1951
Juan Manuel Fangio
Primeiro titulo para Juan Manuel Fangio com a Alfa Romeo 159.
Fangio e a Alfa Romeo 159 vitória na Suiça.

1952/53

Alberto "Ciccio" Ascari


Nos anos de 1952 e 53 a a Formula Um correu com os carros e regulamento da Formula Dois com motores de 2.000cc.


 Cicio Ascari e a Ferrari 500.

1954/55/56/57

A partir de 1954 a categoria passa a usar motores de 2.500cc aspirados.

Juan Manuel Fangio

Começo de 1954 Fangio pilota uma Maserati.

Fangio 1954 já com a Mercedes Benz W196 carro com que foi Campeão em 1954 e 55.
Mercedes Benz W196 Streanliner, na época os Formula Um podiam ter carroceria.

1955 Fangio pilota a Lancia D50 Ferrari e vence seu quarto titulo.


1957 Fangio corre com a Maserati 250F e vence seu quinto titulo. 

1958

1959 Mike Hawthorn com a Ferrari é campeão.

1959

Jack Branham e a Cooper Climax. Chega uma nova era e Black Jack vence seu primeiro titulo.



O Campeonato Mundial de Construtores foi instituido em 1958 e foi vencido por:
1958  Vanwall
1959  Cooper Climax


quinta-feira, 18 de março de 2010

BRITISH GP BRANDS HACTH 1966. - por Henrique Mércio

UM DIA EM JULHO...


Brands Hatch, perto de Kent, 1966. Na bela pista cujo desenho acompanha a topografia do local reunem-se vinte pilotos prontos para encarar o desafio de 80 voltas. Ocupando a pole position está o líder do campeonato, o australiano Jack Brabham. Antigamente a expressão austera, os cabelos pretos e a tendência ao isolamento e silêncio levaram os colegas a apelidá-lo “Black Jack”, mas os tempos eram outros. Agora próximo de completar 40 anos, Brabham luta contra seus próprios fantasmas: quer vencer um campeonato pilotando um carro que leva seu nome e provar aos críticos que consegue ser tão veloz quanto seus companheiros de equipe. A Fórmula 1 já demonstrava nessa época uma característica de nossos dias: o imediatismo. Não importa o seu histórico de vitórias e conquistas; você será avaliado pela corrida de ontem. E se as coisas não andam boas, terá uma nota baixa. Mas contudo, o velho bicampeão parece estar tão bem como nunca. A temporada de 1966 é uma temporada de transição. As regras foram mudadas e todos tiveram de passar para motores de até 3 litros, fazendo surgir as combinações mais estapafurdias como Lotus-BRM, Cooper Maserati, Brabham-BRM e até Cooper Ferrari. Só que a Equipe do Cavalinho Rampante, principal avalizadora de tais mudanças, como soe acontecer, não estava obtendo os resultados esperados. Tudo o que conseguiu foi que seu temperamental campeão, John Surtees fosse embora da equipe. Outros favoritos potenciais também tem seus problemas: Graham Hill chegou ao limite com a BRM. Dentro de um ano estará ao lado de Clark na Lotus. O escocês por seu lado, está às voltas com a defasada Lotus Climax 33. A opção é a Lotus BRM 43, o típico carro complicado. Gurney está envolvido com o desenvolvimento do belo (e igualmente complicado) Eagle Climax. Stewart ainda está cercado de pilotos de maior envergadura e capacidade do que ele. Terá melhor sorte no futuro, quando lutará contra jovens lobos, ao lado dos quais será o mais experiente e por fim, Jochen Rindt, sempre veloz mas penalizado pelo seu próprio destempero. Resta Brabham, com seu motor Repco, derivado de um bloco de alumínio Buick-Oldsmobile V8. Embora visto com desdém pela concorrência, o Brabham Repco BT19 mostrou seu valor no GP da França, dando a Jack sua primeira vitória desde 1960. Evitando comparações desfavoráveis, o companheiro de equipe de Brabham é o neozelandês Denny Hulme. Discreto como o patrão, Hulme vai ajudá-lo na conquista do tri. Depois, pensará em si próprio. Há um vácuo de poder do qual o australiano quer tirar partido.

Jack Brabham seguido de Dan Gurney, Denis Hulme, Jim Clark e John Surtees.  

 Largada: “Old Jack” dispara na ponta querendo provar que Reims não foi um acaso e que ele tem nas mãos um “cavalo vencedor”. Gurney vem logo a seguir, mas não passará da 9ª volta. Denny Hulme o acompanha obedientemente enquanto os demais se engalfinham. Como demonstração inequívoca de superioridade, os Brabhams são os únicos que completam as 80 voltas e Black Jack mete 9.6 em cima de Hulme, na maior sem-cerimônia, além de cravar a volta mais rápida com 1`37 “duro”. Na briga pelas migalhas, Hill e o BRM P-261 levam vantagem ante Clark e a Lotus Climax. Depois vem Rindt e Bruce McLaren e o McLaren-Serenissima. Após a bandeirada, não há mais dúvidas. Black Jack está de volta, embora os cabelos já não sejam tão pretos. Venceria mais dois GPs e terminaria o ano tricampeão. O motor Repco enfrentaria o mitológico Ford Cosworth nas pistas no ano seguinte e sairia vencedor devido a sua regularidade. Seria sua última façanha, mas o nome de Brabham já estava consagrado como piloto-construtor.


Bruce MacLaren, MacLaren/Serenissima e Denis Hulme, Brabhan/Repco.  

Jack Brabhan e Jochen Rindt Cooper/Maserati.  

Graham Hill, BRM. 

Graham Hill seguido de Jackie Stewart BRM, JimClark Lotus/Climax e Peter Arrndel de Lotus/BRM.  

John Surtees e Jochen Rindt ambos de Cooper/Maserati. 
Dan Gurney de Eagle/Climax e John Surtees Cooper/Maserati.

Hill, Hulme e Clark.

Rumo ao Tri Campeonato Jack Brabham recebe a bandeirada da vitória.




Brabham carro e piloto uma dupla vencedora.