A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

CANCHA RETA IV - Formula Ford 1971

TRÍPLICE COROA

 Chico e Clovis

Nada como um dia após o outro, diria Chico Lameirão. Isso porque uma semana depois de não ter completado a terceira etapa do Brasileiro de Fórmula Ford, ele resolveu colocar de lado a nova carenagem, que não funcionara direito e converteu seu Bino para a configuração que utilizara no RS e lhe rendera três vitórias. Ditado por ditado, em time que está ganhando não se mexe e talvez o mesmo se aplicasse aos carros de corrida. Nos treinamentos, Pedro Victor DeLamare fez a pole, seguido por Lameirão e Alex Dias Ribeiro, todos muito próximos. Dia da prova, se uma semana antes a sorte parecia estar do lado do F/F #84 de PV, desta vez ela pareceu eleger Francisco Lameirão como o seu favorito. Chico largou na frente enquanto DeLamare ficava parado no grid. Tendo de se preocupar apenas com Ribeiro e Marivaldo Fernandes que o perseguiam, Lameirão tratou de se distanciar da concorrência, o que não foi fácil, pois o brasiliense Alex Ribeiro deu-lhe combate e até o ultrapassou algumas vezes. Nessa disputa, os dois abriram de Marivaldo, alcançado e superado por Clovis de Moraes. Enquanto Chico aos poucos se impunha sobre Alex, PV fazia uma grande corrida de recuperação, terminando a série no quinto lugar, à frente do carioca Norman Casari. Com sua vitória e a vantagem obtida, Chico Lameirão estava confiante em recuperar a liderança do campeonato brasileiro das mãos de Pedro Delamare, que o superava em 4 pontos. Dependeria claro, da performance de ambos na segunda bateria. E desta vez, quem ficou parado no grid foi Alex Dias Ribeiro, forçado a uma prova de recuperação como PV na primeira bateria. 

Pedro e Clovis

Entre os ponteiros, Chico teve de controlar os ataques de Clovis de Moraes, Pedro Victor e Marivaldo, enquanto mais atrás Alex fazia várias ultrapassagens para alcançar o pelotão da frente. Lameirão venceu outra vez, com Pedro Victor em segundo, Clovis em terceiro e Alex, que ultrapassou Marivaldo Fernandes na penúltima volta em quarto. Terminada a prova, os dez primeiros colocados tiveram seus motores lacrados para uma vistoria, sendo o monoposto de Alex Ribeiro desclassificado, pois o eixo do comando de válvulas estava fora da medida. Chico voltava assim à liderança com 18 pontos, um à frente de DeLamare, seguidos por Claudio Muller, 12pontos e Clovis de Moraes com 10. Com apenas mais uma e decisiva etapa para sabermos quem seria o primeiro campeão da F/F, a prova seguinte, de novo em Tarumã, iria ser como se diz por aqui, “de sair chispa”.

CARANGUEJO


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

CANCHA RETA III - Formula Ford 1971.

TRÍPLICE COROA

Pedro Victor
Largada com Chico na pole ao seu lado Clovis e Pedro Victor.
Pedro Victor atrás o #45 de Marivaldo.
Clovis Moraes
A nova carenagem desenhada por Anísio Campos inspirada na Lotus 72 não deu certo!


A segunda prova do Brasileiro de Fórmula Ford de 1971, na pista de Interlagos e com o nome de Campeonato Brasileiro de Velocidade, contou com uma assistência ilustre. A corrida foi a preliminar do Torneio Internacional de F2, e deve ter atraído a atenção dos gringos para a Fórmula Ford “do lado de baixo do Equador”. Após um desempenho superior nas etapas iniciais, Chico Lameirão, desta vez correndo em casa, cravou a pole position com 3m25s6/10. Próximos, vinham Clovis de Moraes e Pedro Victor DeLamare. Tudo fazia crer num grande pega entre estes pilotos mais o gaúcho Claudio Muller, pela ponta. Mas Lameirão, envolvido em uma batida entre cinco carros no Retão, saiu da disputa logo na primeira volta. Pensando sempre no desenvolvimento de seu carro, o monoposto do Chico apresentava novidades: frente em forma de cunha e radiadores laterais. Enquanto o líder do campeonato buscava os boxes para reparos, DeLamare e Clovis disputavam entre si o primeiro lugar. Muller disputava a terceira posição com Marivaldo Fernandes. Quando conseguiu desvencilhar-se de Marivaldo, Claudio Muller se meteu na briga dos ponteiros e chegou até mesmo a liderar, mas Pedro Victor acabou levando vantagem e venceu a série, na frente da dupla gaúcha Muller-Clovis. Na segunda bateria, sem a presença de Chico Lameirão, que desistira depois de uma saída de pista no fim da bateria inicial, a briga iria ser entre DeLamare, Claudio Muller e Clovis de Moraes, que haviam feito mudanças na relação de marchas de seus monopostos. Disputa empolgante, o trio se revezou na ponta, com Marivaldo Fernandes acompanhando-os à distância. Nas voltas finais, Claudio Muller era o líder e PV queria surpreendê-lo na volta derradeira, mas quem tirou o coelho do capacete foi Clovis de Moraes, vencedor, seguido de Claudio Ricardo Muller e Pedro DeLamare, que assim assumiu a ponta do campeonato brasileiro e do certame paulista também. A etapa seguinte seria novamente em São Paulo e ofereceria a chance de DeLamare ampliar a liderança ou uma reação de Chico Lameirão ou ainda uma surpresa gaudéria. O que iria ser?


CARANGUEJO



Agradeço à Rogério Da Luz.
link

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Desanuviando...

Na entrada do Laranja quebrado em corrida, nesta caso a culpa não foi minha!

...um pouquinho estava brincando com alguns amigos no Face e mostrei minha foto quebrado na entrada da curva do Laranja no autódromo José Carlos Pace-Interlagos no ano de 1982, aqui um parentese; gostaria que todos que citassem nosso autódromo o fizessem usando o nome de nosso grande piloto.
Pois é, lá eu disse que havia quebrado uns 50 motores e na verdade nem sei a conta, lembro que na Copa Brasil de 1972 foram 5, depois perdi a conta, um deles lembro muito bem estourei na saída dos boxes, não havia percorrido nem 500 metros com ele! 

Edião, eu e o Chapa, invocado demais ele! Um abração meu amigo, obrigado por tudo.

Testava uma relação de marchas com a primeira e segunda marchas mais curtas e o impaciente Chapa mandou que saísse para dar algumas voltas para depois ele verificar tudo. Quando ia vestir as luvas ele vociferou "vai sem, são só duas ou três voltas!"...na saída dos boxes em segunda marcha percebi que o espelho do lado esquerdo não estava acertado e ao colocar a mão naquele pequeno buraco da janela meu relógio abriu e quase cai...tentando segura-lo sem querer afundei o pé direito no acelerador e o motor que o limite de giros era + ou - 7.500 RPM foi apenas à 9.000 e muitas abrindo um buraco do tamanho de minha mão no bloco do pobre motor.
Encostei no acostamento e procurei atrás do conta giros a chave da espia, queria voltar "um pouquinho" mas não adiantou o experto Chapa havia tirado...e a bronca que veio depois prefiro não comentar!

No Laranja, notem o pequeno tamanho do buraco no acrílico! 
Meu pequeno pé direito não é culpado de nada!
Meu painel era idêntico à este, outro dia o Chico que me vendeu o conta-giros lembrou que foi ele que fez. No conta-giros mecânico, o acionamento saía com um cabo da bomba dupla de óleo o ponteiro vermelho era a espia que ia até onde o motor era levado e não voltava, zerava apenas com uma chave igual à uma de porta e localizada atrás dele.    

Aos amigos Ana, João, Marcelo, Duran, Giso, Danilo, Joel, Miltinho...a culpa nunca foi minha!rs

Rui Amaral Jr  

NT: Calculo que cada um deses motores que na época usavam muitas peças importadas e de ponta no automobilismo mundial custasse por volta de R$ 35/40 mil em 82 eu tinha três deles e só para enquadrar o comando de válvulas o Chapa levava cerca de 3/4 horas, daí a bronca do Velho!  

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Palhaçadas...

"Cara de palhaço, pinta de palhaço, roupa de palhaço...foi este o meu amado fim!" a música do inesquecível  Miltinho retrata muito bem a atual, que já vem de longa data, situação de nosso automobilismo domestico.
Fora as grandes categorias em que na sua maioria os lugares são marcados o nosso automobilismo regional, principalmente o paulista, está jogado às traças e não bastasse isto agora a digníssima CBA meteu seu bedelho no Track Day, obviamente com interesses inconfessáveis  com a velha desculpa de salvaguardar os participantes!

Na foto dois preparadores de respeito de nosso automobilismo, meu amigo Edimar Della Barba e Guerra ouvem as explicações do diretor de provas do autódromo.
 Meu amigo Sandro Kuschnir que em nome do vereador Floriano Pesaro e dele mesmo sempre nos dá um apoio imensurável.
 Heitor Luciano Nogueira Filho e atrás dele Marcos Guida Ponce.

As fotos e parte de relato são de minha amiga Regina Calderoni incansável batalhado de tudo que diz respeito ao nosso automobilismo  e uma participante de peso na reunião de ontem!

As fotos abaixo são de meu amigo Cassio Toledo - fone 11-4115.5889.
Regina, Heitor e Marcos.
Artur Bragantini, fala campeão! 



 Guerra e Reinaldo 



Interlagos
Ontem um grupo de pilotos, preparadores e outras pessoas que integram nosso circo estiveram com o administrador do autódromo José Carlos Pace para cobrar uma explicação e possível solução para o fato de nossa pista abrir apenas depois de maio de 2015 para as etapas de nossos Campeonatos Paulistas e dele, ou deles apenas ouviram, o que infelizmente eu já sabia, que nada pode ser feito e blá, blá, blá coisa muito comum quando alguém do alto de seu cargo não tem a minima razão. Nossa Federação e os clubes já sabiam de longa data da situação e além não comunicarem à ninguém de direito ainda não tomaram as devidas medidas para que tal fato fosse contornado causando assim um enorme prejuízo à que trabalha e vive do automobilismo deixando alguns dos que as sustentam em verdadeiro estado de penúria!  
São totalmente irresponsáveis nossos dirigentes e acredito que caiba no caso uma ação publica e pedido de ressarcimento por parte de pilotos, preparadores e outros atores do espetáculo contra esses senhores. 


Track Day
Ontem recebi de meu amigo Carlos Bonesso um e-mail em que um participante desta modalidade amadora faz seu desabafo no meio dos vários e-mails já que eles foram repassados e entre eles um do Assessor de Imprensa da CBA tentando explicar o por que da medida e como no caso de Interlagos mais blá, blá, blá como de costume, fazer algo para que o automobilismo regional seja prestigiado por nossa imprensa certamente ele não faz.
Transcrevo à seguir o desabafo do e-mail com a autorização do Carlos e a minha concordância. 

"Senhores, boa tarde.

Falo como praticante de TDs.

Quando vejo toda essa exigência absurda para participar de um track day, me lembro de como entrei no Nürburgring na Alemanha ano passado. Cheguei, comprei 4 voltas, recebi o cartão, passei o cartão na cancela e entrei para realizar meu sonho de conhecer uma das pistas mais fantásticas do planeta. Entrei com o meu carro de locadora que estava utilizando no país, pois as locadoras de veículos preparados já estavam fechadas e como eu estava numa 3er 320, fui com ela mesmo.

Agora no Brasil, aparece uma lista numerosa de exigências que inviabilizam os TD para muitos de nós, que só queremos brincar com os amigos, assim como eu vi um grupo de amigos alemãs se divertindo em NBR. E lá só tem tem ambulância e reboque à disposição, além do pessoal de pista. E nada é exigido dos pilotos.

Concordo com a vistoria dos carros e com o banimento dos remold. Mas quando vi que um membro da Comissão Nacional de Circuitos da CBA é diretor de uma importadora de pneus slick, eu imediatamente passei a desacreditar na seriedade dessa instituição.

Sempre fui entusiasta de veículos toda a minha vida, mesmo sem ir a TDs, o que só passou a acontecer recentemente. E se os TDs ficarem inviáveis para mim, NÃO ME IMPORTO. Sei que a atitude é irresponsável, mas eu farei exatamente como fazia antes: desfrutarei do meu carro nas ruas da minha cidade e nas estradas. 

Deixo os TDs para os magnatas com carros de 500mil +, esses sim, que podem se curvar aos abusos das novas determinações e aos interesses particulares do corpo diretivo da CBA.

Volto a falar de NBR e como vejo os TD na condição de praticante do esporte: que seja feito como os alemães. Basta uma ambulância para retirar o acidentado e levar para o hospital público mais próximo, um reboque para retirada do veículo da pista e o pessoal de apoio de pista. O que passar disso é exploração da CBA e estratégia para fazer dinheiro, e não para nos ajudar ou incentivar a nossa diversão. Diversão, aliás, que não precisa de autódromo para existir.

Não tenho a mínima vontade de fazer carteirinha de CBA e não vou fazer NADA além do que faço hoje para participar dos nossos TDs. Prefiro aproveitar um passeio à Europa e incluir autódromos no roteiro. Aliás, tenho que voltar a NBR para almoçar no Devil's Diner, que estava fechado no dia e ficou faltando visitar."





  Não transcrevo a resposta do assessor da CBA pois aqui não é lugar de blá, blá, blá, cada um do nós que participou ou participa do automobilismo sabe como é difícil lidar com este pessoal que de uma forma ou outra vive à nossas custas e para nós nada, repito nada trás de bom!

Rui Amaral Jr 


Do inesquecível Miltinho!


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

PANCADÃO

Nosso autódromo e sua cobiçadíssima área. 

Certo dia muitos anos atrás almoçando com amigos chega um juiz de futebol  cujas qualidades eram sempre exaltada de forma clara pelas torcidas e ao sermos apresentados ele saca esta; “corrida de automóvel é coisa de filhinho de papai!” respondi à sua ignorância a altura...nunca mais o vi mas tempos depois me parece que li no Estadão que estava envolvido em algum problema policial referente a “desvios” de cargas!
Pois bem, tenho a certeza absoluta até pela fala do chefe maior para quem até o tênis é coisa de “filhinhos de papai!” que a atual administração de nossa prefeitura pensa a mesma coisa de nós pois postergou a entrega de nosso autódromo para abril de 2015 esquecendo junto com nossos dirigentes dos milhares de empregos que nossa atividade gera, desde conhecidos preparadores que alugam motores e carros passando por guincheiros, mecânicos, ajudantes, fotógrafos e outros que por conta das corridas e cada um no seu patamar ganha seu dinheiro honestamente.


E o Pancadão vocês vão me perguntar...bem não bastava tudo de errado que ocorre em nosso autódromo com o fechamento prolongado ainda vem um político gaiato certamente fazendo média com possíveis eleitores querendo destinar a área para tal atividade!
Por iniciativa particular o autódromo nasceu com o nome de Interlagos e décadas depois passou a levar o nome de um dos nossos, um nome conhecido no mundo e que nos é muito caro...então Interlagos tornou-se Autódromo José Carlos Pace! 
Sim ele é nosso e nossa atividade a despeito do que pensam muitos desavisados ou com intenções pouco claras é uma atividade importante e das pistas do mundo saíram evoluções que tornaram nossos carros de rua mais seguros, econômicos e confiáveis. Vejam não quero que aquela enorme área e nossa pista, mesmo depois de desfigurada, sirvam somente à nós, sei que muitas atividades podem ser desenvolvidas nela para o bem da população...mas pouco caso e escárnio não, de forma alguma!    

Rui Amaral Jr







Comunicado do Autódromo de Interlagos

São Paulo, 11 de Setembro de 2014 - Por: Alexandre Oliveira

Obras no Autódromo de Interlagos. Foto: José Cordeiro/ SPturis.
Obras no Autódromo de Interlagos. Foto: José Cordeiro/ SPturis.
A administração do Autódromo de Interlagos informa que, após a realização do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 e das 6 Horas de São Paulo – FIA WEC, o calendário de atividades esportivas para o ano de 2014 estará encerrado.
A partir de 04/12/2014, serão iniciadas as reformas das áreas técnicas e administrativas.
Segundo planejamento da SPObras, (empresa da Prefeitura de São Paulo vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb), responsável pela execução dos trabalhos, o prazo previsto para conclusão das obras é de dez meses.
Dentre as intervenções, está prevista a construção de novos boxes auxiliares (com prazo de conclusão previsto para o final de abril de 2015), para que o Autódromo possa manter suas atividades, ainda que de forma limitada, recebendo eventos que se adequem a tal estrutura.
Para que não haja qualquer imprevisto quanto ao planejamento destes eventos, esclarecemos que, assim que tivermos o cronograma definitivo para conclusão das obras dos boxes auxiliares, iniciaremos os procedimentos para reserva de datas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Brasileiro de Hot-Car, Interlagos, 28/03/1982.


Recebi ontem do Samuel Gross este vídeo que mostra a Hot-Car, nesta época vemos a acensão dos Passat e a mudança de nome da categoria saindo o mítico Divisão 3 entrando a Hot-Car,  era o começo do fim de uma das mais belas categorias brasileiras.
Neste ano eu corria o Campeonato Paulista da D3 e ver nosso templo sem as modificações que o descaracterizaram e o transformaram simplesmente numa pistinha doí! Como tudo que é bom, como a D3 e Interlagos, tudo é destruído neste país sem memoria!   

Obrigado Samuel, um abração.

Rui Amaral Jr     

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Conta Chico...

"Seu" Chico o Landi entra no Landi-Bianco em Interlagos.

Chico além de ter participado de uma fase áurea de nosso automobilismo como um de seus principais protagonistas tem uma memoria incrível, campeão e colecionador de vitórias e como certo dia me  disse o grande Crispim -Miguel Crispim Ladeira -"foi uma pena o português não chegar à F.Um!". Foi mesmo e eu gostaria de contar à vocês cada palavra que trocamos em longos papos e certamente um dia o farei, hoje vou postar um e-mail que recebi ontem dele com fotos de nosso amigo Claudio Grossi, aos dois meu forte abraço!

Rui Amara Jr 


O excelente projeto competia de igual para igual com as Ferrari, Maserati e outros da Mecanica Continental que dispunham de potencia 3/4 vezes maior!

"...espero que estas fotos, me enviadas gentilmente por CLÁUDIO GROSSI cheguem a todos vocês , pois são importantes para se notar o quão o nosso automobilismo de competição REGREDIU em relação aos anos de 1963/4  ......Naquela época , influenciado pelo diplomata/ piloto MANOEL de  TEFFE , CHICO LANDI juntamente com TONY BIANCO , lançaram a categoria ((( não MONOMARCA)))) FORMULA JUNIOR . LANDI construiu 05 carros , quatro com motor 1000, um com motor DKW e três com motor RENAULT GORDINI e um quinto com motor ALFA ROMEO  este para correr nos 500 QUILÔMETROS de INTERLAGOS . Além dos LANDI tinha mais dois chassis sendo um feito pelo aviador/ piloto. JEAN  BEGERAOU e outro em que  ANISIO CAMPOS correu que não me lembro quem o construiu , com motor DKW. 
       Tecnicamente eram mais avançados do que qualquer FORMULA V que houve até o presente momento (((( não SUPER V ))))) e estavam no seu início de desenvolvimento, o que com o tempo esta formula poderia acompanhar já naquela época o que se fabricava na EUROPA e até quem sabe ultrapassa- los , como aconteceu na FORMULA SUPER V com os autos POLAR de RICARDO ACHCAR que conseguiu BATER os carros da ASTRO-  KAIMAN que detinham  07 CAMPEONATOS EUROPEUS ganhos........
         Infelizmente, após o acidente de CELSO LARA BARBERIS em uma disputa de """ roda a roda""" com um concorrente , portanto , nada a ver com o carro em si , que resultou em fatalidade, não se deu continuidade a esta categoria que a meu ver tinha tudo para dar certo para a FORMAÇÃO de PILOTOS de que tanto estamos  necessitando, pois usava pneus RADIAIS STREET finos, e sem apêndices aerodinâmicos algum.

               Poderíamos ter ganho muitos anos em nosso desenvolvimento de um PARQUE INDUSTRIAL BRASILEIRO e na parte ESPORTIVA da mesma forma. 

Abraço Chico Lameirão"



 A Radiadores Bongotti da família de meu amigo Milton Bonani sempre apoiando nosso automobilismo.
Ludovino Perez no grid em Interlagos larga no Landi-Bianco, foi neste mesmo carro que Chico Lameirão correu os 500 KM de Interlagos de 1963 com o grande Luiz Pereira Bueno, nas palavras do Chico e que eu endosso "O MESTRE", o carro quebrou logo após a largada.
Largada dos 500 KM de Interlagos de 1963, os pequenos Landi-Bianco lado à lado com os Mecânica Continental!

Fotos do acervo de Fabio Farias, Claudio Grossi e Ludovino Perez.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Apenas uma foto...


Foi meu amigo Perdro Garrafa que colocou a foto acima em nossa página da Divisão 3 no Face, acredito ser de 1970 pois Interlagos ainda não tinha as zebras. Na frente o Fúria-BMW #9 e não sei quem está pilotando, logo atrás o Fúria-GM de Pedro Victor de Lamare e em sua cola a carretera Chevrolet-Corvette de Camilo Christófaro, no barranco um Puma branco. Lá ao fundo a saída da curva do Sol e o Fúria #9 já vem freando e tomando a entrada da curva do Sargento.

Rui Amaral Jr  

PS: Segundo meu amigo Luiz "Guima" Guimarães é Jaime Silva no Fúria-BMW, abração Guima! 

terça-feira, 8 de abril de 2014

YES, NÓS TEMOS CORRIDAS


Atualmente, o mundo é uma aldeia global, é fácil ao torcedor brasileiro assistir à apresentação de um esportista de renome, um top liner, seja de que modalidade for, sem contar os recursos audiovisuais. Mas antigamente, seria tão mole assim? Tudo era longe, o Brasil era longe e no caso do automobilismo, tínhamos por aqui locais ainda acanhados e alguns outros se desenvolvendo ainda e que com certeza não atrairiam os grandes nomes de destaque. Certo? Errado. O lado de baixo do Equador sempre contou com eventos importantes e com a presença dos maiores. Achille Varzi, piloto italiano, rival único de Tazio Nuvolari aqui esteve em 1947, no GP da Gávea no Rio. Abandonou a prova e ainda assistiu outro notável “ás” do volante, Luigi “Gigi” Villoresi, de Maserati 4CL, perder a corrida para Chico Landi e seu Alfa 308. E o que dizer do badaladíssimo GP de São Paulo de março de 1949, realizado uma semana antes do GP da Gávea? Nessa ocasião, não esteve no Brasil apenas Gigi Villoresi, como também Giuseppe Farina e o fantástico Alberto Ascari. Cabe ressaltar que dentro de um ano, Nino Farina seria o campeão mundial de automobilismo, pilotando a histórica Alfetta 158 sem contar a trajetória de Ciccio Ascari, vice-campeão para Fangio em 1951 e bicampeão da F1 entre 52-53. Em São Paulo, os dois campeões enfrentariam Chico Landi e sua Maserati 1500, orgulho da torcida. Ascari dispunha de um Maserati 1500 também, assim como Villoresi. Farina teria uma Ferrari 2000. Landi contava com o Alfa 3000 que comprara de Achille Varzi, mas que vendera ao carioca Henrique Casini. Por ocasião do IV GP de São Paulo, os pilotos fizeram um acordo. Casini emprestaria ao Landi o carro que já lhe pertencera. Os carros dos pilotos brasileiros estavam em atividade há mais de dois anos e não podiam competir em condições de igualdade com os carros que os italianos estavam trazendo, todos novos. Enquanto esperava, Landi treinou com o Maserati 1500. Junto ao pole Farina (3’53”20) e Ascari (3’57”40), Landi (4’06”00) dividiu a primeira fila com Jaime Neves em sua Alfa 3000. 


Luigi "Gigi" Villoresi pilota uma Maserati 4CLT  em Silverstone - 1948.
 Alberto "Ciccio" Ascari pilota uma Alfa Romeo Alfetta 1948. Carro que daria em 1950 no primeiro mundial de Formula Um o titulo à Nino Faraina.

 No centro Chico Landi na largada do GP de Bari 1951 com uma Maserati 8CLT . "Seu" Chico havia vencido a prova no ano de 1948 pilotando uma Ferrari 166SC.  
Ciccio na Maserati 4 CLT
Giusepe "Nino" Farina vence o primeiro mundial de F.Um 1950.
Nino com a Alfetta vence a primeira corrida da moderna F.Um em Silverstone 1950.

No dia da prova porém, Chico Landi foi surpreendido pela recusa de Henrique Casini em cumprir o acordo que haviam feito. Casini resolveu poupar o Alfa para a prova da Gávea e não só não enviou o carro como nem apareceu com qualquer justificativa. Mas o espetáculo teria de prosseguir. Na largada, Farina tomou a ponta, acompanhado de Landi, Villoresi e Ascari. Ainda na primeira volta no Retão, Landi passou Farina, mas seu maior conhecimento da pista não lhe serviria muito. Na 2ª volta, Gigi Villoresi era o ponteiro e a ele juntar-se-ia Nino Farina. A briga italiana deixou Landi para trás porém na quinta volta, Farina assume a ponta e distancia-se de Gigi Nazionale. Mais atrás, problemas para o piloto brasileiro. Uma biela fez Chico Landi abandonar na 8ª volta. Chico todavia consegue retornar com a Maserati 3000 de Francisco Credentino. Com problemas mecânicos, quem faz uma corrida apagada é Ciccio Ascari, cada vez mais atrasado. Problemas tirarão da prova o favoritíssimo Farina, que perdeu uma roda na Curva do Lago e tudo beneficiou Luigi Villoresi. Gigi vence com Chico Marques em segundo. Ascari é apenas o quarto uma volta atrás e Landi, com o carro emprestado em quinto. Tudo no dia em que dois campeões do mundo, andaram por esta terra. Bem como o pai de Alberto, Antonio Ascari, que contam, também aqui esteve não como piloto e sim como trabalhador.

Caranguejo

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Gigi e Ciccio
Gigi um grande piloto que sobreviveu à loucura que eram os carros de corridas de sua época!


"Caranguejo, você sabia que Ciccio correu no Brasil?", assim começou este post, horas incontáveis de conversas ao telefone e muitas pesquisas depois e sem encontrar sequer uma foto da corrida em Interlagos meu amigo escreve este interessante texto de uma época que parece apagada da memoria de nós que gostamos de automobilismo!  

Aos grandes pilotos aqui citados e à todos outros que nunca se apagarão de nossas lembranças!

Rui Amaral Jr

Uma de nossas fontes de pesquisa o jornal "O Estado de São Paulo"  
acervo digital