A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A RESSURREIÇÃO DE ANDREAS



 Em Zandvoort a última vitória de Niki pela Ferrari na foto ele na 312T2 e Mario na Lotus 78 MKIII




1977 foi a temporada depois do improvável. No ano anterior, James Hunt fora sagrado o campeão, após o seríssimo acidente de Niki Lauda em Nurburgring. O austríaco vinha dominando o campeonato de forma incontestável com a Ferrari 312T2, quando foi surpreendido pela batida na curva Bergwerk. Hunt aproveitou a oportunidade e virou o jogo nas seis provas finais, superando Lauda por um ponto. Além das visíveis cicatrizes em seu rosto, Niki trouxera outras marcas de 1976. A torcida italiana não o perdoou por ter abandonado por conta própria o GP do Japão, quando ainda tinha chances de ganhar o título. Na nova temporada então, o campeão mundial de 1975 era considerado um piloto decadente e os especializados apostavam em um bicampeonato para Hunt; em Reutemann com a outra Ferrari; em Andretti com a bela Lotus 78 e em José Carlos Pace, com seu Brabham Alfa finalmente acertado. Lauda? Estava acabado. 

 Carlos Pace e a Brabham BT45 e sua derradeira corrida em Kyalami.

 Jody, Wolff WR1 em Mônaco seguido por John Watson, Brabham BT45

 James Hunt, McLaren M23
e com a M26.

O ano porém, começou com uma zebra: no pampa argentino, vitória de Jody Scheckter e do novo Wolff WR1. Jody não era muito cotado porque trocara a Tyrrell por uma equipe totalmente desconhecida. Na Argentina, ele fora beneficiado por problemas com Pace nas voltas finais. Mas no Brasil, a lógica pareceu retornar, na vitória de Carlos Reutemann, que fez dele o líder do campeonato. Contudo na terceira prova do ano em Kyalami, Lauda “voltava “ à vida, com a primeira vitória desde de Nurburgring. Todavia, não comemorou, chocado pelo acidente que cobrou a vida de Tom Pryce na volta 22. E o destino continuou pregando peças, pois duas semanas depois, morria José Carlos Pace em um acidente de avião, no interior de São Paulo. Na etapa de Long Beach, Mario Andretti venceu com a nova Lotus 78, mas Lauda chegou em segundo e passou a co-líder do mundial ao lado de Scheckter, que seria o líder isolado após o GP da Espanha, depois de uma nova vitória de Andretti. Nada mau para um carro estreante. E Jody continuou assombrando, pois venceu em Montecarlo e ampliou a liderança. Seria o “South African Wild Man” a surpresa de 77, qual Hunt no ano passado? O estoque de coelhos da cartola da Wolff estava acabando. Nas quatro etapas seguintes, em Zolder, Anderstorp, Dijon-Prenois e Silverstone, Scheckter amargou quatro abandonos enquanto Lauda fez dois segundos lugares, um quinto e apenas uma não-classificação. 

 Gunnar Nilson, Lotus 78 MKIII
 Jacques Laffite, Ligier JS7

 Alan Jones, Shadow DN8
 Niki

Para além disso, nomes novos apareceram no rol dos vencedores: Gunnar Nilsson, venceu seu primeiro GP na Bélgica e Jacques Laffitte venceu o seu, na Suécia. Nos demais, a lógica. Andretti triunfou em Dijon e James Hunt (era ele o number one, lembram?) venceu pela primeira vez no ano, na Grã-Bretanha. Daí em diante, só deu Lauda. Vitórias em Hockenhein e Zandvoort; um segundo lugar em Osterreichring, outro em Monza e um singelo quarto lugar em Watkins Glen bastaram para fechar a conta. Lauda bicampeão, contrariando todas as expectativas. Alan Jones e a Shadow venceram na Áustria e Mario Andretti levou a melhor em Monza. Que importância teve isso? Nem a reação tardia de Scheckter, ganhando em Mosport Park ou James Hunt no Japão. Niki Lauda, de contrato assinado com a Brabham-Alfa para 1978 nem mesmo compareceu a essas provas. Mas já tinha deixado claro quem era o dono da banca...

CARANGUEJO



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

FANGIO EM SÉBRING/1957

Fangio e Behra
El Chueco toca a Maserati.

Ano de 1957, Juan Manuel Fangio, El Chueco, prepara-se para mais uma temporada, motivado como sempre e competitivo como poucos. Longe da Equipe Ferrari, que defendera na temporada passada, ele havia voltado à sua velha conhecida, a Officine Alfieri Maserati, onde atuara de 1952 a 1954. Sua programação para as pistas em 57 seria mais uma vez voltada para a participação em provas da Fórmula 1 e dos Sport-cars, agora com a marca do Tridente. Na categoria-rainha, utilizaria o mitológico 250F, carro que conhecia como poucos e nos Sports, dividir-se-ia entre os modelos 450S e 300S. Na etapa de abertura da F1, ganha o Chueco sem maiores problemas, sinalizando que está a fim de mais um campeonato. Mas logo em seguida, nos 1.000 Km de Buenos Aires, em dupla com Stirling Moss e no comando da Maserati 450S faz a pole position, mas abandona com o diferencial quebrado. Incrível como a sorte de Fangio “virava” quando corria com Moss...Após duas vitórias sem contestações, no Grand Prix de Buenos Aires (Fórmula Libre) e no Grande Premio de Cuba (Sports), parte o Chueco para um compromisso bastante importante, as 12 Horas de Sébring, onde voltaria à Maserati 450S e contaria com o inquieto Jean”Jeannot”Behra para ajuda-lo na condução. Um ano atrás, o piloto argentino fora o vencedor da prova no aeródromo, juntamente com Eugenio Castellotti e a Ferrari 860 Monza.

A largada

Poderia ele agora repetir seu desempenho, com a 450S e o sanguíneo Jeannot? E lutando contra times como a própria Ferrari e a Jaguar? A prova começou com liderança da dupla da Ferrari Peter Collins/Maurice Trintignant, com o britânico ao volante. Behra, cai para quarto, mas imprime um ritmo forte para recuperar-se. Ele supera o outro Maserati oficial, de Moss/Harry Schell. Collins puxa o pelotão até a vigésima passagem, mas Behra o ultrapassa e continua forçando e melhora seu tempo de volta várias vezes. Ao entregar a barata ao Fangio, eles estão na dianteira e distante dos outros. O Chueco mantém a vantagem enquanto as Ferrari padecem com problemas nos freios e a dupla Moss/Schell se esforça para resistir aos avanços de Mike Hawthorn/Ivor Bueb e seu Jaguar. Irão terminar nessa ordem, com a dupla franco-argentina como a única a completar as 197 voltas e a Ferrari de Masten Gregory, o Flash de Kansas City e Lou Brero Sr. defendendo a honra de Maranello, à quatro voltas dos vencedores. Ao final daquele ano, o da quinta estrela do Fangio, ele ainda voltaria ao Brasil para duas apresentações, em Interlagos e na Barra da Tijuca, mas com o modelo 300S. Adivinhem o que aconteceu?

CARANGUEJO

Equipe Porsche e os 550RS

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NT: Comentário de Milton Bonani.

Rui, como eu sou louco por Maserati, principalmente a 300S, comprei a uns anos atrás o livro do Walter Bäumer que dizem ser o papa das 300S. Fui verificar nele os dados dessa corrida de Sebring e encontrei informações interessantes. Veja: Como o prêmio dessa corrida era bem grande e a Maserati tinha muito interesse no mercado americano, enviou para essa corrida 4 carros: 2 -300S 1 - 450S e 1 - 250, mais de 5 toneladas (!!!) em peças de reposição, 8 pilotos, 8 mecânicos e mais 10 pessoas para compor a equipe. Confesso que pela foto fiquei em dúvida se o carro do Fangio era mesmo uma 450S, mas o livro confirma que ele e o Behra correram mesmo na 8 cilindros.

Milton Bonani

 Já que os amigos comentam e ajudam muito, a foto tirada pelo Paulo Levi em Elkhart Lake.

Aos dois um abração!

 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

PRÍNCIPE X ACROBATA - Por Henrique Mércio

Ontem quando escrevi "Gilles" já estava havia pesquisado o texto/post do Caranguejo, pois é neste ele assina C.Henrique Mércio, e ao invés de colocar um link resolvi mostrar novamente este ótimo post onde ele conta o clima que infelizmente houve entre os dois grandes pilotos.
Aproveito para dedicar este à dois outros grandes pilotos, que se enfrentaram nas pistas mas sempre mantiveram a amizade que com a graça de Deus perdura até hoje, meus amigos Junior Lara Campos e Arturo "Turito" Fernandes, e também para meus amigos Romeu e Guarany!

Rui Amaral Jr  


Pironi e Villeneuve

Gilles Villeneuve, apesar das atitudes suicidas na pista, era conservador e careta quando não estava dentro de um carro. Prezava muito suas amizades, por exemplo. Quando Didier Pironi aportou na Ferrari, eles logo ficaram amigos, até porque, falavam a mesma língua e além do francês, tinham o mesmo nome (Joseph) , moravam no mesmo lugar (Mônaco) e tinham gostos parecidos. Ou talvez não. Pironi, também conhecido como “O Príncipe”, era calculista e metódico, quase maquiavélico. Villeneuve era o porra-louca, sempre o autor da manobra mais arrojada em quase todas as corridas. Dedicado à equipe, ele abrira mão de uma chance real de ser campeão em 1979, quando resolveu facilitar as coisas para Jody Scheckter, seu então companheiro de equipe. Enquanto Villeneuve tinha quando muito, ambição de ganhar corridas, Pironi queria ser campeão do mundo da F1. Provavelmente, o analítico Didier tenha intuído que na Ferrari, apenas um poderia ganhar todas as glórias e o outro ficaria para trás e sofreria. Poucas equipes são capazes de dar condições de igualdade a seus pilotos. Pela sua filosofia de trabalho, a Ferrari não era uma dessas no começo dos anos 80.

Didier, Enzo e Gilles.
Enzo e Gilles. Enzo dizia que ele era o novo Tázio Nuvillari.

 A relação dos então amigos começou em 1981 e nesse primeiro ano, Villeneuve foi melhor com o Ferrari 126 CK, primeiro carro turbo da equipe de Maranello, a quem definia como “meu Cadillac vermelho”. Venceu duas vezes, em Mônaco e em Jarama e pontuou bem mais que Pironi. No ano seguinte, o “Príncipe” pareceu adaptar-se mais rapidamente ao modelo 126 C2, o melhor carro da temporada. Ele foi amealhando alguns pontinhos enquanto Gilles continuava fazendo suas acrobacias e não terminava corridas. E ainda perdia patrocinadores...para Pironi. Villeneuve queria fechar contratos mais vantajosos e negociava reajustes. As empresas que o apoiavam queixavam-se à Ferrari, que numa atitude pouco ética, as encaminhava a Pironi, que acertava pela metade da pedida do canadense. 

Gilles 
 Didier
Gilles
Pironi

Em 1982, como doze anos mais tarde, o GP de San Marino em Ímola seria um divisor de águas. Tinha tudo para ser uma corrida das mais monótonas, com grid esvaziado. As equipes britânicas resolveram boicotar a prova, em protesto contra as punições de Nelson Piquet (Brabham) e Keke Rosberg (Williams), desclassificados no GP do Brasil, por problemas de lastro. A única equipe em condições de competir com a Ferrari era a Renault, que também tinha carros turbo. Na largada, os Renault saem na ponta, mas Alain Prost logo abandonaria e a coisa ficaria restrita a três carros: Arnoux(Renault), Villeneuve(Ferrari) e Pironi(Ferrari). Arnoux resistiria por mais tempo do que Prost, mas também ficaria pelo caminho. Na Ferrari, nada de briga doméstica: Villeneuve assumiu a ponta e seguiu tranqüilo, comboiado por Pironi. A equipe, preocupada com os pneus, deu aos dois uma controversa placa “Slow” (em inglês, devagar). Cada um entendeu de um jeito. Para Gilles significou diminuir o ritmo para poupar os pneus. Já Didier interpretou que como estavam muito lentos, deveriam acelerar. Resultado, ele foi para cima de Gilles e o ultrapassou. Mas o canadense não ficou preocupado. Talvez Didier quisesse entusiasmar os tifosi. Ele aceitou o jogo e depois de alguma disputa, retomou à posição. Mas Pironi continuou a pressioná-lo e ultrapassou novamente a Gilles, na penúltima volta e agüentou bem seus ataques na volta final. 

Podium em Monza

Os rostos no pódio traduziram bem a tensão do momento: de um lado um vibrante Pironi, que evitava olhar para Villeneuve; este, visivelmente contrariado está presente apenas para uma satisfação aos seus patrocinadores. Acusações? Para Villeneuve, o francês fora desleal e quebrara um pacto, pois na decisão da equipe, ele Gilles, é quem deveria vencer. Para Pironi, o baixinho facilitara e corrida é ultrapassagem. Insinua também que o ex-amigo é um mau perdedor. Resultado, quinze dias após, em Zolder na Bélgica, a tensão ainda não diminuira. Nos treinos, Gilles não conseguia bater os tempos de Didier. Quanto mais tentava, menos obtinha. Há uma foto que simboliza bem o clima na Ferrari nesse maio de 1982: em primeiro plano, dentro do cockpit de seu carro, Pironi espera sair para treinar. Atrás dele, também esperando para sair, está Villeneuve. É possível visualizar seus olhos, dentro do capacete, fixos no rival. Não seria exagero dizer que neles brilha uma luz de hostilidade. Nos minutos finais da prática, sem conseguir baixar seu tempo, o canadense fazia uma tentativa desesperada. Vinha com tudo. Consumiu seus pneus mas nem ligou para a ordem de recolher que o Box enviou. Seguiu alucinado para mais uma volta e encontrou Jochen Mass andando lentamente à sua frente. Não tendo como desviar, bateu na traseira de Mass e iniciou uma violenta série de capotagens onde o carro foi se desfazendo. O monocoque rompeu-se e o corpo do piloto foi arremessado ao ar, caindo junto a uma cerca de arame. Villeneuve foi atendido ainda na pista mas não resistiu aos ferimentos. Teria o destino preferido Didier a Gilles? 



Pironi muda rapidamente o seu discurso e dois meses depois, ao vencer o GP da Holanda, homenageia Villeneuve. Não foram poucos os que o taxaram de demagogo. O “Príncipe” parecia obcecado com a idéia de ser o primeiro piloto francês campeão de Fórmula 1 e esquecera até mesmo o cuidado com as palavras As concessões que teve de fazer ser-lhe-ão duramente cobradas durante os treinos para o GP da Alemanha. Chove em Hockenhein. O spray levantado pelos pneus dos carros não dissipa na parte do autódromo que passa pela floresta, formando em razão das árvores, uma neblina que dificulta ainda mais a visibilidade. Detentor da pole position, Pironi vai para a pista sem nenhuma necessidade. Ele quer apenas regular o carro para a possibilidade de uma prova com chuva no domingo. Numa das longas retas, não vê o Renault de A.Prost que roda lento à sua frente. Numa brutal repetição do acidente de Gilles, esbarra no carro, decola e capota de frente. Tem mais sorte, pois o cockpit fica inteiro ou quase. Mas Pironi tem várias fraturas em ambas as pernas. Arriscado a perder a perna direita, é operado ainda na pista. Removido para o hospital de Heidelberg, salva-se depois de longo tratamento. Nunca mais voltou à F1. Em 1987, sofreu um acidente mortal numa competição de barcos off-shore. Sua lancha, a “Colibri”, virou após ser colhida pela onda feita por um petroleiro. 

COLIBRI


“Pironi será a partir de hoje, meu adversário. Nunca mais falarei com ele, pelo resto de minha vida”. –Gilles Villeneuve em entrevista à uma revista inglesa, pouco antes de seu acidente fatal em Zolder, 1982. 








C.Henrique Mercio



terça-feira, 9 de julho de 2013

GP da Alemanha 2013


De uma brincadeira minha com meus amigos no Facebook veio a oportunidade de escrever sobre a Ferrari e sua posição em relação à Massa e os pilotos brasileiros na equipe, ou seja o próprio Massa e Barrichello.
Desde o trágico acidente de Ayrton vem a emissora oficial que transmite a F Um para o Brasil e seu tresloucado narrador tentando encontrar um substituto para nossos campeões. Vínhamos de oito títulos com três pilotos que antes de mais nada eram talentos naturais, que a cada equipe onde entravam sabiam impor sua condição qualquer que fosse o contrato que assinassem. 
Vai Barrichello para Ferrari e o tal locutor começa com sua verborragia tresloucada a incutir em milhões de brasileiros, que apesar de acompanharem a categoria nunca tiveram acesso à outras publicações muito menos aos bastidores da categoria, a esperança de termos um novo campeão. E Rubens assina um contrato na equipe que tem nada menos que Schumacher como estrela, apoiado por Jean Todt e Ross Brown e com toda a equipe fazendo um carro para ele, para seu estilo de pilotagem e tendo o alemão toda preferência durante as corridas.

 Zeltewg 2002


Rubens caiu na conversa do tal narrador e para o publico brasileiro dizia ser piloto contratado em igualdades de condições e patati e patata...acontece que Rubens foi andando cada vez melhor e se equiparando ao seu companheiro, mas sempre aceitando as ordens da equipe nunca se impondo, ao contrário do que falava. Para mim a gota d`água veio em Zeltweg 2002 quando Rubens ao invés de se impor, depois de ter feito uma corrida perfeita, e entrega o primeiro lugar a Dick Vigarista quase na linha de chegada e mesmo aceitando a imposição e sorrindo no podium, vem ao publico brasileiro chiar. Ora, naquele momento se tivesse pisado no fundo e vencido certamente teria o respeito da equipe que nunca mais teve, poderia talvez o que duvido muito ser despedido, nesta altura para ele a grana falou mais alto, o que não vou dizer se é certo ou errado! O certo é que mesmo depois na Brawn foi contratado como o bom piloto que sempre foi, porém sempre na mesma condição!
Agora Massa na Ferrari, depois do tal locutor dizer que ele era o “irmãozinho” de Dick Schummi e que Alonso chegava à equipe em igualdades de condições, vem toda a lambança que vemos. Alguns dizem que Massa foi afetado pela molada vinda do carro de Rubens na Hungria, acredito que mais do que isso a vitória de Hamilton no campeonato de 2008 desestabilizou o brasileiro, nunca mais foi o mesmo e agora não tinha que competir com um Kimi desmotivado e sim com Fernandinho, um piloto sempre motivado, sempre buscando a vitória, sempre muito rápido e disposto como Dick Schummi à tudo. Um talento muito maior que o do brasileiro e novamente apoiado pela equipe que o trata como ao alemão anos atrás.
Rubens certamente desperdiçou um talento maior que o de Massa, mas mesmo conhecendo a F.Um e suas mutretas não posso aceitar que a Ferrari trate não um piloto, mas o publico brasileiro desta forma, afinal vem do Brasil a maior parcela dos lucros de sua controladora e de seu principal patrocinador.

Na minha tradução abaixo a palavra oficial de Massa e da equipe sobre o ocorrido na Alemanha.

"Felipe Massa:”Estou muito triste por minha corrida, sobretudo por ter andado tão bem todo fim de semana. No começo da quarta volta, quando freei as rodas traseiras bloquearam e o motor continuou funcionando. Quando parei entrou a quinta marcha e o apagou. Foi muito estanho ficar parado desta maneira sem que a equipe encontrasse nenhum defeito no carro. Os pneus Médios hoje não se comportaram como esperávamos depois dos treinos de Sexta-Feira, talvez diferentes fatores tenham contribuído para isso, como o aumento da temperatura. Agora quero me concentrar para próxima corrida e tentar dar o melhor de mim para me recuperar”" 


GP da Alemanha - Calor afeta estratégia engenhosa.

Nurburg, 7 de Julho - Fernando Alonso terminou no quarto lugar o GP da Alemanha enquanto seu companheiro Felipe massa abandonou na quarta volta quando o motor de sua F138 apagou após uma rodada. Sebastian Vettel da Red Bull venceu e subiu ao podium com os dois pilotos da Lotus, Kimi Raikkonen em segundo e Roamain Grosjean em terceiro. No Campeonato de Pilotos a vantagem de Vettel, o primeiro colocado para Alonso o segundo, subiu de 21 para 34 pontos. Felipe está agora em sétimo lugar. No Campeonato de Construtores o Cavallino Rampante permanece no terceiro lugar, apenas três pontos atrás da Mercedes enquanto na ponta a Red Bull aumentou sua vantagem sobre os demais.

link

As traduções são minhas e os links para os originais da Ferrari.


Rui Amaral Jr

PS: De um antigo dito popular que ouvi e guardei..."quem muito abaixa acaba mostrando o traseiro!"

segunda-feira, 15 de abril de 2013

GP da China 2013 - Com a palavra a vencedora!




Fernando Alonso: "Hoje não poderia ser melhor do que isso! A vitória que faltava desde a Alemanha e tem um sabor especial, porque a corrida foi complexa e repleta de emoções. Junto com o segundo lugar na Austrália este resultado mostra que o carro é competitivo e estamos na direção certa para o pódio. Tenho de agradecer o esforço enorme feito pela equipe, tanto aqui como em casa, o trabalhado duro para nos colocar em posição de lutar em pé de igualdade com os melhores. Tivemos uma boa atuação todo o fim de semana  e o terceiro lugar na qualificação deu-nos a oportunidade de largar junto às primeiras posições. Além disso, nós estávamos precisando da sorte e mais um conjunto de fatores para trabalhar com perfeição, como o set-up, estratégias, chamadas para os pit stops e pit-stop, o sucesso dependia de nós mesmos.
Foi uma corrida em que fomos capazes de tirar proveito do nosso ritmo e gerir os pneus, o aspecto certamente mais perigoso. 
A ausência de um franco favorito ao Campeonato é muito interessante, mesmo estando conscientes que é apenas a terceira corrida: não devemos nos iludir, mas manter o foco e fazer de tudo para ficar melhor ".

Stefano Domenicali: "Estou feliz pelo resultado que a  equipe conseguiu hoje, e claro, por uma vitória em uma corrida que estava que se mostrava difícil em muitos aspectos, começando com a gestão dos pneus, após Malásia. Estou particularmente satisfeito por ver Fernando no degrau mais alto do pódio: é o melhor que poderia acontecer, o premio por um excelente trabalho feito pelo pessoal da pista e em Maranello. Sinto muito por Felipe, porque as granulação em seus pneus o impediram de tirar o máximo de seu potencial, e especialmente, obter um resultado que podia aspirar depois de um começo tão bom. Esta é apenas a terceira corrida em poucos dias e já estamos no caminho certo para um novo desafio, no Bahrein. No início da temporada é mais difícil do que nunca para fazer uma análise precisa dos valores em campo: entre a qualificação e a corrida vimos desempenhos que variaram muito entre as diferentes equipes, então temos que nos concentrar ao máximo para melhorar a volta do carro na qualificação e manutenção da mesma nível de desempenho nas corridas. "

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Niki

 Kyalami 1972, Graham Hill, Brabham BT33, Lauda, March 721 
Com Pescarollo, Willians (March) 721.

Começou sua carreira na Formula Vê e depois nos carros esporte, em 1971 estreou na Formula Um em Zeltweg, pilotando um March 711 da equipe oficial STP March Racing Tean, obviamente comprando seu lugar. Largou em 21º lugar e quebrou na vigésima volta das 52 da corrida.
Em 1972 continuou na equipe, comprando seu lugar por US$52.200, correndo com o March 721, depois 721X e 721G e das treze corridas da temporada seu melhor resultado foi o sétimo lugar em Kyalami, uma volta atrás do vencedor Denny Hulme de McLaren M19A. Apesar de não marcar nenhum ponto na temporada foi constante, numa equipe que tinha o super bota Ronnie Peterson, primeiro piloto que conseguiu com o pouco competitivo 721 em suas três versões 12 pontos.


1973 Watkins Glen, Merzario com a Ferrari 312 B3 na frente do pelotão, Lauda na BRM P160E é o quinto.

Chega 1973 e aparece uma vaga, à ser comprada, na BRM, Niki consegue um empréstimo bancário, alguns dizem que às custas da fortuna da família, outros que sobre um grande seguro de vida, paga por ele US250 mil (sem absoluta certeza aqui puxo ela memória!). Com a BRM P160 marca seus dois primeiros pontos no Mundial de Formula Um, foi em Zolder na Bélgica.   
Ao final de 1973 a Ferrari dispensa seus dois pilotos, Jackie Ickx, algumas corridas antes do final e o combativo Arturo Merzario.Lembro bem de um texto de Jacky Ickx para a revista Autosprint quando ele saiu da Ferrari, escreveu que foi um dos grandes vencedores da equipe, mostrava as vitórias, as voltas na liderança e muitas outras peculiaridades de sua passagem na equipe, só que titulo não conseguiu nenhum.


 1974, Brands Hatch, a Corrida dos Campeões não era valida para o Mundial de F Um, Lauda x Ickx com a Lotus 72E.

Uma nova crise se abatia sobre a equipe, e para 1974 convida Clay Regazzoni para ser seu primeiro piloto, que perguntado por Don Enzo se tinha alguma preferência para o lugar de segundo piloto, indica Niki.
Pilotando a Ferrari 312B3 na nova versão de 1974, Niki começa melhor do que Clay, estréia com um 2º lugar na Argentina e vence na Espanha, em Montjuich, com Clay em 2º, vence novamente na Holanda, mas são oito suas quebras no campeonato. Clay mais experiente, e apesar de uma vitória apenas, luta pelo titulo com Emerson até a última corrida, quando em Watkins Glen o brasileiro vence seu segundo titulo.


Monttjuich 1975






Nurburgring 1976, Carlos Pace, Brabham BT45 Alfa Romeo, lidera Lauda pouco antes do acidente.

1975, após as três primeiras corridas, Buenos Aires, Interlagos e Kyalami, quando a Ferrari correu com o modelo 312B3, pouco competitivo frente aos adversários, chega a fase européia e a estréia do modelo 312T. Na estréia em Montjuich Lauda faz a pole com Clay ao seu lado, mas numa largada tumultuada, como seria a corrida, os dois batem e abandonam. A seguir Lauda vence três corridas seguidas, Mônaco, Zolder e Anderstop, com pole nas duas primeiras, e depois de vencer em Le Castellet segue firme para seu primeiro titulo mundial, vencido em Monza quando chegou em 2º na vitória de seu companheiro Clay Regazzoni. Vence ainda em Watkins Glen e abre 19 ½ pontos sobre Emerson, o ½ ponto da 6ª colocação em Zeltweg, na tumultuada vitória de Vittorio Brambilla.   


 Japão 1976


Depois é história, a atitude corajosa de abandonar no Japão, a saída da Ferrari, depois do segundo titulo em 1977, quando disse que não via mais motivação para ficar andando em voltas para não chegar a lugar nenhum, a volta pela McLaren e mais um titulo...




Rui Amaral Jr