A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 30 de junho de 2021

500 Km de Interlagos 1966 - por Ronaldo Nazar

 


A realização da 9ª edição dos 500 km de Interlagos, foi no dia 07 de setembro de 1966, uma 4ª feira com o anel externo sendo o palco da grande disputa, agora todo reformado em virtude da equipe Willys ter recapeado o mesmo para poder realizar o recorde dos 50 000 km do Gordini no final de 1965. Com o retorno à Europa das Abarth Simcas, a equipe Willys era a grande favorita e os pilotos Bird Clemente e Luiz Pereira Bueno, comandariam seus novos Alpines A 1300, apesar de a recém surgida equipe Dacon com seus Karman Guia Porsche que seriam pilotados por Wilson Fittipaldi e Marivaldo Fernandes estarem desafiando o seu domínio. A equipe Vemag surgia como a 3ª força com os novos GT Malzoni e os sempre confiáveis DKW belcar tendo no comando Mário César Camargo o Marinho, José Ramos, José Contijo. A 4ª força viria da equipe Jolly, com Piero Gancia no comando da Alfa Giulia. 

Wilsinho, José Ramos e Bird.

Nos treinos a pole position ficou com Wilsinho Fittipaldi , tendo ao seu lado na 1ª fila José Ramos e o Pássaro Bird Clemente. A largada no estilo Indianápolis , foi dada às 14 hs com o dia ensolarado e a pista propícia à uma grande corrida. Na hora do larga, José Ramos pegou a ponta sendo ultrapassado por Wilsinho na curva 2 . Bird Clemente fez o mesmo na entrada da curva 3. Ao final da 1ª volta Wilsinho liderava , com Luizinho Pereira Bueno nos seus calcanhares em 2º, Marivaldo na 3ª posição, Bird em 4º , Marinho em 5º, Piero Gancia em 6º, José Ramos em 7º. José Contijo entrou nos boxes com o para brisa de seu Malzoni quebrado. Uma pedrada involuntária de um adversário era a razão da pane. 

Wilsinho, Bird e Luiz.

Na 2ª volta Bird Clemente ultrapassa Marivaldo Fernandes assumindo a 3ª posição. Os carros andam mais ou menos juntos , com destaque para a recuperação de José Contijo no Malzoni após o reparo do para brisa. Wilsinho vai liderando e na 6ª volta Luizinho quase o ultrapassa , aproveitando-se do tráfego dos retardatários. Os dois carros entram na curva 3 lado a lado , tendo Wilsinho resistido por fora . Lindo pega entre os cobras. Com esse pega , Luizinho virou em 1m15"2, que acabou sendo a volta mais rápida da corrida. Na 9ª volta Wilsinho entra nos boxes com vazamento de óleo no motor Porsche do Karman Ghia .O carro 77 ficou nos boxes por cerca de 3 minutos para fazer o reparo,Wilsinho voltou disposto a recuperar o terreno perdido. Lá na frente liderando os dois Alpines de Luizinho e Bird diminuem o ritmo e passam a virar em 1m18s. Marivaldo os segue, também mantendo o mesmo ritmo dos líderes. Só Wilsinho que virando em 1m16s , vai descontando e é o carro mais rápido da pista. O resultado é que na volta 30 Wilsinho já corre em 4º lugar, tendo acabado de ultrapassar o DKW de Marinho. Quem também resolve apertar o ritmo é Piero Gancia que após ultrapassar Marinho e Contijo aloja-se na 5ª posição na mesma volta dos líderes, só aguardando algum entrevero para ganhar posições. Bela corrida do ítalo-brasileiro da equipe Jolly. Na volta 54 , Bird entra nos boxes em parada inesperada. O pneu traseiro direito o mais solicitado dechapou obrigando o pássaro a entrar nos boxes para troca-lo e reabastecer. Na 60ª volta , é Wilsinho quem entra nos boxes para trocar o mesmo pneu traseiro . O resultado é que quando ele retornou à pista para buscar velocidade , notou que havia algo na suspensão traseira que foi afetada pelo furo do pneu. Com isso Wilsinho abandonou. Bird retornou na 3ª colocação. 

Marivaldo....
...saindo da Dois.
José Ramos, o grande Marinho e o Gordini de Pelicciotti.

Com essas mudanças , Marivaldo Fernandes passa a baixar a bota e cola em Luizinho, ultrapassando o Alpine na 66ª volta. Passou e foi embora . Depois dos reabastecimentos , Luizinho reassume a ponta graças ao belo trabalho de boxe da equipe Willys. Marivaldo tb perde a 2ª posição para Bird . Marivaldo vai recuperando na pista o tempo perdido nos boxes e cola na traseira de Bird até que na 112ª volta , ultrapassa o Alpine 46. Na 114ª volta , Bird recorre aos boxes novamente com o pneu traseiro direito dechapado. Na troca a equipe verifica que o rolamento da roda do pneu trocado precisa de cuidados , e a qsuspensão está torta. Grecco fala para Bird desistir , mas este não cede e volta para a pista , mostrando toda a sua garra e coragem . Na 126ª volta Luizinho lidera com cerca de 30 segundos de vantagem para Marivaldo que vem descontando cerca de 1 segundo por volta , Marivaldo vai ultrapassar Luizinho antes do final e vencer a corrida. Só que na volta 128 o Karman Ghia passa em frente aos boxes soltando fumaça do motor e na volta 130 abandona com o cabeçote rachado. Aí coube á dupla da Willys diminuir ainda mais o ritmo para receberem a bandeira fazendo a dobradinha vencedora dos amarelinhos. Na 3ª posição ,fechando o pódium Piero Gancia coroa a sua bela corrida.Marinho finaliza em 4º com o Dkw , que foi assim o 1º colocado conduzindo um carro de fabricação nacional. Após a volta de desaceleração , Luizinho e Bird foram carregados pela torcida que invadiu a pista. Uma verdadeira apoteose para os ases da equipe Willys. 

Mestre Luiz.


A classificação da prova foi a seguinte:

1º Luiz Pereira Bueno, Alpine 1300, 154 voltas, 3h28m1s, média horária 145,163 km/h

2º Bird Clemente, Alpine 1300 149 voltas.

3º Piero Gancia , AlfaGiulia TI, 147 voltas

4º Mário Cesar de Camargo Fº DKW, 142 voltas

5º José Ramos DKW Malzoni , 142 voltas

6º Jota , Simca- 139 voltas


Ronaldo Nazar

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 Delicia de texto do Ronaldão!

Ligo para ele, atende a querida Sônia, lá de trás ele já grita "grandãooooooo!"

"Ronaldão, posso postar seu texto e fotos, do Velocult no Histórias?"

Velocult no Facebook - link

"Pode mulekeeeeeeee!"

Bem; o papo não foi só bem este, como sempre repleto de bobagens, para terminar comigo emocionado, sinto falta dos amigos e Sônia, Ronaldão e Pandora são daqueles que estão sempre num canto especial do coração.

Lendo me emocionei, não vejo o Bird desde o começo da pandemia, eles também.

Ainda liguei para o Chico Lameirão perguntando o por que dele não ter corrido, um dia lembramos direitinho.

E tem Mestre Luiz, de quem fomos fãs e amigos, e faz uma baita falta!

Beijão fraterno meus amigos.

E a vocês que nos acompanham um abraço e  desculpem meu blá blá blá ao final do texto, foi apenas escrito do coração.


Rui Amaral Jr


 

 

  



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Pendurado...

 

Abarth Fiat 2.000 Sport Spider




 Coincidência ou não, tempos atrás conversava com  Chico Lameirão e começamos a falar sobre os motores pendurados, atrás do eixo traseiro. Ele com sua vasta experiência da época da Willys, com os Gordini, as carreteras Gordini com o motor R8 e as Berlinetas.
Talvez ele me contradiga depois de ler este post, mas o que conversamos é que ao contrário dos motores centrais, a tocada quando eles são pendurados é muito mais previsível. Nos motores centrais o sobresterço quando vem é violento, já nos pendurados ele é anunciado, e de mais fácil correção. 
 Posto isto vamos à Abarth-Fiat Sport.
Em 1968, a grande maioria dos protótipos que corriam no Grupo 4 da FIA, já acompanhavam a característica que a Formula Um lançara no final da década anterior, quando Jack Brabham e a pequena Cooper foram campeões do mundo, o motor central traseiro. 
 Carlo Abarth e sua Abarth tinham uma enorme experiência nos pendurados, desde os rapidíssimos Fiat Cinquecento, que ele transforma em bólidos, passando pelas maravilhosas Simca-Abarth que tanto venceram no Brasil, trazidas para Simca por "seu" Chico Landi e tocadas com maestria por Ciro Cayres, Jayme Silva, Toco Martins e outros grandes pilotos da equipe.
 Carlo resolve fazer, contrariando seu engenheiro projetista, o novo carro com o motor "pendurado", atrás do cambio e eixo traseiro. Nas diversas categorias do Grupo 4 e 6, usaria uma gama imensa de motores, desde os de 1.000cc até o poderoso Fiat com cabeçotes Abarth de 2.000cc.

 Chassi tubular - superleggera - reforçado por placas de fibra, pesava apenas 47 kg.
Suspensão dianteira com triângulos.
Suspensão traseira com triangulo inferior e acima braço ancorado no chassi.
Peso total 575 Kg.
Comprimento 3.85m.
Largura 1.78m. 
Altura 970cm.
Entre eixos 2.085m.
Distribuição de peso 38% da dianteira e 62% na traseira.
Freios a disco.
Cambio de cinco marchas mais ré.

 Seu motor era uma joia desenvolvida pela Abarth sobre um motor Fiat.
Bloco e cabeçotes em liga de alumínio.
Quatro cilindros em linha.
Diâmetro 88mm x 80, 1946cc.
Duplo comando de válvulas no cabeçote.
Quatro válvulas por cilindro.
Taxa de compressão 11.5:1. 
Alimentado por dois carburadores Weber 58 DOC3 e bomba elétrica de combustível. 
Carter seco.
Potencia 256 hps à 8.700 rpm.

Para homologação foram construídos vinte e cinco carros, sendo que o total durante os próximos anos chega a cinquenta unidades.



 O piloto escolhido para desenvolver a joia foi Peter Schetty, sim o mesmo que poucos anos depois seria o Diretor Esportivo da Ferrari.
Logo de cara vence uma prova do Campeonato Europeu de Subida de Montanha. Coisa que se tornaria habitual nos próximos anos nas mãos de outros grandes pilotos como Arturo  Merzario, Lella Lombardi...
Em 5 de abril de 1968 correndo os 500 Km de Nurburgring, pelo Grupo 6 da FIA, motores até 1.600cc,  Schetty  vence, tendo Johannes Ortner chegado em segundo e Arturo Merzario em terceiro, os três pilotando os Abarth-Fiat Sport Spider.

Schetty em Nurburgring.
A guerreira Lella nos 500 Km de Interlagos 1972.


OS PENDURADOS


Porsche 356 Carrera.

 
Renault Gordini. Na foto dois da equipe Willys, se não me engano com Carol Figueiredo e Anisio Campos.

Alpine A110.
Vencendo as Mil Milhas Brasileira de 1967 com Luiz Pereira Bueno/Luiz Fer4nando Terra Smith, com Bird Clemente/Marivaldo Fernandes em segundo.
Simca Abarth com Jayme Silva e Ciro Cayres.
Um pequeno foguete desenvolvido pela Abarth.
VW


É isto meus amigos, desculpem minhas falhas, a vontade de escrever é maior.
Ao meu amigo Chambel.

Depois do post um longo papo com o Chico, seu depoimento:

"Caro Rui ..... parabéns pela escrita do motor “””” Pendurado “””” , que sempre o chamei de “”” Rabeta “”” que advém das lanchas  com motor “”” Rabeta “””” da época que esquiava na Guarapiranga ..... realmente tocar um motor “”” Pendurado “””com uma tracao Traseira e’ uma dádiva do. Céu ..... hoje com tantos recursos fica fácil de se o trabalhar .... vide os Porsches família 911 .....!!!!  

Abraço Chico"


Valeu Chico.


Rui Amaral Jr













 









      

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Autos antigos Originais. Réplicas Re-desenhos...

 

AC Cobra Glasplac

  Em uma época que poucos fabricantes ou quase nenhum usavam os túneis de vento para fins de performance ou economia  os desenhos dos carros tinham a personalidade de quem os desenhava . Projetos maravilhosos saiam.

 

       Seus valores nos dias de hoje são estratosféricos e suas manutenções estão no mesmo nível. Mesmo em não se indo para os Super Clássicos como o Minerva, Bugatti, Rolls Royce, alguns Alfa ROMEO e Ferrari, os de um patamar um pouco menor têm seu preço que não é para qualquer bolso.  Refiro-me aos Jaguar , Porsche da família do 356 e 550 Spyder, AC Cobra ou Lotus originais , ainda não são para qualquer um de nós simples mortais de tê-los. 

      As réplicas começaram a ganhar força justamente aí. Pessoas que gostam do  OLD DESING os tem a um preço mais civilizado e ao mesmo tempo com uma mecânica mais moderna com manutenção mais em conta. Assim podem passar a desfrutar em um uso normal, sem a preocupação de estar expondo uma preciosidade de alto valor aquisitivo, aos perigos inerente aos dias de hoje. 

      Não indo longe, o preço de um dos primeiros Porsches 356, os PRÉ-A, hoje devem estar em uma faixa de 250 a 300 mil Reais. Andar com uma relíquia dessas normalmente, é problemático. A manutenção de suas carrocerias, normalmente de aço, que com o tempo, mais cedo ou mais tarde chegam à corrosão. Um problema.....!!!!

 

      Existem as réplicas - réplicas que são quase iguais aos originais, e as  re- leituras. No caso dos Porsches 356 tínhamos o fabricante Envemo nas pessoas do ENG Ângelo Gonçalves e seu filho Luis Fernando, em que seus autos poderão ser considerados réplicas quase fiéis aos Porsche 356 originais, fora o material de sua carroceria , que são de fibra de vidro.

      As releituras, são  carros que lembram em muito o lay aut dos originais mas em alguns deles com um andling  muito melhor, ergonomia e motorização mais atualizada.

 

O pedal de apoio à esquerda, muito importante para condução esportiva.

      Tive a primazia de andar em três Lotus Seven e comprovei isso. Um original com motor Ford Cortina, sua ergonomia para meus 1.78 era o justo necessário, ficando os pés para o trabalho nos pedais justo demais, sem espaço para o quarto pedal de apoio. 

Eng. Carlos Mazzeo e sua criação.



      Os outros dois, são releituras """ Made in Brasil  """". Releituras bem executadas. Uma do ENG Carlos Mazzeo, o  V D R , com um lay aut  """ Lotus Seven Type """, chassi monocoque, com uma ótima suspensão. Independente na dianteira e traseira, absorvendo muito bem nosso """ hípico asfalto """", não destracionando  em aceleração, com uma boa ergonomia e com um providencial quarto pedal que facilita por demais principalmente em entradas de curva e até se alguma emergência surgir. Sua motorização é  de um Ford ROCAN  1.6 Injetado, cambio VW Passat com tração traseira, um dos bons autos que me lembro de ter andado.


Reptor

        Outra releitura, é do ENG  Eduardo Polatti , o REPTOR. Também muitíssimo bem executado, com o lay aut """ Lotus Seven Type """, com o mesmo motor Ford  ROCAN  1.6 Injetado, bom de chão, com suspensão, dianteira e traseira independente.

Ótimo que os dois projetos sigam a mesma marca de motor FORD dos Lotus  originais de CHAPMANN .

       Ainda sobre o tema Lotus Seven temos o auto de Martinez/Berger, sendo que este não é uma releitura mas uma réplica. Seu motor é um Ford 2.0 Injetado, câmbio Omega 6, diferencial Dana 3.0, com suspensão dianteira de duplo A, e traseira de eixo rígido como os Seven originais, com ótimo acabamento.

 

 

      Em épocas outras, houve a mesma linha de pensamento com uma releitura mecânica da parte da GLASPAC, na pessoa de Gerry Cunninghamn, fazendo o AC COBRA GLASPAC. Teve um imenso sucesso e hoje seu preço como réplica dos famosos AC COBRA FORD é bom, a pessoa que tem um GLASPAC em condições normais, não perde seu investimento. 

      Há movimentos sendo feitos na família dos Porsche, 356 e 550 Spyder pela Achcar Cars, onde serão uma releitura. Ricardo Achcar tem o histórico da Polar do Rio de Janeiro, onde fabricou além dos protótipos D 4 motor 2 litros, os SUPER V, que foram Campeões  incontestes na Fórmula VOLKSWAGEN  Brasil , batendo """ AD continuom  ""  os chassis  campeões europeus da mesma categoria, os ASTRO KAIMANN .

       Também em grandes fabricantes existem releituras  bem sucedidas. A mais, ou uma das mais notórias seja as do MINI COOPER, com um lay aut que lembra vagamente os MInis dos anos  60//70,  mas que chegaram bem aos olhos do público.  Na casa FIAT, os 500 são muito simpáticos, e na casa tedesca os FUSCA, que  tem uma boa aceitação, embora particularmente eu continuaria com o """ tou arrier """.

       Com um pequeno grupo desenvolvemos  um Alpine Corsa que o denominamos de A 111 R e um Street. Tecnicamente gostei, mas nos faltou oxigênio, famoso este mas raro .......!!!!!

 

         Antes de o governo COLLOR ter liberado a importação, tivemos 18 pequenos fabricantes no Brasil. Sei disso pois à época fiz um regulamento para uma categoria de réplicas. Se houver um incentivo, essa é uma picola indústria que gera emprego e que nunca vai concorrer com os grandes. Até os ajuda em sua aquisição de componentes e se tem projetos bem executados os  grandes poderão se beneficiar dos pequenos estarem a usar seus motores e componentes.

Isso é um marketing , para quem é do ramo ......!!!!!!!!

 

 

        Todos estes projetos necessitam de apoio de todos que estimam este país chamado BRASIL


Abraço amigo Chico Lameirão


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Ricardo Divila - Conta Chico

Divila ao lado do amigo, tentando entender o que estava errado no F6 - Foto internet.

PARABÉNS ........
......... , amigo Rui, pela escrita do Cuca em homenagem ao Ricardo Divila .....!!! Muito boa.
Nunca soube dos meandros da Equipe Coopersucar // FITTIPALDI, mas de lembrar e com um olhar longínquo sempre achei que o Ricardo Divila deveria ter tido a oportunidade de trabalhar nos modelos seguintes ao primeiro que ele executou. Todo projeto tem uma referência anterior. Quando se acaba um, sempre se tem anotações em que num próximo você faria de uma outra maneira  para melhorar a primeira edição ....!!!


             Ricardo era uma pessoa que sempre prestava atenção aos comentários técnicos ou não, pois dava a impressão que os mesmos ele passava em sua """ peneira """ para ver o que se poderia aproveitar dessa troca de idéias .


              O automobilismo brasileiro perdeu um grande engenheiro, sem dúvida alguma....!!! Se Colin CHAPMAN ficou a observar seu primeiro projeto, é porque ali ele viu alguma (s) inovações para a Fórmula 1 .....!!!!


                                                                 Que Deus o receba em sua Nova Jornada



Abraço Chico Lameirão

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

ANISIO BARBOSA de CAMPOS

Anisio, Chico, Luiz, Lian e Hill...

      Olhando através dos tempos passados, ANISIO CAMPOS foi um MARCO no nosso Automobilismo, tanto no de competição como no industrial, como assim foram MANUEL de TEFFE, este colocando o BRASIL no cenário internacional, promovendo o Circuito da Gávea, onde pilotos e autos estrangeiros  por cá se apresentaram. CLAUDIO DANIEL RODRIGUES que foi quem colocou o KART no nosso mapa, de onde surgiu uma geração inteira de fantásticos pilotos brasileiros como CARLOS PACE, irmãos FITTIPALDI, CAROL FIGUEIREDO,,NELSON PIQUET , AIRTON SENNA , não podendo deixar de mencionar GUGA RIBAS que foi Campeão Mundial dessa modalidade ........, ainda temos que anotar TONI BIANCO que vários autos fez à mão como os Fórmula JUNIORS  LANDI // BIANCO , o BINO MK  I e tantos outros e finalmente chegamos a ANISIO CAMPOS  um mestre no seu design e em várias áreas .....!!!!!

               Tive a sorte de o ver a desenvolver as linhas dos PUMA DKW, do CARCARÁ, do FÓRMULA  V 1.2cc, do AC  1.9cc protótipo, sendo este o primeiro auto a ter um aerofólio regulável eletricamente ......!!!! Todos seus desenhos tinham a sua personalidade, eram de vanguarda, liberto  de fronteiras e que até hoje poder-se-iam apresentar em qualquer salão de automobilismo mundial como seus NICK e MINI DACON em que com este visionava uma futura economia de combustível  e de espaço ......., como vêem , uma mente à frente de seu tempo .......!!!!!

Chico pilotando o Formula AC Vê, criação de Anisio.
Chico testando o protótipo AC.
...e Chico largando entre a Alfa P33 de Carlos Pace e a Lola T70 de Marcelo de Paoli com o AC 1.900cc, motor preparado por Roger Rezni! 

                Piloto veloz o suficiente para ser """" piloto de fábrica """" das famosas Equipes VEMAG e SIMCA, um privilégio para não muitos à época, mas acho que o entre pilotar e desenhar sua balança pendia mais para este .....!!!!!

Equipe VEMAG, Marinho, Eduardo Schuracchio, Jorge Lettry, Chico, Dal Pont e Anisio.


                É bom lembrar que era uma época sem computadores, túneis de vento, por cá inacessíveis  ((( tentou-se no caso do CARCARÁ mas não foi possível e fez falta ....!!!! ))) então só  tinha o papel, mesa de desenho, réguas navais, lapiseira e cabeça , muita cabeça ......!!!!!

Carcará 

                Se aventurava em desenhos internos de residências e até de layout de prédios, como a idéia do prédio DACON ser redondo e de vidro ......!!!!!

                Chefe da Equipe HOLLYOOD, juntamente com LUIZ P. BUENO, equipe está que foi uma referência no após as Equipes de Fábrica dos anos 60, atuando nas várias modalidades do nosso automobilismo de competição, como protótipos PORSCHE 908, 910, BERTA V8, LOLA, Fórmulas FORD, SUPER Vs e KART em que vários autos desses tiveram um redesenho de ANISIO BARBOSA de CAMPOS ........!!!!!!


Sempre sorrindo...




                                  Que DEUS o receba de braços abertos em SUA NOVA JORNADA



                                                                                 


Abraço Chico Lameirão




sábado, 1 de junho de 2019

Dois cliques do Ingo...

Camilão parado no grid, Chico Lameirão observa a fabulosa #18, segundo Ingo foi a última largada dela. Gigi de Lamare, de chapéu espera que Pedro assuma seu lugar no grid.



O Porsche 910 no GP Shopping Center Iguatemi - 1971 - nem Ingo muito menos o Chico Lameirão sabem se o piloto é o próprio Chico ou Lian Duarte, eles venceram uma corrida com este carro, um dia conto.

 Ingo Hofmann em foto de Dibe Grelak.

De uma conversa à três, Ingo e eu no Facebook e eu e Chico ao telefone saiu este post...obrigado Ingo, um abraço. 








Fotos: Ingo Hofmann e Dibe Grelak.

Rui Amaral Jr 

NT: Ingo Hofmann o fotógrafo é homônimo do piloto Ingo Hoffmann, dois grandes nomes em suas respectivas atividades!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

ERROS FEITOS, UM GRANDE APRENDIZADO....Conta Chico

Chico em foto de meu amigo Rogério Da Luz

  ........... , Caro amigo RUI ......, então, depois de um longo e tenebroso inverno porque passamos , estou aqui de volta a lhe mandar uma escrita que há muito tempo prometida estava, mas ainda não cumprida de minha parte .......!!!!!  Mil perdões pelo espaço de tempo, mas por falta deste, somente agora estou à fase-la.


Moco no F.3

                 Pois é, estávamos em 1970, quando COLIN CHAPMAN lançou a sua famosa criação, a LOTUS 72 , sempre mui bem pilotadas por RIND, EMERSON e PETERSON.  Como sempre com uma longa lista de inovações, tais como freios """ in board """" nos quatro cantos, diminuindo sensivelmente o peso não suspenso, as barras de torção no train dianteiro, enfim, mas para nós leigos o que chamava mais atenção era sua forma aerodinâmica em CUNHA, com  dois radiadores laterais e está claro seus SPOILERS dianteiros e AEROFÓLIO traseiro ........!!!!!  Até seu LOTUS F.3 , tinha essa aparência , mas neste ele não foi tão radical pois seu radiador continuou colocado em uma única peça na dianteira ......!!!!!!!


Chico x Clóvis Moraes, segunda perna da curva da Ferradura, Interlagos. 

                 A mais de 12 mil quilômetros de distância, sempre apaixonado pelas inovações aerodinâmicas, mas está claro sem entende-las em sua profundidade necessária, resolvi tentar copiar esse """ shape """......., ainda no fim do meu acerto com a EQUIPE HOLLYOOD, mas depois com mais afinco na EQUIPE MOTORADIO. Achei que o segredo era seu design externo, quando muito provavelmente era a sua parte mecânica em uma porcentagem muito maior do que esta. Cheguei a assistir uma corrida em BRANS HACHT em que JACK BRAHBAM em seu carro com uma aerodinâmica """" convencional """" andar na frente do LOTUS 72 de RIND , portanto .......!!!!!!!

                 Hoje, com outros olhos, vejo o quanto errei ......!!!!!


Lotus 25 x Lotus 72

              Os FÓRMULA FORD BINO tinham um desenho quase igual à também LOTUS  25 de 1963 F1 // 1.5 ........, com um radiador único na dianteira, linhas suaves, limpas sem grande volume externos ......!!!!! Originalmente esses carros eram os famosos MERLYN da FÓRMULA FORD inglesa lançado por volta de 1966, quando do início dessa fantástica categoria mundial, com vários construtores envolvidos nela até aos dias de hoje ......!!!!!


 
Chico x Clóvis no Tarumã.

                    No meu BINO MOTORADIO colocamos dois enormes radiadores laterais, SPOILER na dianteira e também não prestei a devida atenção ao tanque de óleo pois este em uma vista de planta tinha o """" shape """ de uma flecha no término do auto, o que além de arrasto devia abrir um vácuo bem avantajado para os carros que vinham atrás ........., sorte deles .....!!!!!!!




O Formula Junior de Chico em sua oficina.
O Vanwall com Moss #20, #18 Lewis-Evans e #22 com Tony Brooks 


                  Agora, no afan de fazer uma categoria escola (((( será que conseguiremos ......?????))))  tentei me redimir do erro de tempos atrás .......!!!!!  Com certas referências de carros feitos pelo famoso engenheiro aeronáutico inglês Frank COSTIN e com duas curiosas fotos de PINGUINS, me inspirei em um outro modo de desenho em um FÓRMULA JUNIOR 1.0  C.L.R. ....!!!!! Frank CONSTIN  foi que desenhou os VANWALL F1 dos anos 50//60 , autos bem arredondados até um tanto largos mas que tinham uma excelente velocidade linear, ganhando corridas nos famosos circuitos de SPA - FRACOMCHAP ((( sonho de qualquer piloto que se preze como tal de correr lá ))) em MONZA e em REIMS ......!!!!

                   Em conseguindo colocar esse FÓRMULA JUNIOR 1.0 CLR em """" pé """" , verei o quanto estava errado à época ........!!!!!!


       Desculpe o papiro, talvez um pouco longo demais.......!!!!!


      Abraço amigo a você e todos nossos leitores

                                                                                    CHICO LAMEIRÃO

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 O Vauwall Formula Um de Tony Vandervell teve como criadores os jovens engenheiros Frank Costin e Colin Chapman, em suas vinte e nove corridas na F.Um com Stirling Moss, Harry Schell, Stuart Lewis-Evans, Maurice Trintgnant e Tony Brooks obteve nove vitórias e o Mundial de Construtores de 1958.
 O Chico no texto se refere à "peso não suspenso" esta é relação muito importante na engenharia dos carros. Quanto maior for a relação "peso não suspenso x peso suspenso" maior é a possibilidade dos pneus manterem contato com o solo e transferirem à ele as mudanças de rotas.
O "peso não suspenso" é considerado a roda, pneus e outros como freios, sendo o "peso suspenso todo o resto do carro. Daí a necessidade de rodas de liga leve, pneus leves e na época citada dos freios in-board.

Desculpe caro Chico a intromissão em seu texto, considerei as explicações necessárias, mais tarde ao telefone peço a autorização formal! 

Abraços à todos,

Rui Amaral Jr