A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens com marcador Caranguejo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Caranguejo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Os Bianchi

 Mauro é atendido após se acidente em Le Mans, sua grande preocupação era seu irmão Jules, ele temia que ele perdesse a concentração na corrida. 
Seu neto Jules é atendido após o acidente no GP doa Japão 2014.
Lucien e Mauro
Jules o neto de Mauro.

Na década de 1960 os irmãos Mauro e Lucien se destacavam no automobilismo mundial, a paixão pela velocidade vinha de família pois seu pai Roberto Bianchi trabalhara na Ferrari e Alfa Romeo, italiano de nascimento no inicio dos anos 1950 seguindo o piloto Johnny Claes muda-se com a família para Bruxelas e assume a cidadania belga.
Lucien e Mauro seguiram carreira, sendo que Lucien quatro anos mais velho que Mauro já no ano de 1959 tentava pela primeira vez a sorte na Formula Um com um Cooper T51 não se classificando para corrida de Mônaco, sua melhor colocação na categoria foi o terceiro lugar no mesmo GP no ano de 1969 correndo com uma Cooper T86B de fábrica, na corrida seguinte na Bélgica chegou no sexto lugar.
Mauro seguia carreira nos carros esporte correndo para Abarth e na Formula 3 quando correu a Temporada Argentina de Formula 3 em 1966 com um Alpine-Renault A279 Mignoret sendo o terceiro colocado atrás de Silvio Moser e do argentino Nasif Stefano. 

 Mauro, F2 em Pau, 1966 
Lucien, F.Um em Spa 1968
Lucien, Maro e M. Avidano 
Vitória de Lucien e Mauro nos 500 KM de Nurburgring 1965 com o Alpine M65 Renault 1.300cc




1968 Lucien Bianchi e Pedro Rodriguez vencem as 24 Horas de Le Mans.



 Mauro com seu Alpine A220 Renault Gordini 2.996cc bate violentamente, enquanto se recuperava no hospital o avô de Lucien é surpreendido pela morte do irmão em Le Mans.
  
O ano de 1968 foi auspicioso para os irmãos, Lucien pilotava para Ford tendo vencido com Pedro Rodriguez as 24 Horas de Le Mans, neste mesmo ano Mauro sofre o acidente com o Alpine que o deixou no estado em que vemos na foto dele sentado numa cadeira sendo atendido. Em 1969 Lucien se transfere para Alfa Romeo e testando uma P33 em Le Mans perde o controle do carro,  bate num poste telegráfico e  perde a vida na pista onde havia alcançado a gloria no ano anterior, Mauro imediatamente para de correr abalado com a perda do irmão.

Triste sina de Mauro quando quase meio século depois vê seu neto Jules sofrer o trágico acidente no GP do Japão de 2014.  

À Mauro e Jules.

Caranguejo e Rui Amaral Jr  

Agradecemos aos amigos Ronaldo Nazar, Ricardo Cunha e Speeder.


           

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Conta Caranguejo.

Oi Ruizão. Achei essa foto do V Circuito da Gávea, com Hans Stuck e sua Auto Union, largando ao lado das Alfas de Antonio Brivio, Carlo Pintacuda e Carlo Arzani. Ganhou "Tá-tá-tá-tá na hora/Va-va-va vale tudo agora/Sou mo--mo-mo..." Junho de 1937.

Caranguejo

link

Pintacuda com Hellé Nice 
 Pintacuda vencendo
Von  Stuck

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ENTRE GUARAPIRANGA E BILLINGS

Chico Lameirão e Julio Caio
Julio Caio e Ingo.

E chegávamos afinal à decisão do I Campeonato Brasileiro de Fórmula Super Vê, a nova Fórmula de Monopostos do país e que mais tarde teria o epíteto de “A Fórmula 1 Brasileira”. Já contando com equipes bem estruturadas, bons profissionais em todas as áreas e nomes conhecidos do nosso automobilismo, naquele início de dezembro de 1974 pensávamos: quem levará a taça? Chico Lameirão, que é líder com 19 pontos? Ingo Hoffmann, vencedor de sete das quinze baterias já disputadas (e pole de todas) e seus 18 pontos? Nelson Piket, (de quem ouviríamos falar tanto mais tarde) que tinha 16 pontos? O experiente Eduardo Celidônio, e seus 14 pontos? O raçudo Ricardo Mansur, que computava 12 pontos ou Marcos Troncon, com participação em 6 corridas em sua carreira e que ficara de fora das duas primeiras etapas do Brasileiro, mas que possuía 11 pontos? Quantas interrogações...só até aqui contei seis. Além da decisão em si, a prova apresentaria um grid de dezoito carros, um deles, o Magnum-Kaimann de Alfredo Guaraná Menezes, estreando na categoria onde daria às cartas a partir de 1977. Na largada, o pelotão sofreu uma baixa; Newton Pereira, com problemas de suspensão não largou e eu pergunto onde estaria o amigo Comendador, Biju Rangel (como eu não sei mesmo, vamos torcer para que ele nos diga). Ingo disparou na ponta, seguido por Guaraná, Piket, Troncon, Júlio Caio de Azevedo Marques e Francisco Lameirão. Mas, como havia sido uma constante na temporada, Hoffmann logo ficou para trás, com uma misteriosa falhação. Piket ultrapassou Guaraná, para vencer. Ingo Hoffmann, após passagem pelos boxes, retornava a prova, mesmo com algum atraso e o motor de Chico Lameirão apresentava problemas no coletor dos carburadores. Custaria ao Chico uma volta e o tiraria da disputa. Ricardo Mansur, com um motor rateando, também via suas chances diminuírem. Piket chegou na frente, com Guaraná pouco adiante de Troncon, que espertamente, preparava seu pulo do gato. A segunda bateria foi vencida por Ingo, depois que seus mecânicos descobriram uma caprichosa pedra, que ficara presa no giclê dos carburadores impedindo a passagem da gasolina. O campeonato seria decidido num detalhe, mas a sorte já parecia ter escolhido seu preferido, pois na segunda série, os carros de Piket e Guaraná quebraram e Troncon passou a líder na soma dos tempos. Na bateria final, Marcos, que ao longo do campeonato só venceu uma bateria, administrou sua colocação. Ele foi o quarto colocado, chegando depois de Ingo, de novo o vencedor, Nelson Piket e Mauricio Chulan. Ficou com a vitória na etapa e com o campeonato brasileiro da categoria que revelaria futuramente grandes nomes do automobilismo nacional e um Tricampeão Mundial da Fórmula 1. E enquanto isso...finalmente achei o Biju Rangel, que teve problemas e deu poucas voltas. Bem, não deixo mal os meus amigos e em razão disso, a ele, Benjamin Rangel, pioneiro da Fórmula Super Vê, ofereço este trabalho, feito com simplicidade e sem ostentação, de um reles torcedor. E é tudo.









CARANGUEJO
  






 Ricardo Mansur




_____________________________________________________________

Me intrometendo novamente em outro post do Caranguejo, tomo a liberdade de fazer uma pequena homenagem à alguns amigos sempre presentes e que fizeram a diferença em nosso automobilismo com sua garra, perseverança e com seus talentos. A força de vontade e iniciativa deles tornou possível a realização deste primeiro torneio da Formula Super Vê.
Ricardo Achcar que com todo seu conhecimento construiu o Polar o carro vencedor. Chico Lameirão e Crispim, um campeonato perdido com muito talento, o ano seguinte seria deles. Biju Rangel cujo apoio e força de vontade foram muito mais importante para categoria do que se pode imaginar, um dia o Comendador de Ipanema vai contar tudo! Julio Caio Azevedo Marques um tremendo bota! Herculano e Antonio Ferreirinha, gente de primeira e construtores de mão cheia. Antonio Carlos Avallone, um lutador. Ricardo Mansur e Claudio Cavallini presença de peso, dois batalhadores. Alfredo Guaraná tremendo bota. 
E finalmente ao parceiro Caranguejo que apesar de não estar presente na época fala com tanto conhecimento e carinho de amigos tão caros.

Ao Nino

Rui Amaral Jr 

NT: O autódromo de Interlagos, hoje José Carlos Pace, fica situado na região entre as represas de Guarapiranga e Billings.  

Obrigado Rogério   


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

CANCHA RETA V - Formula Ford 1971

TRÍPLICE COROA
Figurinha do álbum "Brasil Pátria Amada" 1971 cedida por Pedro Hiraoka.
Chico e Sergio Mattos.
Pedro X Clóvis.


É, meu caro leitor. Quando pensavas que eu ia esquecendo deste empolgante relato, eis que volto com a conclusão da saga Cancha Reta- Tríplice Coroa ou como foi a disputa do primeiro Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford em 1971. Bom, depois de quatro corridas onde constatou-se a superioridade do F/F #14 de Francisco Dias Lameirão, preparado pelo Miguel Crispim Ladeira, acompanhado de perto pelo #84 de Pedro Victor DeLamare, pudemos ver que os pilotos gaúchos aprendiam rápido: Claudio Ricardo Muller, F/F #11 e o #22 de Clovis de Moraes haviam progredido muito. 

Claudio Muller.
Clovis Moraes.
Leonel.
Pedro Carneiro Pereira.

Na etapa decisiva então, outra vez em Tarumã, a concorrência tinha objetivos diferentes: enquanto alguns pensavam em carimbar a faixa do campeão, outros prometiam que se Chico vencesse, haveria protesto. E assim foram para o grid. Lameirão, largou na frente e foi seguido por Clovis, Muller, PV DeLamare e Pedro Carneiro Pereira. E quem estava esperando muita disputa, ficou frustrado. Chico Lameirão só recebeu alguma pressão de Clovis de Moraes, que para acompanhá-lo, estabeleceu a volta mais rápida da bateria (1m17’73). Terminaram juntos, mas com o paulistano à frente. Entre os ponteiros, alteração só nas posições de Pedro Carneiro Pereira e Leonel Friedrich, com Leonel à frente. Mas ainda tinha mais. Na segunda série, Chico mais uma vez deu as cartas e “correu de pijama”. Marcou até a melhor volta, (1m17’55) e outra vez terminou à frente de Clovis. Pedro DeLamare conseguiu superar Claudio Muller, que ao tentar dar o troco, rodou o F/F #11 na saída do Tala Larga. Com habilidade porém, manteve-se adiante de Friedrich. Incidente a registrar, só a batida no guard-rail de Alex Dias Ribeiro, que fraturou o pulso. Após a corrida, o carro do vencedor foi protestado quanto ao seu peso e teve aberto o motor. Nenhuma irregularidade foi encontrada e Francisco Lameirão, sagrado campeão brasileiro, paulista e gaúcho de Fórmula Ford. A categoria dava seus primeiros passos no Brasil e gaúchos e paulistas a disputariam ferozmente por duas décadas e meia. Papo para outra vez.

CARANGUEJO

 Alex Dias Ribeiro envolve-se em acidente e acaba no guard rail.  


RESULTADO



----------------------------------------------------------------------------------------


NT: Dedico estes posts à todos meus amigos que disputaram a primeira temporada da Formula Ford no Brasil, foi uma pena a categoria ter acabado, e especialmente ao Chico e Crispim, amigos de longa data e ao Caranguejo fiel escudeiro e autor de belas páginas de nossas historias.
Agradeço também ao meu amigo Luiz Henrique Pankowisk que me presenteou com sua coleção da revista Quatro Rodas de onde digitalizei as fotos deste post.

À todos um forte abraço,

Rui Amaral Jr  

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Conta Chico - GP da Inglaterra Brands Hacth II


..., pois é amigo RUI , eu estava lá, e foi interessante de ver pois após o final da corrida o JACK. BRABHAM contestou a altura do AEROFOLIO do RINDT, o que fez o CHAPMAN em mandar os mecânicos abaixarem a PRESS dos PNEUS, ficando o dito AEROFOLIO em um passe de mágica ficar dentro do regulamento......!!!!!!! """""" tanto lá como cá , espertos há """""""


Abraco amigo de CHICO LAMEIRÃO


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

GP da Inglaterra 1970 Brands Hacth

 Ronnie Peterson e o March 701


Largada
 Rindt

GP da Grã-Bretanha 1970 - Essa foi a segunda corrida que Rindt ganhou em cima de Black Jack Brabham. E como em Mônaco, parecia que o tricampeão estava com tudo sob controle. Dessa vez ficou sem combustível na última volta, dizem, por erro de cálculo de um jovem mecânico de sua equipe, um certo Ronald Dennis.

Caranguejo


Black Jack na cola de Rindt
 A estréia de Emerson na F.Um


GRID
 RESULTADO



Meus amigos, Claudinho Carignato, André Candreva, Guima - Luiz Guimarães - acertaram.