A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Talbot Lago

1950 Le Mans - Talbot Lago T26GS vence com Louis Rosier/Jean-Luis Rosier. Aqui o #6 de André Morel/André Chambas

1935 o consorcio que detinha a maioria da ações da S/A Automobiles Talbot se encontrava em estado falimentar, e uma companhia de seguros inglesa  assumiu a administração da empresa. 
Dois anos antes, o Major Antonio Lago, havia assumido a função de gerente industrial da empresa. Não tendo a seguradora interesse em manter a administração da Talbot, o Major, que era Italiano mas vivia na França, viu a oportunidade de assumir o controle da empresa. Levantou algum dinheiro com  alguns fabricantes de autopeças, que tinha óbvios interesses na continuidade da Talbot e assumiu o controle.



Lago, um apaixonado pelas corridas e sabedor que esse era o caminho para divulgar seus carros, encarregou seu engenheiro chefe  Walter Becchia a projetar um carro para representar a marca nas pistas. Baseado Talbot-Darracq K78 com motor de 4 litros, nascia a versão com  motor 3 litros que levava o carro a impressionantes 160 km/h. 
A versão de corridas usava um cambio Wilson com pré selecionador de marchas, e conseguiu o recorde de volta em Montlhéry a impressionantes 209 km/h de média. 
Em 1937 Lago monta uma grande equipe, tendo como pilotos Louis Chiron, Comotti, Divo e Raymond Sommer e no segundo GP da França para carros esporte conseguiu uma grande vitória com Chiron em 1º, Comotti e Divo logo a seguir e Sommer em 5º. Raymond Sommer vence em Miramas com a media de 184 km/h tendo a equipe ainda feito 2º e 3º lugares. No Tourist Trophy em Donington Comotti vence com Le Buegue em 2º.


Raymond Sommer no Darracq K78 de 3 litros.

A partir daí grandes carros foram construídos, de passeio e corrida, firmando a Talbot-Lago ou Lago-Talbot uma das mais conceituadas entre as industrias automobilísticas, que faziam grandes carros para um publico sofisticado.
Durante a ocupação alemã da França, na Segunda Guerra Mundial, o major Lago foi afastado da direção de sua industria, sendo que só após sete anos a Talbot conseguiu novamente produzir suas maravilhosas máquinas.
A vitória nas 24 Horas de Le Mans no ano de 1950 com o Talbot Lago T26GSpilotado por Louis Rosier/Jean-Louis Rosier foi marcante e trouxe algum alento. Além das vitórias de Chiron no GP da França de 49,  Sommer venceu a Coupe du Salon e Etancelin o GP de Paris. Outras vitórias foram na recém criada  Formula Um em 1952 no GP da Áustria e 53 no GP da Finlândia.


T26




T26 motor de seis cilindros em linha duplo comando no cabeçote e 4.500cc



Enquanto isso, a Talbot, já sem condições de construir um grande motos para seus carros de passeio, usou o BMW V8 de 2.6 litros para equipar o Lago América. 
Em 1958 Antonio Lago já não tinha condições de continuar tocando sua industria e a Simca assumiu o controle, principalmente de olho no grande prestigio que a marca poderia trazer, mas em 1960 encerra a produção dos veículos da marca, coincidentemente no mesmo ano da morte do Major Antonio Lago. 


 Uma bela "GOTA D`AGUA"
 T150C encarroçado por Figoni & Fallachi - 1938
 Tear Drop Coupé - 1938
 T26 Grand Sport Saoutchik Coupé - 1951





LAGO AMERICA , o derradeiro.

O motor BMW V8 de 2.500cc




Ao meu amigo Chico Pellegrino




7 comentários:

  1. Belíssima matéria Rui. Outro ícone que teve uma vida de glórias. Muito importante relembrar e mostrar aos mais jovens o espírito dos construtores do passado que transformavam sonhos em realidade.

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  2. Olá Rui, acho que corrigi o problema... o blogger mudou e as vezes ao inserir foto muda tudo! :(
    De qualquer forma..obrigado pela visita e pelo comentário. Daqui não tenho nem o que falar...é apaixonante. e essas 2 ultimas postagens trazem 2 carros que curto muito. O Gota dágua fui a caça de uma mini da hotwheels, dessas de cinco mangos...certa vez. Ainda está no blister...e pretendo dar um 'trato' para configura-lo ou até...tirar algumas copias e brincar com as variações.
    Já a LM, que a Mattel também lançou na pequenina série... tenho reservada tambem uma em plastico, da academy, que porem, não vem com mecanica, ao que procederei canibalizando um modelo da 250. Mas... isso ainda está na pretensão... em que preciso cavocar uma brecha na agenda. To trabalhando num E-type modificado (claro que tenho um para deixar original...)...num devaneio de umas duas decadas atras e ficara encostado. Agora com a web...pude acessar muita foto...e verei o que dá pra fazer com o Revell.
    abraço
    valeu

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  3. O menino aí em cima disse tudo...APAIXONANTE, muita história, grande pesquisa e de coração só tenho a agradecer a vc...sou tb um dos fanáticos desta prestigiosa marca.
    Abração e muito obrigado.

    Chico

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  4. Fabiani C Gargioni #2718 de junho de 2012 às 22:25

    Grande Rui, como sempre aqui, eu aprendo mais e mais!!!

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  5. E nos chamam de saudosistas. A inventiva dos que se metiam na aventura de 'fazer' um carro quase que do nada só pode ser reverenciada, pois abriram as portas para muita coisa que é feita hoje. Ironicamente o último modelo 'matou' o que os primeiros tinham de inovador e belíssimo. O estilo cota d'água. Não tenho lembrança da existência de algum aqui na terrinha. Haverá algum?

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  6. Nunca ouvi ninguém comentar Regi. Eram maravilhosos!

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Rui Amaral Jr